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IDENTIDADES DOCENTES NA ABORDAGEM NARRATIVA. PROCESOS DE
SOCIALIZACION PROFESIONAL DOCENTE.
Caetano, Carlos Alberto1
Mestrando em Educação - PPGE/UFMT
caeta@pop.com.br
Monteiro, Filomena Maria de Arruda 2
Prof.Dra. – PPGE/UFMT
filomena@ufmt.br
Resumo:
Este trabalho é fruto de reflexões narrativas de professores formadores que
atuam no programa Projovem Urbano e rede pública, leituras de textos de pensadores
que estudam e pesquisam a partir do referencial teórico metodológico de abordagens
narrativas, pensadores da área das ciências da educação, sociologia, filosofia e de
minhas percepções enquanto pesquisador participante do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Política e Formação Docente: Ensino Fundamental e Superior.
Pretendo apontar algumas evidências que me levam a acreditar que o movimento de
resignificação do ser professor que se processa no interior do diálogo intersubjetivo, se
mostra como um campo narrativo de legitimações inter-educativas que constitui-se
mapas de epistémês para uma ciência docente. Este entendimento não se expressa
para mim num horizonte hipotético, mas trata-se da própria dinâmica narrativa que
sempre se exterioriza impregnada de sentidos resignificados e resignificantes
permanentes por isto o titulo Evidências de Epistêmés na Abordagem Narrativa.
Esta construção é parte do trabalho de mestrado que venho desenvolvendo intitulado
Formação dos Professores e Rede Pública, Através das Narrativas, Trajetórias e
Percursos, orientado pela Profª. Dra Filomena Maria de Arruda Monteiro do PPGE -
1
CAETANO, Carlos Alberto ,Mestrando em Educação - PPGE/UFMT ,caeta@pop.com.br
2
MONTEIRO, Filomena Maria de Arruda, Prof. Dra. – PPGE/UFMT , filomena@ufmt.br
Linha de Pesquisa: Organização Escolar, Formação e Práticas Pedagógicas - da
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.
Palavras Chaves: evidências ;epitémê ;resignificação ;narrativas e intersubjetividade.
Evidências de epistémê através da Abordagem narrativa
As evidências que aparecem como elementos para a validação de um campo
de epistémê através da abordagem narrativa se afirmam em um terreno movediço,
pois surgi em meio as grandes incertezas exteriorizadas por uma sociedade que
abraça a racionalidade técnica, como se ela representasse o único caminho possível
para se avançar frente aos problemas enfrentados pela educação.
Em meio a está turbulência e crises sociais e econômicas, as críticas a
docência, ganha terreno focando-a como culpada do fracasso escolar, isto por que o
sucesso escolar está diretamente entendido pela sociedade como sendo o caminho
para uma boa condição econômica. Como a educação não responde diretamente e de
forma imediata ao desemprego e a miséria, ela passa a ser o alvo dos ataques do
senso comum que atribui a ela um descaso e até a desvalorizam focando-a como uma
profissão desacreditada na sociedade.
Quando a educação seja por falta da afirmação de sua profissionalidade ou
por ainda não ter firmado do seu escopo teórico cientifico, se coloca no diálogo com
outras ciências, os discursos correntes e positivistas a desqualifica, colocando-a a
margem do processo de desenvolvimento.
Uma das primeiras noções de epistémê a ser mapeadas no movimento narrativo dos
docentes são suas intencionalidades políticas exteriorizadas no fazer-politico-
pedagógico. O movimento consiste em entendermos como podemos apreender nos
nossos cotidianos posições com base nos sinais de correlações de poder e
interpretações de conjunturas políticas e econômicas, capazes de explicitar o que esta
além dos fatos e das tomadas decisões políticas dos espaços de gestões. Existe um
campo de interesse frente às relações hegemônicas, onde está ancorada a
racionalidade técnica, esta se conserva a partir de um positivismo que muitas vezes
nega o direito de voz aos docentes. Por isto o processo de controle sobre as práticas
docentes. Mas os próprios posicionamentos didáticos e pedagógicos dos professores
descrevem uma intencionalidade política, por isto é possível afirmar que a prática
reflexiva dos professores no contexto da formação de adultos se constitui um fazer-
político. Isto fica posto na fala dos professores comprometidos com a mudança.
Na reflexão narrativa o Professor Lobato diz: Sobre auto-formação de professor eu
acredito que o professor é fruto do meio, nós carregamos na nossa base aquilo que
nós aprendemos na sala de aula, na faculdade, nas nossas vivencias a gente caba
representando soltando em sala de aula uma espécie que se fosse fazer uma analogia
a uma figura seria a semiótica o que você olha uma figura é tudo aquilo que você
representa da sua vivencia ninguém olha uma figura da mesma forma, assim é o
professor senão todos os alunos de uma sala de história, por exemplo, iriam acabar
dando aula do mesmo jeito e não é assim cada um utiliza suas experiências suas
vivencias pessoais profissionais seja na área acadêmica ou não então eu acredito que
um professor que é formado, por exemplo, em história e sempre teve na sua base de
licenciatura uma escola particular ele tem uma visão do que é fazer aula de como
tratar os alunos, então eu sou fruto do que eu vivi eu sou fruto do que eu vivi em sala
de aula, eu sou fruto de ter vindo de escola pública de uma formação em escola
particular até o fundamental, mas da metade do ensino fundamental até o ensino
médio até a faculdade eu vivenciei ela toda em escola pública então eu carrego essa
pexa, essa figura saber o que o aluno da escola pública espera até porque, o que isso
espera dele, o que o professor espera dele geralmente alguém que precisa quebrar
barreiras (Prof. Projovem Urbano).
Quando o professor na sua reflexão acima, diz que espera que o aluno
quebre barreiras, ele está se referindo a obstáculo que impeça este de continuar seu
percurso. As evidências circundam ambos de maneira subjetiva ao colocar para os
mesmos campos de esperança e de inter-responsabilidades sobre o percurso
construído. Fica explicito a intenção de alteração da vida de ambos através do espaço
escolar.
Quando adotamos as narrativas de professores enquanto metodologias de
pesquisas dão vozes aos seus diferentes contextos de atuação, já que não é possível
desvencilharmos o ser professor do seu fazer pedagógico , neste sentido o fazer
docente são atos eminentemente políticos. Portanto a vocação docente é política em
sua natureza, pois pressupõe mudanças de posturas, olhares e percepções de mundo
com a intencionalidade de mudanças permeadas de ética e de justiça social. Este se
constitui um campo fértil para uma ciência política da educação.
Relata a professora Luciana :Com certeza a gente vem colocando e mostrando para
os alunos a realidade que ele vive tendo essa interação, porque não basta chegar
dentro da sala de aula e dá aula, passar todo aquele conhecimento cientifico. Sem
nenhum embasamento porque aquele conhecimento cientifico é importante pra ele,
mas ele também tem que saber usar este conhecimento cientifico dentro da sua
realidade, dentro daquilo que ele vive.
Quando á professora acima admiti que o aluno está sendo preparado para
usar o conhecimento construído dentro da realidade que vive, ambos narrativamente
já o resignificaram discente-docente intersubjetivamente absorveram deste diálogo
elemento de fortalecimento do seu ser e estar, pois o sentido construído no aluno
passou de um conhecimento passivo do diálogo docente-discente para possibilidades
ativas de transformação de ambos na perspectiva de vida já posta naquele pequeno
fragmento de tempo vivido e resignificado pelas expectativas construídas. A segunda
evidência se coloca enquanto formação como absorvemos os conhecimentos postos
pelas contemporaneidades. A busca nos aponta para entender como resignificar. É
preciso apreender ambas as facetas, não há separação no momento presente que
possa evidenciar as singularidades destas percepções fora do movimento narrativo.
Trata-se de como captamos o processo em construção, suas interações, signos,
significados e valores sempre inacabados. Caminhamos para tentar entender nossa
essência enquanto ser professor, mas sem nos perdermos ontologicamente, não há
mergulho mais profundo do que, quando mergulhamos na resignificação de como nos
construímos em nossos percursos e trajetória. Podemos dizer, que os diálogos criam
um movimento de resignificação, deslocando-se para o interior do nosso eu
subjetivado ontologicamente o sentido transformado intersubjetivamente, neste
movimento inter-subjetivado ganha novamente singularidade o eu, já que os
processos de construção da identidade não são fixos, mas trazem sempre o ser do
outro, Intersubjetivamente falando ser é resignificar-se o que não é possível sem o
outro.
Este mecanismo de entendimento humano oculto, que o possibilita sentir de
forma singular e exteriorizar o sentido de maneira resignificada e revalorizada através
de sua narrativa de vida, instrumentaliza o professor nos seus percursos auto-
formativos a avançar em sua compreensão das relações e do mundo, pois neles as
trajetórias revelam que a profissionalidade trata-se de uma construção de identidade
inacabada, mas que passa pelo campo de construção da ciência docente. Neste
contexto o terceiro terreno de diálogos professorais que nos levam a evidências de
epistémê é o profissionalismo docente, que nos remete a áreas de responsabilidades
éticas, do fazer-pedagogico e da reflexão significativa.
Entendo a atuação e formação de professores como uma engenharia
educacional não acabada, que precisa buscar entender o sentido do que é “ser
professor” nas condições postas para este publico alvo. De onde somos olhados e de
onde olhamos. Em que contexto se constrói a cientificidade da formação de
professores? Como atuar e ser “Professor” profissionalmente na construção de canais
emancipatórios capazes de propor engenharias didático-pedagógicas que facilitem o
ensino-aprendizagem nas suas dimensões críticas voltadas para uma práxis
emancipatória.
Identidades e profissionalidades docentes: Sentidos e significados
A identidade docente se revela com um fenômeno que se exterioriza com um
duplo campo de cientifização disciplinar, um campo de domínio do conhecimento
acumulado e resignificado pela racionalidade técnica, que aparece nas narrativas dos
professores como campo de profissionalidade pronto e acabado que precisa ser
assimilado para o exercício da profissão o professor, Walter Benedito que atua como
docente no programa Projovem Urbano diz:
A teoria e a prática a gente sabe que nem sempre andam juntas à teoria é uma coisa,
a prática é outra, então acho que teoricamente tem essas questões de solução, mas
na prática a gente vê que não é bem assim é pela teoria que a gente tem que alcançar
os objetivos nunca desistir, acho que tem que ser persistentes, nunca jogar a toalha
você sempre vai ser tem que ser espelho, então esta questão da teoria a gente tem
que ir em busca, esta questão das estáticas às vezes mostra o contrário, mas a gente
tem que fazer o nosso papel, se a gente não fazer e nem tentar fazer. como que
seria?
A afirmação do docente acima entende que os atos devem, ser apreendidos
em sua lógica racional, que o comum muitas vezes e não haver a busca do
entendimento lógico por parte dos docentes, afirma ser papel profissional a
responsabilidade da busca e do fazer com que o discente apreenda as práticas e
teorias. Esta posição afirma uma racionalidade técnica como uma possibilidade de
avanço frente ao quadro enfrentado por este professor, mas não aponta na sua própria
prática a possibilidade de caminhos para o enfrentamento dos desafios, isto por que
neste momento ele não se vê enquanto parte do problema emblemático que deve ser
vencido que é como nós sentimos frente as lógicas teorizadas, somos parte deste todo
construído ? Somos parte independente, deste problema? Em que consiste o ensino-
aprendizagem no contexto do fazer pedagógico? qual é a expressão dos meus
sentimentos ? È no contexto de um campo multi-epistemólogico da dimensão narrativa
que novos sentidos criam corpo conceitual e se estruturam hermeneuticamente
desvelando das novas cientificidades, que vem fundamentadas nas abordagens
narrativas as tendências são muito heterogêneas, mas em todas apesar das
diferenças tem incomum a volta a trajetória resignificando o tempo vivido.
Com o foco nos sentidos da construção do ser professor profissional através da
narrativa dos processos, trajetórias e percursos de vida enquanto práxis humana rumo
a uma dimensão crítica,é com foco neste ser, que se constrói no âmbito da formação,
concebido com possibilidade de mudança significativa condicionado por suas
subjetividades nas teias dos discursos intersubjetivos, volto-me a discorrer na
dimensão conceitual e teorica entendendo a intersubjetividade como campo da
transformação dos sentidos e significados que envolve nos entrecruzamentos da vida
docente o ser e resignificar num movimento processual sempre inacabado mas com
possibilidades de uma crítica mais contundente ao estado de coisas que permeiam a
crise de referencial transformativo e emancipatório que vivenciamos sobretudo com o
fator de coisificação do homem como elemento central deste modelo de educação
pautado no saber escolar em detrimento a idéia da reflexão-na-acção conforme o
conceito de Schön (1995).
Podemos nos firmar nas narrativas para expressar de maneira singular a
construção coletiva e vice-versa. Mas o sentido fundador ainda evoca a personificação
de Mnemósine entidade mítica grega que representa as lembranças e a memória
também considerada filha do céu e da terra. ( Vitor Civita.p.124)
“A palavra narrativa, originária do latim narrare , significando
relatar, contar uma história, é uma técnica para gerar histórias de
algum acontecimento importante da vida e do contexto social do
narrador. Diferente da informação, a narrativa conserva suas
forças e, depois de muito tempo, ainda é capaz de se
desenvolver e de suscitar reflexões, pois as pessoas lembram o
que aconteceu, colocam a experiência em uma seqüência e
encontram possíveis explicações para ela, numa verdadeira
“forma artesanal de comunicação”, com a marca impressa do
narrador, como anuncia Benjamin’’ (1994, p. 205).
Imbernón (2009), vem ao encontro ao ser do professor, apóia-se nas idéias de que a
formação passa pelo introspecção, um mergulho para dentro do próprio “ eu “
enquanto ser ontológico e profissional. Penso também que estes significados e
sentidos estão no outro ao concebermos que nos auto-formamos em nossos
processos durante nossas trajetórias e percursos docentes.
As autoras trazem a afirmação “A formação continuada do
professor passa pela condição de que este vá assumindo uma
identidade docente, o que supõe ser sujeito da formação e não
objeto dela, mero instrumento maleável e manipulável nas mãos
de outros. (Imbernón, 2010, p.77)
Imbernón(2010) , propõe uma identidade docente a partir da formação continuada,
nesta abordagens, ele recoloca alguns pontos filosóficos em debate, está identidade
se estrutura pelas diferenças e estás são marcadas pelas diversidades culturais
existentes portanto o ser profissional do professor que se auto-forma no contexto
narrativo terão sempre em comum a profissionalidade construída na singularidade
praxiológica.
Fica explicito nos pensamentos teorizados e apresentados que usam a
abordagens narrativas que cada vez mais, este campo tem se apresentado como
opção, para quem busca um estudo onde o fazer cientifico esteja ancorado na prática
vivida como fonte de resiginificação e reconceituação da práxis humana , isto
metodologicamente falando significa uma retomada no ciclo da vida.
A formação de professores como ciência, pressupõe procedimentos verificáveis
ontologicamente, sociologicamente e uma atuação metodológica continua capaz de
evidenciar as tendências de cientificidade sem perder a singularidade, trata-se de uma
cientificidade que não generaliza para se afirmar, mas que uni singularidades e
diferenças criando unidades valorativas sobre o fazer e ser professor instituindo
sempre novos sentidos desta forma estamos apontando para uma possível teoria
crítica.
A narrativa carrega a polissemia isto abre um numero muito grande de
significados, porém é importante discutir que a metodologia narrativa, não está em
busca de caminhos para se constituir como método, ela em si é o método e o campo
da cientificidade, portanto o grande desafio é ler nas entrelinhas dos significados das
narrativas com se institui dinâmicas processuais intersubjetivas, até onde
conseguimos chegar na tradução e resgate de nossos significados nos resignificando
e quando é que meus sentidos deixam de ser singulares transformando em substancia
coletiva.
“Segundo Ferraroti (2010) “Um homem nunca é um indivíduo;
seria melhor chamar-lhe um universal singular “totalizado” e, por
isto mesmo, universalizado pela sua época,” retotaliza-a”
reproduzindo-se nela enquanto singularidade. Universal pela
universalidade singular da história humana. Singular pela
singularidade universalizante dos seus projetos” ( p.51)
As construções a cerca do ser e resignificar, estão postas no campo
epistemológico cada uma caminhando singularmente separadas, penso que para que
a abordagem narrativa aproxime-se cada vez mais da construções sobre a verdade do
ser e preciso compreender este movimento de resignificar e ser, pois quando estamos
resignificando não somos mais o mesmo ser , estamos em meio uma zona de
mudanças, neste sentido a verdade aparece como algo inacabado , ela é o discurso
no tempo condicionado ao aprisionamento das espacialidades culturais. As narrativas
são espaços do exercício destas verdades momentâneas que se apresentam através
das cientificidades epistemológicas e filosóficas que envolve o ser professor
profissional. Não há armadura resistente ou durável diante do fulgor do não esperado
ser da auto-formação e do ser profissional. Sua condição intersubjetiva é de renovar a
existência de forma permanente resignificando permanentemente seus sentidos e
discursos por conseqüência seu ser. Estou convencido das minhas aspirações de
que o movimento narrativo passa a ser a correia transmissiva do ser e resignificar
enquanto espaços de um único movimento intersubjetivo de transvidalidade humana.
Cunhei a palavra transvidalidade para afirmar que no ser e resignificar dialogam-se
essências de vidas que alimentam o ser da humanidade.
O noûs de Parménides, ainda hoje tem o mesmo significado de atividade intelectual
ou da razão, mas ainda hoje guarda seu maior sentido e afirmação da filosofia
parmenìdica As coisas consistem em algo, o ser é e o não ser não é. Com base na
afirmação de Parménides, evoco o ser ontológico do ente professor para mergulhar
em suas mais profundas sinapses, buscando compreender os sentidos e significados
desta construção etimológica e ontológica que é o professor, poderia dizer que nesta
busca onde achamos que encontraremos com nossas materialidades profissionais,
encontraremos os sentidos dos outros é como se diluir em meio a tudo e a todos e
todas somos, cada uma das relações construídas e nós mesmos ao mesmo tempo
toda nossa singularidade é o todo do nosso ser, que é a coletividade. Portanto ser
professor é ser parte do todo ressiginificado, pois a todo o momento que
ressignificamos nossa singularidade tomamos do toda sua essência e nos
transferimos ontologicamente fazendo fortalecer nosso ser.
Prática de significação e resignificação
Minha preocupação com o ser professor profissional, passa pelos valores que
estes professores podem ajudar a construir nos discentes, facilitar a interação com
valores ainda não internalizados. Voltar aos sentidos do que é ser professor, trata-se
de devolver humanidades e sentidos a docência. O professor (Maximo, 2011) que está
participando da formação de educadores do Projovem Urbano e na pesquisa narrativa
coloca em sua fala preocupações em relação a estes valores:
(...) comecei trabalhar com dez anos, meu pai ficou doente e desde dai eu tive que
trabalhar os meus valores. Os valores estão desaparecendo é respeito, o amor a
compreensão esses ai são os valores que são essenciais hoje para o ser humano, não
só na questão educação mais no geral para o ser humano mesmo. “(Maximo, 2011)
Num primeiro momento das narrativas autobiográficas que realizei com os
professores pela formação de educadores do Projovem Urbano e rede pública, ficou
latente que alguns docentes estão preocupados com os valores, com o que eles
podem transmitir como formadores:
Formar professores, ou melhor, contribuir para que eles formem
a si mesmos enquanto docentes, implica em estimular a pessoa
do professor para uma perspectiva crítico-reflexiva, que lhe
forneça os meios de um pensamento autônomo capaz de facilitar
as dinâmicas de auto-formação participada, pois “estar em
formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e
criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vista à
construção de uma identidade, que é também
profissional”(Nóvoa,1995; 25).
Na prática da resignificação e uma dinâmica oculta para a coletividade mas um diálogo
aberto com meu próprio eu , com minhas subjetividades, comecei a perceber que não
se trata somente da razão, mas das emoções ao perguntar de onde vêem as idéias
que tenho. Mas de como escrever no livro oculto de minhas subjetividades em
constante movimento intersubjetivo, narro consciente ou inconscientemente minhas
emoções, entendimentos, paixões, frustrações, medos, expectativas ontologias e
percursos profissionais , tendo a certeza da minha inexistência humana sem outro.
Como formadores de professores, penso que é preciso ter clareza de que sociedade
se está construindo, quais os caminhos estamos trilhando no campo das políticas
educacionais, quais os reflexos desta política no cotidiano da sociedade, como
podemos ocupar os espaços nestas trajetórias de forma a participarmos das decisões
que norteiam esta política.
O movimento consiste em entendermos como podemos apreender nos
nossos cotidianos posições com base nos sinais de correlações de poder e
interpretações de conjunturas políticas e econômicas, capazes de explicitar o que esta
além dos fatos e das tomadas decisões políticas dos espaços de gestões. Existe um
campo de interesse frente às relações hegemônicas, onde está ancorada a
racionalidade técnica, esta se conserva a partir de um positivismo que muitas vezes
nega o direito de voz aos docentes. Por isto o processo de controle sobre as praticas
docentes. Mas os próprios posicionamentos didáticos e pedagógicos dos professores
descrevem uma intencionalidade política, por isto é possível afirmar que a prática
reflexiva dos professores no contexto da formação de adultos se constitui um fazer-
politico.
A Narrativa do professor acima aponta para a necessidade de se conjugar
esforços na tentativa de entender a sala de aula não só como cenário de de ensino-
aprendizagem , mas de subjetividades e intersubjetividades levando a cientifização
do conhecimento e da didática.
Quando adotamos as narrativas de professores enquanto metodologias de
pesquisas damos vozes aos seus diferentes contextos de atuação, já que não é
possível desvencilharmos o ser professor do seu fazer pedagógico , neste sentido o
fazer docente são atos eminentemente políticos. Portanto a vocação docente é política
em sua natureza, pois pressupõe mudanças de posturas, olhares e percepções de
mundo com a intencionalidade de mudanças permeadas de ética e de justiça social.
Ao sentido posto é que nosso papel é inverter a atual conjuntura social, pois nossas
resignificações na prática apontam para nossas missão profissional, que entendo ser,
tornar o oficio docente o guia para um mundo socialmente mais justo.
Interpretando a práxis narrativa docente
Podermos a partir de Schön (1992) que defende a reflexão-na-açao, dizer que a
ação política é sempre uma ação refletida, pois nossos discursos são sempre fruto
simbólico de nossas percepções e inter-relações de nossas subjetividades, as
construções conceituais e discursivas construídas neste movimento inter-subjetitivo
das relações na docência é que constitui-se em um espaço de evidências onde se
criam epistèmês capazes de cientificizar teoricamente os significados, procedimentos
e percepções vividas, com isto solidificar o terreno da narrativa enquanto singular
coletivo.
Foucault no prefácio de “As Palavras e As Coisas”, explica que a
busca da epistèmê de uma época é a busca pela ordem
intrínseca, por uma certa lógica interna que possibilitaria o
conhecimento, formando uma base sólida e coerente sobre a
qual se construiria todo o arcabouço de saber daquela época
determinada. Essa região “mediana” situada entre a pura
empiricidade dos esquemas perceptivos de cada indivíduo e o
nível da reflexão, seja na teorização científica,seja no âmbito da
explicação filosófica, é a que determina, porém, tanto as
condições de percepção empírica quanto as possibilidades e as
matizes da reflexão. ( Gallo;1995, p.14)
Podemos na perspectiva de uma práxis docente afirmar, que as narrativas
constituem-se epistémês para uma ciência da educação, pois não há uma atuação
docente que não seja resignificadora, pois o movimento de cientifização fica
exteriorizado no ato docente, não há troca que não leve a uma ponte de mão dupla,
não há mensagem se não há receptor, não há receptor que não seja atingido
subjetivamente mesmo não havendo a intersubjetividade como movimento que
confere sentido e significado aos atos humanos, a fala exteriorizada já está
resignificada ao passar pelo seu locutor. Podemos dizer que para uma palavra guardar
na sua origem seu significante, precisa ser narrada sempre para situar sua época
histórica, pois sempre ela correrá o risco polissêmico da reinterpretação que é a
flecha precisa da resignificação.
Existe uma lógica da reflexão-na-ação sendo gestada e ela leva em conta
subjetividades e coloca o aluno no centro do processo formativo e ao fazê-lo
recuperamos nosso lugar de professor critico, vejamos a fala da professora Maria da
Guia que atua no Projovem urbano:
Na academia você sai da faculdade sem conhecimento nenhum de sala de aula você
aprende a ser professor a ser educador em sala de aula apanhando ao mesmo tempo
errando acertando, mas é na sala de aula que a gente aprende eu aprendi muito e
continuo aprendendo a cada dia cada escola que eu trabalho eu tenho uma realidade
diferente só que essa realidade me faz compreender cada espaço onde estou eu vivo
eu estudo continuo estudando to fazendo inclusão social e vou continuar estudando
porque a sala de aula você aprende cada dia e precisa estudar cada dia é preciso
você ler reler e estruturar seu planejamento constantemente ser professor não é fácil
mais é o que eu sou professora porque eu gosto e ao mesmo tempo que eu gosto me
satisfaz me realiza dentro da sala de aula eu consigo ser diferente do que eu sou fora
de sala de aula, mas o meu conhecimento o meu objetivo principal é fazer com que
eles aprendam e eu aprendo com eles a cada dia.( Guia,2011)
Segundo Imbermón (2010) a solução está em potencializar uma nova cultura
formadora, que gere novos processos na teoria e na prática da formação introduzindo-
nos em novas perspectivas e metodologias. Podemos dizer que esta cultura
formadora apontada precisa colocar no centro do processo, narrativas significativas
que problematizem suas inter-subjetividades e apontem caminhos coletivos, que
resgate a auto-estima da docência, que valorize o fazer profissional e a autonomia da
construção do processo de ensino e aprendizagem. Está identidade profissional
aparece nas narrativas dos professores nos entrecruzamentos das relações criadas
com os alunos no cotidiano escolar; conforme veremos no relato do Prof. Valter
Benedito da Silva “Sempre gostei de dar aula, porque eu na minha trajetória de vida,
identifico bastante com esses alunos do Projovem digamos assim a gente fala a
mesma língua, eu entendo um eles e eles me entendem, eu tenho essa facilidade com
os alunos do Projovem por causa disso, desta identidade com os alunos.”
Mais do que sonhar de novo, devemos transcendermo-nos no tempo
narrativo para recuperarmos nossos inícios e nos reconhecermos num percurso
comum resguardando nossas singularidades, mas explorando nossas inter-
subjetividades, reconhecendo que o ser só pode se identificar a partir do outro, pois se
somos, somos para algo e para alguém.
Somente a afirmação do ser docente em sua totalidade será capaz de levar
a uma transformação da profissionalidade, não se pode falar em docência sem aceitar
a intersubjetividade como dinâmica do ato de conhecer, pois não entende o outro sem
alteridade e reconhecimento das diferenças , neste sentido a práxis humana nos leva
a entender que a dinâmica do conhecer necessita sempre do mergulho no interior do
outro, pois ele é que pode dar sentido ao meu eu ao que sou.
Referencias bibliográficas:
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São Paulo , Editora Abril Cultural , 1983
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FINGER, Matthias (orgs). O método (auto)biográfico e a formação. São Paulo:
Paulus, 2010. p.31-58.
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Portugal. Ed. Porto, 1998.
GEUSS, Raymond Habermas , Teoria Crítica , Escola de Frankfurt, Campinas –SP ,
Editora Papirus, 1988
HUBERMAN, Michaël. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A.
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IMBERNÓM, Francisco. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed,
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Autêntica, 2010.
MARCIO, Mariguela , Foucault e a Destruição das Evidencias, Editora Unicamp,
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NETO, José Francisco de Melo, Diálogo em Educação: Platão ,Habermas e
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NÓVOA, António, et al. Vidas de Professores. 2. Ed. Porto: Porto Editora, 1995.
PONTY, M.M A natureza , Editora Martins Fontes, São Paulo,2000
___________Fenomenologia da Percepção Editora Martins Fontes, São Paulo,1999
RICOEUR, Paul , Na escola da Fenomenologia , Petrópolis –RJ , Editora Vozes,2009
_____________, Teoria da Interpretação : O discurso eo Excesso de Significação,
Lisboa /Portugal , Edicões 70 LDA , 2011
ULLMANN, Stephen, Semântica: Uma Introdução a Ciência do Significa do, Fundação
Calouste Gulbenkian , Lisboa ,1964
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900. In: Nóvoa, A. (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom
Quixote, 1992
ZEICHNER, K. M. Formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa:
Educa, 1993.

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Identidades docentes na abordagem narrativa

  • 1. IDENTIDADES DOCENTES NA ABORDAGEM NARRATIVA. PROCESOS DE SOCIALIZACION PROFESIONAL DOCENTE. Caetano, Carlos Alberto1 Mestrando em Educação - PPGE/UFMT caeta@pop.com.br Monteiro, Filomena Maria de Arruda 2 Prof.Dra. – PPGE/UFMT filomena@ufmt.br Resumo: Este trabalho é fruto de reflexões narrativas de professores formadores que atuam no programa Projovem Urbano e rede pública, leituras de textos de pensadores que estudam e pesquisam a partir do referencial teórico metodológico de abordagens narrativas, pensadores da área das ciências da educação, sociologia, filosofia e de minhas percepções enquanto pesquisador participante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política e Formação Docente: Ensino Fundamental e Superior. Pretendo apontar algumas evidências que me levam a acreditar que o movimento de resignificação do ser professor que se processa no interior do diálogo intersubjetivo, se mostra como um campo narrativo de legitimações inter-educativas que constitui-se mapas de epistémês para uma ciência docente. Este entendimento não se expressa para mim num horizonte hipotético, mas trata-se da própria dinâmica narrativa que sempre se exterioriza impregnada de sentidos resignificados e resignificantes permanentes por isto o titulo Evidências de Epistêmés na Abordagem Narrativa. Esta construção é parte do trabalho de mestrado que venho desenvolvendo intitulado Formação dos Professores e Rede Pública, Através das Narrativas, Trajetórias e Percursos, orientado pela Profª. Dra Filomena Maria de Arruda Monteiro do PPGE - 1 CAETANO, Carlos Alberto ,Mestrando em Educação - PPGE/UFMT ,caeta@pop.com.br 2 MONTEIRO, Filomena Maria de Arruda, Prof. Dra. – PPGE/UFMT , filomena@ufmt.br
  • 2. Linha de Pesquisa: Organização Escolar, Formação e Práticas Pedagógicas - da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Palavras Chaves: evidências ;epitémê ;resignificação ;narrativas e intersubjetividade. Evidências de epistémê através da Abordagem narrativa As evidências que aparecem como elementos para a validação de um campo de epistémê através da abordagem narrativa se afirmam em um terreno movediço, pois surgi em meio as grandes incertezas exteriorizadas por uma sociedade que abraça a racionalidade técnica, como se ela representasse o único caminho possível para se avançar frente aos problemas enfrentados pela educação. Em meio a está turbulência e crises sociais e econômicas, as críticas a docência, ganha terreno focando-a como culpada do fracasso escolar, isto por que o sucesso escolar está diretamente entendido pela sociedade como sendo o caminho para uma boa condição econômica. Como a educação não responde diretamente e de forma imediata ao desemprego e a miséria, ela passa a ser o alvo dos ataques do senso comum que atribui a ela um descaso e até a desvalorizam focando-a como uma profissão desacreditada na sociedade. Quando a educação seja por falta da afirmação de sua profissionalidade ou por ainda não ter firmado do seu escopo teórico cientifico, se coloca no diálogo com outras ciências, os discursos correntes e positivistas a desqualifica, colocando-a a margem do processo de desenvolvimento. Uma das primeiras noções de epistémê a ser mapeadas no movimento narrativo dos docentes são suas intencionalidades políticas exteriorizadas no fazer-politico- pedagógico. O movimento consiste em entendermos como podemos apreender nos nossos cotidianos posições com base nos sinais de correlações de poder e interpretações de conjunturas políticas e econômicas, capazes de explicitar o que esta além dos fatos e das tomadas decisões políticas dos espaços de gestões. Existe um campo de interesse frente às relações hegemônicas, onde está ancorada a racionalidade técnica, esta se conserva a partir de um positivismo que muitas vezes nega o direito de voz aos docentes. Por isto o processo de controle sobre as práticas docentes. Mas os próprios posicionamentos didáticos e pedagógicos dos professores descrevem uma intencionalidade política, por isto é possível afirmar que a prática
  • 3. reflexiva dos professores no contexto da formação de adultos se constitui um fazer- político. Isto fica posto na fala dos professores comprometidos com a mudança. Na reflexão narrativa o Professor Lobato diz: Sobre auto-formação de professor eu acredito que o professor é fruto do meio, nós carregamos na nossa base aquilo que nós aprendemos na sala de aula, na faculdade, nas nossas vivencias a gente caba representando soltando em sala de aula uma espécie que se fosse fazer uma analogia a uma figura seria a semiótica o que você olha uma figura é tudo aquilo que você representa da sua vivencia ninguém olha uma figura da mesma forma, assim é o professor senão todos os alunos de uma sala de história, por exemplo, iriam acabar dando aula do mesmo jeito e não é assim cada um utiliza suas experiências suas vivencias pessoais profissionais seja na área acadêmica ou não então eu acredito que um professor que é formado, por exemplo, em história e sempre teve na sua base de licenciatura uma escola particular ele tem uma visão do que é fazer aula de como tratar os alunos, então eu sou fruto do que eu vivi eu sou fruto do que eu vivi em sala de aula, eu sou fruto de ter vindo de escola pública de uma formação em escola particular até o fundamental, mas da metade do ensino fundamental até o ensino médio até a faculdade eu vivenciei ela toda em escola pública então eu carrego essa pexa, essa figura saber o que o aluno da escola pública espera até porque, o que isso espera dele, o que o professor espera dele geralmente alguém que precisa quebrar barreiras (Prof. Projovem Urbano). Quando o professor na sua reflexão acima, diz que espera que o aluno quebre barreiras, ele está se referindo a obstáculo que impeça este de continuar seu percurso. As evidências circundam ambos de maneira subjetiva ao colocar para os mesmos campos de esperança e de inter-responsabilidades sobre o percurso construído. Fica explicito a intenção de alteração da vida de ambos através do espaço escolar. Quando adotamos as narrativas de professores enquanto metodologias de pesquisas dão vozes aos seus diferentes contextos de atuação, já que não é possível desvencilharmos o ser professor do seu fazer pedagógico , neste sentido o fazer docente são atos eminentemente políticos. Portanto a vocação docente é política em sua natureza, pois pressupõe mudanças de posturas, olhares e percepções de mundo com a intencionalidade de mudanças permeadas de ética e de justiça social. Este se constitui um campo fértil para uma ciência política da educação. Relata a professora Luciana :Com certeza a gente vem colocando e mostrando para os alunos a realidade que ele vive tendo essa interação, porque não basta chegar
  • 4. dentro da sala de aula e dá aula, passar todo aquele conhecimento cientifico. Sem nenhum embasamento porque aquele conhecimento cientifico é importante pra ele, mas ele também tem que saber usar este conhecimento cientifico dentro da sua realidade, dentro daquilo que ele vive. Quando á professora acima admiti que o aluno está sendo preparado para usar o conhecimento construído dentro da realidade que vive, ambos narrativamente já o resignificaram discente-docente intersubjetivamente absorveram deste diálogo elemento de fortalecimento do seu ser e estar, pois o sentido construído no aluno passou de um conhecimento passivo do diálogo docente-discente para possibilidades ativas de transformação de ambos na perspectiva de vida já posta naquele pequeno fragmento de tempo vivido e resignificado pelas expectativas construídas. A segunda evidência se coloca enquanto formação como absorvemos os conhecimentos postos pelas contemporaneidades. A busca nos aponta para entender como resignificar. É preciso apreender ambas as facetas, não há separação no momento presente que possa evidenciar as singularidades destas percepções fora do movimento narrativo. Trata-se de como captamos o processo em construção, suas interações, signos, significados e valores sempre inacabados. Caminhamos para tentar entender nossa essência enquanto ser professor, mas sem nos perdermos ontologicamente, não há mergulho mais profundo do que, quando mergulhamos na resignificação de como nos construímos em nossos percursos e trajetória. Podemos dizer, que os diálogos criam um movimento de resignificação, deslocando-se para o interior do nosso eu subjetivado ontologicamente o sentido transformado intersubjetivamente, neste movimento inter-subjetivado ganha novamente singularidade o eu, já que os processos de construção da identidade não são fixos, mas trazem sempre o ser do outro, Intersubjetivamente falando ser é resignificar-se o que não é possível sem o outro. Este mecanismo de entendimento humano oculto, que o possibilita sentir de forma singular e exteriorizar o sentido de maneira resignificada e revalorizada através de sua narrativa de vida, instrumentaliza o professor nos seus percursos auto- formativos a avançar em sua compreensão das relações e do mundo, pois neles as trajetórias revelam que a profissionalidade trata-se de uma construção de identidade inacabada, mas que passa pelo campo de construção da ciência docente. Neste contexto o terceiro terreno de diálogos professorais que nos levam a evidências de epistémê é o profissionalismo docente, que nos remete a áreas de responsabilidades éticas, do fazer-pedagogico e da reflexão significativa.
  • 5. Entendo a atuação e formação de professores como uma engenharia educacional não acabada, que precisa buscar entender o sentido do que é “ser professor” nas condições postas para este publico alvo. De onde somos olhados e de onde olhamos. Em que contexto se constrói a cientificidade da formação de professores? Como atuar e ser “Professor” profissionalmente na construção de canais emancipatórios capazes de propor engenharias didático-pedagógicas que facilitem o ensino-aprendizagem nas suas dimensões críticas voltadas para uma práxis emancipatória. Identidades e profissionalidades docentes: Sentidos e significados A identidade docente se revela com um fenômeno que se exterioriza com um duplo campo de cientifização disciplinar, um campo de domínio do conhecimento acumulado e resignificado pela racionalidade técnica, que aparece nas narrativas dos professores como campo de profissionalidade pronto e acabado que precisa ser assimilado para o exercício da profissão o professor, Walter Benedito que atua como docente no programa Projovem Urbano diz: A teoria e a prática a gente sabe que nem sempre andam juntas à teoria é uma coisa, a prática é outra, então acho que teoricamente tem essas questões de solução, mas na prática a gente vê que não é bem assim é pela teoria que a gente tem que alcançar os objetivos nunca desistir, acho que tem que ser persistentes, nunca jogar a toalha você sempre vai ser tem que ser espelho, então esta questão da teoria a gente tem que ir em busca, esta questão das estáticas às vezes mostra o contrário, mas a gente tem que fazer o nosso papel, se a gente não fazer e nem tentar fazer. como que seria? A afirmação do docente acima entende que os atos devem, ser apreendidos em sua lógica racional, que o comum muitas vezes e não haver a busca do entendimento lógico por parte dos docentes, afirma ser papel profissional a responsabilidade da busca e do fazer com que o discente apreenda as práticas e teorias. Esta posição afirma uma racionalidade técnica como uma possibilidade de avanço frente ao quadro enfrentado por este professor, mas não aponta na sua própria prática a possibilidade de caminhos para o enfrentamento dos desafios, isto por que neste momento ele não se vê enquanto parte do problema emblemático que deve ser vencido que é como nós sentimos frente as lógicas teorizadas, somos parte deste todo construído ? Somos parte independente, deste problema? Em que consiste o ensino- aprendizagem no contexto do fazer pedagógico? qual é a expressão dos meus sentimentos ? È no contexto de um campo multi-epistemólogico da dimensão narrativa
  • 6. que novos sentidos criam corpo conceitual e se estruturam hermeneuticamente desvelando das novas cientificidades, que vem fundamentadas nas abordagens narrativas as tendências são muito heterogêneas, mas em todas apesar das diferenças tem incomum a volta a trajetória resignificando o tempo vivido. Com o foco nos sentidos da construção do ser professor profissional através da narrativa dos processos, trajetórias e percursos de vida enquanto práxis humana rumo a uma dimensão crítica,é com foco neste ser, que se constrói no âmbito da formação, concebido com possibilidade de mudança significativa condicionado por suas subjetividades nas teias dos discursos intersubjetivos, volto-me a discorrer na dimensão conceitual e teorica entendendo a intersubjetividade como campo da transformação dos sentidos e significados que envolve nos entrecruzamentos da vida docente o ser e resignificar num movimento processual sempre inacabado mas com possibilidades de uma crítica mais contundente ao estado de coisas que permeiam a crise de referencial transformativo e emancipatório que vivenciamos sobretudo com o fator de coisificação do homem como elemento central deste modelo de educação pautado no saber escolar em detrimento a idéia da reflexão-na-acção conforme o conceito de Schön (1995). Podemos nos firmar nas narrativas para expressar de maneira singular a construção coletiva e vice-versa. Mas o sentido fundador ainda evoca a personificação de Mnemósine entidade mítica grega que representa as lembranças e a memória também considerada filha do céu e da terra. ( Vitor Civita.p.124) “A palavra narrativa, originária do latim narrare , significando relatar, contar uma história, é uma técnica para gerar histórias de algum acontecimento importante da vida e do contexto social do narrador. Diferente da informação, a narrativa conserva suas forças e, depois de muito tempo, ainda é capaz de se desenvolver e de suscitar reflexões, pois as pessoas lembram o que aconteceu, colocam a experiência em uma seqüência e encontram possíveis explicações para ela, numa verdadeira “forma artesanal de comunicação”, com a marca impressa do narrador, como anuncia Benjamin’’ (1994, p. 205). Imbernón (2009), vem ao encontro ao ser do professor, apóia-se nas idéias de que a formação passa pelo introspecção, um mergulho para dentro do próprio “ eu “ enquanto ser ontológico e profissional. Penso também que estes significados e
  • 7. sentidos estão no outro ao concebermos que nos auto-formamos em nossos processos durante nossas trajetórias e percursos docentes. As autoras trazem a afirmação “A formação continuada do professor passa pela condição de que este vá assumindo uma identidade docente, o que supõe ser sujeito da formação e não objeto dela, mero instrumento maleável e manipulável nas mãos de outros. (Imbernón, 2010, p.77) Imbernón(2010) , propõe uma identidade docente a partir da formação continuada, nesta abordagens, ele recoloca alguns pontos filosóficos em debate, está identidade se estrutura pelas diferenças e estás são marcadas pelas diversidades culturais existentes portanto o ser profissional do professor que se auto-forma no contexto narrativo terão sempre em comum a profissionalidade construída na singularidade praxiológica. Fica explicito nos pensamentos teorizados e apresentados que usam a abordagens narrativas que cada vez mais, este campo tem se apresentado como opção, para quem busca um estudo onde o fazer cientifico esteja ancorado na prática vivida como fonte de resiginificação e reconceituação da práxis humana , isto metodologicamente falando significa uma retomada no ciclo da vida. A formação de professores como ciência, pressupõe procedimentos verificáveis ontologicamente, sociologicamente e uma atuação metodológica continua capaz de evidenciar as tendências de cientificidade sem perder a singularidade, trata-se de uma cientificidade que não generaliza para se afirmar, mas que uni singularidades e diferenças criando unidades valorativas sobre o fazer e ser professor instituindo sempre novos sentidos desta forma estamos apontando para uma possível teoria crítica. A narrativa carrega a polissemia isto abre um numero muito grande de significados, porém é importante discutir que a metodologia narrativa, não está em busca de caminhos para se constituir como método, ela em si é o método e o campo da cientificidade, portanto o grande desafio é ler nas entrelinhas dos significados das narrativas com se institui dinâmicas processuais intersubjetivas, até onde conseguimos chegar na tradução e resgate de nossos significados nos resignificando e quando é que meus sentidos deixam de ser singulares transformando em substancia coletiva. “Segundo Ferraroti (2010) “Um homem nunca é um indivíduo; seria melhor chamar-lhe um universal singular “totalizado” e, por isto mesmo, universalizado pela sua época,” retotaliza-a” reproduzindo-se nela enquanto singularidade. Universal pela
  • 8. universalidade singular da história humana. Singular pela singularidade universalizante dos seus projetos” ( p.51) As construções a cerca do ser e resignificar, estão postas no campo epistemológico cada uma caminhando singularmente separadas, penso que para que a abordagem narrativa aproxime-se cada vez mais da construções sobre a verdade do ser e preciso compreender este movimento de resignificar e ser, pois quando estamos resignificando não somos mais o mesmo ser , estamos em meio uma zona de mudanças, neste sentido a verdade aparece como algo inacabado , ela é o discurso no tempo condicionado ao aprisionamento das espacialidades culturais. As narrativas são espaços do exercício destas verdades momentâneas que se apresentam através das cientificidades epistemológicas e filosóficas que envolve o ser professor profissional. Não há armadura resistente ou durável diante do fulgor do não esperado ser da auto-formação e do ser profissional. Sua condição intersubjetiva é de renovar a existência de forma permanente resignificando permanentemente seus sentidos e discursos por conseqüência seu ser. Estou convencido das minhas aspirações de que o movimento narrativo passa a ser a correia transmissiva do ser e resignificar enquanto espaços de um único movimento intersubjetivo de transvidalidade humana. Cunhei a palavra transvidalidade para afirmar que no ser e resignificar dialogam-se essências de vidas que alimentam o ser da humanidade. O noûs de Parménides, ainda hoje tem o mesmo significado de atividade intelectual ou da razão, mas ainda hoje guarda seu maior sentido e afirmação da filosofia parmenìdica As coisas consistem em algo, o ser é e o não ser não é. Com base na afirmação de Parménides, evoco o ser ontológico do ente professor para mergulhar em suas mais profundas sinapses, buscando compreender os sentidos e significados desta construção etimológica e ontológica que é o professor, poderia dizer que nesta busca onde achamos que encontraremos com nossas materialidades profissionais, encontraremos os sentidos dos outros é como se diluir em meio a tudo e a todos e todas somos, cada uma das relações construídas e nós mesmos ao mesmo tempo toda nossa singularidade é o todo do nosso ser, que é a coletividade. Portanto ser professor é ser parte do todo ressiginificado, pois a todo o momento que ressignificamos nossa singularidade tomamos do toda sua essência e nos transferimos ontologicamente fazendo fortalecer nosso ser. Prática de significação e resignificação Minha preocupação com o ser professor profissional, passa pelos valores que estes professores podem ajudar a construir nos discentes, facilitar a interação com
  • 9. valores ainda não internalizados. Voltar aos sentidos do que é ser professor, trata-se de devolver humanidades e sentidos a docência. O professor (Maximo, 2011) que está participando da formação de educadores do Projovem Urbano e na pesquisa narrativa coloca em sua fala preocupações em relação a estes valores: (...) comecei trabalhar com dez anos, meu pai ficou doente e desde dai eu tive que trabalhar os meus valores. Os valores estão desaparecendo é respeito, o amor a compreensão esses ai são os valores que são essenciais hoje para o ser humano, não só na questão educação mais no geral para o ser humano mesmo. “(Maximo, 2011) Num primeiro momento das narrativas autobiográficas que realizei com os professores pela formação de educadores do Projovem Urbano e rede pública, ficou latente que alguns docentes estão preocupados com os valores, com o que eles podem transmitir como formadores: Formar professores, ou melhor, contribuir para que eles formem a si mesmos enquanto docentes, implica em estimular a pessoa do professor para uma perspectiva crítico-reflexiva, que lhe forneça os meios de um pensamento autônomo capaz de facilitar as dinâmicas de auto-formação participada, pois “estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vista à construção de uma identidade, que é também profissional”(Nóvoa,1995; 25). Na prática da resignificação e uma dinâmica oculta para a coletividade mas um diálogo aberto com meu próprio eu , com minhas subjetividades, comecei a perceber que não se trata somente da razão, mas das emoções ao perguntar de onde vêem as idéias que tenho. Mas de como escrever no livro oculto de minhas subjetividades em constante movimento intersubjetivo, narro consciente ou inconscientemente minhas emoções, entendimentos, paixões, frustrações, medos, expectativas ontologias e percursos profissionais , tendo a certeza da minha inexistência humana sem outro. Como formadores de professores, penso que é preciso ter clareza de que sociedade se está construindo, quais os caminhos estamos trilhando no campo das políticas educacionais, quais os reflexos desta política no cotidiano da sociedade, como podemos ocupar os espaços nestas trajetórias de forma a participarmos das decisões que norteiam esta política. O movimento consiste em entendermos como podemos apreender nos nossos cotidianos posições com base nos sinais de correlações de poder e
  • 10. interpretações de conjunturas políticas e econômicas, capazes de explicitar o que esta além dos fatos e das tomadas decisões políticas dos espaços de gestões. Existe um campo de interesse frente às relações hegemônicas, onde está ancorada a racionalidade técnica, esta se conserva a partir de um positivismo que muitas vezes nega o direito de voz aos docentes. Por isto o processo de controle sobre as praticas docentes. Mas os próprios posicionamentos didáticos e pedagógicos dos professores descrevem uma intencionalidade política, por isto é possível afirmar que a prática reflexiva dos professores no contexto da formação de adultos se constitui um fazer- politico. A Narrativa do professor acima aponta para a necessidade de se conjugar esforços na tentativa de entender a sala de aula não só como cenário de de ensino- aprendizagem , mas de subjetividades e intersubjetividades levando a cientifização do conhecimento e da didática. Quando adotamos as narrativas de professores enquanto metodologias de pesquisas damos vozes aos seus diferentes contextos de atuação, já que não é possível desvencilharmos o ser professor do seu fazer pedagógico , neste sentido o fazer docente são atos eminentemente políticos. Portanto a vocação docente é política em sua natureza, pois pressupõe mudanças de posturas, olhares e percepções de mundo com a intencionalidade de mudanças permeadas de ética e de justiça social. Ao sentido posto é que nosso papel é inverter a atual conjuntura social, pois nossas resignificações na prática apontam para nossas missão profissional, que entendo ser, tornar o oficio docente o guia para um mundo socialmente mais justo. Interpretando a práxis narrativa docente Podermos a partir de Schön (1992) que defende a reflexão-na-açao, dizer que a ação política é sempre uma ação refletida, pois nossos discursos são sempre fruto simbólico de nossas percepções e inter-relações de nossas subjetividades, as construções conceituais e discursivas construídas neste movimento inter-subjetitivo das relações na docência é que constitui-se em um espaço de evidências onde se criam epistèmês capazes de cientificizar teoricamente os significados, procedimentos e percepções vividas, com isto solidificar o terreno da narrativa enquanto singular coletivo. Foucault no prefácio de “As Palavras e As Coisas”, explica que a busca da epistèmê de uma época é a busca pela ordem
  • 11. intrínseca, por uma certa lógica interna que possibilitaria o conhecimento, formando uma base sólida e coerente sobre a qual se construiria todo o arcabouço de saber daquela época determinada. Essa região “mediana” situada entre a pura empiricidade dos esquemas perceptivos de cada indivíduo e o nível da reflexão, seja na teorização científica,seja no âmbito da explicação filosófica, é a que determina, porém, tanto as condições de percepção empírica quanto as possibilidades e as matizes da reflexão. ( Gallo;1995, p.14) Podemos na perspectiva de uma práxis docente afirmar, que as narrativas constituem-se epistémês para uma ciência da educação, pois não há uma atuação docente que não seja resignificadora, pois o movimento de cientifização fica exteriorizado no ato docente, não há troca que não leve a uma ponte de mão dupla, não há mensagem se não há receptor, não há receptor que não seja atingido subjetivamente mesmo não havendo a intersubjetividade como movimento que confere sentido e significado aos atos humanos, a fala exteriorizada já está resignificada ao passar pelo seu locutor. Podemos dizer que para uma palavra guardar na sua origem seu significante, precisa ser narrada sempre para situar sua época histórica, pois sempre ela correrá o risco polissêmico da reinterpretação que é a flecha precisa da resignificação. Existe uma lógica da reflexão-na-ação sendo gestada e ela leva em conta subjetividades e coloca o aluno no centro do processo formativo e ao fazê-lo recuperamos nosso lugar de professor critico, vejamos a fala da professora Maria da Guia que atua no Projovem urbano: Na academia você sai da faculdade sem conhecimento nenhum de sala de aula você aprende a ser professor a ser educador em sala de aula apanhando ao mesmo tempo errando acertando, mas é na sala de aula que a gente aprende eu aprendi muito e continuo aprendendo a cada dia cada escola que eu trabalho eu tenho uma realidade diferente só que essa realidade me faz compreender cada espaço onde estou eu vivo eu estudo continuo estudando to fazendo inclusão social e vou continuar estudando porque a sala de aula você aprende cada dia e precisa estudar cada dia é preciso você ler reler e estruturar seu planejamento constantemente ser professor não é fácil mais é o que eu sou professora porque eu gosto e ao mesmo tempo que eu gosto me satisfaz me realiza dentro da sala de aula eu consigo ser diferente do que eu sou fora
  • 12. de sala de aula, mas o meu conhecimento o meu objetivo principal é fazer com que eles aprendam e eu aprendo com eles a cada dia.( Guia,2011) Segundo Imbermón (2010) a solução está em potencializar uma nova cultura formadora, que gere novos processos na teoria e na prática da formação introduzindo- nos em novas perspectivas e metodologias. Podemos dizer que esta cultura formadora apontada precisa colocar no centro do processo, narrativas significativas que problematizem suas inter-subjetividades e apontem caminhos coletivos, que resgate a auto-estima da docência, que valorize o fazer profissional e a autonomia da construção do processo de ensino e aprendizagem. Está identidade profissional aparece nas narrativas dos professores nos entrecruzamentos das relações criadas com os alunos no cotidiano escolar; conforme veremos no relato do Prof. Valter Benedito da Silva “Sempre gostei de dar aula, porque eu na minha trajetória de vida, identifico bastante com esses alunos do Projovem digamos assim a gente fala a mesma língua, eu entendo um eles e eles me entendem, eu tenho essa facilidade com os alunos do Projovem por causa disso, desta identidade com os alunos.” Mais do que sonhar de novo, devemos transcendermo-nos no tempo narrativo para recuperarmos nossos inícios e nos reconhecermos num percurso comum resguardando nossas singularidades, mas explorando nossas inter- subjetividades, reconhecendo que o ser só pode se identificar a partir do outro, pois se somos, somos para algo e para alguém. Somente a afirmação do ser docente em sua totalidade será capaz de levar a uma transformação da profissionalidade, não se pode falar em docência sem aceitar a intersubjetividade como dinâmica do ato de conhecer, pois não entende o outro sem alteridade e reconhecimento das diferenças , neste sentido a práxis humana nos leva a entender que a dinâmica do conhecer necessita sempre do mergulho no interior do outro, pois ele é que pode dar sentido ao meu eu ao que sou. Referencias bibliográficas: BENJAMIN. Walter, Horkheimer.Max, Adorno .T.W, Habermas J. OS Pensadores , São Paulo , Editora Abril Cultural , 1983 FERRAROTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, António; FINGER, Matthias (orgs). O método (auto)biográfico e a formação. São Paulo: Paulus, 2010. p.31-58. GARCÍA, Carlos Marcelo. Formação de Professores: para uma mudança educativa. Portugal. Ed. Porto, 1998.
  • 13. GEUSS, Raymond Habermas , Teoria Crítica , Escola de Frankfurt, Campinas –SP , Editora Papirus, 1988 HUBERMAN, Michaël. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.)Vidas de professores. 2. ed., Portugal: Porto, 2000. IMBERNÓM, Francisco. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a , , campo da formação e do trabalho docente. ENDIPE, UFMG, Belo Horizonte, Autêntica, 2010. MARCIO, Mariguela , Foucault e a Destruição das Evidencias, Editora Unicamp, Piracicaba –SP, 1995 NETO, José Francisco de Melo, Diálogo em Educação: Platão ,Habermas e Freire.João Pessoa , Editora Universitária da UFPB,2011 NOVOA , António , Finger , Matthias (Org.) , O Método ( auto) Biográfico e a formação, Editora da UFRN, São Paulo-2010 NÓVOA, António, et al. Vidas de Professores. 2. Ed. Porto: Porto Editora, 1995. PONTY, M.M A natureza , Editora Martins Fontes, São Paulo,2000 ___________Fenomenologia da Percepção Editora Martins Fontes, São Paulo,1999 RICOEUR, Paul , Na escola da Fenomenologia , Petrópolis –RJ , Editora Vozes,2009 _____________, Teoria da Interpretação : O discurso eo Excesso de Significação, Lisboa /Portugal , Edicões 70 LDA , 2011 ULLMANN, Stephen, Semântica: Uma Introdução a Ciência do Significa do, Fundação Calouste Gulbenkian , Lisboa ,1964 ZEICHNER, K.M. Novos caminhos para o practicum: uma perspectiva para os anos 900. In: Nóvoa, A. (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992 ZEICHNER, K. M. Formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.