Disciplina de Ciências do Ambiente
Curso de Engenharia de Produção - UEMA
Capítulo 4: Meio Terrestre - Características e poluição
Conteúdo: Processos e fatores de formação do solo; resíduos sólidos urbanos; poluição do solo.
Ciências do Ambiente - Cap 1.1 - Conceitos básicos
Características e poluição do meio terrestre
1. Universidade Estadual do Maranhão
Engenharia de Produção
Ciências do Ambiente
Meio Terrestre
Características e Poluição
Me. Elon Vieira Lima
2. Solo é uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que
contém a matéria viva, e é resultante da ação do clima e
da biosfera sobre a rocha, cuja transformação em solo se
realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de
relevo.
O limite superior do solo é a biosfera e a atmosfera com
as quais se entrelaça.
Lateralmente, ele pode passar para corpos d’água, rocha
desnuda, gelo ou areias de praias costeiras ou de dunas
movediças.
O limite inferior é mais difícil de ser estabelecido porque
ele passa progressivamente à rocha dura ou material
inconsolidado, onde quase sempre as raízes das plantas
nativas perenes estão ausentes.
Introdução
Conceitos de solo
3. A pedosfera funciona como as fundações ou alicerces da vida
em ecossistemas terrestres.
Os solos fornecem tanto a água como nutrientes para as
plantas, assim como servem de sustentação.
Funciona como mediador dos fluxos de água entre a
hidrosfera, litosfera, biosfera e atmosfera.
O solo, junto com o substrato rochoso, influencia na
qualidade da água.
Influenciam na qualidade do ar e servem para a decomposição
de resíduos sólidos.
As plantas retiram do solo 15 elementos essenciais:
Macronutrientes absorvidos em grande quantidade: N, P,
K, Ca, Mg e S.
Micronutrientes absorvidos em pequena quantidade: B, Cl,
Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Co e Zn.
Introdução
Funções ecológicas
4. A maior parte dos nutrientes existentes no solo
origina-se dos minerais que constituem as rochas
(litosfera).
As rochas naturalmente não são capazes de suportar
e sustentar plantas superiores.
Endurecidas ou consolidadas impedem a penetração das
raízes.
Não armazenam água.
Para que as raízes possam crescer a natureza dá
início e continuidade aos importantes processos do
intemperismo.
Introdução
Funções ecológicas
5. Intemperismo Fenômeno responsável pela formação do
material semiconsolidado que dará início à formação do
solo.
Quando a rocha é exposta à atmosfera sofrendo ação direta
do calor do sol, da umidade das chuvas, e do crescimento de
organismos.
Intemperismo físico ou desintegração alteração do
tamanho e formato dos materiais.
Intemperismo químico ou decomposição modificação
química.
A rocha depois de alterada recebe o nome de regolito ou
manto de intemperização, onde em sua superfície se dá a
formação do solo.
Introdução
Processos de formação do solo
7. Intemperismo físico
Variação de pressão:
A maior parte das rochas se origina em profundidades e
sob condições de temperatura e pressão elevadas.
A diminuição da pressão faz com que surjam fendas.
Variação de temperatura:
Oscilações de temperatura do dia para a noite e do
inverno para o verão provoca dilatação nas épocas de
calor e contração nas épocas de frio.
Por ter mais de um mineral, a dilatação desigual provoca
rachaduras.
Estas falhas abrem espaço para o intemperismo químico.
Introdução
Processos de formação do solo
9. Intemperismo físico
A fragmentação
aumenta a
superfície exposta
ao ar e à água,
facilitando o
intemperismo
químico.
Introdução
Processos de formação do solo
10. Intemperismo químico
Provocada principalmente pela água e CO2 dissolvido.
Quanto mais úmido e quente o clima, mais intensa será
a decomposição.
Os minerais primários (argilominerais), após reação
com a água, decompõem-se em minerais secundários.
Introdução
Processos de formação do solo
11. Intemperismo químico
As reações químicas provocam transformações que
desmantelam o arranjo original dos cristais
desprendem alguns dos elementos químicos que
estavam retidos em sua estrutura inicial.
Introdução
Processos de formação do solo
12. Intemperismo químico
As reações mais importantes são:
Hidrólise;
Oxidação;
Redução;
Solubilização.
Os principais elementos liberados nesse processo são
os metais básicos (bases): Na, K, Mg e Ca.
Depois de destacados do interior dos minerais primários,
são fracamente retidos na superfície de colóides
(materiais secundários e húmus).
Estão em condições de serem cedidos às raízes das
plantas.
Introdução
Processos de formação do solo
14. Intemperismo químico
Ao redor dos colóides, alguns nutrientes são adsorvidos
com intensidade um pouco maior do que outros.
O Ca, Mg e K são têm mais afinidade por esses colóides
que o Na.
O Na é mais facilmente removido pelas águas que
infiltram e percolam no solo.
Introdução
Processos de formação do solo
15. A existência de diferentes tipos de solos é controlada
por cinco principais fatores:
Introdução
Fatores de formação dos solos
16. Fatores ativos
Clima;
Organismos.
Fatores passivos ou de resistência
Tempo;
Relevo;
Material de origem.
Em geral, qualquer solo é resultante da ação
combinada de todos esses cinco fatores de formação.
Solo = f (clima, organismos, mat. origem, relevo e tempo)
Introdução
Fatores de formação dos solos
18. Clima
A temperatura e a umidade regulam o tipo e a intensidade
de intemperismo das rochas, o crescimento dos organismos
e, consequentemente, a distinção dos horizontes
pedogenéticos.
Clima quente e úmido
Decomposição mais rápida e intensa das rochas.
Materiais muito intemperizados solos espessos e com
abundância de minerais secundários e pobres em cátions
básicos.
Clima árido e/ou muito frio
Solos pouco espessos menos argila e mais minerais
primários (pouco afetados pelo intemperismo químico).
Menores quantidades de matéria orgânica e maior
quantidade de cátions básicos trocáveis.
Introdução
Fatores de formação dos solos
19. Clima
A maior parte dos solos das regiões áridas e semi-áridas é
neutro ou alcalino, enquanto a maioria dos das regiões
úmidas são ácidos.
Clima quente e úmido a infiltração que arrasta para os
corpos d’água muitos nutrientes da solução do solo.
Hidrogênio e alumínio neutralizam as cargas elétricas
trocáveis.
A distribuição da vegetação no globo está bastante
relacionada com as diferentes zonas climáticas.
Quente e úmido florestas grande quantidade de
resíduos orgânicos de rápida decomposição;
Longa estação seca árvores menores, com folhas que
secam e durante certos períodos.
Desertos vegetação escassa e que acumulam água.
Introdução
Fatores de formação dos solos
22. Organismos
Compreendem:
Microorganismos (ou microflora ou microfauna);
Vegetais superiores (macroflora);
Animais (macrofauna);
Homem.
Microorganismos
Algas, fungos e bactérias.
Início da decomposição dos restos dos vegetais e animais,
ajudando na formação do húmus (principalmente próximo
à superfície).
Sozinhos ou em simbiose, retiram N2 do ar e
transformando-os em minerais simples (NH3 e NO3
-)
fixação do nitrogênio.
Introdução
Fatores de formação dos solos
23. Organismos
Vegetais
As raízes penetram e
retiram nutrientes de
regiões profundas.
As folhas, ao se
decomporem, restituem
os elementos retirados
das camadas mais
profundas ciclagem
de nutrientes.
Introdução
Fatores de formação dos solos
24. Organismos
Vegetais
A presença da vegetação evita a erosão, tanto em
condições naturais (erosão geológica) ou provocada pelo
homem (erosão antrópica).
Quanto menor a cobertura vegetal, maior a erosão.
Introdução
Fatores de formação dos solos
25. Organismos
Animais
Os animais que se abrigam no solo estão constantemente
triturando os restos dos vegetais, cavando galerias e
misturando materiais de diversos horizontes.
Suas carcaças e resíduos, da mesma forma que a matéria
vegetal, contribuem para a formação do húmus e dos
agregados.
Modificações antrópicas do solo
Introdução
Fatores de formação dos solos
26. Material de origem
Fator de resistência.
A maior ou menor velocidade com que o solo se forma
depende do tipo de material.
O solo desenvolve-se concomitantemente à alteração
da rocha e o processo da formação do saprolito
confunde-se com a formação do solo.
Os materiais de origem mais comuns podem ser
classificados em 4 tipos:
Derivados de rochas claras;
Derivados de rochas ígneas escuras;
Derivados de sedimentos consolidados;
Sedimentos incosolidados.
Introdução
Fatores de formação dos solos
27. Material de origem
Introdução
Fatores de formação dos solos
28. Relevo
Promove no solo diferenças facilmente perceptíveis
pela variação da cor em pequenas distâncias..
Resultam de desigualdades de distribuição no terreno
da água da chuva, da luz, do calor do sol e da erosão.
Parte da chuva, em um terreno relativamente pequeno,
pode escoar para as partes mais baixas e côncavas, logo,
acabam por receber mais água que as partes mais altas.
Introdução
Fatores de formação dos solos
29. Relevo
O encharcamento contínuo dos poros do solo afeta nos
processos de intemperismo químico.
Locais de difícil drenagem
Excesso de água e escassez de ar
A evolução ficará sujeita a condições especiais de
solubilização dos óxidos de ferro e do acúmulo de MO.
Cor escura na superfície e acinzentado no fundo, com
pequenas manchas de cor ferrugem.
Maior erosão atrapalha o desenvolvimento do perfil.
Locais de rápida infiltração
Favorece o intemperismo químico maior oxidação e
promove cores avermelhadas.
Introdução
Fatores de formação dos solos
30. Relevo
Regiões de clima árido ou semi-árido
As partes mais baixas do relevo ficam sujeitas ao acúmulo
de sais.
Estes sais podem ser carregados pelas enxurradas.
Quando esta solução evapora, deixa os sais precipitados.
Regiões de relevo montanhoso
As rampas muito íngremes favorecem a erosão.
Vel. formação do solo < vel. remoção do solo
Nenhum solo permanece, ficando a rocha exposta.
Vel. formação do solo > vel. remoção do solo
Solos rasos
Vel. formação do solo >> vel. remoção do solo
Solos profundos (área plana ou menos íngreme).
Introdução
Fatores de formação dos solos
33. Tempo
Estágio inicial de formação a superfície de um afloramento
rochoso, no qual musgos e líquens começam a se
desenvolver sobre uma camada de rocha decomposta.
O tempo influencia diretamente a espessura do solo.
Maior exposição ao intemperismo.
Início da formação solos rasos, delgados e sem
horizontes bem definidos pouco desenvolvidos ou
jovens.
Com o passar do tempo os horizontes vão se
espessando e diferenciando-se, e o solum pode atingir
alguns metros.
Estado de equilíbrio solos espessos e, normalmente
com horizontes bem definidos bem desenvolvidos,
normais ou maduros.
Introdução
Fatores de formação dos solos
34. Introdução
Fatores de formação dos solos
Tempo
Depois que a rocha é exposta na superfície (tempo zero), o solo começa a se
desenvolver e, se não houver erosão, atinge em determinado tempo o
estágio de maturidade.
35. Poluição do Solo Urbano
Considerações gerais
É proveniente dos resíduos gerados pelas atividades
econômicas que são típicas das cidades, como a
indústria, o comércio, os serviços e os domicílios.
Os resíduos sólidos são os mais impactantes pois as
quantidades geradas são grandes e as características
de imobilidade impõem grande dificuldade de
transporte ao meio.
Outras formas de poluição do solo urbano:
Precipitação de chuva ácida.
Esgoto doméstico e efluentes líquidos industriais
que quando lançados diretamente sobre o terreno
superficial, agride o olfato e a visão, assim como
são vetores de doenças.
36. Resíduos Sólidos Urbanos
Introdução
Lixo São os restos
das atividades humanas,
considerados pelos
geradores como inúteis,
indesejáveis ou
descartáveis.
Estes materiais
demoram muito tempo
para se degradarem
desequilíbrio na
reciclagem da matéria.
37.
38. Resíduos Sólidos Urbanos
Introdução
O aumento dos problemas associados a resíduos sólidos é
ocasionado, em geral, pelos seguintes fatores :
Processo de urbanização: a migração do campo para as
cidades ocasiona a concentração populacional em centros
urbanos, contribuindo para o agravamento dos problemas
com resíduos devido ao aumento da produção de resíduos e
a falta de locais adequados para sua disposição.
Aumento populacional e o consequente aumento da
produção de resíduos;
Industrialização: os processos industriais geram produtos
em velocidade cada vez maior, contribuindo para o aumento
da produção de resíduos, seja durante o processo de
fabricação, seja pelo estímulo ao consumo;
Periculosidade dos novos resíduos;
Estilo da produção em massa e do descartável.
39. Resíduos Sólidos Urbanos
Introdução
Resíduos (NBR 10.004) Resíduos nos estados
sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da
comunidade de origem: industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados
líquidos cujas particularidades torne inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água, ou exigem, para isso, soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face a melhor
tecnologia disponível.
40. O lixo, em função da sua procedência variada,
apresenta constituintes básicos diversos, e o volume
de sua produção varia de acordo com sua
procedência, com o nível econômico da população e
com a própria natureza das atividades econômicas da
área onde é gerado.
A composição média do lixo domiciliar no Brasil é de:
65% de Matéria Orgânica
25% de Papel
4% de Metal
3% de Vidro
3% de Plástico
Resíduos Sólidos Urbanos
Introdução
41. Resíduos Sólidos Urbanos
Classificação
Quanto à sua origem:
Domiciliar: restos de alimentos, jornais, garrafas,
embalagens em gerais, etc. (Prefeituras);
Comercial: grande quantidade de papel, plásticos, etc.
(Prefeituras);
Público: resíduos de varrição de ruas, limpeza de
praias, limpeza de galerias, etc. (Prefeituras);
Serviços de Saúde e Hospitalar: agulhas, seringas,
algodões, luvas descartáveis, etc. (Gerador);
Aeroportos, portos, Terminais rodoviários e
ferroviários: materiais de higiene, asseio pessoal,
restos de alimentos, etc. (Gerador);
42. Resíduos Sólidos Urbanos
Classificação
Quanto à sua origem:
Industrial: cinzas, lodos, óleos, fibras, madeiras
borrachas, etc. Gerador);
Entulhos: resíduos provenientes da construção civil
(Gerador);
Agrícola: embalagens de fertilizantes, rações, restos de
colheitas, etc. (Gerador).
43. Resíduos Sólidos Urbanos
Classificação
Quanto à natureza física
seco
molhado;
Quanto à composição química
matéria orgânica restos de alimentos, de animais
mortos, de podas de árvores e matos, entre outros;
matéria inorgânica vidro, plástico, papel, metal,
entulho, entre outros.
Quanto ao riscos potenciais ao meio ambiente
Considerando os aspectos práticos e de natureza técnica
ligados principalmente às possibilidades de tratamento e
disposição dos resíduos em condições satisfatórias do
ponto de vista ecológico, sanitário e econômico, a NBR
10.004 apresenta três classes:
44. Resíduos Sólidos Urbanos
Classificação
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PERICULOSIDADE (NBR 10.004)
Resíduos Classe I
(Perigosos)
Apresentam risco à saúde pública ou ao
ambiente, caracterizando-se por terem
uma ou mais das seguintes propriedades:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade.
Resíduos Classe II
(Não-inertes)
Podem ter propriedades como
combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade, porém não se enquadram
como resíduo I ou III.
Resíduos Classe III
(Inertes)
Não têm nenhum dos seus constituintes
solubilizados em concentrações superiores
aos padrões de potabilidade de águas.
45. Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
Lixões
Forma inadequada lançamento e amontoamento de
lixo em terreno baldio.
Problemas estéticos e de saúde pública.
Problemas sociais catação de lixo.
Problemas ambientais poluição hídrica (chorume) e
atmosférica (geração de metano e outros gases
combustíveis).
Não há controle quanto aos tipos de resíduos
depositados e quanto ao local de disposição.
Resíduos domiciliares e comerciais de baixa
periculosidade são depositados juntamente com os
industriais e hospitalares, de alto poder poluidor.
46.
47.
48. Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
Aterro Sanitário
O lixo é lançado sobre o terreno e recoberto com
solo do local, de forma a isolá-lo do ambiente,
formando câmaras.
O volume é reduzido por compactação.
Nas câmaras há uma degradação anaeróbia, com
liberação de gás e de uma substância líquida
escura, constituída pelos resíduos orgânicos
apenas parcialmente biodegradados (chorume).
Os gases acumulados no superior da câmara
devem ser drenados para queima ou
beneficiamento e utilização.
O chorume acumula-se no fundo e deve ser
separado por um revestimento impermeável.
49. Aterro Sanitário
Uma vez esgotados em sua capacidade de receber
lixo, podem ser úteis como elementos
paisagísticos como áreas verdes e parques.
Desvantagens:
Grandes extensões de terreno;
Deve ser instalado em locais em que o entorno
não seja prejudicado por inconvenientes
ambientais e paisagísticos (mau cheiro, tráfego de
caminhões, mau aspecto, aves, etc.).
Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
50.
51. Compostagem
A “reciclagem na natureza”.
Composto é o produto da decomposição de
matéria orgânica, em condições aeróbicas e de
maneira controlada, de modo a obter-se um
material estabilizado, não mais sujeito às reações
de putrefação;
Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
52. Compostagem
Para realização da compostagem deve-se separar
os materiais orgânicos dos outros tipos de
resíduos.
Vantagens:
Enriquece a terra em alimento para as plantas
adubo natural.
Reduz a quantidade de lixo.
Melhora a aeração do solo
Evita as queimadas que poluem o ar e incomodam
a vizinhança.
Menor exigência de área para instalação.
Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
55. Incineração
É feita em usinas de incineração, nas quais o lixo é
reduzido a cinzas e gases decorrentes de sua
combustão.
As cinzas obtidas, em volume bastante reduzido e
mineralizadas, podem ser dispostas sem
inconvenientes.
Com devido controle de poluição os gases gerados
também poderão ser emitidos ao ambiente.
A presença de materiais que possuam cloro podem
provocar a formação de furanos e dioxinas,
altamente tóxicos e cancerígenos.
Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
56. Incineração
Vantagens:
Redução volumétrica;
Não geração de efluentes líquidos;
Destruição de substâncias dependente de sua estabilidade
térmica e não da periculosidade dos resíduos;
Possibilidade de recuperação energética.
Desvantagens:
Elevado custo inicial;
Mão-de-obra especializada;
Problemas operacionais e de manutenção;
Controle de emissões: polêmica nacional quanto à
dioxinas e furanos.
Resíduos Sólidos Urbanos
Disposição e tratamento
58. Reduzir
Evitar a produção de resíduos, com a revisão de seus
hábitos de consumo.
Ex: preferir os produtos que tenham refil.
Reutilizar
Reaproveitar o material em outra função.
Ex: usar os potes de vidro com tampa para guardar
miudezas (botões, pregos, etc.).
Reciclar
Transformar materiais já usados, por meio de processo
artesanal ou industrial, em novos produtos.
Ex: transformar embalagens PET em tecido de
moletom.
Resíduos Sólidos Urbanos
3 R’s
59. Resíduos Sólidos Urbanos
Coleta seletiva
O processo de reciclagem é composto de várias
fases, porém sua realização depende de uma ação
fundamental: a separação prévia dos materiais.
Coleta seletiva separação e recolhimento, desde a
origem, dos materiais potencialmente recicláveis.
É importante lembrar que a separação dos materiais
de nada adianta se eles não forem coletados
separadamente e encaminhados para a reciclagem.
60. Vantagens da coleta seletiva:
Diminui a exploração de recursos naturais;
Reduz o consumo de energia;
Diminui a poluição do solo, da água e do ar;
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de
recicláveis pelas indústrias;
Diminui o desperdício;
Diminui os gastos com a limpeza urbana;
Cria oportunidade de fortalecer organizações
comunitárias;
Gera emprego e renda pela comercialização dos
recicláveis;
Resíduos Sólidos Urbanos
Coleta seletiva
61. Cada resíduo deve ser acondicionado em um
recipiente específico.
Azul – Papel e papelão;
Verde - Vidro;
Amarelo - Metal (alumínio e metais ferrosos);
Vermelho – plástico (PET, plástico rígido, etc.);
Marrom – Orgânico (restos de alimentos ou podas
de árvores que podem ser transformados em
adubo);
Cinza – Rejeito (material sujo e/ou que não serve
para a reciclagem).
PAPEL VIDRO METAL PLÁSTICO ORGÂNICO REJEITO
Resíduos Sólidos Urbanos
Coleta seletiva
67. Poluição do Solo
Usos do solo
São funções do solo :
sustentação da vida e do "habitat" para pessoas, animais,
plantas e outros organismos;
manutenção do ciclo da água e dos nutrientes;
proteção da água subterrânea;
manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural;
elemento de fixação e nutrição da vida vegetal;
fundação para edificações, aterros, estradas, sistemas de
disposição de resíduos, etc;
elemento a ser extraído e utilizado na área de construção em
geral e na manufatura de objetos diversos;
armazenamento de combustíveis fósseis;
armazenamento de água para fins diversos com destaque para o
uso da água como manancial de abastecimento público.
produção de alimentos.
69. Poluição do Solo
Danos
Construção civil
urbanização e ocupação do solo;
Exploração extrativa
remoção de grandes quantidades de materiais (mineração) e
alteração da topografia;
atividade madeireira.
Atividade agropecuária
aplicação de nutrientes e defensivos agrícolas no solo;
remoção sazonal da cobertura vegetal;
inadequação de certas plantas ao tipo de solo ou uso
excessivo de monoculturas;
pastoreio excessivo;
queimadas.
70. Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea por
fossas sépticas
Poluição do Solo
Danos
71. Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea
pela atividade industrial
Poluição do Solo
Danos
72. Poluição do Solo
Danos
Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea pela
disposição de resíduos sólidos e por vazamentos na rede de esgoto
73. Poluição do Solo
Danos
Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea em área
agrícola, provocada pela aplicação de fertilizantes e agrotóxicos.
74. Compactação do solo e expansão de área para a pecuária.
Poluição do Solo
Danos
75. Degradação do solo devido a incêndios ou queimadas
Poluição do Solo
Danos
77. A ênfase dada nos cuidados quanto à poluição do solo está
principalmente associada ao contato da água com o solo
superficial e subsuperficial e à preservação da qualidade das
águas.
A qualidade do solo pode ser alterada levando em consideração
os seguintes aspectos:
Vegetação;
Topografia / relevo;
Permeabilidade.
O monitoramento do solo, sob aspectos superficial e
subsuperficial, é efetuado por:
Inspeção visual;
Aerofotointerpretação e/ou levantamentos topográficos;
Amostragem e análises químicas para acompanhamento da
qualidade e fertilidade do solo;
Monitoramento do lençol freático (a montante e a jusante do
empreendimento).
Poluição do Solo
Qualidade do solo
78. Poluição do Solo
Erosão
Fontes de poluição de origem natural,
associadas a catástrofes como: terremotos,
vendavais e indundações;
Características de solos, fatores ambientais que
podem levar a erosão;
Erosão Causada pela ação das águas e do vento e
conseqüente remoção das partículas do solo.
alterações de relevo;
riscos às obras civis;
remoção da camada superficial e fértil do solo;
assoreamento dos rios inundações e alterações
dos cursos d’água.
Associada a fatores como clima, tipo de solo e
declividade do terreno.
79. A remoção da cobertura vegetal pode causar erosão…
Poluição do Solo
Erosão
80. Que algumas vezes se transformam em voçorocas.
Poluição do Solo
Erosão
81. A remoção da cobertura vegetal pode causar deslizamentos.
Poluição do Solo
Erosão
82. Práticas recomendadas:
manutenção da cobertura vegetal;
utilização de árvores como quebra-ventos;
cobertura do solo com serragem;
técnicas de caráter mecânico como aração;
plantio e construção em curvas de nível;
execução de canaletas para desvio de águas
pluviais;
execução de muros de arrimo.
Poluição do Solo
Erosão
84. Antes: basicamente restos de vegetais decompostos
e dos excrementos de animais.
Biodegradação e incorporação às cadeias
alimentares dos ecossistemas associados ao solo
eram imediatas e não havia criação de
desequilíbrios ou maiores danos.
Produção do adubo artificial
Riscos de acumulação ambiental até concentrações
tóxicas, tanto de nutrientes essenciais como de
impurezas do processo de fabricação.
Poluição do Solo Rural
Fertilizantes
85. Controle biológico
espécies nocivas são mantidas em níveis
aceitáveis pela introdução de um predador natural
ou microorganismo que lhe cause doença;
manejo integrado de pragas.
Mudanças no padrão de plantio (rotação de culturas,
plantio em faixas, etc.)
Uso de plantas geneticamente modificadas;
Uso cuidadoso e seletivo de defensivos para manter o
nível de produção agrícola e a saúde humana.
Poluição do Solo Rural
Alternativas agrícolas
86. Se não é possível abolir o uso:
imitar o uso ao estritamente indispensável, cortando os
desperdícios geradores de resíduos poluidores;
restringir ao emprego dos defensivos ambientalmente mais
seguros;
empregar técnicas de aplicação que reduzem os custos
derivados de sua acumulação e propagação pela cadeia
alimentar.
Classificação em grupos, dependendo do tipo de praga que
combatem inseticidas, fungicidas, herbicidas, rodenticidas,
etc.
Efeito residual; biomagnificação ou magnificação biológica;
Estudos mostram que os defensivos presentes no solo
transferem-se, parcialmente, para o tecido celular da planta,
com relações de concentrações que dependem, entre outros
fatores, da concentração existente no solo e do tipo de planta.
Poluição do Solo Rural
Defensivos agrícolas
87. A salinização dos solos é mais freqüente em regiões
tropicais de clima quente e seco, com elevadas taxas
de evapotranspiração e baixos índices pluviométricos.
O aumento de sais solúveis em um solo, eleva o seu
potencial osmótico, as plantas têm dificuldade de
absorção água e nutrientes provocando a redução do
seu crescimento, sendo também perceptível injúrias
foliares.
Pode ser agravada pela irrigação.
Poluição do Solo Rural
Salinização
89. É um processo que ocorre em todo o mundo,
resultado do crescimento das atividades produtivas e
econômicas e principalmente pelo aumento da
densidade demográfica em escala mundial.
Causadores:
• Produção agrícola e pastoril;
• Mineração;
• Crescimento urbano;
• Extrativismo.
Consequências:
• Degradação do solo
• Perdas de biodiversidade
• Incidência de processo de desertificação
• Erosões, mudanças climáticas e hidrografia.
Poluição do Solo Rural
Desmatamento
90. O que se pode fazer?
Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija
o selo Conselho de Manejo Florestal para ter a garantia que
eles provém de florestas manejadas de acordo com os
critérios rigorosos e não predatórios.O selo verde atesta o
uso de técnicas de corte que respeitam os ciclos de
regeneração da mata.
Reduzir o consumo de carne em geral também ajuda no
combate ao desmatamento (ajuda a evitar abertura de novas
áreas de pastagens). Isso porque muito da produção de soja
é utilizada como ração para animais, como aves e porcos.
Evite consumir produtos feitos com couro animal. Busque
alternativas como o couro vegetal (ecológico) feito a partir
da extração do látex.
Reduza o consumo de papel. Prefira papel reciclado.
Poluição do Solo Rural
Desmatamento