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VII Fórum de Leishmaiose Visceral do Estado de São Paulo
Novas recomendações para pesquisa de vetores em áreas
sem identificação de Lutzomyia logipalpis.
Claudio Casanova
SUCEN
Comitê de Leishmaniose
Visceral
Estado de São Paulo
CCD
Lutzomyia longipalpis
Leishmania infantum
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Leishmaniose Visceral
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16/04/10
Evento 1
Investigação de Foco: LV
Delimitação da área (mín. de 200 metros)
Cadastro de imóveis e população de cães e gatos
Busca ativa de cães sintomáticos ou não
Coleta para sorologia (no mínimo 100 cães)
Encaminhamento do material ao laboratório
Pesquisa entomológica em foco foco
gRetorno dos resultados encontrados à VISA e UBS
M
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V
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D
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u
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P
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e
s
o
t
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Investigação de Foco
Coleta de sangue – Sorologia
Leishmaniose Visceral Americana-casos caninos
novos em Campinas no ano de 2009
Flebotomíneos coletados no Distrito de Sousas,
município de Campinas 2009-2010
Espécie machos fêmeas total
Lutzomyia longipalpis 24 13* 37
Nyssomyia whitmani 90 28 118
Evandromyia lenti 1 1 2
Pintomyia fischeri 1 0 1
Migonemyia migonei 5 3 8
Psatyromyia aragaoi 0 1 1
Nyssomyia neivai 1 0 1
total 122 46 168
*2 fêmeas infectadas com L. infantum em dezembro de 2009
16/04/10
16/04/10
Informo que em 10/11/16 recebemos a notificação do GVE de Santos de caso suspeito de LV residente do
município de Guarujá e internado na UTI do Hospital Santo Amaro do Guarujá: paciente C. G.G J. data de
nascimento 25/03/2012, data início dos sintomas 29/09/2016, história de pancitopenia+
hepatoesplenomegalia, edema MMII e icterícia. Sem história de doenças prévias. Mielograma realizado no
Laboratório do Hospital Boldrini de Campinas em 27/10/2016: medula bem representativa nas três
linhagens, com presença de leishmanias. IAL (SIG-IAL 2116871H): teste rápido negativo (entrada em
08/11/16); IFI em andamento; Elisa IgM para lepto não reagente.
O menor tem irmão que apresentou os mesmos sintomas e evoluiu a óbito recentemente , sem diagnóstico
(sem informação até o momento da data do óbito). A família tem história de ter um cão que veio pequeno do
interior e ficou doente, porém aguardamos detalhamento dessa informação. A zoonoses municipal irá
realizar sorologia dos cães do entorno.
Orientações passadas ao GVE de Santos:
1. Investigação epidemiológica do caso (levantar história de deslocamentos, origem precisa do cão, etc)
2. Resgatar lâmina para envio ao IAL; coleta de sangue para realização de PCR; nova coleta de soro
para teste rápido
3. Levantamento da história clínica do irmão de 1 ano que evoluiu a óbito e verificar a existência de
amostra de sangue no hospital em que ficou internado. Caso seja resgatada amostra, enviar ao IAL para
realização de teste rápido e IFI para LV.
Este caso encontra-se ainda em investigação diagnóstica, mas entendo ser necessário além da investigação
sorológica dos cães do entorno do domicílio que será realizado pela zoonose municipal, a pesquisa vetorial
para termos a segurança de definir o LPI.
Divisão de Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP
Pesquisa Entomológica em Foco:
tem o vetor?
Evento 2
Investigação de Foco: LV
Delimitação da área (mín. de 200 metros)
Cadastro de imóveis e população de cães e gatos
Busca ativa de cães sintomáticos ou não
Coleta para sorologia (no mínimo 100 cães)
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Pesquisa entomológica em focofoco
dos resultados encontrados à VISA e UBS
Ausência de Lu. longipalpis!!!
QUEM Será que tem potencial biológico para transmitir Leishmania infantum?
Até o momento, após varias tentativas, nunca foram encontradas leishmanias
vivas no trato digestivo de carrapatos e pulgas após a digestão do sangue.
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Paleoleishmania neotropicum em Lutzomyia adiketis, com formas
promastigotas e amastigotas
Ausência de L. longipalpis!!!
Qual espécie de flebotomíneo estaria
participando na transmissão?
Distriuição de Lutzomyia longipalpis no Estado de São Paulo.
Distribuição de Lu. longipalpis no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a
notificação (até 2018)
Cotia e Embu das Artes (desde 2003)
Guarujá (desde 2016)
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Distribuição de casos caninos de VL no Estado de São Paulo de acordo com o ano
da 1a notificação (até 2017)
Distribuição dos casos humanos de LV no Estado de São Paulo de acordo com o
ano da 1a notificação (até 2017)
Guarujá - 2016
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Distribuição de Lu. Longipalpis, no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a
notificação.
Cotia, Embu,
Guarujá e Itapevi
Qual(is) seria(m) a(s) espécie(s) vetora(s)???
Áreas de transmissão sem a
presença da Lu. longipalpis
Algoritmo para definição das atividades que devem ser desencadeadas ojetivando a comprovação
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Grande São Paulo Itapevi
Lutzomyia longipalpis (Caieiras) Pintomyia fischeri
Pintomyia fischeri Migonemyia migonei
Migonemyia migonei Nyssomyia neivai
Nyssomyia neivai Nyssomyia intermedia
Nyssomyia intermedia Nyssomyia whitmani
Nyssomyia whitmani Psychodopygus lloydi
Pintomyia monticola Psychodopygus arthuri
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Psychodopygus lloydi
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Flebotomíneos coletados em áreas com transmissão de leishmaniose visceral
e ausência de Lu. Longipalpis, Grande de São Paulo, 2016-2018
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Pintomyia fischeri Nyssomyia intermedia Nyssomyia intermedia
Migonemyia migonei - Migonemyia migonei Nyssomyia neivai
Pintomyia monticola Psathyromyia pascalei Migonemyia migonei
Evandromyia edwardsi Psychodopygus ayrosai Psathyromyia pascalei
Psychodopygus lloydi Pintomyia fischeri Psathyromyia sp
Nyssomyia intermedia Pintomyia fischeri
Psathyromyia aragaoi
Micropygomyia schreiberi
Sciopemyia sordellii
Flebotomíneos coletados em áreas com transmissão de leishmaniose visceral
e ausência de Lu. Longipalpis, Estado de São Paulo.
Será que estas espécies possuem os requisitos para serem consideradas VETORAS?
Qual(is) espécie(s) de flebotomíneo(s) tem potencial
biológico para transmitir Leishmania infantum?
Será que tem competência vetorial?
e
Será que tem capacidade vetorial?
Quais são os requisitos para incriminar uma espécie como vetora?
Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
• A área de distribuição geográfica do vetor e
dos casos da doença se sobrepõem
• Isolamento repetitivo, em fêmeas, de
Leishmania que infecta o homem
• Competência vetorial: adquirir e transmitir
o parasita experimentalmente
• Capacidade vetorial: abundância; dispersão;
freqüência de alimentação sanguínea;
sobrevivência; tamanho populacional
absoluto; comportamento alimentar
• A área de distribuição geográfica do vetor e dos
casos da doença se sobrepõem
• Isolamento repetitivo de Leishmania infantum
em fêmeas, na mesma área dos casos caninos e
ou humanos
• Competência vetorial: adquirir e transmitir o
parasita experimentalmente
• Capacidade vetorial: abundância; dispersão;
freqüência de alimentação sanguínea;
sobrevivência; tamanho populacional absoluto;
comportamento alimentar
Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
Pesquisa de Infecção natural
Detection of DNA of Leishmania infantum in Nyssomyia intermedia
in a new focus of visceral leishmaniasis in São Paulo State, Brazil.
What is the role of this sandfly in VL transmission?
Claudio Casanova1, Gabriela Motoie2, Maria de Fátima Domingos, Fredy Galvis-Ovallos3,
Vanessa Gusmon da Silva3, Mariana Dantas da Silva3, 1Eunice Aparecida Bianchi Galati3.
1Superitendëncia de Controle de Endemias (SUCEN), 2Istituto Adolfo Lutz (IAL), 3Faculdade de Saúde Pública-
Universidade de São Paulo-USP.
E-mail address:casanovaclaus@gmail.com
Key words: Nyssomyia intermedia, natural infection, Leishmania infantum, visceral
leishmaniasis, vector.
Introduction. In Brazil, visceral leishmaniasis (VL) is a zoonosis caused by Leishmania
infantum and transmitted to mammals - including dogs and humans - mainly by the bite of
infected females of Lutzomyia longipalpis. However, the absence of this sandfly in captures
undertaken in a recent focus of canine and human VL in the coastal municipality of Guarujá
(SP), where Nyssomyia intermedia was the most abundant species, raise the suspicion that
this species is involved in the transmission cycle of this disease. So in the present study we
investigated the natural infection of the sandfly species of this locality. Methodology.
Sandflies were collected from December 2016 to October 2018
• A área de distribuição geográfica do vetor e
dos casos da doença se sobrepõem
• Isolamento repetitivo, em fêmeas, de
Leishmania que infecta o homem
• Competência vetorial: adquirir e transmitir
o parasita experimentalmente
• Capacidade vetorial: abundância; dispersão;
freqüência de alimentação sanguínea;
sobrevivência; tamanho populacional
absoluto; comportamento alimentar
Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
Competência Vetorial
Competência Vetorial
Bloqueio na
região da válvula
estomoeal
Promastigotas
na região
torácica do
intestino
• Isolamento repetitivo, em fêmeas, de
Leishmania que infecta o homem
• Competência vetorial: adquirir e transmitir
o parasita experimentalmente
• A área de distribuição geográfica do vetor e
dos casos da doença se sobrepõem
• Capacidade vetorial: abundância; dispersão;
freqüência de alimentação sanguínea;
sobrevivência; tamanho populacional
absoluto; comportamento alimentar
Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
SIM
Embú e Cotia: cão desde 2003
Caieiras: vetor e cão desde 2015
Santos: cão desde 2015
Guarujá cão e humano desde 2016
Itapevi: cão e humano desde 2018
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Obrigado pela atenção!
Claudio Casanova: casanovaclaus@gmail.com

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  • 2. Novas recomendações para pesquisa de vetores em áreas sem identificação de Lutzomyia logipalpis. Claudio Casanova SUCEN Comitê de Leishmaniose Visceral Estado de São Paulo CCD
  • 3. Lutzomyia longipalpis Leishmania infantum Reservatórios Leishmaniose Visceral outras espécies de flebotomíneos
  • 5. Investigação de Foco: LV Delimitação da área (mín. de 200 metros) Cadastro de imóveis e população de cães e gatos Busca ativa de cães sintomáticos ou não Coleta para sorologia (no mínimo 100 cães) Encaminhamento do material ao laboratório Pesquisa entomológica em foco foco gRetorno dos resultados encontrados à VISA e UBS
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  • 8.
  • 9. Flebotomíneos coletados no Distrito de Sousas, município de Campinas 2009-2010 Espécie machos fêmeas total Lutzomyia longipalpis 24 13* 37 Nyssomyia whitmani 90 28 118 Evandromyia lenti 1 1 2 Pintomyia fischeri 1 0 1 Migonemyia migonei 5 3 8 Psatyromyia aragaoi 0 1 1 Nyssomyia neivai 1 0 1 total 122 46 168 *2 fêmeas infectadas com L. infantum em dezembro de 2009
  • 12. Informo que em 10/11/16 recebemos a notificação do GVE de Santos de caso suspeito de LV residente do município de Guarujá e internado na UTI do Hospital Santo Amaro do Guarujá: paciente C. G.G J. data de nascimento 25/03/2012, data início dos sintomas 29/09/2016, história de pancitopenia+ hepatoesplenomegalia, edema MMII e icterícia. Sem história de doenças prévias. Mielograma realizado no Laboratório do Hospital Boldrini de Campinas em 27/10/2016: medula bem representativa nas três linhagens, com presença de leishmanias. IAL (SIG-IAL 2116871H): teste rápido negativo (entrada em 08/11/16); IFI em andamento; Elisa IgM para lepto não reagente. O menor tem irmão que apresentou os mesmos sintomas e evoluiu a óbito recentemente , sem diagnóstico (sem informação até o momento da data do óbito). A família tem história de ter um cão que veio pequeno do interior e ficou doente, porém aguardamos detalhamento dessa informação. A zoonoses municipal irá realizar sorologia dos cães do entorno. Orientações passadas ao GVE de Santos: 1. Investigação epidemiológica do caso (levantar história de deslocamentos, origem precisa do cão, etc) 2. Resgatar lâmina para envio ao IAL; coleta de sangue para realização de PCR; nova coleta de soro para teste rápido 3. Levantamento da história clínica do irmão de 1 ano que evoluiu a óbito e verificar a existência de amostra de sangue no hospital em que ficou internado. Caso seja resgatada amostra, enviar ao IAL para realização de teste rápido e IFI para LV. Este caso encontra-se ainda em investigação diagnóstica, mas entendo ser necessário além da investigação sorológica dos cães do entorno do domicílio que será realizado pela zoonose municipal, a pesquisa vetorial para termos a segurança de definir o LPI. Divisão de Zoonoses/CVE/CCD/SES-SP Pesquisa Entomológica em Foco: tem o vetor? Evento 2
  • 13. Investigação de Foco: LV Delimitação da área (mín. de 200 metros) Cadastro de imóveis e população de cães e gatos Busca ativa de cães sintomáticos ou não Coleta para sorologia (no mínimo 100 cães) Encaminhamento do material ao laboratório Pesquisa entomológica em focofoco dos resultados encontrados à VISA e UBS
  • 14.
  • 15.
  • 16. Ausência de Lu. longipalpis!!! QUEM Será que tem potencial biológico para transmitir Leishmania infantum?
  • 17.
  • 18.
  • 19. Até o momento, após varias tentativas, nunca foram encontradas leishmanias vivas no trato digestivo de carrapatos e pulgas após a digestão do sangue.
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  • 22.
  • 23. Paleoleishmania neotropicum em Lutzomyia adiketis, com formas promastigotas e amastigotas
  • 24. Ausência de L. longipalpis!!! Qual espécie de flebotomíneo estaria participando na transmissão?
  • 25. Distriuição de Lutzomyia longipalpis no Estado de São Paulo.
  • 26. Distribuição de Lu. longipalpis no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a notificação (até 2018)
  • 27. Cotia e Embu das Artes (desde 2003) Guarujá (desde 2016) Grande São Paulo 2017-2018 (não confirmados) Distribuição de casos caninos de VL no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a notificação (até 2017)
  • 28. Distribuição dos casos humanos de LV no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a notificação (até 2017) Guarujá - 2016 Votoratim - 2017 Itapevi - 2018
  • 29. Distribuição de Lu. Longipalpis, no Estado de São Paulo de acordo com o ano da 1a notificação. Cotia, Embu, Guarujá e Itapevi Qual(is) seria(m) a(s) espécie(s) vetora(s)??? Áreas de transmissão sem a presença da Lu. longipalpis
  • 30.
  • 31.
  • 32. Algoritmo para definição das atividades que devem ser desencadeadas ojetivando a comprovação de ausência de Lu. logipalpis e Lu. cruzi em áreas de transmissão.
  • 33. Coletas intensivas: diversidade, densidade, sazonalidade, atividade domiciliar
  • 34. Grande São Paulo Itapevi Lutzomyia longipalpis (Caieiras) Pintomyia fischeri Pintomyia fischeri Migonemyia migonei Migonemyia migonei Nyssomyia neivai Nyssomyia neivai Nyssomyia intermedia Nyssomyia intermedia Nyssomyia whitmani Nyssomyia whitmani Psychodopygus lloydi Pintomyia monticola Psychodopygus arthuri Psychodopygus ayrosai Brumptomyia sp Psychodopygus lloydi Psychodopygus arthuri Psathyromyia pascalei Micropygomyia quinquefer Brumptomyia sp Flebotomíneos coletados em áreas com transmissão de leishmaniose visceral e ausência de Lu. Longipalpis, Grande de São Paulo, 2016-2018
  • 35. Embú e Cotia Guarujá Santos Pintomyia fischeri Nyssomyia intermedia Nyssomyia intermedia Migonemyia migonei - Migonemyia migonei Nyssomyia neivai Pintomyia monticola Psathyromyia pascalei Migonemyia migonei Evandromyia edwardsi Psychodopygus ayrosai Psathyromyia pascalei Psychodopygus lloydi Pintomyia fischeri Psathyromyia sp Nyssomyia intermedia Pintomyia fischeri Psathyromyia aragaoi Micropygomyia schreiberi Sciopemyia sordellii Flebotomíneos coletados em áreas com transmissão de leishmaniose visceral e ausência de Lu. Longipalpis, Estado de São Paulo. Será que estas espécies possuem os requisitos para serem consideradas VETORAS?
  • 36. Qual(is) espécie(s) de flebotomíneo(s) tem potencial biológico para transmitir Leishmania infantum? Será que tem competência vetorial? e Será que tem capacidade vetorial? Quais são os requisitos para incriminar uma espécie como vetora?
  • 37. Requisitos para incriminar uma espécie como vetora • A área de distribuição geográfica do vetor e dos casos da doença se sobrepõem • Isolamento repetitivo, em fêmeas, de Leishmania que infecta o homem • Competência vetorial: adquirir e transmitir o parasita experimentalmente • Capacidade vetorial: abundância; dispersão; freqüência de alimentação sanguínea; sobrevivência; tamanho populacional absoluto; comportamento alimentar
  • 38. • A área de distribuição geográfica do vetor e dos casos da doença se sobrepõem • Isolamento repetitivo de Leishmania infantum em fêmeas, na mesma área dos casos caninos e ou humanos • Competência vetorial: adquirir e transmitir o parasita experimentalmente • Capacidade vetorial: abundância; dispersão; freqüência de alimentação sanguínea; sobrevivência; tamanho populacional absoluto; comportamento alimentar Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
  • 40.
  • 41. Detection of DNA of Leishmania infantum in Nyssomyia intermedia in a new focus of visceral leishmaniasis in São Paulo State, Brazil. What is the role of this sandfly in VL transmission? Claudio Casanova1, Gabriela Motoie2, Maria de Fátima Domingos, Fredy Galvis-Ovallos3, Vanessa Gusmon da Silva3, Mariana Dantas da Silva3, 1Eunice Aparecida Bianchi Galati3. 1Superitendëncia de Controle de Endemias (SUCEN), 2Istituto Adolfo Lutz (IAL), 3Faculdade de Saúde Pública- Universidade de São Paulo-USP. E-mail address:casanovaclaus@gmail.com Key words: Nyssomyia intermedia, natural infection, Leishmania infantum, visceral leishmaniasis, vector. Introduction. In Brazil, visceral leishmaniasis (VL) is a zoonosis caused by Leishmania infantum and transmitted to mammals - including dogs and humans - mainly by the bite of infected females of Lutzomyia longipalpis. However, the absence of this sandfly in captures undertaken in a recent focus of canine and human VL in the coastal municipality of Guarujá (SP), where Nyssomyia intermedia was the most abundant species, raise the suspicion that this species is involved in the transmission cycle of this disease. So in the present study we investigated the natural infection of the sandfly species of this locality. Methodology. Sandflies were collected from December 2016 to October 2018
  • 42. • A área de distribuição geográfica do vetor e dos casos da doença se sobrepõem • Isolamento repetitivo, em fêmeas, de Leishmania que infecta o homem • Competência vetorial: adquirir e transmitir o parasita experimentalmente • Capacidade vetorial: abundância; dispersão; freqüência de alimentação sanguínea; sobrevivência; tamanho populacional absoluto; comportamento alimentar Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
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  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55. Bloqueio na região da válvula estomoeal Promastigotas na região torácica do intestino
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  • 57. • Isolamento repetitivo, em fêmeas, de Leishmania que infecta o homem • Competência vetorial: adquirir e transmitir o parasita experimentalmente • A área de distribuição geográfica do vetor e dos casos da doença se sobrepõem • Capacidade vetorial: abundância; dispersão; freqüência de alimentação sanguínea; sobrevivência; tamanho populacional absoluto; comportamento alimentar Requisitos para incriminar uma espécie como vetora
  • 58. SIM
  • 59. Embú e Cotia: cão desde 2003 Caieiras: vetor e cão desde 2015 Santos: cão desde 2015 Guarujá cão e humano desde 2016 Itapevi: cão e humano desde 2018 Outros municípios Grande São Paulo
  • 60.
  • 61. Obrigado pela atenção! Claudio Casanova: casanovaclaus@gmail.com