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The end of the classical
the end of the beginning
the end of the end
Perter Eisenman
História da Arquitetura IV
Ana Gabriela Godinho Lima
1.
A ficção da
representação: a
simulação do significado
a mensagem do passado
foi utilizada para verificar
o significado do presente
Biblioteca de Jacopo Sansovino
Piazza San Marco, Veneza (início:1535)
O funcionalismo revelou-se uma conclusão
ainda estilística, a arquitetura deveria apenas
dar corpo à função
ou a uma ideia de função...
essa redução à pura funcionalidade não foi, de fato, uma
abstração, mas uma tentativa de representar a realidade
o que torna a função uma fonte mais “real” de imagens do que os
elementos da antiguidade?
O PAVILHÃO ALEMÃO DE BARCELONAO PAVILHÃO ALEMÃO DE BARCELONA
2.
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simulação da verdade
Seagram Building, New York
Mies van der Rohe, 1954-57
A ficção da razão: a simulação da verdade: se a
representação era uma simulação do significado do
presente por meio da mensagem da antiguidade, ou
da funcão
então a razão era a simulação do significado da
verdade por meio da mensagem da ciência;
A arquitetura do Iluminismo, reagindo à postura do
Renascimento, aspirava a um processo racional de
projeto cuja finalidade era um produto de pura razão
secular.
A visão renascentista de harmonia [da natureza] foi
substituída pela visão de ordem [da ciência]
iluminista;
Acreditou-se que a razão dedutiva - o mesmo processo
usado na ciência, matemática e tecnologia - fosse
capaz de produzir o verdadeiro (ou seja, significativo)
objeto arquitetural.
Se uma arquitetura parecesse racional, isto é,
representasse racionalidade, acreditava-se que
representasse a verdade
Essencialmente, entretanto, nada havia mudado do
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Permanecia a idéia de que o valor da arquitetura seria
derivado de uma fonte externa a ela - natureza ou
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3.
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X
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(a ilusão moderna de sua “eternidade”)
4.
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Qual poderá ser o modelo da arquitetura quando a
essência daquilo que era efetivo no modelo clássico:
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mostraram-se simulações?
p. 219
Não é possível responder a tal questão propondo um
modelo alternativo, mas uma série de características
podem ser propostas que tipifiquem esta aforia, esta
perda em nossa capacidade de conceitualizar um novo
modelo para a arquitetura?
(aforia - ausência de estrutura, esterilidade…) -Aurélio
p. 219
O que está sendo proposto é uma expansão das
limitações apresentadas pelo modelo clássico para a
realização de uma
Arquitetura como discurso independente
Livre de valores externos - clássicos ou quaisquer
outros; isto é, a intersecção do livre de significado, do
arbitrário, do a-temporal no artificial.
Uma proposta de dissimulação.
p. 219
A simulação tenta obliterar a diferença entre o real e
o imaginário;
A dissimulação deixa intocada a diferença entre
realidade e ilusão; uma arquitetura não clássica
Assim como a dissimulação não é o oposto da
simulação, a arquitetura não-clássica não é o inverso
da arquitetura clássica.
p. 219
A arquitetura não-clássica é representação de si
mesma, de seus próprios valores e experiências
internas;
Propõe não um novo valor ou um novo zeitgeist, mas
meramente uma nova condição - a de ler-se
arquitetura como lê-se um texto.
p. 219
5.
The end of the beginning
O fim da origem
Enquanto se considerou que
os princípios da arquitetura clássica tinham suas fontes
em uma ordem natural
os princípios da arquitetura moderna derivariam seus
valores da razão dedutiva
os princípios não-clássicos podem ser estritamente
arbitrários, simples pontos de partida, sem juízo de
valor
podem ser artificiais e relativos, em atitude oposta ao
natural, divino ou universal
A idéia do enxerto - algo que contém uma motivação
para a ação - ou seja, o início do processo.
6.
The end of the end
O fim da finalidade
Junto com o fim do princípio, a segunda característica
de uma arquitetura “não-clássica” é, portanto, sua
liberdade em relação a finalidades ou objetivos
estabelecidos a priori.
fim da finalidade levanta a possibilidade de invenção a
realização de um futuro ostensivamente ficcional, em
oposição a um futuro idealizado.
Neste contexto, a forma arquitetônica revela-se como
um “lugar de invenção”, ao invés de uma
representação subserviente de outra arquitetura ou um
mecanismo estritamente prático.
Inventar a arquitetura é permitir que a arquitetura
seja causa, e não conseqüência - de forma se ser uma
causa, precisa surgir de algo externo a uma estratégia
de composição dirigida.
A idéia de ler a arquitetura por meio de nenhum outro
valor que não o
o traço
que significa ação em progresso, e não o objeto;
que é o registro de motivação, de uma ação, não a
imagem de outro objeto-origem;
Neste caso, uma arquitetura não-clássica começa
ativamente a envolver a idéia de um leitor consciente
de sua identidade como leitor, ao invés de usuário ou
observador;
A competência do leitor (de arquitetura) pode ser
definida como a capacidade de distinguir o senso de
conhecimento do senso de crença.
p. 222
Então o novo objeto deve ter a capacidade de revelar-
se primeiramente como um texto, como um evento
legível.
Portanto, propor o fim do princípio e o fim da
finalidade é propor o fim dos princípios e finalidades
baseados em juízos de valor - propor uma outro espaco
de invenção de a-temporalidade. É um espaço “a-
temporal” no presente, sem relação determinada com
um futuro ideal ou passado idealizado. Arquitetura no
presente é vista como um processo de invenção de um
passado artificial e um presente sem futuro.
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  • 2. 1. A ficção da representação: a simulação do significado a mensagem do passado foi utilizada para verificar o significado do presente Biblioteca de Jacopo Sansovino Piazza San Marco, Veneza (início:1535)
  • 3. O funcionalismo revelou-se uma conclusão ainda estilística, a arquitetura deveria apenas dar corpo à função ou a uma ideia de função... essa redução à pura funcionalidade não foi, de fato, uma abstração, mas uma tentativa de representar a realidade o que torna a função uma fonte mais “real” de imagens do que os elementos da antiguidade?
  • 4. O PAVILHÃO ALEMÃO DE BARCELONAO PAVILHÃO ALEMÃO DE BARCELONA
  • 5. 2. A ficção da razão: a simulação da verdade Seagram Building, New York Mies van der Rohe, 1954-57
  • 6. A ficção da razão: a simulação da verdade: se a representação era uma simulação do significado do presente por meio da mensagem da antiguidade, ou da funcão então a razão era a simulação do significado da verdade por meio da mensagem da ciência;
  • 7. A arquitetura do Iluminismo, reagindo à postura do Renascimento, aspirava a um processo racional de projeto cuja finalidade era um produto de pura razão secular. A visão renascentista de harmonia [da natureza] foi substituída pela visão de ordem [da ciência] iluminista;
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  • 10. Acreditou-se que a razão dedutiva - o mesmo processo usado na ciência, matemática e tecnologia - fosse capaz de produzir o verdadeiro (ou seja, significativo) objeto arquitetural. Se uma arquitetura parecesse racional, isto é, representasse racionalidade, acreditava-se que representasse a verdade
  • 11. Essencialmente, entretanto, nada havia mudado do Renascimento para o Iluminismo; Permanecia a idéia de que o valor da arquitetura seria derivado de uma fonte externa a ela - natureza ou ciência;
  • 12. 3. A ficção da história: a simulação do a-histórico
  • 13. Valor eterno de um clássico (referências mais explícitas à história) X Zeitgeist - o espírito de uma época (a ilusão moderna de sua “eternidade”)
  • 15. Qual poderá ser o modelo da arquitetura quando a essência daquilo que era efetivo no modelo clássico: - a presumida racionalidade das estruturas; - representações; - metodologias de princípio e finalidade; -processos dedutivos… mostraram-se simulações? p. 219
  • 16. Não é possível responder a tal questão propondo um modelo alternativo, mas uma série de características podem ser propostas que tipifiquem esta aforia, esta perda em nossa capacidade de conceitualizar um novo modelo para a arquitetura? (aforia - ausência de estrutura, esterilidade…) -Aurélio p. 219
  • 17. O que está sendo proposto é uma expansão das limitações apresentadas pelo modelo clássico para a realização de uma Arquitetura como discurso independente Livre de valores externos - clássicos ou quaisquer outros; isto é, a intersecção do livre de significado, do arbitrário, do a-temporal no artificial. Uma proposta de dissimulação. p. 219
  • 18. A simulação tenta obliterar a diferença entre o real e o imaginário; A dissimulação deixa intocada a diferença entre realidade e ilusão; uma arquitetura não clássica Assim como a dissimulação não é o oposto da simulação, a arquitetura não-clássica não é o inverso da arquitetura clássica. p. 219
  • 19. A arquitetura não-clássica é representação de si mesma, de seus próprios valores e experiências internas; Propõe não um novo valor ou um novo zeitgeist, mas meramente uma nova condição - a de ler-se arquitetura como lê-se um texto. p. 219
  • 20. 5. The end of the beginning O fim da origem
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  • 26. Enquanto se considerou que os princípios da arquitetura clássica tinham suas fontes em uma ordem natural os princípios da arquitetura moderna derivariam seus valores da razão dedutiva
  • 27. os princípios não-clássicos podem ser estritamente arbitrários, simples pontos de partida, sem juízo de valor podem ser artificiais e relativos, em atitude oposta ao natural, divino ou universal A idéia do enxerto - algo que contém uma motivação para a ação - ou seja, o início do processo.
  • 28. 6. The end of the end O fim da finalidade
  • 29. Junto com o fim do princípio, a segunda característica de uma arquitetura “não-clássica” é, portanto, sua liberdade em relação a finalidades ou objetivos estabelecidos a priori. fim da finalidade levanta a possibilidade de invenção a realização de um futuro ostensivamente ficcional, em oposição a um futuro idealizado.
  • 30. Neste contexto, a forma arquitetônica revela-se como um “lugar de invenção”, ao invés de uma representação subserviente de outra arquitetura ou um mecanismo estritamente prático. Inventar a arquitetura é permitir que a arquitetura seja causa, e não conseqüência - de forma se ser uma causa, precisa surgir de algo externo a uma estratégia de composição dirigida.
  • 31. A idéia de ler a arquitetura por meio de nenhum outro valor que não o o traço que significa ação em progresso, e não o objeto; que é o registro de motivação, de uma ação, não a imagem de outro objeto-origem;
  • 32. Neste caso, uma arquitetura não-clássica começa ativamente a envolver a idéia de um leitor consciente de sua identidade como leitor, ao invés de usuário ou observador; A competência do leitor (de arquitetura) pode ser definida como a capacidade de distinguir o senso de conhecimento do senso de crença. p. 222
  • 33. Então o novo objeto deve ter a capacidade de revelar- se primeiramente como um texto, como um evento legível.
  • 34. Portanto, propor o fim do princípio e o fim da finalidade é propor o fim dos princípios e finalidades baseados em juízos de valor - propor uma outro espaco de invenção de a-temporalidade. É um espaço “a- temporal” no presente, sem relação determinada com um futuro ideal ou passado idealizado. Arquitetura no presente é vista como um processo de invenção de um passado artificial e um presente sem futuro.
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  • 42. The end of the classical the end of the beginning the end of the end Perter Eisenman História da Arquitetura IV Ana Gabriela Godinho Lima

Notas do Editor

  1. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  2. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  3. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  4. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  5. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  6. Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art
  7. Vila Monroy, Iquique
  8. Villa Verde
  9. Villa Verde