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Profª: Letiana da Silva Rehbein.
Fios e suturas
Sutura
• Manobra cirúrgica para manter bordas coaptadas.
• Cicatrização por primeira intenção.
• Princípios:
• Antissepsia rigorosa.
• Hemostasia.
• Redução de espaço morto.
• Bordas limpas e sem anfractuosidades.
• Ausência de corpo estranho e tecido necrótico.
• Tração mínima para justaposição dos tecidos.
• Instrumentais corretos.
Sutura
• O que é espaço morto?
• https://www.youtube.com/watch?v=9ZiH_9RJ-HM&t=76s
Agulhas
• Partes da agulha:
• Ponta.
• Afeta a afiação e o tecido
em que é usada
• Corpo.
• Fundo.
• Tipo de fundo:
• Fechado.
• Francês
• Tipo de curvatura:
• Reta
• Usada com as mãos.
• Curva
• Usada com porta agulhas.
Fonte: Fossum, 2020
• ¼ : oftálmica.
• 3/8 : mais usada na
veterinária. Mais fácil.
• 1/2 e 5/8 : melhores
para lugares
fechados. Mais difícil.
Agulhas
• Agulhas de corte geralmente têm duas ou três
arestas de corte opostas e são projetadas para uso
em tecidos que são difíceis de penetrar, como a
pele.
• Com as agulhas de corte convencionais (regular), a
terceira aresta de corte está na curvatura interna da
agulha.
• Agulhas de corte reverso têm uma terceira aresta
de corte na curvatura externa da agulha. Mais forte
que a regular.
Fonte: Fossum, 2020
Agulhas
• Agulhas de corte lateral (agulhas de
espátula) são planas na parte superior e
inferior e são geralmente utilizadas para
procedimentos oftálmicos.
• Agulhas cônicas (agulhas redondas) têm
uma ponta afiada que perfura e penetra
nos tecidos sem cortá-los. Elas
geralmente são usadas em tecidos
facilmente penetráveis, como o
intestino, o tecido subcutâneo ou a
fáscia.
Fonte: Fossum, 2020
Agulhas
• As agulhas de recorte, que são uma
combinação de uma ponta da aresta
de corte invertida e um corpo de ponta
achatada, são geralmente usadas para
suturar tecido fibroso denso e
resistente, como um tendão, e para
alguns procedimentos
cardiovasculares.
• As agulhas de ponta sem corte
(atraumáticas) têm ponta arredondada
e rombuda que pode dissecar através
de tecido friável sem cortar. Elas são
usadas ocasionalmente para suturar
órgãos parenquimatosos, como o
fígado ou o rim.
Fonte: Fossum, 2020
Agulhas
• Traumática: não tem fio acoplado. Mudança de diâmetro entre fio e agulha.
• Atraumática: fio acoplado, não há diferença de diâmetro.
Agulha no porta agulhas:
• Presa pelo corpo.
• Próxima à ponta do porta agulhas.
• Voltada para cima e para o lado das
pontas dos dedos.
Suturas - Classificação
• Profundidade:
• Superficial: pele e subcutâneo.
• Profunda.
• Plano anatômico:
• Por planos: camada por camada. Elimina o espaço morto.
• Em massa: todos os planos em um ponto.Comumente
usado como pontos de sustentação.
• Mista: por planos com pontos de sustentação.
Suturas - Classificação
• Tipo de fio.
• Absorvível
• Não absorvível.
• Finalidade:
• Hemostasia
• Aproximação
• Sustentação: para manter a
posição dos tecidos.
• Estética: perfeita
justaposição das bordas e
mínimo traumatismo.
• Passagem no tecido:
• Perfurante total: atravessa
todas as camadas.
• Perfurante parcial: somente
uma ou algumas camadas.
Fonte: Galera, 2005
Suturas – Classificação
• Tipo de ponto:
• Separados:
• Para cada ponto: uma alça de fio e um nó.
• Mais lento e mais seguro.
• Não diminui o diâmetro ou o comprimento da estrutura.
• Contínuos:
• Um nó inicial e um final. Apenas uma alça de fio.
• Rápido.
• Se soltar um nó pode desfazer tudo.
• Enrugamento: diminui o diâmetro quando é circular e o comprimento quando é linear.
Suturas - Classificação
• Posição das bordas:
• Eversão:
• Bordas voltadas para fora.
• Em vasos, para justapor o endotélio.
• Invaginante / de inversão:
• Bordas para o interior do órgão.
• Vísceras ocas -> isolar a parte interna (contaminada).
• Aposicional/ de aproximação:
• Justapor sem desnível.
• Perfeita integridade anatômica e funcional.
Suturas - Direcionamento
• Simples:
• Um ponto no meio e depois alternando os lados.
• Contínuas:
• Retilínea: da direita para a esquerda para facilitar a apresentação da borda com a pinça.
• Circular: início na parte proximal ao cirurgião e sequência no sentido anti horário (mais
fácil dar o ponto mais distal e os do lado esquerdo com o sentido natural/habitual da
agulha)
• Transversal: de proximal para distal.
• * para canhotos pode ser o contrário, depende do hábito de segurar o material.
Nó
• Contínua: um inicial com as duas pontas e um final com a ponta e a última laçada.
• Separados: um nó para cada ponto, pode ser no final de cada um ou então as alças
são seguradas com pinças e depois os nós dados no mesmo momento.
• 1 duplo seguido de pelo menos 2 simples.
Corte do fio
• Mínimo 2mm depois do nó para suturas internas.
• Em pele deixar mais comprido para facilitar na hora de retirar.
• Tesoura reta.
• Encosta a tesoura no nó, afasta e corta.
Distância entre os pontos
• A – A não deve ser maior que A – B
Fonte: Galera, 2005
Suturas separadas
Simples separado
• Sutura aposicional.
• Oclusão anatômica segura.
• Tensão precisa.
• Em qualquer tecido que não haja muita tensão.
• Nó ao lado da incisão.
• Entra de um lado e saí pelo outro
• (passa um lado de cada vez)
Fonte: Galera, 2005
Simples separado
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7izZe70E6hQ
De relaxamento
• Igual ao simples separado, mas a cada 2 ou 3 pontos tem um com maior distância
da borda.
• Usado em feridas que podem ter acúmulo de líquido.
• Facilita a drenagem.
Fonte: Galera, 2005
U deitado/Wolff / Colchoeiro
• Sutura de eversão.
• Mais forte e com cicatriz maior que o simples.
• Usado para hemostasia, locais com tensão ou
ferimentos extensos de pele em grandes animais.
• Pode diminuir a irrigação local, retardar a cicatrização
e necrosar o tecido.
• Semelhante ao simples, mas volta para o lado de
origem fazendo o caminho contrário.
• Opção captonada:
• Com tubos de borracha ou silicone.
• Evita que o fio corte o tecido quando a tensão está alta.
Fonte: Galera, 2005
U deitado/Wolff / Colchoeiro
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dCeBYdBBpbg
U em pé / Donatti
• 4 furos na mesma linha.
• Os mais distantes a 1,5cm para cada lado.
• Usado em pele com subcutâneo.
• Maior : + sustentação.
• Menor: melhora a coaptação.
• Usado em lacerações de pele em grandes animais, quando pode haver
comprometimento sanguíneo (mantém boa vascularização).
• Demorada e gasta muito material.
• Entra longe e sai longe, entra perto e sai perto.
Fonte: Galera, 2005
• Opção encavilhada:
• Apoio das alças em um cilindro.
• Diminui a chance do tecido ser cortado pelo fio.
• Não reduz suprimento sanguíneo.
U em pé / Donatti
Fonte: Galera, 2005
U em pé / Donatti
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s
X / Sultan
• Usada em regiões com resistência ou
tensão.
• Entra de um lado e sai do outro em uma
altura diferente, depois faz o caminho de
volta espelhado.
• Faz dois simples seguidos começando pelo
mesmo lado e só faz o nó no final. Técnica
mais comum.
Fonte: Galera, 2005
X / Sultan
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=rVB2S9erto4
Lembert
• Invaginante.
• Usada em vísceras ocas.
• Não atravessa a mucosa.
• 0,5cm entre os pontos.
• Agulha fina e curva.
• Entra longe, sai perto -> entra perto e sai longe.
Fonte: Galera, 2005
Lembert
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=WijQMVQOW0U
Swift
• Simples separado invertido.
• As pontas do fio e o nó ficam para dentro.
• Usada em esôfago.
• Diminui a chance de aderência do nó com regiões próximas.
Fonte: Galera, 2005
Swift
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Fk24NpHSNWo
Jaquetão / Sobreposição de Mayo
• Usado para redução de hérnia umbilical em grandes animais.
• Sobreposiçao de bordas.
• Pontos distantes: 1,5-2cm.
• Pontos próximos: 1cm.
• Entra longe, sai no meio, entra perto, sai longe, entra perto.
Fonte: Galera, 2005
Jaquetão / Sobreposição de Mayo
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YqHZAoAXktA
Suturas contínuas
Simples contínua
• Rápida e fácil.
• Tecidos sem grande tensão.
• Furos paralelos.
• Tensionar a cada ponto.
Fonte: Galera, 2005
Simples contínua
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=urRR4q5A1pk
Festonada / Reverdin
• Modificação da simples contínua.
• A agulha passa dentro do laço anterior.
• Mais firme, maior fixação das bordas.
• Mais usada em pele de grandes animais.
Fonte: Galera, 2005
Festonada / Reverdin
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RqpTRDEwzl0
• Atenção para o
encerramento!
Fazer com a
laçada igual ao
simples
contínuo.
Zigue - zague
• Subcutâneo e intradérmica.
• Para aproximar os tecidos.
Fonte: Galera, 2005
Zigue - zague
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LktLv3dy62A
Intradérmica
• Melhor efeito estético.
• Excelente confrontamento de bordas.
Fonte: Galera, 2005
Schiemieden
• Evita inversão da mucosa.
• Agulha vai de dentro da incisão para fora.
• Comumente usada como primeira sutura em órgãos ocos.
Fonte: Galera, 2005
Schiemieden
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=r7oizfzB2Lk
• Invaginante.
• Seromuscular = não entra na mucosa.
• Não contaminada.
• Usada em órgãos ocos como segunda
sutura.
• Inverte a mucosa e aproxima a serosa.
Cushing
Fonte: Galera, 2005
Cushing
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=3X9_3AHxgzs
• Opção de
retornar
atrás do nó
para
escondê-lo.
• Tracionar o
fio para
melhor
invaginação
do tecido.
• Mesmo movimento que Cushing, porém é seromucosa.
• Contaminada.
• Usada em órgãos ocos.
Connel
Colchoeiro
• Wolff contínuo.
• Eversão de bordas.
• Sutura com tensão.
• Usada em pele de grandes
animais.
Fonte: Galera, 2005
Colchoeiro
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=v3vnaxNQDvk&t=5s
• Atenção para o
encerramento!
Fazer com a
laçada igual ao
simples
contínuo.
Bolsa de fumo / bolsa de tabaco
• Em círculo ao redor de uma abertura.
• Nó depois de completar o círculo.
• Não penetra na mucosa.
• Usada para fechar aberturas produzidas
por trocáter, para apertar canais com
efeito hemostático, isolar cavidades do
exterior ou fixar tubos.
Fonte: Galera, 2005’
Bolsa de fumo / bolsa de tabaco
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9dP7FIOr3Go
Possíveis complicações
• Infecção.
• Granuloma.
• Tecido formado ao redor da sutura para isolamento.
• Aderências.
• Fusão de planos de sutura, entre o órgão suturado e outras partes da cavidade.
• Deiscência:
• Ferida se abre, as bordas se afastam.
• Material de pouca resistência ou de rápida diminuição da resistência.
• Nó frouxo que se solta.

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Suturas e Agulhas Veterinárias

  • 1. Profª: Letiana da Silva Rehbein. Fios e suturas
  • 2. Sutura • Manobra cirúrgica para manter bordas coaptadas. • Cicatrização por primeira intenção. • Princípios: • Antissepsia rigorosa. • Hemostasia. • Redução de espaço morto. • Bordas limpas e sem anfractuosidades. • Ausência de corpo estranho e tecido necrótico. • Tração mínima para justaposição dos tecidos. • Instrumentais corretos.
  • 3. Sutura • O que é espaço morto? • https://www.youtube.com/watch?v=9ZiH_9RJ-HM&t=76s
  • 4. Agulhas • Partes da agulha: • Ponta. • Afeta a afiação e o tecido em que é usada • Corpo. • Fundo. • Tipo de fundo: • Fechado. • Francês • Tipo de curvatura: • Reta • Usada com as mãos. • Curva • Usada com porta agulhas. Fonte: Fossum, 2020 • ¼ : oftálmica. • 3/8 : mais usada na veterinária. Mais fácil. • 1/2 e 5/8 : melhores para lugares fechados. Mais difícil.
  • 5. Agulhas • Agulhas de corte geralmente têm duas ou três arestas de corte opostas e são projetadas para uso em tecidos que são difíceis de penetrar, como a pele. • Com as agulhas de corte convencionais (regular), a terceira aresta de corte está na curvatura interna da agulha. • Agulhas de corte reverso têm uma terceira aresta de corte na curvatura externa da agulha. Mais forte que a regular. Fonte: Fossum, 2020
  • 6. Agulhas • Agulhas de corte lateral (agulhas de espátula) são planas na parte superior e inferior e são geralmente utilizadas para procedimentos oftálmicos. • Agulhas cônicas (agulhas redondas) têm uma ponta afiada que perfura e penetra nos tecidos sem cortá-los. Elas geralmente são usadas em tecidos facilmente penetráveis, como o intestino, o tecido subcutâneo ou a fáscia. Fonte: Fossum, 2020
  • 7. Agulhas • As agulhas de recorte, que são uma combinação de uma ponta da aresta de corte invertida e um corpo de ponta achatada, são geralmente usadas para suturar tecido fibroso denso e resistente, como um tendão, e para alguns procedimentos cardiovasculares. • As agulhas de ponta sem corte (atraumáticas) têm ponta arredondada e rombuda que pode dissecar através de tecido friável sem cortar. Elas são usadas ocasionalmente para suturar órgãos parenquimatosos, como o fígado ou o rim. Fonte: Fossum, 2020
  • 8. Agulhas • Traumática: não tem fio acoplado. Mudança de diâmetro entre fio e agulha. • Atraumática: fio acoplado, não há diferença de diâmetro.
  • 9. Agulha no porta agulhas: • Presa pelo corpo. • Próxima à ponta do porta agulhas. • Voltada para cima e para o lado das pontas dos dedos.
  • 10. Suturas - Classificação • Profundidade: • Superficial: pele e subcutâneo. • Profunda. • Plano anatômico: • Por planos: camada por camada. Elimina o espaço morto. • Em massa: todos os planos em um ponto.Comumente usado como pontos de sustentação. • Mista: por planos com pontos de sustentação.
  • 11. Suturas - Classificação • Tipo de fio. • Absorvível • Não absorvível. • Finalidade: • Hemostasia • Aproximação • Sustentação: para manter a posição dos tecidos. • Estética: perfeita justaposição das bordas e mínimo traumatismo. • Passagem no tecido: • Perfurante total: atravessa todas as camadas. • Perfurante parcial: somente uma ou algumas camadas. Fonte: Galera, 2005
  • 12. Suturas – Classificação • Tipo de ponto: • Separados: • Para cada ponto: uma alça de fio e um nó. • Mais lento e mais seguro. • Não diminui o diâmetro ou o comprimento da estrutura. • Contínuos: • Um nó inicial e um final. Apenas uma alça de fio. • Rápido. • Se soltar um nó pode desfazer tudo. • Enrugamento: diminui o diâmetro quando é circular e o comprimento quando é linear.
  • 13. Suturas - Classificação • Posição das bordas: • Eversão: • Bordas voltadas para fora. • Em vasos, para justapor o endotélio. • Invaginante / de inversão: • Bordas para o interior do órgão. • Vísceras ocas -> isolar a parte interna (contaminada). • Aposicional/ de aproximação: • Justapor sem desnível. • Perfeita integridade anatômica e funcional.
  • 14. Suturas - Direcionamento • Simples: • Um ponto no meio e depois alternando os lados. • Contínuas: • Retilínea: da direita para a esquerda para facilitar a apresentação da borda com a pinça. • Circular: início na parte proximal ao cirurgião e sequência no sentido anti horário (mais fácil dar o ponto mais distal e os do lado esquerdo com o sentido natural/habitual da agulha) • Transversal: de proximal para distal. • * para canhotos pode ser o contrário, depende do hábito de segurar o material.
  • 15. Nó • Contínua: um inicial com as duas pontas e um final com a ponta e a última laçada. • Separados: um nó para cada ponto, pode ser no final de cada um ou então as alças são seguradas com pinças e depois os nós dados no mesmo momento. • 1 duplo seguido de pelo menos 2 simples.
  • 16. Corte do fio • Mínimo 2mm depois do nó para suturas internas. • Em pele deixar mais comprido para facilitar na hora de retirar. • Tesoura reta. • Encosta a tesoura no nó, afasta e corta.
  • 17. Distância entre os pontos • A – A não deve ser maior que A – B Fonte: Galera, 2005
  • 19. Simples separado • Sutura aposicional. • Oclusão anatômica segura. • Tensão precisa. • Em qualquer tecido que não haja muita tensão. • Nó ao lado da incisão. • Entra de um lado e saí pelo outro • (passa um lado de cada vez) Fonte: Galera, 2005
  • 21. De relaxamento • Igual ao simples separado, mas a cada 2 ou 3 pontos tem um com maior distância da borda. • Usado em feridas que podem ter acúmulo de líquido. • Facilita a drenagem. Fonte: Galera, 2005
  • 22. U deitado/Wolff / Colchoeiro • Sutura de eversão. • Mais forte e com cicatriz maior que o simples. • Usado para hemostasia, locais com tensão ou ferimentos extensos de pele em grandes animais. • Pode diminuir a irrigação local, retardar a cicatrização e necrosar o tecido. • Semelhante ao simples, mas volta para o lado de origem fazendo o caminho contrário. • Opção captonada: • Com tubos de borracha ou silicone. • Evita que o fio corte o tecido quando a tensão está alta. Fonte: Galera, 2005
  • 23. U deitado/Wolff / Colchoeiro Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dCeBYdBBpbg
  • 24. U em pé / Donatti • 4 furos na mesma linha. • Os mais distantes a 1,5cm para cada lado. • Usado em pele com subcutâneo. • Maior : + sustentação. • Menor: melhora a coaptação. • Usado em lacerações de pele em grandes animais, quando pode haver comprometimento sanguíneo (mantém boa vascularização). • Demorada e gasta muito material. • Entra longe e sai longe, entra perto e sai perto. Fonte: Galera, 2005
  • 25. • Opção encavilhada: • Apoio das alças em um cilindro. • Diminui a chance do tecido ser cortado pelo fio. • Não reduz suprimento sanguíneo. U em pé / Donatti Fonte: Galera, 2005
  • 26. U em pé / Donatti Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s
  • 27. X / Sultan • Usada em regiões com resistência ou tensão. • Entra de um lado e sai do outro em uma altura diferente, depois faz o caminho de volta espelhado. • Faz dois simples seguidos começando pelo mesmo lado e só faz o nó no final. Técnica mais comum. Fonte: Galera, 2005
  • 28. X / Sultan Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=rVB2S9erto4
  • 29. Lembert • Invaginante. • Usada em vísceras ocas. • Não atravessa a mucosa. • 0,5cm entre os pontos. • Agulha fina e curva. • Entra longe, sai perto -> entra perto e sai longe. Fonte: Galera, 2005
  • 31. Swift • Simples separado invertido. • As pontas do fio e o nó ficam para dentro. • Usada em esôfago. • Diminui a chance de aderência do nó com regiões próximas. Fonte: Galera, 2005
  • 33. Jaquetão / Sobreposição de Mayo • Usado para redução de hérnia umbilical em grandes animais. • Sobreposiçao de bordas. • Pontos distantes: 1,5-2cm. • Pontos próximos: 1cm. • Entra longe, sai no meio, entra perto, sai longe, entra perto. Fonte: Galera, 2005
  • 34. Jaquetão / Sobreposição de Mayo Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YqHZAoAXktA
  • 36. Simples contínua • Rápida e fácil. • Tecidos sem grande tensão. • Furos paralelos. • Tensionar a cada ponto. Fonte: Galera, 2005
  • 38. Festonada / Reverdin • Modificação da simples contínua. • A agulha passa dentro do laço anterior. • Mais firme, maior fixação das bordas. • Mais usada em pele de grandes animais. Fonte: Galera, 2005
  • 39. Festonada / Reverdin Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=RqpTRDEwzl0 • Atenção para o encerramento! Fazer com a laçada igual ao simples contínuo.
  • 40. Zigue - zague • Subcutâneo e intradérmica. • Para aproximar os tecidos. Fonte: Galera, 2005
  • 41. Zigue - zague Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LktLv3dy62A
  • 42. Intradérmica • Melhor efeito estético. • Excelente confrontamento de bordas. Fonte: Galera, 2005
  • 43. Schiemieden • Evita inversão da mucosa. • Agulha vai de dentro da incisão para fora. • Comumente usada como primeira sutura em órgãos ocos. Fonte: Galera, 2005
  • 45. • Invaginante. • Seromuscular = não entra na mucosa. • Não contaminada. • Usada em órgãos ocos como segunda sutura. • Inverte a mucosa e aproxima a serosa. Cushing Fonte: Galera, 2005
  • 46. Cushing Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=3X9_3AHxgzs • Opção de retornar atrás do nó para escondê-lo. • Tracionar o fio para melhor invaginação do tecido.
  • 47. • Mesmo movimento que Cushing, porém é seromucosa. • Contaminada. • Usada em órgãos ocos. Connel
  • 48. Colchoeiro • Wolff contínuo. • Eversão de bordas. • Sutura com tensão. • Usada em pele de grandes animais. Fonte: Galera, 2005
  • 49. Colchoeiro Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=v3vnaxNQDvk&t=5s • Atenção para o encerramento! Fazer com a laçada igual ao simples contínuo.
  • 50. Bolsa de fumo / bolsa de tabaco • Em círculo ao redor de uma abertura. • Nó depois de completar o círculo. • Não penetra na mucosa. • Usada para fechar aberturas produzidas por trocáter, para apertar canais com efeito hemostático, isolar cavidades do exterior ou fixar tubos. Fonte: Galera, 2005’
  • 51. Bolsa de fumo / bolsa de tabaco Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9dP7FIOr3Go
  • 52. Possíveis complicações • Infecção. • Granuloma. • Tecido formado ao redor da sutura para isolamento. • Aderências. • Fusão de planos de sutura, entre o órgão suturado e outras partes da cavidade. • Deiscência: • Ferida se abre, as bordas se afastam. • Material de pouca resistência ou de rápida diminuição da resistência. • Nó frouxo que se solta.