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Carta de apresentação da Aliança pela Alimentação Adequada e saudável para
a sociedade brasileira
Somos organizações da sociedade civil de interesse público, profissionais,
associações e movimentos sociais reunidos na “Aliança pela Alimentação Adequada e
Saudável. Temos como objetivo desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam
com a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada por meio do avanço de
políticas públicas para a garantia da segurança alimentar e nutricional e da soberania
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A alimentação adequada e saudável significa “a realização de um direito humano
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transmissíveis como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Essa situação
decorre de mudanças no sistema alimentar, incluindo alterações nos modos de produzir, de
fazer e de comer. Os principais determinantes dessas mudanças relacionam-se a ações de
empresas agro-industriais que concentram grande influência política e econômica e que
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estimulam o consumo de produtos ultraprocessados por meio de estratégias agressivas de
marketing, de preços cada vez menores e da disponibilização desses produtos em todos os
lugares.
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do agronegócio e alimentício estimulam a substituição dos alimentos in natura ou
minimamente processados que fazem parte da cultura alimentar brasileira, desfavorecem a
agricultura familiar e agroecológica, desrespeitam os saberes e práticas alimentares dos
povos indígenas e povos de comunidades tradicionais e extinguem a sociobiodiversidade
alimentar. O resultado é um ambiente alimentar facilitador da oferta e do consumo de
produtos alimentícios ultraprocessados em todas as situações (inclusive em escolas,
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pelas más escolhas alimentares.
1 Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. III Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional – por um desenvolvimento sustentável com soberania e segurança alimentar
e nutricional. Relatório final. Fortaleza: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
2007
São muitos os obstáculos e desafios a serem superados para que o direito humano à
alimentação adequada e saudável e o direito à saúde sejam realidade para nossa população.
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socioculturais. Portanto, a proteção e promoção da alimentação adequada e saudável
depende da atuação nestas duas grandes dimensões. Este é o motivo que nos faz afirmar
que a educação alimentar e nutricional é fundamental, mas só terá resultados efetivos se
articulada a ações de caráter estrutural.
A Aliança é a reunião de forças em um coletivo de pessoas e organizações para
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que valorizem formas de produção socialmente e ambientalmente sustentáveis, que
modifiquem o ambiente alimentar, que facilitem as escolhas alimentares mais saudáveis e
que aproximem consumidores e agricultores. Nossas referências para construir essas
mudanças são as políticas públicas como a Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição e o Guia Alimentar para a
População Brasileira. Considerando os múltiplos campos de ação e desafios compreendidos
pela proteção e promoção da alimentação adequada e saudável, buscaremos sinergias e
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ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação

  • 1. Carta de apresentação da Aliança pela Alimentação Adequada e saudável para a sociedade brasileira Somos organizações da sociedade civil de interesse público, profissionais, associações e movimentos sociais reunidos na “Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável. Temos como objetivo desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam com a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada por meio do avanço de políticas públicas para a garantia da segurança alimentar e nutricional e da soberania alimentar no Brasil. A alimentação adequada e saudável significa “a realização de um direito humano básico, com a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, de acordo com o ciclo da vida e as necessidades alimentares especiais, pautada pelo referencial tradicional local. Deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer (sabor), às dimensões de gênero e etnia, e às formas de produção ambientalmente sustentáveis, livre de contaminantes físicos, químicos e biológicos e de organismos geneticamente modificados.”1 A preocupação com a alimentação é crescente no Brasil e no mundo por causa do aumento das doenças relacionadas a hábitos alimentares não saudáveis. Felizmente, a alimentação brasileira ainda é composta em sua maioria por comida de verdade, porém, é cada vez mais frequente o consumo de produtos ultraprocessados como refrigerantes e outras bebidas açucaradas, biscoitos, salgadinhos, comida congelada etc. sem valor ou identidade cultural e a redução do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados que fazem parte da cultura alimentar brasileira. O Brasil ainda convive com a desnutrição e com carências nutricionais específicas em grupos vulnerabilizados e, também, enfrenta o desafio das doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Essa situação decorre de mudanças no sistema alimentar, incluindo alterações nos modos de produzir, de fazer e de comer. Os principais determinantes dessas mudanças relacionam-se a ações de empresas agro-industriais que concentram grande influência política e econômica e que produzem alimentos em sistemas de monoculturas altamente mecanizadas, com concentração de terras e uso intensivo de agrotóxicos e sementes patenteadas e que estimulam o consumo de produtos ultraprocessados por meio de estratégias agressivas de marketing, de preços cada vez menores e da disponibilização desses produtos em todos os lugares. Essas mudanças provocadas por um oligopólio de empresas transnacionais do setor do agronegócio e alimentício estimulam a substituição dos alimentos in natura ou minimamente processados que fazem parte da cultura alimentar brasileira, desfavorecem a agricultura familiar e agroecológica, desrespeitam os saberes e práticas alimentares dos povos indígenas e povos de comunidades tradicionais e extinguem a sociobiodiversidade alimentar. O resultado é um ambiente alimentar facilitador da oferta e do consumo de produtos alimentícios ultraprocessados em todas as situações (inclusive em escolas, hospitais e locais de trabalho) e, ao mesmo tempo, que induz a culpabilização dos indivíduos pelas más escolhas alimentares. 1 Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – por um desenvolvimento sustentável com soberania e segurança alimentar e nutricional. Relatório final. Fortaleza: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; 2007
  • 2. São muitos os obstáculos e desafios a serem superados para que o direito humano à alimentação adequada e saudável e o direito à saúde sejam realidade para nossa população. A alimentação que temos hoje é resultado da interação de elementos individuais e socioculturais. Portanto, a proteção e promoção da alimentação adequada e saudável depende da atuação nestas duas grandes dimensões. Este é o motivo que nos faz afirmar que a educação alimentar e nutricional é fundamental, mas só terá resultados efetivos se articulada a ações de caráter estrutural. A Aliança é a reunião de forças em um coletivo de pessoas e organizações para impulsionar a promoção da alimentação adequada e saudável por meio de políticas públicas que valorizem formas de produção socialmente e ambientalmente sustentáveis, que modifiquem o ambiente alimentar, que facilitem as escolhas alimentares mais saudáveis e que aproximem consumidores e agricultores. Nossas referências para construir essas mudanças são as políticas públicas como a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição e o Guia Alimentar para a População Brasileira. Considerando os múltiplos campos de ação e desafios compreendidos pela proteção e promoção da alimentação adequada e saudável, buscaremos sinergias e parcerias com os demais coletivos e frentes que já atuam neste campo e que compartilham o objetivo de conquistar relações justas, promotoras de equidade e saúde em todo o sistema alimentar. Para alcançar nossos objetivos, priorizaremos ações que incidam sobre as seguintes agendas: 1- Promoção, proteção e apoio de saberes e práticas convergentes com a alimentação adequada e saudável; 2- Promoção, proteção e apoio à amamentação e alimentação complementar saudável; 3- Fortalecimento da agroecologia e da agricultura familiar; 4- Efetivação da proibição da publicidade dirigida ao público infantil; 5- Restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados; 6- Melhoria da informação nos rótulos de alimentos; 7- Aprovação de medidas fiscais promotoras da alimentação adequada e saudável; 8- Promoção, proteção e apoio da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais; 9- Monitoramento e exposição de práticas e políticas que alavancam práticas alimentares nocivas à saúde e que comprometem o sistema e a soberania alimentar brasileiros. A garantia do direito à alimentação adequada e saudável e a prevenção e a redução da obesidade e de outras doenças crônicas não-transmissíveis precisam ser bandeiras de toda a sociedade brasileira. Vamos juntas(os)? Brasil, outubro de 2016.