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FOBIA, segundo o dicionário Aurélio, do grego phóbos, entimento exagerado
de medo ou aversão .
Nesse caso apresentaremos algumas considerações sobre um outro
tipo de medo, a tecnófobia, que como o próprio nome já relata é o
medo de coisas relacionadas a tecnologia , mais necessariamente ao
computador.
Advindo de uma expansão econômica , tecnológica e uma nova
realidade nas estruturas sociais globais, o computador se tornou uma
grande ferramenta nos ditames modernos da vida pública(trabalho,
escola e etc.) e na vida privada.
Aqui será relatada algumas considerações dos autores Valdemar W.
Setzer(USP)e A. S. Alves(Esc. Sec. da Quinta das Flores), sobre o
uso do computador nas escolas bem como criticas feitas pelos
autores acerca do tema.
TECNOFOBIA É O MEDO DA TECNOLOGIA MODERNA. ESTA FOBIA PODE SE
MANIFESTAR COMO O RECEIO EM UTILIZAR UM COMPUTADOR, CELULAR,
CAIXA RÁPIDO DE BANCO E OUTROS DIVERSOS RECURSOS TECNOLÓGICOS
.
“É uma grande falácia que crianças e jovens têm que aprender a usar computadores agora pois
caso contrário eles ficarão para trás em sua futura busca por empregos profissionais.
Computadores estão ficando tão simples de usar e de aprender, tutoriais e ajuda ("help") "on-line"
estão tornando-se tão poderosos que qualquer pessoa será capaz de aprender a usar computadores
bem rapidamente em qualquer idade. Cremos que o uso de computadores será parte do
treinamento profissional no local de trabalho, oferecidos pelas próprias empresas.”
(SETZER,1997)
“Uma das razões de computadores parecerem excelentes ferramentas para aprendizado é a atração
que eles exercem em crianças e adolescentes. Mas se formos a fundo nesse fenômeno, é possível
detectar que essa atração é devida a duas razões principais: o que chamamos de efeitos
"cosmético" e de "joguinho eletrônico". No primeiro caso, os usuários são atraídos pelos efeitos
"multimídia", tais como figuras fascinantes, som e animação. No segundo, por uma excitação
semelhante à sentida quando se joga um videogame: o cenário é perfeita e matematicamente bem
definido, e o usuário sente o poder de domínio completo sobre a máquina. Quando o resultado
desejado não é atingido - seja por não se ser capaz de forçar a máquina a fazer o que se quer, ou
não se sendo capaz de descobrir por tentativa-e-erro um comando ou sequência de comandos
apropriado -, o usuário entra num estado de excitação originado em um desafio puramente
intelectual. Queremos com isso nos referir a um desafio que não tem nada a ver com uma
habilidade física (tal como requerido em esportes). A certeza de que se chegará eventualmente a
descobrir a maneira correta de executar algo no computador atrai o usuário a um tal grau que ele
esquece todo o resto, entrando no que denominamos "o estado do usuário obsessivo" (que se aplica
igualmente a programadores)(...)” (SETZER,1997)

 “Não temos dúvida que computadores aceleram o desenvolvimento das crianças. Isso está bem
claro: forçando um ambiente virtual, uma linguagem formal (quando se dá ou se escolhe um
comando de um software qualquer) e um pensamento lógico-simbólico, os computadores acabam
forçando crianças e adolescentes a comportarem-se física e mentalmente como adultos. É
absolutamente antinatural para uma criança sentar numa cadeira por longos períodos de tempo, se
a criança não tem possibilidade de imaginar ou fantasiar interiormente (o que aconteceria se ela
ouvisse um conto de fadas, por exemplo). Como no caso da TV, um software educacional cheio de
imagens não deixa espaço para a imaginação interior. De fato, conjecturamos que a capacidade para
formar imagens mentais interiores é prejudicada pelo uso de um tal software. Note-se que se esse
software não é rico em imagens, consistindo essencialmente de textos, ele será tão maçante para
uma criança que acabará por não ser usado.” (SETZER,1997)
 “A aceleração de um desenvolvimento mental e psicológico, fazendo a criança comportar-se
interior e exteriormente como adulto, é em nossa opinião a pior influencia exercida por
computadores. Qualquer aceleração indevida produz algum prejuízo; em particular,
pensamos que atividades intelectuais precoces tendem a roubar das crianças a sua infância,
necessária para um desenvolvimento equilibrado, o qual deveria abarcar aspectos físicos,
psicológicos, artísticos, sociais e intelectuais.” (SETZER,1997)
 “ Cremos que, muito mais frequente que o desenvolvimento de autocontrole, computadores
induzem indisciplina. Vamos fazer aqui uma comparação simples. Ao escrever uma carta à
mão, ou batendo-a em uma antiga máquina de escrever, uma pessoa deve exercer uma
tremenda disciplina mental. De fato, as possibilidades de fazer correções são nesses casos
extremamente limitadas; uma bonita disposição nas páginas somente é obtida através de
observação e controle de como as palavras e linhas são escritas. Compare-se agora com o
uso de um editor de texto. O usuário quase não tem que prestar atenção, por que ele poderá
alterar qualquer coisa, mover parágrafos ou frases, e obter uma impressão estética somente
com a escolha de comandos e ícones corretos. Ele nem necessita mais prestar atenção à
ortografia e à gramática, pois corretores automáticos detectarão a maior parte dos erros,
sugerindo correções. O resultado dessa falta de necessidade de prestar atenção(...)”
(SETZER,1997)
 “De fato a rede Internet traz informações difíceis de obter por outros meios. Mas as
questões fundamentais aqui são: essa informação é importante e absolutamente essencial?
Será que ela traz algo para o processo de aprendizagem que não pode ser obtido por outros
meios, sem os problemas causados pelo uso de um computador e da Internet(...)?”
(SETZER,1997)
 “O professor é que precisa de estar atento às diversas propostas para utilização
do computador. Eventualmente, criticar ou rejeitar aquelas que pareçam
contraproducentes, Será bom insistir no facto de que é o professor o eixo da
Educação, é o professor que pode avaliar a forma como trabalhar com uma
turma, o ritmo a impor, as revisões a fazer, os meios auxiliares a recorrer. O
computador é um destes meios e não o centro do processo”.( ALVES,1987)
 “O computador pode ser bom, pode ser péssimo. Ele é uma máquina e não tem
discernimento, nem pode saber o que que convém a cada pessoa e a cada
sociedade.” ( ALVES,1987)
 “O alargamento do Ensino secundário, praticamente, a toda a Juventude - com
a simultânea liquidação do Ensino técnico-profissional - é uma medida
apresentada como satisfazendo às necessidades da Economia e do
desenvolvimento social(...). Mas de uma forma ou de outra, a verdade é que (a)
os jovens entram tarde na vida activa; (b) o tempo que precede esta entrada não
é visto como um tempo de efectiva preparação ao exercício de um oficio.” (
ALVES,1987)
 “Desta forma, a Escola vê-se transformada num vasto parque de estacionamento
para os jovens ou, se preferem, numa creche para adolescentes. Estando estes
desmotivados para a aprendizagem, na convíção da inutilidade desta e à falta de
uma pressão social e familiar , só suportam a Escola na medida em que esta
possa não os aborreça demasiado. “( ALVES,1987)
 Da constatação destes factos até ao nascimento de uma ultra-pedagogia, vai um
pequeno passo. As noções de esforço de aprendizagem, de persistência; o simples
sacrifício de um programa de televisão a favor de execução de um dever - tudo
perde significado. O aluno deve aprender sem o mínimo esforço, possivelmente
aprender mesmo quando julga que está a brincar. ( ALVES,1987)
 “Assim, cada insucesso escolar passa a ser o insucesso da política de educação.
No mínimo, a culpa é do professor que não soube compreender a estrutura
mental daquele aluno e, talvez, ensinar-lhe cálculo vectorial enquanto o aluno
supunha estar a participar num concerto rock (...)”( ALVES,1987)
Fontes.
ALVES, A.S:OS COMPUTADORES E A EDUCAÇÃO: ASPECTOS GERAIS.
NONIUS, nº5 Maio 1987.
. SETZER, Valdemar W. UMA REVISÃO DE ARGUMENTOS A FAVOR DO USO
DE COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR. Simpósio Brasileiro de
Informática na Educação. ITA, S.J.dos Campos, Nov. 1997.

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  • 1.
  • 2. FOBIA, segundo o dicionário Aurélio, do grego phóbos, entimento exagerado de medo ou aversão . Nesse caso apresentaremos algumas considerações sobre um outro tipo de medo, a tecnófobia, que como o próprio nome já relata é o medo de coisas relacionadas a tecnologia , mais necessariamente ao computador. Advindo de uma expansão econômica , tecnológica e uma nova realidade nas estruturas sociais globais, o computador se tornou uma grande ferramenta nos ditames modernos da vida pública(trabalho, escola e etc.) e na vida privada. Aqui será relatada algumas considerações dos autores Valdemar W. Setzer(USP)e A. S. Alves(Esc. Sec. da Quinta das Flores), sobre o uso do computador nas escolas bem como criticas feitas pelos autores acerca do tema.
  • 3. TECNOFOBIA É O MEDO DA TECNOLOGIA MODERNA. ESTA FOBIA PODE SE MANIFESTAR COMO O RECEIO EM UTILIZAR UM COMPUTADOR, CELULAR, CAIXA RÁPIDO DE BANCO E OUTROS DIVERSOS RECURSOS TECNOLÓGICOS .
  • 4. “É uma grande falácia que crianças e jovens têm que aprender a usar computadores agora pois caso contrário eles ficarão para trás em sua futura busca por empregos profissionais. Computadores estão ficando tão simples de usar e de aprender, tutoriais e ajuda ("help") "on-line" estão tornando-se tão poderosos que qualquer pessoa será capaz de aprender a usar computadores bem rapidamente em qualquer idade. Cremos que o uso de computadores será parte do treinamento profissional no local de trabalho, oferecidos pelas próprias empresas.” (SETZER,1997) “Uma das razões de computadores parecerem excelentes ferramentas para aprendizado é a atração que eles exercem em crianças e adolescentes. Mas se formos a fundo nesse fenômeno, é possível detectar que essa atração é devida a duas razões principais: o que chamamos de efeitos "cosmético" e de "joguinho eletrônico". No primeiro caso, os usuários são atraídos pelos efeitos "multimídia", tais como figuras fascinantes, som e animação. No segundo, por uma excitação semelhante à sentida quando se joga um videogame: o cenário é perfeita e matematicamente bem definido, e o usuário sente o poder de domínio completo sobre a máquina. Quando o resultado desejado não é atingido - seja por não se ser capaz de forçar a máquina a fazer o que se quer, ou não se sendo capaz de descobrir por tentativa-e-erro um comando ou sequência de comandos apropriado -, o usuário entra num estado de excitação originado em um desafio puramente intelectual. Queremos com isso nos referir a um desafio que não tem nada a ver com uma habilidade física (tal como requerido em esportes). A certeza de que se chegará eventualmente a descobrir a maneira correta de executar algo no computador atrai o usuário a um tal grau que ele esquece todo o resto, entrando no que denominamos "o estado do usuário obsessivo" (que se aplica igualmente a programadores)(...)” (SETZER,1997) 
  • 5.  “Não temos dúvida que computadores aceleram o desenvolvimento das crianças. Isso está bem claro: forçando um ambiente virtual, uma linguagem formal (quando se dá ou se escolhe um comando de um software qualquer) e um pensamento lógico-simbólico, os computadores acabam forçando crianças e adolescentes a comportarem-se física e mentalmente como adultos. É absolutamente antinatural para uma criança sentar numa cadeira por longos períodos de tempo, se a criança não tem possibilidade de imaginar ou fantasiar interiormente (o que aconteceria se ela ouvisse um conto de fadas, por exemplo). Como no caso da TV, um software educacional cheio de imagens não deixa espaço para a imaginação interior. De fato, conjecturamos que a capacidade para formar imagens mentais interiores é prejudicada pelo uso de um tal software. Note-se que se esse software não é rico em imagens, consistindo essencialmente de textos, ele será tão maçante para uma criança que acabará por não ser usado.” (SETZER,1997)  “A aceleração de um desenvolvimento mental e psicológico, fazendo a criança comportar-se interior e exteriormente como adulto, é em nossa opinião a pior influencia exercida por computadores. Qualquer aceleração indevida produz algum prejuízo; em particular, pensamos que atividades intelectuais precoces tendem a roubar das crianças a sua infância, necessária para um desenvolvimento equilibrado, o qual deveria abarcar aspectos físicos, psicológicos, artísticos, sociais e intelectuais.” (SETZER,1997)
  • 6.  “ Cremos que, muito mais frequente que o desenvolvimento de autocontrole, computadores induzem indisciplina. Vamos fazer aqui uma comparação simples. Ao escrever uma carta à mão, ou batendo-a em uma antiga máquina de escrever, uma pessoa deve exercer uma tremenda disciplina mental. De fato, as possibilidades de fazer correções são nesses casos extremamente limitadas; uma bonita disposição nas páginas somente é obtida através de observação e controle de como as palavras e linhas são escritas. Compare-se agora com o uso de um editor de texto. O usuário quase não tem que prestar atenção, por que ele poderá alterar qualquer coisa, mover parágrafos ou frases, e obter uma impressão estética somente com a escolha de comandos e ícones corretos. Ele nem necessita mais prestar atenção à ortografia e à gramática, pois corretores automáticos detectarão a maior parte dos erros, sugerindo correções. O resultado dessa falta de necessidade de prestar atenção(...)” (SETZER,1997)  “De fato a rede Internet traz informações difíceis de obter por outros meios. Mas as questões fundamentais aqui são: essa informação é importante e absolutamente essencial? Será que ela traz algo para o processo de aprendizagem que não pode ser obtido por outros meios, sem os problemas causados pelo uso de um computador e da Internet(...)?” (SETZER,1997)
  • 7.  “O professor é que precisa de estar atento às diversas propostas para utilização do computador. Eventualmente, criticar ou rejeitar aquelas que pareçam contraproducentes, Será bom insistir no facto de que é o professor o eixo da Educação, é o professor que pode avaliar a forma como trabalhar com uma turma, o ritmo a impor, as revisões a fazer, os meios auxiliares a recorrer. O computador é um destes meios e não o centro do processo”.( ALVES,1987)  “O computador pode ser bom, pode ser péssimo. Ele é uma máquina e não tem discernimento, nem pode saber o que que convém a cada pessoa e a cada sociedade.” ( ALVES,1987)
  • 8.  “O alargamento do Ensino secundário, praticamente, a toda a Juventude - com a simultânea liquidação do Ensino técnico-profissional - é uma medida apresentada como satisfazendo às necessidades da Economia e do desenvolvimento social(...). Mas de uma forma ou de outra, a verdade é que (a) os jovens entram tarde na vida activa; (b) o tempo que precede esta entrada não é visto como um tempo de efectiva preparação ao exercício de um oficio.” ( ALVES,1987)  “Desta forma, a Escola vê-se transformada num vasto parque de estacionamento para os jovens ou, se preferem, numa creche para adolescentes. Estando estes desmotivados para a aprendizagem, na convíção da inutilidade desta e à falta de uma pressão social e familiar , só suportam a Escola na medida em que esta possa não os aborreça demasiado. “( ALVES,1987)
  • 9.  Da constatação destes factos até ao nascimento de uma ultra-pedagogia, vai um pequeno passo. As noções de esforço de aprendizagem, de persistência; o simples sacrifício de um programa de televisão a favor de execução de um dever - tudo perde significado. O aluno deve aprender sem o mínimo esforço, possivelmente aprender mesmo quando julga que está a brincar. ( ALVES,1987)  “Assim, cada insucesso escolar passa a ser o insucesso da política de educação. No mínimo, a culpa é do professor que não soube compreender a estrutura mental daquele aluno e, talvez, ensinar-lhe cálculo vectorial enquanto o aluno supunha estar a participar num concerto rock (...)”( ALVES,1987)
  • 10. Fontes. ALVES, A.S:OS COMPUTADORES E A EDUCAÇÃO: ASPECTOS GERAIS. NONIUS, nº5 Maio 1987. . SETZER, Valdemar W. UMA REVISÃO DE ARGUMENTOS A FAVOR DO USO DE COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR. Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. ITA, S.J.dos Campos, Nov. 1997.

Notas do Editor

  1. Di