5. O INÍCIO DA REVOLUÇÃO:
• Em agosto de 1914 a Rússia entrou na
Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e
a Áustria-Hungria. Nicolau II acreditava que
participando da guerra poderia expandir o
Império Russo e diminuir a insatisfação
popular.
11. • Mas a entrada na Primeira Guerra aumentou
o descontentamento e precipitou o processo
revolucionário. A guerra agravou muito a
situação econômica e social do país. Os
soldados, mal-armados e mal alimentados,
foram dizimados em derrotas sucessivas. Em
dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu 0
4 milhões de soldados.
12. • Em 1915, o czar Nicolau II decidiu assumir
pessoalmente o comando do Exército,
deixando o governo nas mãos de sua esposa,
a Imperatriz Alexandra, e de Rasputin, um
monge que agia como conselheiro do czar.
25. • Em 1917, a falta de alimentos era muito
grande e provocou uma série de greves. Em
27 de fevereiro, uma multidão percorreu a
capital do Império pedindo pão e o fim da
guerra. Os manifestantes também criticavam
o sistema monárquico.
29. • A polícia e o exército, agora ao lado dos
manifestantes, não reprimiram o movimento.
Isolado, o czar renunciou, e um governo
provisório foi constituído, chefiado pelo
príncipe George Lvov. Esse governo,
dominado pela burguesia russa, decidiu
continuar na guerra, com planos de uma
grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.
32. • A população russa, porém, discordava dessa
orientação. O governo, sem controle de seus
exércitos, não tinha forças para impedir as
deserções dos soldados. Havia ainda a
constante elevação dos preços dos gêneros
alimentícios, contra a qual o governo nada
conseguia fazer.
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34. • Nesse momento, grupos revolucionários já
desenvolviam intensa atividade nas cidades,
reativando os sovietes de trabalhadores, com
o objetivo de tomar o poder.
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36. • O ataque do novo governou contra o Império
Austro-Húngaro fracassou. Isso piorou ainda
mais a situação e provocou uma grande
manifestação no dia 17 de julho de 1917, na
capital do Império. Era o fim do governo
provisório de Lvov, substituído por Alexander
Kerenski.
40. • Naquele momento, três grupos e três
diferentes propostas políticas se defrontavam
pelo poder:
* O Partido Democrático Constitucional,
partido da burguesia e da nobreza liberal,
favorável à continuação da guerra e ao
adiamento de quaisquer modificações sociais
e econômicas.
41. • * Os bolcheviques - maioria, em russo -, que
defendiam o confisco das grandes
propriedades, o controle das indústrias pelos
operários e a saída da Rússia da guerra.
Graças ao controle cada vez maior que
exerciam sobre os sovietes de operários e
soldados, sua força crescia continuamente.
Seus dois principais líderes eram Vladimir
Lenin e Leon Trotski.
44. • * Os mencheviques - minoria, em russo -, que,
embora contrários à guerra, não admitiam a
derrota da Rússia. Divididos internamente e
indecisos quanto aos rumos que o país deveria
tomar, foram perdendo importância política.
45. A TOMADA DO PODER:
• A partir de agosto de 1917, os bolcheviques
passaram a dominar os principais sovietes e a
preparar a revolução. No soviete de
Petrogrado, (novo nome de São Petersburgo),
foi criado o Comitê Militar para a Realização
da Revolução.
46. • Comandados por Trotski, no dia 25 de
outubro, os bolcheviques ocuparam os pontos
estratégicos de Petrogrado e o Palácio do
Governo. Kerensky, abandonado por suas
tropas, foi obrigado a fugir.
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54. • Na manhã do dia 26, os sovietes da Rússia,
reunidos em Congresso, confirmavam o
triunfo da revolução, confiando o poder a um
Conselho de Comissários do Povo. O Conselho
era presidido por Lênin.
57. A DEFESA DA REVOLUÇÃO: TROTSKI E
O EXÉRCITO VERMELHO
• Após a tomada do poder pelos revolucionários,
a Rússia viveu ainda três anos de guerra civil.
Nesse processo, a participação de Leon Trotski,
um dos mais importantes líderes da revolução,
foi fundamental. Culto e com grandes
capacidades de persuasão, Trotski comunicava-se
bem tanto com operários e camponeses quanto
com uma platéia de intelectuais e diplomatas.