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CONTO
GÊNERO:
OBJETIVO
Compreender o gênero conto como um texto curto que pertence ao universo
ficcional, considerando suas propriedades formais, com ênfase nos elementos
estruturadores do enredo e nas formas como são construídos os discursos de
personagens e narradores.
Certa vez, um garoto foi passear no
shopping, quando resolveu parar na
livraria. Seus olhos deslizaram sobre as
imagens coloridas das capas e sobre as
letras chamativas dos títulos, até que se
deparou com um livro que continha o
conto da Chapeuzinho Vermelho.
CHAPEUZINHO VERMELHO (RESUMO)
Uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho foi visitar sua avó que
morava distante e estava doente. Sua mãe queria notícias da velha
senhora e mandou a filha fazer-lhe uma visita, levando alguns doces. O
caminho era longo e passava por uma floresta. Matreiro o Lobo-Mau,
dizendo ser o guarda da floresta abordou a menina no caminho,
fingindo ser amigo, pois sua intenção era comer a neta e a avó. Ao
chegar à casa da avó Chapeuzinho Vermelho foi tomada de surpresa,
pois achou-a um tanto diferente de como a conhecia. O Lobo-Mau já
tinha comido a velhinha e vestido sua roupa, metendo-se em sua cama
esperava para dar o bote final na menina. Você vai ter momentos de
ternura, medo, alegria e muita diversão ao ler este clássico da literatura
Afinal, o que são os contos? Qual é o enredo do conto?
Quem são os personagens do conto? Qual o ponto de
vista do conto?
Conto é uma narrativa curta e que se diferencia
dos romances não apenas pelo tamanho, mas
também pela sua estrutura: há poucas
personagens, nunca analisadas profundamente;
profundamente; há acontecimentos breves,
sem grandes complicações de enredo; e há
apenas um clímax, no qual a tensão da história
atinge seu auge.
• Entre suas principais características, estão a concisão, a
precisão, a densidade, a unidade de efeito ou
total – o conto precisa causar um efeito singular no
muita excitação e emotividade.
• Ao escritor de contos, dá-se o nome de contista.
• O conto quase nunca é publicado isoladamente.
Geralmente, ele faz parte de uma obra maior. Como por
exemplo, o conto "Uma Galinha", de Clarice Lispector, faz
parte do livro "Laços de Família”. Clique na figura e leia
este conto.
CARACTERÍSTICAS
O enredo é o fio condutor de qualquer narrativa, mostrando uma sequência de fatos, ações
e elementos que vão construindo o corpo do relato. É um encadeamento de episódios que
tecem a teia daquilo que está sendo narrado.
No conto, o enredo funciona como espinha dorsal, como estrutura que sustenta e direciona.
Nos contos que privilegiam o enredo, podemos distinguir claramente as partes que vão se
encaixando com perfeição, até chegar ao desfecho ou desenlace.
Veremos, então, as partes que formam o enredo:
Apresentação (ou introdução ou exposição);
Complicação;
Clímax;
Desenlace (ou desfecho).
Defina as partes que formam o
enredo. Responda em seu
caderno.
O ENREDO COMO COLUNA VERTEBRAL DO CONTO
• Terceira pessoa: O texto é narrado
em 3ª pessoa e neste caso podemos
ter:
A) Narrador observador: o narrador
limita-se a descrever o que está
acontecendo, "falando" do exterior,
não nos colocando dentro da
cabeça da personagem; assim não
sabemos suas emoções, ideias,
pensamentos. O narrador apenas
descreve o que vê, no mais,
especula.
B) Narrador onisciente é aquele que
conta a história; o narrador tudo
sabe sobre a vida das personagens,
sobre seus destinos, ideias,
pensamentos. Como se narrasse de
dentro da cabeça delas.
• Primeira pessoa:
personagem principal conta
sua história; este narrador
limita-se ao saber de si
próprio, fala de sua própria
vivência.
Narrativa em 1ª ou 3ª pessoa?
Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo é o mais
importante de todos. Está em primeiro lugar; por ser dramático, o conto deve
ser tanto quanto possível dialogado. Os conflitos, os dramas residem na fala das
pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia,
desavença, e sem isso, não há conflito, nem ação.
1) Discurso Direto: As personagens conversam entre
si; usa-se travessões. Além de ser o mais conhecido é,
também, predominante no conto.
2) Discurso Indireto: Quando o escritor resume a fala
da personagem em forma narrativa, sem destacá-la.
Vamos dizer que a personagem conta como aconteceu
o diálogo, quase que reproduzindo-o.
3) Discurso Indireto livre: É a fusão entre autor e
personagem (primeira e terceira pessoa narrativa); o
narrador narra, mas no meio da narrativa surgem
diálogos indiretos da personagem como que
complementando o que disse o narrador.
4) Monólogo interior (ou fluxo de consciência): É o
que se passa “dentro” do mundo psíquico da
personagem; “falando” consigo mesma.
E os diálogos?
AGORA VAMOS ANALISAR
ALGUNS CONTOS
FURTO DE FLOR
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-
a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O
copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que
ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há
numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de
conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não
adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a
via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui
depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80
1. Leia as afirmativas abaixo e em seguida assinale a alternativa correta
A) O texto Furto de Flor é predominantemente narrativo.
B) O autor ao longo do texto vai construindo um misto de narrativa e texto
objetivo.
C) O autor usou a 1ª pessoa para, supostamente, aproximar-se do personagem
da narrativa.
D) Apenas pela leitura do título do texto, pode-se afirmar que o texto é narrativo.
A) Resposta correta. O conto é a forma narrativa, em
prosa, de menor extensão.
B) Resposta incorreta. Ao longo do texto o autor vai
construindo um texto subjetivo.
C) Resposta incorreta. O autor usou a 1ª pessoa para, o
personagem principal contar sua história.
D) Resposta incorreta. Para afirmar que o texto é narrativo
precisa-se saber que o conto é uma narrativa breve;
desenrolando um só incidente predominante e um só
personagem principal, contém um só assunto, cujos
detalhes são tão comprimidos e o conjunto do tratamento
dado à temática é tão organizado, que produzem uma só
impressão.
FURTO DE FLOR
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava
feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e
notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas
novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a
obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por
sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a
furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a
docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e
repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80
2. Segundo o texto de Drummond, a condição para haver novidade em
uma flor, sem agredi-la, é apenas admirá-la. O trecho do conto que
satisfaz esta condição é
A) “Furtei uma flor daquele jardim”.
B) “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia”.
C) “Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem”.
D) “Não adiantava restituí-la ao jardim".
A)Resposta incorreta. Ao furtar a flor, ele agride a
mesma.
B)Resposta incorreta. Não adiantaria renovar a água
se ele havia agredido a flor e a mesma estava
morrendo.
C)Resposta correta. Ao contemplar a flor sem
nela, ele não a agrediria.
D)Resposta incorreta. Já não adiantava mais
restituí-la ao jardim, uma vez que ele a havia
agredido.
FURTO DE FLOR
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava
feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e
notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas
novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira
a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi
por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores.
Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a
docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e
repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80
3. Ao longo do texto, o personagem vai gradativamente
buscando manter a flor viva, mas não é feliz no seu intento,
pois a
A) colocou num copo com água.
B) depositou no jardim onde desabrochara.
C) colocou no vaso com terra.
D)furtou do jardim.
A) Resposta incorreta. Colocá-la num copo com água não
traria à flor sua vitalidade.
B) Resposta incorreta. Já não adiantava devolver a flor ao
seu jardim, uma vez que a mesma já havia morrido.
C) Resposta incorreta. Não adiantava replantá-la pois ali
não era o seu habitat.
D)Resposta correta. A partir do ato de furtar a flor de seu
habitat natural ele condenou a mesma a morte.
Muitos teóricos discutem, até hoje, quais são os limites
do conto, onde termina e começa a novela ou o romance,
o que o diferencia da crônica, quais os aspectos que fazem
dele um conto e não outro tipo de narrativa.
Em um movimento cíclico, com momentos de auge e
outros de puro ostracismo, o conto tem acompanhado,
desde os primórdios, o avanço da humanidade através do
tempo, num meio que, na maioria das vezes, é hostil e
nada propício para criar, ouvir ou ler esse tipo de
narrativa.
• O conto é a forma narrativa,
em prosa, de menor extensão
(no sentido estrito de
tamanho).
AGORA VOCÊ VAI LER O CONTO
Uma Galinha
de Clarice Lispector
Uma Galinha
Clarice Lispector
Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de
nove horas da manhã.
Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha.
Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a
escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam
dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo,
inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço.
Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e
em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo
desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado,
hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência
e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa,
lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum
esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu
seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado
onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A
perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi
percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais
selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os
que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a
mesma.
Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz
alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo
por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa
violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo.
Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que
fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o
ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu
coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de
tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e
assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do
acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:
— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso
bem!
Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente.
Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem
triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento
especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente
um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O
pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:
Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A
menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a
cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr
naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam.
Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de
apatia e a do sobressalto.
Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de
uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo
avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a
traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara
contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões
com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas
ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia
cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era
uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.
Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30.
Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos
Brasileiros do Século”.
VAMOS LER OUTRO CONTO!
APELO
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros
dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido
na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom
ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no
espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua
perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os
guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o
canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com
os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de
sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de
querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não
lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a
meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a
Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha
para casa, Senhora, por favor.
Dalton Trevisan.
APELO
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para
dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de
esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na
mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio
aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada.
Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de
fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava
só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem.
Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas
murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-
rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas
raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan.
4. Qual o tema central do conto que você leu
A) Um homem que narra e descreve sua rotina após ser
abandonado.
B) Um homem que narra e descreve sua sede de amar.
C) Um homem que narra e descreve a briga pelo sal no tomate.
A) Resposta correta. Um homem que narra e descreve sua rotina após ser
abandonado. Ao que tudo indica pelas pistas textuais, por sua esposa ou
alguém que mantém um laço afetivo amoroso.
B) Resposta incorreta. Ele não tem sede de amar, mas ao que tudo indica, que
ele foi abandonado.
C) Resposta incorreta. O fato de não haver mais briga pelo sal no tomate,
indica uma pista textual para a sensação de abandono.
D) Resposta incorreta. Como ele foi abandonado por sua esposa ou por
alguém com que mantém um laço afetivo amoroso, o leite coalha.
APELO
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para
dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de
esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na
mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio
aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada.
Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de
fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava
só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem.
Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas
murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-
rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas
raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan.
5. A narrativa do conto acontece em
A) 3ª pessoa narrador onisciente.
B) 2ª pessoa.
C) 1ª pessoa.
D)3ª pessoa narrador observador.
A) Resposta incorreta. O conto não é narrado em 3ª pessoa narrador
onisciente, visto que o narrador não narra como se falasse de dentro da
cabeça dos personagens.
B) Resposta incorreta. Não existe narrativa de conto em 2ª pessoa.
C) Resposta correta. O personagem principal conta sua história.
D) Resposta incorreta. O conto não é narrado em 3ª pessoa narrador
observador, visto que ele não narra limitando-se ao que está acontecendo.
APELO
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para
dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de
esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na
mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda
veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da
escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar
parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles
se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas
as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer
bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei
água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que
fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os
outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
Dalton Trevisan.
6. O trecho abaixo que confirma que a narração do conto acima está em 1ª pessoa,
narrador-personagem é
A) “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance
no espelho (...)”
B) “(...) E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da
salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? (...)”
C) “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava só. (...)”
D) “(...)Amanhã faz um mês(...)”
A) Resposta incorreta. “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa por
engano, a imagem de relance no espelho (...)” . O trecho nada mais traz do
que a ideia de abandono que é o tema central do conto.
B) Resposta incorreta. “(...) E comecei a sentir falta das pequenas brigas por
causa do tempero da salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é
saudade, Senhora? (...)”. O trecho nada mais traz do que a ideia de
abandono que é o tema central do conto.
C) Resposta correta. “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava só. (...)”.
personagem principal conta sua história; este narrador limita-se ao saber
de si próprio, fala de sua própria vivência.
D) Resposta incorreta. “(...)Amanhã faz um mês(...)”. Este tempo apenas situa o
conto no espaço temporal.
Acompanhe um trecho do conto “A quinta história” de Clarice Lispector.
Utilize-o para responder as questões 1 e 2.
In: A legião estrangeira. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1964.
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de
como matá-las. Que misturasse em partes iguais: açúcar, farinha e gesso.
A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de dentro delas. Assim fiz.
Morreram.
7. Embora muito pequeno, esse texto contém os elementos essenciais de uma
narrativa. Encontramos no trecho do conto acima
A) Narrador-personagem.
B) Narrador-observador.
C) Narrador-onisciente.
D) Narrador-testemunha.
A) Resposta correta. Narrador-personagem. Além de contar a história em
primeira pessoa, faz parte dela, sendo por isso chamado de personagem.
B) Resposta incorreta. Narrador-observador. Não comporta-se como uma
testemunha dos fatos relatados.
C) Resposta incorreta. Narrador-onisciente. Não é aquele que sabe de tudo.
D) Resposta incorreta. Narrador-testemunha. Ele não é o personagem
secundário da trama.
In: A legião estrangeira. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1964.
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de
como matá-las. Que misturasse em partes iguais: açúcar, farinha e gesso.
A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de-dentro delas. Assim fiz.
Morreram.
8. O foco narrativo da história é
A) Foco narrativo impessoal.
B) Foco narrativo em 3ª pessoa.
C) Foco narrativo em 1ª pessoa.
D) Foco narrativo em 2ª pessoa.
A) Resposta incorreta. Não existe foco narrativo em impessoal, mais sim foco
narrativo em 1ª ou 3ª pessoa.
B) Resposta incorreta. No foco narrativo em 3ª pessoa o narrador é onisciente.
Ele nos oferece uma visão distanciada da narrativa, além de dispor de
inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece.
C) Resposta correta. No foco narrativo em 1ª pessoa o narrador é um dos
personagens, protagonista ou secundário. Nesse caso, ele apresenta aquilo
que presencia ao participar dos acontecimentos.
D) Resposta incorreta. O texto não foi narrado em 2ª pessoa, mais sim como
narrador em 1ª pessoa participando da ação percebendo que quem conta
o conto é um “eu” participante.
9. O tipo de tempo empregado
no conto acima foi
A) Cronológico com narrativa
não linear.
B) Psicológico com narrativa
linear.
C) Psicológico com narrativa
não linear.
D)Cronológico com narrativa
linear.
A) Resposta incorreta. O tempo é Cronológico, mas a narrativa é linear, pois
tem começo – meio – fim – e os acontecimentos são contínuos.
B) Resposta incorreta. O tempo não é Psicológico, pois obedece à cronologia
com narrativa linear.
C) Resposta incorreta. O tempo não é Psicológico, pois obedece à cronologia e
à narrativa é linear.
D) Resposta correta. O tempo é Cronológico, marcado objetivamente pelo
tempo dos relógios, com narrativa linear representada por começo – meio –
fim – e os acontecimentos são contínuos.
 - Talvez esteja aborrecida, pensei eu.
 E logo alto:
 - D. Conceição, creio que vão sendo horas, e eu...
 - Não, não, ainda é cedo. Vi agora mesmo o relógio; são onze e meia.
Tem tempo. Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?
 - Já tenho feito isso.
 - Eu, não; perdendo uma noite, no outro dia estou que não posso, e,
meia hora que seja, hei de passar pelo sono. Mas também estou
ficando velha.
 - Que velha o quê, D. Conceição?
Acompanhe um trecho do conto “Missa do Galo” de
Machado de Assis. Utilize-o para responder o que se
pede.
10. O tipo de discurso empregado no trecho do conto acima
foi
A) Discurso Direto.
B) Monólogo.
C) Discurso Indireto.
A) Resposta correta. Discurso Direto, ocorre quando o narrador apresenta a
própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o
que acontece em lugar de simplesmente contar.
B) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho o que se passa "dentro" do
mundo psíquico da personagem; "falando" consigo mesma, que é o
Monólogo.
C) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho o narrador interferindo na fala da
personagem, que é o Discurso Indireto.
D) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho a combinação do Discurso Direto
com Discurso Indireto confundindo as intervenções do narrador com as
dos personagens que é o Discurso Indireto Livre.
CRÉDITOS:
Material organizado por Francisco Maurício Araújo
Para o Blog Tudo Sala de Aula em 26 de Setembro de 2017.
Apoio do Educopédia e do Wikipédia
2017

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O gênero conto e suas características formais

  • 2. OBJETIVO Compreender o gênero conto como um texto curto que pertence ao universo ficcional, considerando suas propriedades formais, com ênfase nos elementos estruturadores do enredo e nas formas como são construídos os discursos de personagens e narradores.
  • 3. Certa vez, um garoto foi passear no shopping, quando resolveu parar na livraria. Seus olhos deslizaram sobre as imagens coloridas das capas e sobre as letras chamativas dos títulos, até que se deparou com um livro que continha o conto da Chapeuzinho Vermelho.
  • 4. CHAPEUZINHO VERMELHO (RESUMO) Uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho foi visitar sua avó que morava distante e estava doente. Sua mãe queria notícias da velha senhora e mandou a filha fazer-lhe uma visita, levando alguns doces. O caminho era longo e passava por uma floresta. Matreiro o Lobo-Mau, dizendo ser o guarda da floresta abordou a menina no caminho, fingindo ser amigo, pois sua intenção era comer a neta e a avó. Ao chegar à casa da avó Chapeuzinho Vermelho foi tomada de surpresa, pois achou-a um tanto diferente de como a conhecia. O Lobo-Mau já tinha comido a velhinha e vestido sua roupa, metendo-se em sua cama esperava para dar o bote final na menina. Você vai ter momentos de ternura, medo, alegria e muita diversão ao ler este clássico da literatura
  • 5. Afinal, o que são os contos? Qual é o enredo do conto? Quem são os personagens do conto? Qual o ponto de vista do conto?
  • 6. Conto é uma narrativa curta e que se diferencia dos romances não apenas pelo tamanho, mas também pela sua estrutura: há poucas personagens, nunca analisadas profundamente; profundamente; há acontecimentos breves, sem grandes complicações de enredo; e há apenas um clímax, no qual a tensão da história atinge seu auge.
  • 7. • Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou total – o conto precisa causar um efeito singular no muita excitação e emotividade. • Ao escritor de contos, dá-se o nome de contista. • O conto quase nunca é publicado isoladamente. Geralmente, ele faz parte de uma obra maior. Como por exemplo, o conto "Uma Galinha", de Clarice Lispector, faz parte do livro "Laços de Família”. Clique na figura e leia este conto. CARACTERÍSTICAS
  • 8. O enredo é o fio condutor de qualquer narrativa, mostrando uma sequência de fatos, ações e elementos que vão construindo o corpo do relato. É um encadeamento de episódios que tecem a teia daquilo que está sendo narrado. No conto, o enredo funciona como espinha dorsal, como estrutura que sustenta e direciona. Nos contos que privilegiam o enredo, podemos distinguir claramente as partes que vão se encaixando com perfeição, até chegar ao desfecho ou desenlace. Veremos, então, as partes que formam o enredo: Apresentação (ou introdução ou exposição); Complicação; Clímax; Desenlace (ou desfecho). Defina as partes que formam o enredo. Responda em seu caderno. O ENREDO COMO COLUNA VERTEBRAL DO CONTO
  • 9. • Terceira pessoa: O texto é narrado em 3ª pessoa e neste caso podemos ter: A) Narrador observador: o narrador limita-se a descrever o que está acontecendo, "falando" do exterior, não nos colocando dentro da cabeça da personagem; assim não sabemos suas emoções, ideias, pensamentos. O narrador apenas descreve o que vê, no mais, especula. B) Narrador onisciente é aquele que conta a história; o narrador tudo sabe sobre a vida das personagens, sobre seus destinos, ideias, pensamentos. Como se narrasse de dentro da cabeça delas. • Primeira pessoa: personagem principal conta sua história; este narrador limita-se ao saber de si próprio, fala de sua própria vivência. Narrativa em 1ª ou 3ª pessoa?
  • 10. Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo é o mais importante de todos. Está em primeiro lugar; por ser dramático, o conto deve ser tanto quanto possível dialogado. Os conflitos, os dramas residem na fala das pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia, desavença, e sem isso, não há conflito, nem ação. 1) Discurso Direto: As personagens conversam entre si; usa-se travessões. Além de ser o mais conhecido é, também, predominante no conto. 2) Discurso Indireto: Quando o escritor resume a fala da personagem em forma narrativa, sem destacá-la. Vamos dizer que a personagem conta como aconteceu o diálogo, quase que reproduzindo-o. 3) Discurso Indireto livre: É a fusão entre autor e personagem (primeira e terceira pessoa narrativa); o narrador narra, mas no meio da narrativa surgem diálogos indiretos da personagem como que complementando o que disse o narrador. 4) Monólogo interior (ou fluxo de consciência): É o que se passa “dentro” do mundo psíquico da personagem; “falando” consigo mesma. E os diálogos?
  • 12. FURTO DE FLOR Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe- a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me: – Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80 1. Leia as afirmativas abaixo e em seguida assinale a alternativa correta A) O texto Furto de Flor é predominantemente narrativo. B) O autor ao longo do texto vai construindo um misto de narrativa e texto objetivo. C) O autor usou a 1ª pessoa para, supostamente, aproximar-se do personagem da narrativa. D) Apenas pela leitura do título do texto, pode-se afirmar que o texto é narrativo.
  • 13. A) Resposta correta. O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão. B) Resposta incorreta. Ao longo do texto o autor vai construindo um texto subjetivo. C) Resposta incorreta. O autor usou a 1ª pessoa para, o personagem principal contar sua história. D) Resposta incorreta. Para afirmar que o texto é narrativo precisa-se saber que o conto é uma narrativa breve; desenrolando um só incidente predominante e um só personagem principal, contém um só assunto, cujos detalhes são tão comprimidos e o conjunto do tratamento dado à temática é tão organizado, que produzem uma só impressão.
  • 14. FURTO DE FLOR Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me: – Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80 2. Segundo o texto de Drummond, a condição para haver novidade em uma flor, sem agredi-la, é apenas admirá-la. O trecho do conto que satisfaz esta condição é A) “Furtei uma flor daquele jardim”. B) “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia”. C) “Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem”. D) “Não adiantava restituí-la ao jardim".
  • 15. A)Resposta incorreta. Ao furtar a flor, ele agride a mesma. B)Resposta incorreta. Não adiantaria renovar a água se ele havia agredido a flor e a mesma estava morrendo. C)Resposta correta. Ao contemplar a flor sem nela, ele não a agrediria. D)Resposta incorreta. Já não adiantava mais restituí-la ao jardim, uma vez que ele a havia agredido.
  • 16. FURTO DE FLOR Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me: – Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80 3. Ao longo do texto, o personagem vai gradativamente buscando manter a flor viva, mas não é feliz no seu intento, pois a A) colocou num copo com água. B) depositou no jardim onde desabrochara. C) colocou no vaso com terra. D)furtou do jardim.
  • 17. A) Resposta incorreta. Colocá-la num copo com água não traria à flor sua vitalidade. B) Resposta incorreta. Já não adiantava devolver a flor ao seu jardim, uma vez que a mesma já havia morrido. C) Resposta incorreta. Não adiantava replantá-la pois ali não era o seu habitat. D)Resposta correta. A partir do ato de furtar a flor de seu habitat natural ele condenou a mesma a morte.
  • 18. Muitos teóricos discutem, até hoje, quais são os limites do conto, onde termina e começa a novela ou o romance, o que o diferencia da crônica, quais os aspectos que fazem dele um conto e não outro tipo de narrativa. Em um movimento cíclico, com momentos de auge e outros de puro ostracismo, o conto tem acompanhado, desde os primórdios, o avanço da humanidade através do tempo, num meio que, na maioria das vezes, é hostil e nada propício para criar, ouvir ou ler esse tipo de narrativa. • O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho).
  • 19. AGORA VOCÊ VAI LER O CONTO Uma Galinha de Clarice Lispector
  • 20. Uma Galinha Clarice Lispector Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os
  • 21. que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma. Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos: — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:
  • 22. Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto. Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado. Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos. Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos. Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.
  • 23. VAMOS LER OUTRO CONTO!
  • 24. APELO Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan.
  • 25. APELO Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca- rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan. 4. Qual o tema central do conto que você leu A) Um homem que narra e descreve sua rotina após ser abandonado. B) Um homem que narra e descreve sua sede de amar. C) Um homem que narra e descreve a briga pelo sal no tomate.
  • 26. A) Resposta correta. Um homem que narra e descreve sua rotina após ser abandonado. Ao que tudo indica pelas pistas textuais, por sua esposa ou alguém que mantém um laço afetivo amoroso. B) Resposta incorreta. Ele não tem sede de amar, mas ao que tudo indica, que ele foi abandonado. C) Resposta incorreta. O fato de não haver mais briga pelo sal no tomate, indica uma pista textual para a sensação de abandono. D) Resposta incorreta. Como ele foi abandonado por sua esposa ou por alguém com que mantém um laço afetivo amoroso, o leite coalha.
  • 27. APELO Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca- rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan. 5. A narrativa do conto acontece em A) 3ª pessoa narrador onisciente. B) 2ª pessoa. C) 1ª pessoa. D)3ª pessoa narrador observador.
  • 28. A) Resposta incorreta. O conto não é narrado em 3ª pessoa narrador onisciente, visto que o narrador não narra como se falasse de dentro da cabeça dos personagens. B) Resposta incorreta. Não existe narrativa de conto em 2ª pessoa. C) Resposta correta. O personagem principal conta sua história. D) Resposta incorreta. O conto não é narrado em 3ª pessoa narrador observador, visto que ele não narra limitando-se ao que está acontecendo.
  • 29. APELO Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan. 6. O trecho abaixo que confirma que a narração do conto acima está em 1ª pessoa, narrador-personagem é A) “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho (...)” B) “(...) E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? (...)” C) “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava só. (...)” D) “(...)Amanhã faz um mês(...)”
  • 30. A) Resposta incorreta. “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho (...)” . O trecho nada mais traz do que a ideia de abandono que é o tema central do conto. B) Resposta incorreta. “(...) E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? (...)”. O trecho nada mais traz do que a ideia de abandono que é o tema central do conto. C) Resposta correta. “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava só. (...)”. personagem principal conta sua história; este narrador limita-se ao saber de si próprio, fala de sua própria vivência. D) Resposta incorreta. “(...)Amanhã faz um mês(...)”. Este tempo apenas situa o conto no espaço temporal.
  • 31. Acompanhe um trecho do conto “A quinta história” de Clarice Lispector. Utilize-o para responder as questões 1 e 2. In: A legião estrangeira. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1964. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais: açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de dentro delas. Assim fiz. Morreram. 7. Embora muito pequeno, esse texto contém os elementos essenciais de uma narrativa. Encontramos no trecho do conto acima A) Narrador-personagem. B) Narrador-observador. C) Narrador-onisciente. D) Narrador-testemunha.
  • 32. A) Resposta correta. Narrador-personagem. Além de contar a história em primeira pessoa, faz parte dela, sendo por isso chamado de personagem. B) Resposta incorreta. Narrador-observador. Não comporta-se como uma testemunha dos fatos relatados. C) Resposta incorreta. Narrador-onisciente. Não é aquele que sabe de tudo. D) Resposta incorreta. Narrador-testemunha. Ele não é o personagem secundário da trama.
  • 33. In: A legião estrangeira. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1964. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais: açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de-dentro delas. Assim fiz. Morreram. 8. O foco narrativo da história é A) Foco narrativo impessoal. B) Foco narrativo em 3ª pessoa. C) Foco narrativo em 1ª pessoa. D) Foco narrativo em 2ª pessoa.
  • 34. A) Resposta incorreta. Não existe foco narrativo em impessoal, mais sim foco narrativo em 1ª ou 3ª pessoa. B) Resposta incorreta. No foco narrativo em 3ª pessoa o narrador é onisciente. Ele nos oferece uma visão distanciada da narrativa, além de dispor de inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece. C) Resposta correta. No foco narrativo em 1ª pessoa o narrador é um dos personagens, protagonista ou secundário. Nesse caso, ele apresenta aquilo que presencia ao participar dos acontecimentos. D) Resposta incorreta. O texto não foi narrado em 2ª pessoa, mais sim como narrador em 1ª pessoa participando da ação percebendo que quem conta o conto é um “eu” participante.
  • 35. 9. O tipo de tempo empregado no conto acima foi A) Cronológico com narrativa não linear. B) Psicológico com narrativa linear. C) Psicológico com narrativa não linear. D)Cronológico com narrativa linear.
  • 36. A) Resposta incorreta. O tempo é Cronológico, mas a narrativa é linear, pois tem começo – meio – fim – e os acontecimentos são contínuos. B) Resposta incorreta. O tempo não é Psicológico, pois obedece à cronologia com narrativa linear. C) Resposta incorreta. O tempo não é Psicológico, pois obedece à cronologia e à narrativa é linear. D) Resposta correta. O tempo é Cronológico, marcado objetivamente pelo tempo dos relógios, com narrativa linear representada por começo – meio – fim – e os acontecimentos são contínuos.
  • 37.  - Talvez esteja aborrecida, pensei eu.  E logo alto:  - D. Conceição, creio que vão sendo horas, e eu...  - Não, não, ainda é cedo. Vi agora mesmo o relógio; são onze e meia. Tem tempo. Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?  - Já tenho feito isso.  - Eu, não; perdendo uma noite, no outro dia estou que não posso, e, meia hora que seja, hei de passar pelo sono. Mas também estou ficando velha.  - Que velha o quê, D. Conceição? Acompanhe um trecho do conto “Missa do Galo” de Machado de Assis. Utilize-o para responder o que se pede. 10. O tipo de discurso empregado no trecho do conto acima foi A) Discurso Direto. B) Monólogo. C) Discurso Indireto.
  • 38. A) Resposta correta. Discurso Direto, ocorre quando o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar. B) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho o que se passa "dentro" do mundo psíquico da personagem; "falando" consigo mesma, que é o Monólogo. C) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho o narrador interferindo na fala da personagem, que é o Discurso Indireto. D) Resposta incorreta. Não ocorre no trecho a combinação do Discurso Direto com Discurso Indireto confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens que é o Discurso Indireto Livre.
  • 39. CRÉDITOS: Material organizado por Francisco Maurício Araújo Para o Blog Tudo Sala de Aula em 26 de Setembro de 2017. Apoio do Educopédia e do Wikipédia 2017