5. Contextos e construções da
identidade
• A Antropologia das identidades foi efetivamente
constituída abordando de modo contextual seu objetivo,
relacional, construtivo e situacional.
• Os processos identitários não existem fora do contexto, são
sempre relativos a algo especifico que está em jogo. O que
está em jogo pode ser:
– Acesso a terra;
– Ao mercado de trabalho;
– As regalias externas públicas ou privadas, turísticas ou
humanitárias;
6. Contextos e construções da
identidade
• Para Levi Strauss (considerado o fundador da
Antropologia Estruturalista) a identidade é definida
como um componente do universalismo.
• Ele coloca que no coração das sociedades, então a
identidade sempre se esconde. É o mito da
Insaluridade: a identidade é uma espécie de abrigo
virtual ao qual é indispensável um determinado
número de coisas sem que este tenha jamais uma
existência real.
7. Contextos e construções da
identidade
• Com o efeito o ponto de partida das buscas de
identidade individuais ou coletivas é o fato de que
somos sempre o outro de alguém, o outro de um
outro.
• A identidade pode agora ser construída do exterior
para o interior. Toda identidade, ou toda declaração
identitária tanto individual quanto coletiva, é então
múltipla, inacabada, sempre experimentada mais como
uma busca do que como um fato.
9. “Africanus sum”? A propósito da
identidade étnica
• Segundo Frederich Barth, a identidade étnica
é um conjunto de pessoas que são parecidas
consigo (se identificam) na cor da pele,
cultura, língua e que compartilham histórias e
origens em comum.
10. “Africanus sum”? A propósito da
identidade étnica
• É a cultura que diz em que acreditar. Ela
influencia os modos de ser e de estar no
mundo; de agir, sentir e se relacionar com o
natural e o social. No Brasil, há uma
diversidade cultural significativa, e todas
devem ser valorizadas.
11. “Africanus sum”? A propósito da
identidade étnica
• Barth (1998) afirma que os indivíduos têm de
estar conscientes de sua identidade étnica, pois
nem sempre as pessoas de um grupo participam
da formação de sua identidade conscientemente.
Muito do que se aprendem a respeito de sua
identidade é inconsciente, e faz parte de sua
educação desde seu nascimento.
12. “Africanus sum”? A propósito da
identidade étnica
• O Direito à Identidade Étnica é,
resumidamente, o direito que uma pessoa
tem de preservar, vivenciar e reproduzir sua
cultura sem sofrer qualquer represália por
isso. Envolve aspectos como idioma, religião,
modo de vida e organização social.
14. Lugares, tempo e autores culturais
• Onde surge a criação cultural.
– Em um mundo globalizado, no qual as identidades
tendem a perder as suas referências locais,
questiona-se “onde toma forma a criatividade
cultural”.
15. Lugares, tempo e autores culturais
• Essas identidades surgem de três relações
duais, sendo:
– Identidade e lugar;
– Cultura e lugar;
– Identidade e cultura.
16. Lugares, tempo e autores culturais
• Como se formam essas novas narrativas, com
que autores?
– Hoje, em geral, são jovens escolarizados, bem
conectados em redes institucionais e
informacionais globais.
17. Lugares, tempo e autores culturais
• Em qual contexto?
– São profissionais especializados, trabalham na
recuperação e proteção das suas tradições em via
de desaparecimento ou descaracterização.
18. Lugares, tempo e autores culturais
• Depois da desaparição das “culturas naturais”,
agora nos encontramos na era “pós-cultural”.
• Segundo Marc Augé, a situação está marcada
pela invasão das imagens no cotidiano e pela
generalização da apreensão ficcional do
mundo.
19. Lugares, tempo e autores culturais
• A dominação dos meios materiais e
informativos globais é tamanha que
atualmente os autores culturais se vêem
forçados a completar as lacunas de uma
retórica pronta, sendo obrigados a titular sua
criação, por exemplo, da cor local ou da
estética étnica.
21. Para uma crítica da identidade cultural
• ...” os sentimentos de perda de identidade são
compensados pela procura ou criação de novos contextos e
retóricas identitárias.”(p. 7)
• “essa apropriação negra de um carnaval popular foi uma
resposta aos ataques racistas que a população negra de
Londres havia sofrido algum tempo antes”(p. 22)
• “neste ponto da reflexão, e sem fecha-la, temos de retornar
à única identidade que podemos ter como verdadeira,
mesmo se ela é mau tratada pelas contingências da
história”(p. 27)