O documento descreve as medidas de Suporte Básico de Vida, incluindo reconhecimento precoce de parada cardíaca, início de compressões torácicas e ventilações, e uso de desfibrilador externo automático. Detalha os passos da cadeia de sobrevivência e do protocolo CAB/CABD.
2. *
*Suporte Básico de Vida é um conjunto de medidas
utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em
parada cardio-respiratória. Com o objetivo de recuperar a
vítima para uma vida comparável à que tinha previamente
ao acontecimento.
4. *
*Na cadeia de sobrevivência da PCREH, geralmente iniciada por
socorristas leigos ou pessoas não treinadas, o elemento principal é o
reconhecimento de uma possível PCR e acionamento do serviço médico
de emergência.
*Na sequência, as compressões de alta qualidade devem ser iniciadas na
vítima inconsciente e em uma suposta PCR, com o uso do DEA se
disponível.
5. *
*Como atualização, em 2020, a AHA passa a recomendar o início da RCP
pelo socorrista leigo no atendimento a toda suposta PCR, pois o risco de
dano ao paciente é baixo se o mesmo não estiver em PCR.
6. *
*No atendimento à pessoa em PCR, o mnemônico CAB ou CABD
descreve a ordem das intervenções. Essas medidas visam a restabelecer
o quanto antes a circulação espontânea, a perfusão dos órgãos vitais e
a chegada da equipe de ressuscitação.
7. *
*C – (check) Checagem: Checar a segurança do local, checar a
responsividade da vítima, checar o pulso e a respiração, chamar por
ajuda e iniciar as compressões. As compressões devem ser feitas em
ciclos de 30 compressões, intercalados com a ventilação, ou contínuas,
na frequência de 100 a 120 compressões por minuto, com uma
profundidade de 5cm, permitindo o retorno do tórax após cada
compressão. O socorrista que está realizando a compressão deve ser
substituído a cada dois minutos ou antes, se houver cansaço;
8. *
*A – (airway) Abertura da via Aérea: A abertura da via aérea pode ser
feita com a inclinação da cabeça para trás e elevação do queixo
(manobra de Chin-Lift) ou com a anteriorização da mandíbula (manobra
de Jaw-Thrust).
9. *
*B – (breath) ventilação: A oferta da ventilação pode ser feita utilizando
um dispositivo bolsa-válvula-máscara (ambu) ou uma máscara de bolso
(pocket-mask), na frequência de 2 ventilações a cada 30 compressões. É
importante observar se durante a ventilação existem sinais de
permeabilidade aérea, como a expansibilidade torácica ou abdominal
durante a ventilação. Caso o socorrista não se sinta seguro para realizar
a ventilação, a prioridade é a compressão de alta qualidade.
11. *
*D – Desfibrilação: o uso de um DEA ajuda o socorrista a identificar se a
vítima está em PCR, se é um ritmo chocável e, quando é o caso, aplica o
choque na tentativa de reverter a PCR.
12. * Verifique os sinais de respiração por meio de sons ou
movimentos do tórax. Se a pessoa não respira ou sofre para
respirar, deite-a de barriga para cima em uma superfície rígida;
* Ajoelhe-se ao lado da vítima, na altura dos ombros dela, e
localize o centro do tórax, entre os mamilos;
* Posicione os braços estendidos com os dedos entrelaçados,
colocando uma mão sobre a outra, apoiando-se no centro do
peito;
* Mantenha os braços esticados e use o peso do corpo para
fazer compressões rápidas e fortes;
* Inicie compressões com a frequência de 100 por minuto (ou
seja, 5 compressões a cada 3 segundos), comprimindo o tórax
na profundidade de, no mínimo, 5 cm para adultos e crianças e
4 cm para bebês
* Realize ciclos de 2 ventilações a cada 30 compressões
*
14. *
*As manobras de ressuscitação cardiopulmonar podem ser interrompidas
por exaustão dos socorristas, se a cena se tornar insegura, se o paciente
acordar, tossir ou houver retorno da circulação espontânea.
15. *
*Em algumas situações, não é indicado realizar as medidas de SBV,
como:
*Em caso de cena insegura para o socorrista, como área com risco de
desmoronamento, fiação elétrica exposta, rua onde não seja possível
interromper o fluxo de carros, dentre outras. Se não for possível
modificar a cena de modo a garantir segurança para o socorrista, as
equipes de resgate e salvamento devem ser acionadas na tentativa de
socorrer as vítimas.
*Em caso de vítima carbonizada, decapitada, em rigor mortis ou com
grande evisceração.
*Em pessoas que apresentam consciência preservada ou respondem
aos estímulos.
16. *
1. Avaliar a severidade
i. Obstrução leve: Paciente capaz de responder se está engasgado.
Consegue tossir, falar e respirar.
ii. Obstrução grave: Paciente consciente e que não consegue falar. Pode não
respirar ou apresentar respiração ruidosa, tosse silenciosa e/ou
inconsciência.
17. *
2. Considerar abordagem específica.
Obstrução leve em paciente responsivo:
* Não realizar manobras de desobstrução (não interferir);
* Acalmar o paciente;
* Incentivar tosse vigorosa;
* Monitorar e suporte de O2 , se necessário;
* Observar atenta e constantemente;
18. *
Obstrução grave em paciente responsivo - executar a manobra de
heimlich:
* Posicionar-se por trás do paciente, com seus braços à altura da crista ilíaca;
* Posicionar uma das mãos fechada, com a face do polegar encostada na
parede abdominal, entre apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
* Com a outra mão espalmada sobre a primeira, comprimir o abdome em
movimentos rápidos, direcionados para dentro e pra cima (em j);
* Repetir a manobra até a desobstrução ou o paciente tornar-se não responsivo.