O documento discute os conceitos de comunicação pública e comunicação de interesse público, citando autores e princípios constitucionais relacionados à transparência e ao direito dos cidadãos de receberem informações dos órgãos públicos. Também apresenta exemplos de como a comunicação pode promover mudanças sociais benéficas.
3. • Artigo 37: resguarda que a administração pública direta e
indireta tem por dever obedecer, dentre outros, o princípio
da publicidade – preceito central para a transparência dos
atos e fatos administrativos
• Artigo 5º inciso XXXIII: estabelece que todos têm direito a
receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado (LENZA, 2009, p. 689)
• Fazer cumprir estes mandamentos da Constituição é, acima
de tudo, exercer um direito fundamental e cidadão
Constituição Federal
4. • Benefícios concretos à sociedade ou a partes dela,
surgindo da necessidade da manifestação do
exercício de cidadania através das ferramentas de
comunicação
• Melhorias na compreensão e vivência de mundo
• Prioridades da sociedade e de seus dirigentes no fim
do século XX, quando a preocupação
com sustentabilidade, responsabilidade
social, democracia e cidadania se solidificou e
passou a ocupar um espaço de maior prioridade
para a sociedade
Comunicação de Interesse Público
5. • Comunicação de interesse público : ideias que movem
pessoas e fazem um mundo melhor: Toda vez que a
comunicação busca o interesse público, promovendo
resultados concretos para o indivíduo e a sociedade, estamos
falando de Comunicação de Interesse Público
• Comunicação pública, a publicidade de interesse público e o
jornalismo de interesse público, além de qualquer outra
vertente da comunicação que comungue dos fundamentos
primordiais da CIP
• Ex: campanhas de vacinação, alertas governamentais
CIP – João Roberto Vieira da Costa
6. Communication of Public Interest
• A comunicação de interesse público é um campo emergente, e aqueles
que praticam ou estudam estão aplicando continuamente novos
conhecimentos e técnicas para tornar seu trabalho mais eficaz. O campo
pede os elementos a partir dos seus campos afins como das relações
públicas, publicidade, jornalismo e marketing, mas é apoiado pela
sociologia, psicologia, ciência política e neurociência.
• É o desenvolvimento e implementação de campanhas de comunicação,
estratégicas planejadas com base científica, com o objetivo principal de
alcançar uma transformação comportamental positiva significativa e
persistente sobre uma questão de interesse público que transcende os
interesses particulares de uma única organização.
• Então em que é base está se usando essa comunicação para impulsionar a
mudança social.
7. • Promoção da democracia
• Novas relações online: transformação dos moldes
tradicionais de relacionamento, informações e
prestação de serviços entre governo, os cidadãos e as
organizações
Comunicação digital
8. Plano informacional – o governo propicia aos cidadãos
informações on-line com maior efetividade
Plano de serviços – o governo mostra-se mais acessível
aos cidadão por meio de um portfólio de serviços on-
line (RG, CPF, IR, multas e taxas, BO etc.)
Plano comunicacional – o governo incrementa e
melhora sua comunicação – direta, on-line e interativa
– com os cidadãos e organizações, e vice-versa
E-Gov
13. Axel HONNETH
Luta por reconhecimento:
relações de reconhecimento
contêm pretensões normativas
na sua estrutura, as quais
possibilitam o esclarecimento da
mudança social
14. Hannah ARENDT
Ruptura a lógica do razoável que
permeia a reflexão jurídica não
consegue dar conta da não-
razoabilidade que caracteriza uma
experiência como totalitária gerada
no bojo da própria modernidade,
como um desdobramento inesperado
e não-razoável de seus valores
15. John RAWLS
Justiça – princípios
Justiça – equidade
Liberdade
Dever
Obrigação
Racionalidade
Democracia
Campo político
Véu de ignorância
16. Pierre ZÉMOR
A comunicação pública é um
tipo de comunicação que
prioriza o interesse público,
contribuindo para a
construção da cidadania
Interesse relacional
17. Gaudêncio TORQUATO
Comunicação política
Opinião pública
Assessoria de imprensa
Imagem dos poderes ELJ
Plano de comunicação e marketing
na administração pública
Comunicação e marketing de
campanhas eleitorais
18. Heloiza MATOS
Deliberação e participação pública
Reconhecimento
Capital social
Cidadania – aspectos
Metodologia e teoria
19. Mariangela HASWANI
Público VS privado
Estado
Publicidade estatal
Comunicações públicas:
instituição pública; normativa;
promoção da imagem; política;
social fraterna; serviço;
responsabilidade social;
instituições quase públicas
24. Jorge DUARTE
A raiz da evolução da
comunicação governamental está
na viabilização da democracia e
na transformação do perfil da
sociedade brasileira a partir da
década de 1980
25. Elizabeth BRANDÃO
Permeia áreas: comunicação
organizacional, comunicação
científica, comunicação
governamental, comunicação
política e comunicação da sociedade
civil organizada
Todas têm em comum: função de
estabelecer uma comunicação entre
governo, Estado e sociedade
26. Maria Helena WEBER
Poder fiduciário
Confiança atribuída
Capital simbólico do político
Estratégias retóricas de
universalização de interesses
particulares
27. Venício LIMA
Garantir a universalização da
liberdade de expressão
forte monopolização do setor
de comunicação em nosso país
28. David OSBORNE e Ted GAEBLER
Maximizar produtividade e eficiência
Flexibilizar modelos públicos (burocracia)
Descentralizar autoridade
Reduzir hierarquia
Privilegiar qualidade
Aproximar-se e atender clientes (cidadãos)
Pertencer à comunidade
Estimular competição dentro do setor
público
Financiar resultados
29. Eric BUCY e Lance HOLBERT
Metodologias de pesquisas
32. Maeve COOKE
Democracia deliberativa
Amy GUTMANN e Dennis THOMPSON
Ética e política
Comprometimento
Democracia deliberativa
Jane MANSBRIDGE
Conversação cotidiana
33. Simone CHAMBERS
Teoria democrática deliberativa
Stefano ROLANDO
Edifício (estágios) da comunicação pública
Juan Camilo JARAMILLO LÓPEZ
Advocacy
Modelo de participação crescente
34. Adolpho QUEIROZ
Marketing político
Cicilia PERUZZO
Cidadania
Maria José da Costa OLIVEIRA
Responsabilidade social
Nelson FOSSATTI
Gestão pública
Mário ROSA
Escândalos
Eugênio BUCCI
Jornalismo
36. Análise da comunicação pública
• A característica de comunicação do
Ministério Saúde na cartilha é a da
previsão e do planejamento. As
mensagens são abstratas, pois estão
dirigidas a um idoso geral, do Oiapoque
ao Chuí, assim também as prescrições
são genéricas. Zemor (1995, p. 6-10)
37. Análise da comunicação pública
• A relação do Ministério da Saúde, enquanto emissor
da mensagem, com o idoso-receptor foi uma relação
na qual o cidadão-idoso foi visto apenas como
usuário do serviço público, onde não foi reconhecido
seu papel de contribuinte e eleitor, o que lhe daria
direito de decisão, ainda que limitado. A cartilha é
um espaço da prescrição da ordem. Apenas nos
capítulos três e cinco aponta comportamentos como
“mais adequados” e não como “determinantes” para
promoção da saúde e qualidade de vida (REIS, 2005)
38. • A cartilha representa a comunicação pública
de “Promoção ou Valorização” do Ministério
da Saúde, pois houve a intenção de diminuir
as internações dos idosos nas unidades de
saúde pública e também difundir informações
que melhorem a saúde e qualidade de vida da
população idosa, que tem alto percentual no
país, portanto está enquadrada no que Zemor
(1995, p. 19) denomina ‘grande causa social’.
Análise da comunicação pública
39. Análise da comunicação pública
• A cartilha Viver mais e melhor está ajustada
ao referencial de Zemor, do que é
comunicação pública. No entanto, faltou o
diálogo do Ministério com os usuários das
unidades de saúde pública, que é uma via
essencial para a avaliação daqueles serviços. A
pesquisa científica seria a via formal para esse
procedimento (REIS, 2005).
40. Referências
BRANDÃO. Elizabeth. Conceito de comunicação pública. In: DUARTE, Jorge (org.). Comunicação pública:
estado, mercado, sociedade e interesse público. São Paulo: Atlas, 2009, p. 01-33.
COSTA, João Roberto Vieira da. Comunicação de interesse público: ideias que movem pessoas e fazem um
mundo melhor (São Paulo: Jaboticaba, 2006.
DAGNINO, E. Sociedade civil e espaços públicos no Brasil (2002). In: DAGNINO, E. (org.). Sociedade civil e
espaços públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, p. 09-16.
DUARTE, Jorge. Sobre a emergência do(s) conceito(s) de comunicação pública. In: KUNSCH, Margarida M.
Krohling (Org.). Comunicação pública, sociedade e cidadania. São Caetano do Sul (SP): Difusão, 2011.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Tradução de Flávio Kothe, Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1984.
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução de Antônio Caporale, Porto Alegre: L&PM Pocket, 1999.
MATOS, Heloiza. Comunicação pública, democracia e cidadania: o caso do Legislativo. In: SILVA, Luiz Martins da
(org.). Comunicação pública. Brasília: Casa das Musas, 2003.
MONTEIRO, Graça França. A singularidade da comunicação pública. In: DUARTE, Jorge (Org.). Comunicação
pública: estado, mercado, sociedade e interesse público. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
REIS, Devani Salomão de Moura. Comunicação pública dos serviços de saúde para o idoso: análise da
produção e percepção da cartilha “Viver Mais e Melhor”. Tese de Doutorado, Escola de Comunicações e
Artes/USP. 2005.
REIS, Patrícia Cerqueira. Tevê pública digital: análise da política pública para um espaço midiático interativo,
participativo e democrático. In: KUNSCH, Margarida M. Krohling (Org.). Comunicação pública, sociedade e
cidadania. São Caetano do Sul (SP): Difusão, 2011.
ZEMOR, Pierre. La communication publique. PUF, Col. Que sais-je ? Paris, 1995.