SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 65
Fertilidade e Manejo do Solo
Escola Técnica Alvorada
Técnico em Agropecuária
São Francisco do Brejão-Ma
2024
Definição e formação do solo
O solo é um material que recobre a superfície da terra. É
formado por partes líquidas, sólidas e gasosas, e a origem dele
pode ser mineral ou orgânica. Basicamente, a formação acontece
pela desintegração natural das rochas pela ação das chuvas, da
variação da temperatura e da pressão. Esse é um processo longo
e demorado, que ocorre em milhões de anos.
O processo de formação do solo, além da desintegração das
rochas no decorrer do tempo, deve-se também a outros fatores,
como: tipo de material de origem, relevo, clima e alguns
organismos. A seguir, veremos mais sobre eles:
Material de origem
Podemos dividir o material que dá origem ao solo em dois
grupos:
Material mineral Material orgânico
.
Organismos
.A decomposição de resíduos vegetais, folhas e raízes, ou até de
alguns animais é realizada por organismos presentes no solo, como
formigas, minhocas e organismos microscópicos.
Essa decomposição traz ao solo a matéria orgânica que favorece a
retenção de nutrientes essenciais para as plantas, funcionando como
um suporte e tornando o solo bem estruturado, menos compacto,
melhorando a infiltração de água e reduzindo os processos erosivos.
.
A imagem seguinte indica a maturidade do solo conforme a sua profundidade. Perceba
que, no primeiro estágio, a rocha, indicada pela letra R, chega até a superfície do terreno e, à
medida que o tempo passa e é exposta à chuva, ao vento e ao Sol, ela vai se desintegrando e
formando mais camadas de solo, representadas pelas letras A, B e C, que denominamos de
horizontes do solo.
Morfologia dos solos
.
A morfologia nada mais é que o estudo das características
do solo, visíveis a olho nu. Com ela pode-se saber sobre a
drenagem da água, a compactação, a susceptibilidade à erosão ou
a resistência à mecanização agrícola dos solos.
Conforme acontecem as transformações do solo, formam-se
camadas meio que paralelas à superfície do terreno, chamadas de
horizontes. Assim, uma sequência de horizontes forma o perfil de
um solo.
Os horizontes são nomeados em O, A, B, C e D e o que os
diferencia são, basicamente, a textura, a cor e a estrutura de cada
um deles.
Perfis, horizontes e camadas do solo
.
Cor do solo
A cor do solo é uma característica fácil de ser analisada em
campo e nos dá algumas pistas para iniciar o manejo do solo, por
exemplo, o preparo da adubação.
.
A matéria orgânica deixa o solo mais escuro, puxando para
tons de preto ou castanho escuro, por isso o horizonte O possui a cor
mais escura. O horizonte A, abaixo do O, também se apresenta
dessa forma, porém costuma ser um pouco mais claro porque é uma
zona de mistura do material orgânico decomposto com o material
mineral do solo, como argila ou silte.
Cores escuras
Cores vermelhas
.
A presença de compostos de ferro e manganês ou o
acúmulo de argila produzem uma cor avermelhada no solo, que
também é um indicativo de que ele está bem drenado e aerado, por
isso, o horizonte B de alguns solos possui cor vermelha.
Cores acinzentadas
. É um bom indicativo de que há acúmulo de água e,
consequentemente, é um solo mal drenado e mais úmido.
Indicam ausência de matéria orgânica ou compostos de ferro
e manganês.
Cores claras
Porosidade
.
A porosidade dos solos corresponde aos espaços
existentes entre as partículas de areia, silte e argila, que são
denominados microporos, e os espaços existentes entre os
agregados do solo, denominados macroporos.
.
A porosidade dos solos é de grande importância, pois solos com um espaço
poroso maior são menos densos e, consequentemente, menos compactos, tendo
assim melhores condições para o crescimento de raízes, a infiltração de água, oxigênio,
nutrientes e uma melhor agregação das partículas.
.
A areia, o silte e a argila se conectam com outros
componentes do solo, como raízes, matéria orgânica e
microrganismos, formando os agregados de um solo,
corriqueiramente chamados de “torrões”.
.
Fertilidade do solo
.
A fertilidade do solo é considerada um dos principais fatores
que determinam o sucesso da produção agrícola.
Para isso, o plantio da cultura deve ser realizado num solo fértil, ou
seja, capaz de oferecer os elementos essenciais ao
desenvolvimento das plantas.
O problema é que muitas regiões do Brasil são constituídas de
solos considerados pobres em diferentes elementos. Esse tipo de
solo não oferece o suprimento necessário ao crescimento da
lavoura.
Por isso, o produtor que realiza o plantio sem fazer a correção
adequada do solo, pode ter prejuízos na qualidade da produção e
na rentabilidade da safra.
.
Além dos solos pobres, muitos agricultores ainda precisam lidar
com solos degradados. Essa degradação geralmente ocorre quando as
boas práticas de manejo do solo não são utilizadas na propriedade.
Um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para
a Alimentação e Agricultura (FAO) e publicado pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelou que, no mundo, 30% dos
solos estão degradados.
.
Isso gera uma série de ameaças ao agronegócio, como
desequilíbrio de nutrientes, perda de matéria orgânica e compactação.
Ainda de acordo com os dados divulgados, até 2050, o planeta sofrerá
com mais de 10% de perdas agrícolas.
Diante destas informações, é fundamental que agricultores,
independente do porte do seu negócio, aprendam como evitar perdas
agrícolas em função de problemas ligados ao solo.
.
Fertilidade do solo
A fertilidade do solo refere-se à capacidade que ele tem de fornecer
às plantas todos os nutrientes necessários para seu crescimento e geração
de frutos, dependendo de cada espécie vegetal.
Durante a maior parte da história, o ser humano depende da
fertilidade natural do solo. Por isso, a busca por solos férteis para o plantio
influenciou no estabelecimento de cidades e populações.
.
Porém, na agricultura moderna, você não precisa mais se conformar
com um solo pobre para o plantio. Através da utilização de fertilizantes
adequados, é possível melhorar esse nível de fertilidade e, por
consequência, da produção agrícola.
Por isso, é fundamental que o produtor entenda a importância da
fertilidade do solo e como o manejo adequado de insumos e nutrientes
podem ajudá-lo a melhorar seus resultados na lavoura.
.
9 indicadores de fertilidade
Quem é agricultor sabe que o ponto-chave para o sucesso de
qualquer cultura está na análise eficiente da fertilidade do solo. Mas, para
que esta etapa seja bem executada, é preciso ter conhecimento dos
melhores indicadores.
.
O segredo para atingir excelentes produtividades depende do
alinhamento dos parâmetros químicos, físicos e biológicos do solo.
Cada um desses três aspectos proporciona avanços nas
lucratividades, desde que você conheça os indicadores responsáveis
por tais melhorias. Portanto, confira quais são os principais.
Principais indicadores de fertilidade
1. pH
Este indicador permite avaliar o grau de acidez do solo. As práticas de
cultivo, fertilização e manejo têm efeito direto na variação de seu pH, e essa
mudança repercute na quantidade de nutrientes minerais, micronutrientes e
alumínio presentes e disponíveis no solo.
Os níveis de pH variam entre 0 a 14, com 7 sendo considerado neutro.
Abaixo de 7, o meio é considerado ácido; e acima, alcalino.
.
Os solos brasileiros, geralmente, são ligeiramente ácidos, sendo que
o ideal está na faixa entre 5,5 a 6,0 na água, ou entre 4,9 a 5,4 em
CaCl₂ 0,01 M, pois esta é a faixa que apresenta melhor disponibilidade
de nutrientes. Esta é uma regra geral, embora algumas plantas possam
se adaptar a valores fora da faixa. Por isso que é exigida uma análise
de cada caso.
.
Além disso, o pH influencia fortemente na toxidez do alumínio, pois
quando ele se encontra abaixo do esperado, Al3+ (alumínio na forma
trocável), prejudica o desenvolvimento radicular, além de preencher as
cargas das argilas, o que impede que cátions importantes, como
cálcio, magnésio e potássio, fiquem presentes e sejam absorvidos
pelas culturas e prejudicando a fertilidade do solo.
.
2. Soma de bases
A soma de bases é um bom indicador de qualidade, porque está
relacionada com a capacidade do solo de reter nutrientes e manter o
equilíbrio químico necessário para o crescimento saudável das plantas.
Ela é feita pelos íons carregados positivamente presentes no solo, que
são o cálcio (Ca2+), o magnésio (Mg2+), o potássio (K+) e o sódio (Na+),
entre outros.
2. Soma de bases
.
A sua proporção influencia diretamente outros componentes, como o
alumínio (Al3+) e o hidrogênio (H+) — que, como citado anteriormente,
podem afetar a disponibilidade de nutrientes para as plantas e também
influenciar o pH do solo.
Quando a soma de bases é elevada, isso indica que há uma maior
quantidade de nutrientes disponíveis no solo e que o seu pH está em um
nível mais equilibrado.
.
Por outro lado, quando a soma de bases é baixa, pode haver
deficiência de nutrientes para as plantas e o pH do solo estar bastante
ácido, o que prejudica a fixação da cultura.
3. Macronutrientes e micronutrientes
Os macronutrientes e micronutrientes são indispensáveis na análise
de uma boa fertilidade do solo e, a depender de cada caso, as suas
exigências podem variar. Confira os principais:
macronutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio;
micronutrientes: boro, cobre, ferro, manganês, zinco, cloro, molibdênio e
níquel.
.
Além de conhecer sobre os macronutrientes e os micronutrientes,
existem dois pontos que você precisa considerar:
O primeiro tem a ver com a quantidade de sódio: se for elevada, a
salinização do solo afetará diretamente a produção agrícola.
O segundo se refere ao método de extração para identificar a quantidade
dos nutrientes, em especial o fósforo. O sistema IAC (que mede o teor de
fósforo por meio da resina trocadora de íons) e o sistema Embrapa (que usa
o método de Mehlich-1) são os mais populares.
.
É essencial ter em mente o tipo de extrator que foi empregado, pois
as medições obtidas serão diferentes. Se você quiser assegurar a
quantidade exata de fósforo no solo, utilize a tabela de recomendação de
acordo com o modelo selecionado para uma fertilidade do solo precisa.
.
4. Alumínio trocável
Este indicador relacionado com a fertilidade do solo é crucial para
indicar a acidez e o potencial tóxico do alumínio para as plantas.
Isso porque esse componente é um elemento químico presente em
muitos solos brasileiros, sendo, geralmente, encontrado em formas não
disponíveis para as culturas. No entanto, nos ácidos, ele pode se tornar
solúvel e tóxico para as raízes, causando a inibição do seu crescimento e
afetando negativamente a produtividade.
Além disso, a quantidade de alumínio trocável também pode ser um
indicador sobre o grau de acidez do solo, uma vez que a sua solubilidade
está diretamente relacionada ao pH, ou seja, solos com pH mais baixo
tendem a ter maiores concentrações desse componente.
5. Acidez potencial
Como bem sabemos, o pH do solo é uma medida da acidez ou
alcalinidade, está relacionado com a disponibilidade de nutrientes para as
plantas e o ideal, para maioria das culturas, está na faixa de 6,0 a 7,0.
Quando ele está abaixo desse intervalo, o solo é considerado ácido, o
que pode limitar o crescimento das plantas, reduzindo a disponibilidade de
nutrientes como cálcio, magnésio, fósforo e potássio.
Dessa forma, a acidez potencial é uma medida da quantidade de íons
de hidrogênio (H+) presente no meio, que pode ser liberada e causar a
acidificação. Assim sendo, quanto maior a acidez potencial, maior é o
parâmetro de acidificação.
O conhecimento deste indicador permite que você, produtor, estime o
quanto o terreno pode acidificar e, assim, tomar medidas preventivas, como
a aplicação de corretivos, como a calagem.
.
Além disso, a acidez potencial também é importante para a
determinação do tipo de corretivo a ser utilizado, já que diferentes
modelos possuem capacidades de neutralizações específicas.
.
6. Saturação por bases (V%)
Este indicador é a proporção entre a soma de bases trocáveis no solo
e a capacidade de troca de cátions (CTC), como cálcio (Ca2+),
magnésio (Mg2+), potássio (K+), sódio (Na+), entre outros, multiplicada
por 100. Assim, quanto maior a saturação, maior a quantidade de bases
trocáveis disponíveis no solo.
Dessa forma, esse indicador demonstra que a fertilidade do solo
possui uma boa capacidade de reter nutrientes para as plantas.
. Além disso, ele também pode apontar um equilíbrio químico adequado
no solo, pois as bases estão em proporção em relação aos cátions ácidos,
como o alumínio (Al3+) — o que ajuda a impedir a absorção deste
componente nocivo devido às interações químicas dos outros minerais.
Por outro lado, uma baixa saturação pode indicar deficiência de
nutrientes no solo, bem como um desequilíbrio químico, afetando a
disponibilidade de nutrientes para as plantas e limitando o crescimento
das culturas.
7. Teor de saturação por sódio
Principalmente na região semiárida e em locais próximos ao litoral
(regiões em que predomina o solo arenoso), o teor de sódio no solo torna-se
crítico para o crescimento das plantas. Por isso, o Índice de Saturação de
Sódio deve ser determinado para avaliar a qualidade do solo.
Este indicador se refere à proporção entre o sódio (Na+) e as outras
bases trocáveis presentes no meio, que é expressa em porcentagem.
.
Portanto, a presença de altos teores de sódio pode causar a
dispersão das partículas, resultando em uma estrutura de solo
compactada e impedindo a infiltração adequada de água.
Isso pode levar à formação de crostas superficiais, aumentando a
erosão e reduzir a capacidade de reter água, afetando negativamente as
culturas.
.
O teor de saturação de sódio é um indicador importante porque pode
fornecer informações sobre a presença de altos teores do sal e, também,
os riscos do solo se tornar compactado e impedir a infiltração de água.
Com base nesse indicador, os produtores podem tomar medidas
preventivas, como a aplicação de corretivos de sódio, para evitar essa
compactação do solo e manter a disponibilidade de água para as
plantas.
.
8. Matéria orgânica
A matéria orgânica auxilia a melhorar a estrutura do solo, tornando-o mais
poroso e permitindo a infiltração de água e ar, bem como otimiza a capacidade
de retenção de água do solo, o que é importante para garantir que as culturas
sempre tenham água disponível.
Outro ponto crucial é que ela é uma importante fonte de nutrientes para as
plantas. Isso porque a sua decomposição libera nutrientes como nitrogênio,
fósforo e potássio (NPK) gradativamente. Nas culturas, eles são cruciais para a
formação de biomassa, o metabolismo celular e a boa frutificação.
.
Também não podemos esquecer das vantagens na atividade
biológica, fornecendo um ambiente favorável para os micro-organismos
benéficos e para manter a fertilidade do solo. Todavia, para a elevação
dos índices de matéria orgânica no solo são necessários anos de aporte
de matéria vegetal e boas práticas de conservação.
.
9. Capacidade de troca de cátions (CTC)
Este indicador está diretamente relacionado à capacidade do solo
de armazenar nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. A
CTC é definida como a soma total de cargas elétricas negativas dos
coloides do solo (tais como argila e matéria orgânica), que são
capazes de atrair e reter cátions (íons positivos), como cálcio (Ca²⁺),
magnésio (Mg²⁺), potássio (K⁺), sódio (Na⁺) e hidrogênio (H⁺).
.
Dessa forma, quanto maior a CTC de um solo, maior será sua
capacidade em reter cátions, mantendo-os na zona radicular das plantas,
reduzindo sua lixiviação para camadas mais profundas. Isso significa que
as culturas terão acesso a uma maior quantidade de nutrientes,
favorecendo o desenvolvimento eficaz. Além disso, solos com alta
capacidade de troca de cátions são mais resistentes a alterações de pH,
pois possuem maior aptidão de neutralizar a acidez ou alcalinidade.
.
.
Dessa forma, a CTC é um dos principais pontos relacionados à
fertilidade do solo. Quando alta, maior a quantidade de nutrientes
disponíveis, ao passo que áreas com baixa CTC indicam menor
fertilidade.
.
Erosão
A degradação do solo faz com que ele perca nutrientes em um curto
período, o que faz com que a cultura não se desenvolva adequadamente.
Esse processo pode ser resultado de vários fatores, como o manejo
inadequado do solo e uso contínuo e incorreto de fertilizantes, inseticidas,
herbicidas, entre outros insumos agrícolas.
.
Tudo isso pode atrapalhar a ciclagem de nutrientes, alterar a
estrutura e até reduzir a fertilidade do solo. Por isso, assim como o pH,
um solo fértil deve manter a taxa de erosão em equilíbrio.
Calagem
A calagem é um processo que tem como objetivos manter o ambiente
adequado para a qualidade do solo, por meio da redução da acidez e do
fornecimento de cálcio e magnésio para as plantas.
Além disso, a calagem também contribui para o aumento da
disponibilidade do fósforo, alumínio e manganês. O processo também
melhora a mineralização da matéria orgânica e favorece a fixação biológica
do nitrogênio.
Porém, se esse processo for feito da forma incorreta, pode provocar a
redução na disponibilidade de nutrientes.
Por outro lado, caso seja feito da forma correta, além de garantir todos os
benefícios acima, a calagem é um investimento econômico que promove
resultados positivos na produção.
Tipos de fertilidade do solo que o produtor deve conhecer
Pode ser que o solo da sua área de plantio não apresente todas as
características necessárias para ser considerado fértil. Apesar disso, você
pode investir em insumos com o objetivo de melhorar esses parâmetros e
aumentar sua produção.
Como base nisso, é possível dizer que existem 4 tipos de fertilidade
do solo diferentes. Conhecer suas características é crucial na hora de
elaborar o melhor planejamento para evitar que o solo fique infértil.
.
Natural: Está relacionada à formação natural do solo. Isso quer dizer que o
material de origem é resultante dos processos de decomposição de
organismos no meio ambiente ao longo do tempo.
Potencial: Condição típica dos solos ácidos, está relacionada às
limitações em fornecer os nutrientes adequados para as plantas.
Atual: Condição do solo após interferência do homem. Ela resulta de boas
técnicas de manejo a partir da adubação mineral ou orgânica, com foco no
melhor desempenho da terra em fornecer nutrientes para as plantas.
.
Operacional: Esse tipo de fertilidade consiste na inserção de extratores
químicos no solo, de modo a ampliar seus aspectos nutritivos, de acordo com
a necessidade da planta.
Como melhorar a fertilidade do solo e a produtividade agrícola
da sua lavoura?
Existem alguns passos que você deve seguir para garantir que a terra da sua
área de plantio esteja apta a oferecer todos os elementos que a cultura
necessita.
Coleta de amostras e análise do solo
A primeira coisa que você deve fazer é identificar as características do
solo, incluindo sua classificação. Isso deve ser feito por meio da coleta de
amostras, que devem ser submetidas à análises químicas e físicas por um
profissional especializado.
Dessa forma, será possível identificar a quantidade de nutrientes, o
potencial produtivo, entre outros fatores. Quanto mais detalhadas forem as
informações coletadas, melhores serão as tomadas de decisões posteriores.
.
Assim, você pode implementar estratégias diferentes de adubo e
fertilização em diferentes partes da propriedade, por exemplo, em função
da variabilidade do solo. Além disso, essas ações reduzem os custos com
fertilizantes, já que o uso de insumos é otimizado.
Vale lembrar que a coleta e análise do solo pode ser feita em
qualquer época do ano. Porém, o ideal é que os procedimentos sejam
realizados durante a entressafra. Assim, você terá tempo de avaliar,
corrigir e preparar o solo para o plantio.
Escolha dos insumos agrícolas
Após fazer a análise do solo, você já terá informações suficientes
para escolher quais insumos agrícolas você deve utilizar. Essa escolha
depende não só das características do solo, mas da cultura que você deseja
plantar.
Afinal, cada espécie precisa de uma quantidade de nutrientes e
cuidados específicos para ter um desenvolvimento saudável. Por isso, os
agricultores geralmente investem no uso de fertilizantes compatíveis com as
necessidades do seu solo e de sua lavoura.
Nesse sentido, o investimento na fertilidade do solo pode ser
encarado como uma operação financeira entre os produtores rurais e
empresas que produzem fertilizantes.
Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor pode
até mesmo adquirir insumos agrícolas e realizar o pagamento com os
produtos que ele cultiva em sua lavoura.
Em outras palavras, é uma modalidade de crédito em que o
pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional.
Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em
dinheiro, beneficiando o agricultor.
Esses fertilizantes podem ser de dois tipos: orgânicos e inorgânicos.
.
Fertilizantes orgânicos
Os fertilizantes orgânicos são aqueles ricos em matéria orgânica.
Eles podem ter origem vegetal ou animal e são conhecidos por fornecerem
uma grande quantidade de nutrientes.
Esse é o caso do esterco, farinha de ossos (rica em cálcio e fósforo),
húmus de minhoca e torta de mamona (que age contra nematoides), que
são os fertilizantes orgânicos mais populares.
Por isso, eles são considerados mais sustentáveis e geralmente são
utilizados em diferentes modalidades de plantio.
Porém, seu processo de decomposição é lento, assim como o de
absorção pela planta. Além disso, esse tipo de fertilizante pode estar
contaminado com alguma praga ou patógeno que pode prejudicar o solo e o
estabelecimento da lavoura.
Por esse motivo, é importante tomar cuidado com a origem e o
manejo desses fertilizantes.
Fertilizantes inorgânicos
Os fertilizantes inorgânicos possuem origem mineral e são produzidos
pela agroindústria, onde são beneficiados.
Sua base química é conhecida pela sigla NPK, já que é composta por
três elementos essenciais para o desenvolvimento saudável das plantas:
nitrogênio (atua no crescimento da planta), fósforo (atua no enraizamento) e
potássio (deixa a planta resistente contra pragas e doenças).
Porém, a adição desse tipo de fertilizante deve ser realizada na
quantidade correta. Afinal, o excesso de nutrientes também pode prejudicar
o crescimento da planta.
Adubação do solo
Nesta etapa, você deve aplicar os fertilizantes escolhidos na fase de
planejamento da lavoura. Para isso, é importante que você invista em
produtos que garantam o desenvolvimento saudável da cultura.
.
Também é importante ficar atento ao modo de aplicação de cada um dos
insumos escolhidos. Afinal, você pode misturá-los no solo, fazer a pulverização
com máquinas pulverizadoras ou adicionar o fertilizante no sistema de irrigação.
Boas práticas de manejo do solo
Fertilidade do solo e o manejo de nutrientes também está diretamente ligada a
utilização de técnicas que garantem a proteção, a cobertura e o ciclo de nutrientes
do solo.
Para isso, você pode investir na implementação de estratégias como plantio
direto, Sistema de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF) e adubação
verde, por exemplo.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fertilidade e manejo do solo.pptxmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

processo de formacao dos solos.pdf
processo de formacao dos solos.pdfprocesso de formacao dos solos.pdf
processo de formacao dos solos.pdfEmersonVinicius7
 
Formação do solo mjr
Formação do solo   mjrFormação do solo   mjr
Formação do solo mjrfcanico
 
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptx
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptxAULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptx
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptxssuser6b433b
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoRodrigo Pavesi
 
Ciencias os tipos de solos e suas caracteristicas
Ciencias   os tipos de solos e suas caracteristicasCiencias   os tipos de solos e suas caracteristicas
Ciencias os tipos de solos e suas caracteristicasGustavo Soares
 
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).pptGilson Nachtigall
 
Fatores de formação do solo
Fatores de formação do soloFatores de formação do solo
Fatores de formação do soloLeandro Araujo
 
Tipos de solo e suas características
Tipos de solo e suas característicasTipos de solo e suas características
Tipos de solo e suas característicasphilipe8
 
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoApostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoPaulo Alves de Araujo
 

Semelhante a Fertilidade e manejo do solo.pptxmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm (20)

processo de formacao dos solos.pdf
processo de formacao dos solos.pdfprocesso de formacao dos solos.pdf
processo de formacao dos solos.pdf
 
Solos
SolosSolos
Solos
 
Formação do solo mjr
Formação do solo   mjrFormação do solo   mjr
Formação do solo mjr
 
SOLO, ORIGEM E FORMAÇÃO
SOLO, ORIGEM E FORMAÇÃOSOLO, ORIGEM E FORMAÇÃO
SOLO, ORIGEM E FORMAÇÃO
 
1geo15
1geo151geo15
1geo15
 
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptx
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptxAULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptx
AULA 1º ANO Capítulo 9 Erosão e contaminação dos solos.pptx
 
Ciencias 6ano
Ciencias 6anoCiencias 6ano
Ciencias 6ano
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
 
Ciencias os tipos de solos e suas caracteristicas
Ciencias   os tipos de solos e suas caracteristicasCiencias   os tipos de solos e suas caracteristicas
Ciencias os tipos de solos e suas caracteristicas
 
Formação de solos
Formação de solosFormação de solos
Formação de solos
 
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt
8 - A. A. Meio Terrestre - 23-11 (1).ppt
 
Relatorio
RelatorioRelatorio
Relatorio
 
Relatorio
RelatorioRelatorio
Relatorio
 
Fatores de formação do solo
Fatores de formação do soloFatores de formação do solo
Fatores de formação do solo
 
Pedologia
PedologiaPedologia
Pedologia
 
Tipos de solo e suas características
Tipos de solo e suas característicasTipos de solo e suas características
Tipos de solo e suas características
 
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, PoluiçãoApostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
Apostila de Ciências: Água, Solo, Ar, Clima, Poluição
 
Solo - Pedogênese
Solo - PedogêneseSolo - Pedogênese
Solo - Pedogênese
 
Solo
SoloSolo
Solo
 
Solos
SolosSolos
Solos
 

Mais de HitaloSantos7

sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptx
sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptxsistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptx
sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptxHitaloSantos7
 
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...HitaloSantos7
 
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...HitaloSantos7
 
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptx
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptxPatrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptx
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptxHitaloSantos7
 
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptx
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptxSOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptx
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptxHitaloSantos7
 
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxTaylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxHitaloSantos7
 
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxHitaloSantos7
 
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptx
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptxUso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptx
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptxHitaloSantos7
 
crescimentopopulacional-160425141321.pdf
crescimentopopulacional-160425141321.pdfcrescimentopopulacional-160425141321.pdf
crescimentopopulacional-160425141321.pdfHitaloSantos7
 
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhhHitaloSantos7
 
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptx
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptxApresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptx
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptxHitaloSantos7
 
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhDocumento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhHitaloSantos7
 
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjx
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjxsistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjx
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjxHitaloSantos7
 
cidadanianobrasil-190605142924.pptx
cidadanianobrasil-190605142924.pptxcidadanianobrasil-190605142924.pptx
cidadanianobrasil-190605142924.pptxHitaloSantos7
 
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdf
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdfApresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdf
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdfHitaloSantos7
 
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...HitaloSantos7
 

Mais de HitaloSantos7 (16)

sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptx
sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptxsistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptx
sistema circulatorio Enfermagehhhhhm.pptx
 
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
 
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
SOCIOLOGIA-O acesso à educação, políticas de geração de empregos e renda como...
 
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptx
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptxPatrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptx
Patrimonialismo, autoridade pessoal e tradição sagrada.pptx
 
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptx
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptxSOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptx
SOCIOLOGIA- As Desigualdades sociais e o Mundo Trabalho_.pptx
 
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxTaylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
 
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ÉTICA AULA 02.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
 
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptx
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptxUso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptx
Uso de pontuação e acentuaçãgvvvvvvvvvvvo.pptx
 
crescimentopopulacional-160425141321.pdf
crescimentopopulacional-160425141321.pdfcrescimentopopulacional-160425141321.pdf
crescimentopopulacional-160425141321.pdf
 
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh
26112018114232980 (1).pptxjhhhhhhhhhhhhh
 
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptx
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptxApresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptx
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000.pptx
 
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhDocumento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Documento 27 (4).pdfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
 
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjx
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjxsistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjx
sistema esqueletico -hisbbjjxjcjhbjbcbjx
 
cidadanianobrasil-190605142924.pptx
cidadanianobrasil-190605142924.pptxcidadanianobrasil-190605142924.pptx
cidadanianobrasil-190605142924.pptx
 
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdf
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdfApresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdf
Apresentação de Slides Corporativo Preto e Branco_20231026_193008_0000 (2).pdf
 
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...
DOC_ORADOR_C_11886_K-Comissao-Permanente-CAE-20130917CNJ016_parte2460_RESULTA...
 

Fertilidade e manejo do solo.pptxmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

  • 1. Fertilidade e Manejo do Solo Escola Técnica Alvorada Técnico em Agropecuária São Francisco do Brejão-Ma 2024
  • 2. Definição e formação do solo O solo é um material que recobre a superfície da terra. É formado por partes líquidas, sólidas e gasosas, e a origem dele pode ser mineral ou orgânica. Basicamente, a formação acontece pela desintegração natural das rochas pela ação das chuvas, da variação da temperatura e da pressão. Esse é um processo longo e demorado, que ocorre em milhões de anos.
  • 3. O processo de formação do solo, além da desintegração das rochas no decorrer do tempo, deve-se também a outros fatores, como: tipo de material de origem, relevo, clima e alguns organismos. A seguir, veremos mais sobre eles:
  • 4. Material de origem Podemos dividir o material que dá origem ao solo em dois grupos: Material mineral Material orgânico
  • 5. .
  • 6. Organismos .A decomposição de resíduos vegetais, folhas e raízes, ou até de alguns animais é realizada por organismos presentes no solo, como formigas, minhocas e organismos microscópicos. Essa decomposição traz ao solo a matéria orgânica que favorece a retenção de nutrientes essenciais para as plantas, funcionando como um suporte e tornando o solo bem estruturado, menos compacto, melhorando a infiltração de água e reduzindo os processos erosivos.
  • 7. . A imagem seguinte indica a maturidade do solo conforme a sua profundidade. Perceba que, no primeiro estágio, a rocha, indicada pela letra R, chega até a superfície do terreno e, à medida que o tempo passa e é exposta à chuva, ao vento e ao Sol, ela vai se desintegrando e formando mais camadas de solo, representadas pelas letras A, B e C, que denominamos de horizontes do solo.
  • 8. Morfologia dos solos . A morfologia nada mais é que o estudo das características do solo, visíveis a olho nu. Com ela pode-se saber sobre a drenagem da água, a compactação, a susceptibilidade à erosão ou a resistência à mecanização agrícola dos solos.
  • 9. Conforme acontecem as transformações do solo, formam-se camadas meio que paralelas à superfície do terreno, chamadas de horizontes. Assim, uma sequência de horizontes forma o perfil de um solo. Os horizontes são nomeados em O, A, B, C e D e o que os diferencia são, basicamente, a textura, a cor e a estrutura de cada um deles. Perfis, horizontes e camadas do solo
  • 10. .
  • 11. Cor do solo A cor do solo é uma característica fácil de ser analisada em campo e nos dá algumas pistas para iniciar o manejo do solo, por exemplo, o preparo da adubação.
  • 12. . A matéria orgânica deixa o solo mais escuro, puxando para tons de preto ou castanho escuro, por isso o horizonte O possui a cor mais escura. O horizonte A, abaixo do O, também se apresenta dessa forma, porém costuma ser um pouco mais claro porque é uma zona de mistura do material orgânico decomposto com o material mineral do solo, como argila ou silte. Cores escuras
  • 13. Cores vermelhas . A presença de compostos de ferro e manganês ou o acúmulo de argila produzem uma cor avermelhada no solo, que também é um indicativo de que ele está bem drenado e aerado, por isso, o horizonte B de alguns solos possui cor vermelha.
  • 14. Cores acinzentadas . É um bom indicativo de que há acúmulo de água e, consequentemente, é um solo mal drenado e mais úmido. Indicam ausência de matéria orgânica ou compostos de ferro e manganês. Cores claras
  • 15. Porosidade . A porosidade dos solos corresponde aos espaços existentes entre as partículas de areia, silte e argila, que são denominados microporos, e os espaços existentes entre os agregados do solo, denominados macroporos.
  • 16. .
  • 17. A porosidade dos solos é de grande importância, pois solos com um espaço poroso maior são menos densos e, consequentemente, menos compactos, tendo assim melhores condições para o crescimento de raízes, a infiltração de água, oxigênio, nutrientes e uma melhor agregação das partículas.
  • 18. . A areia, o silte e a argila se conectam com outros componentes do solo, como raízes, matéria orgânica e microrganismos, formando os agregados de um solo, corriqueiramente chamados de “torrões”.
  • 19. .
  • 20. Fertilidade do solo . A fertilidade do solo é considerada um dos principais fatores que determinam o sucesso da produção agrícola. Para isso, o plantio da cultura deve ser realizado num solo fértil, ou seja, capaz de oferecer os elementos essenciais ao desenvolvimento das plantas.
  • 21. O problema é que muitas regiões do Brasil são constituídas de solos considerados pobres em diferentes elementos. Esse tipo de solo não oferece o suprimento necessário ao crescimento da lavoura. Por isso, o produtor que realiza o plantio sem fazer a correção adequada do solo, pode ter prejuízos na qualidade da produção e na rentabilidade da safra.
  • 22. . Além dos solos pobres, muitos agricultores ainda precisam lidar com solos degradados. Essa degradação geralmente ocorre quando as boas práticas de manejo do solo não são utilizadas na propriedade. Um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelou que, no mundo, 30% dos solos estão degradados.
  • 23. . Isso gera uma série de ameaças ao agronegócio, como desequilíbrio de nutrientes, perda de matéria orgânica e compactação. Ainda de acordo com os dados divulgados, até 2050, o planeta sofrerá com mais de 10% de perdas agrícolas. Diante destas informações, é fundamental que agricultores, independente do porte do seu negócio, aprendam como evitar perdas agrícolas em função de problemas ligados ao solo.
  • 24. . Fertilidade do solo A fertilidade do solo refere-se à capacidade que ele tem de fornecer às plantas todos os nutrientes necessários para seu crescimento e geração de frutos, dependendo de cada espécie vegetal. Durante a maior parte da história, o ser humano depende da fertilidade natural do solo. Por isso, a busca por solos férteis para o plantio influenciou no estabelecimento de cidades e populações.
  • 25. . Porém, na agricultura moderna, você não precisa mais se conformar com um solo pobre para o plantio. Através da utilização de fertilizantes adequados, é possível melhorar esse nível de fertilidade e, por consequência, da produção agrícola. Por isso, é fundamental que o produtor entenda a importância da fertilidade do solo e como o manejo adequado de insumos e nutrientes podem ajudá-lo a melhorar seus resultados na lavoura.
  • 26. . 9 indicadores de fertilidade Quem é agricultor sabe que o ponto-chave para o sucesso de qualquer cultura está na análise eficiente da fertilidade do solo. Mas, para que esta etapa seja bem executada, é preciso ter conhecimento dos melhores indicadores.
  • 27. . O segredo para atingir excelentes produtividades depende do alinhamento dos parâmetros químicos, físicos e biológicos do solo. Cada um desses três aspectos proporciona avanços nas lucratividades, desde que você conheça os indicadores responsáveis por tais melhorias. Portanto, confira quais são os principais. Principais indicadores de fertilidade
  • 28. 1. pH Este indicador permite avaliar o grau de acidez do solo. As práticas de cultivo, fertilização e manejo têm efeito direto na variação de seu pH, e essa mudança repercute na quantidade de nutrientes minerais, micronutrientes e alumínio presentes e disponíveis no solo. Os níveis de pH variam entre 0 a 14, com 7 sendo considerado neutro. Abaixo de 7, o meio é considerado ácido; e acima, alcalino.
  • 29. . Os solos brasileiros, geralmente, são ligeiramente ácidos, sendo que o ideal está na faixa entre 5,5 a 6,0 na água, ou entre 4,9 a 5,4 em CaCl₂ 0,01 M, pois esta é a faixa que apresenta melhor disponibilidade de nutrientes. Esta é uma regra geral, embora algumas plantas possam se adaptar a valores fora da faixa. Por isso que é exigida uma análise de cada caso.
  • 30. . Além disso, o pH influencia fortemente na toxidez do alumínio, pois quando ele se encontra abaixo do esperado, Al3+ (alumínio na forma trocável), prejudica o desenvolvimento radicular, além de preencher as cargas das argilas, o que impede que cátions importantes, como cálcio, magnésio e potássio, fiquem presentes e sejam absorvidos pelas culturas e prejudicando a fertilidade do solo.
  • 31. . 2. Soma de bases A soma de bases é um bom indicador de qualidade, porque está relacionada com a capacidade do solo de reter nutrientes e manter o equilíbrio químico necessário para o crescimento saudável das plantas. Ela é feita pelos íons carregados positivamente presentes no solo, que são o cálcio (Ca2+), o magnésio (Mg2+), o potássio (K+) e o sódio (Na+), entre outros.
  • 32. 2. Soma de bases . A sua proporção influencia diretamente outros componentes, como o alumínio (Al3+) e o hidrogênio (H+) — que, como citado anteriormente, podem afetar a disponibilidade de nutrientes para as plantas e também influenciar o pH do solo. Quando a soma de bases é elevada, isso indica que há uma maior quantidade de nutrientes disponíveis no solo e que o seu pH está em um nível mais equilibrado.
  • 33. . Por outro lado, quando a soma de bases é baixa, pode haver deficiência de nutrientes para as plantas e o pH do solo estar bastante ácido, o que prejudica a fixação da cultura. 3. Macronutrientes e micronutrientes Os macronutrientes e micronutrientes são indispensáveis na análise de uma boa fertilidade do solo e, a depender de cada caso, as suas exigências podem variar. Confira os principais: macronutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio; micronutrientes: boro, cobre, ferro, manganês, zinco, cloro, molibdênio e níquel.
  • 34. . Além de conhecer sobre os macronutrientes e os micronutrientes, existem dois pontos que você precisa considerar: O primeiro tem a ver com a quantidade de sódio: se for elevada, a salinização do solo afetará diretamente a produção agrícola. O segundo se refere ao método de extração para identificar a quantidade dos nutrientes, em especial o fósforo. O sistema IAC (que mede o teor de fósforo por meio da resina trocadora de íons) e o sistema Embrapa (que usa o método de Mehlich-1) são os mais populares.
  • 35. . É essencial ter em mente o tipo de extrator que foi empregado, pois as medições obtidas serão diferentes. Se você quiser assegurar a quantidade exata de fósforo no solo, utilize a tabela de recomendação de acordo com o modelo selecionado para uma fertilidade do solo precisa.
  • 36. . 4. Alumínio trocável Este indicador relacionado com a fertilidade do solo é crucial para indicar a acidez e o potencial tóxico do alumínio para as plantas. Isso porque esse componente é um elemento químico presente em muitos solos brasileiros, sendo, geralmente, encontrado em formas não disponíveis para as culturas. No entanto, nos ácidos, ele pode se tornar solúvel e tóxico para as raízes, causando a inibição do seu crescimento e afetando negativamente a produtividade.
  • 37. Além disso, a quantidade de alumínio trocável também pode ser um indicador sobre o grau de acidez do solo, uma vez que a sua solubilidade está diretamente relacionada ao pH, ou seja, solos com pH mais baixo tendem a ter maiores concentrações desse componente.
  • 38. 5. Acidez potencial Como bem sabemos, o pH do solo é uma medida da acidez ou alcalinidade, está relacionado com a disponibilidade de nutrientes para as plantas e o ideal, para maioria das culturas, está na faixa de 6,0 a 7,0. Quando ele está abaixo desse intervalo, o solo é considerado ácido, o que pode limitar o crescimento das plantas, reduzindo a disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, fósforo e potássio.
  • 39. Dessa forma, a acidez potencial é uma medida da quantidade de íons de hidrogênio (H+) presente no meio, que pode ser liberada e causar a acidificação. Assim sendo, quanto maior a acidez potencial, maior é o parâmetro de acidificação. O conhecimento deste indicador permite que você, produtor, estime o quanto o terreno pode acidificar e, assim, tomar medidas preventivas, como a aplicação de corretivos, como a calagem.
  • 40. . Além disso, a acidez potencial também é importante para a determinação do tipo de corretivo a ser utilizado, já que diferentes modelos possuem capacidades de neutralizações específicas.
  • 41. . 6. Saturação por bases (V%) Este indicador é a proporção entre a soma de bases trocáveis no solo e a capacidade de troca de cátions (CTC), como cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), potássio (K+), sódio (Na+), entre outros, multiplicada por 100. Assim, quanto maior a saturação, maior a quantidade de bases trocáveis disponíveis no solo. Dessa forma, esse indicador demonstra que a fertilidade do solo possui uma boa capacidade de reter nutrientes para as plantas.
  • 42. . Além disso, ele também pode apontar um equilíbrio químico adequado no solo, pois as bases estão em proporção em relação aos cátions ácidos, como o alumínio (Al3+) — o que ajuda a impedir a absorção deste componente nocivo devido às interações químicas dos outros minerais. Por outro lado, uma baixa saturação pode indicar deficiência de nutrientes no solo, bem como um desequilíbrio químico, afetando a disponibilidade de nutrientes para as plantas e limitando o crescimento das culturas.
  • 43. 7. Teor de saturação por sódio Principalmente na região semiárida e em locais próximos ao litoral (regiões em que predomina o solo arenoso), o teor de sódio no solo torna-se crítico para o crescimento das plantas. Por isso, o Índice de Saturação de Sódio deve ser determinado para avaliar a qualidade do solo. Este indicador se refere à proporção entre o sódio (Na+) e as outras bases trocáveis presentes no meio, que é expressa em porcentagem.
  • 44. . Portanto, a presença de altos teores de sódio pode causar a dispersão das partículas, resultando em uma estrutura de solo compactada e impedindo a infiltração adequada de água. Isso pode levar à formação de crostas superficiais, aumentando a erosão e reduzir a capacidade de reter água, afetando negativamente as culturas.
  • 45. . O teor de saturação de sódio é um indicador importante porque pode fornecer informações sobre a presença de altos teores do sal e, também, os riscos do solo se tornar compactado e impedir a infiltração de água. Com base nesse indicador, os produtores podem tomar medidas preventivas, como a aplicação de corretivos de sódio, para evitar essa compactação do solo e manter a disponibilidade de água para as plantas.
  • 46. . 8. Matéria orgânica A matéria orgânica auxilia a melhorar a estrutura do solo, tornando-o mais poroso e permitindo a infiltração de água e ar, bem como otimiza a capacidade de retenção de água do solo, o que é importante para garantir que as culturas sempre tenham água disponível. Outro ponto crucial é que ela é uma importante fonte de nutrientes para as plantas. Isso porque a sua decomposição libera nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) gradativamente. Nas culturas, eles são cruciais para a formação de biomassa, o metabolismo celular e a boa frutificação.
  • 47. . Também não podemos esquecer das vantagens na atividade biológica, fornecendo um ambiente favorável para os micro-organismos benéficos e para manter a fertilidade do solo. Todavia, para a elevação dos índices de matéria orgânica no solo são necessários anos de aporte de matéria vegetal e boas práticas de conservação.
  • 48. . 9. Capacidade de troca de cátions (CTC) Este indicador está diretamente relacionado à capacidade do solo de armazenar nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. A CTC é definida como a soma total de cargas elétricas negativas dos coloides do solo (tais como argila e matéria orgânica), que são capazes de atrair e reter cátions (íons positivos), como cálcio (Ca²⁺), magnésio (Mg²⁺), potássio (K⁺), sódio (Na⁺) e hidrogênio (H⁺).
  • 49. . Dessa forma, quanto maior a CTC de um solo, maior será sua capacidade em reter cátions, mantendo-os na zona radicular das plantas, reduzindo sua lixiviação para camadas mais profundas. Isso significa que as culturas terão acesso a uma maior quantidade de nutrientes, favorecendo o desenvolvimento eficaz. Além disso, solos com alta capacidade de troca de cátions são mais resistentes a alterações de pH, pois possuem maior aptidão de neutralizar a acidez ou alcalinidade. .
  • 50. . Dessa forma, a CTC é um dos principais pontos relacionados à fertilidade do solo. Quando alta, maior a quantidade de nutrientes disponíveis, ao passo que áreas com baixa CTC indicam menor fertilidade.
  • 51. . Erosão A degradação do solo faz com que ele perca nutrientes em um curto período, o que faz com que a cultura não se desenvolva adequadamente. Esse processo pode ser resultado de vários fatores, como o manejo inadequado do solo e uso contínuo e incorreto de fertilizantes, inseticidas, herbicidas, entre outros insumos agrícolas.
  • 52. . Tudo isso pode atrapalhar a ciclagem de nutrientes, alterar a estrutura e até reduzir a fertilidade do solo. Por isso, assim como o pH, um solo fértil deve manter a taxa de erosão em equilíbrio. Calagem A calagem é um processo que tem como objetivos manter o ambiente adequado para a qualidade do solo, por meio da redução da acidez e do fornecimento de cálcio e magnésio para as plantas.
  • 53. Além disso, a calagem também contribui para o aumento da disponibilidade do fósforo, alumínio e manganês. O processo também melhora a mineralização da matéria orgânica e favorece a fixação biológica do nitrogênio. Porém, se esse processo for feito da forma incorreta, pode provocar a redução na disponibilidade de nutrientes. Por outro lado, caso seja feito da forma correta, além de garantir todos os benefícios acima, a calagem é um investimento econômico que promove resultados positivos na produção.
  • 54. Tipos de fertilidade do solo que o produtor deve conhecer Pode ser que o solo da sua área de plantio não apresente todas as características necessárias para ser considerado fértil. Apesar disso, você pode investir em insumos com o objetivo de melhorar esses parâmetros e aumentar sua produção. Como base nisso, é possível dizer que existem 4 tipos de fertilidade do solo diferentes. Conhecer suas características é crucial na hora de elaborar o melhor planejamento para evitar que o solo fique infértil.
  • 55. . Natural: Está relacionada à formação natural do solo. Isso quer dizer que o material de origem é resultante dos processos de decomposição de organismos no meio ambiente ao longo do tempo. Potencial: Condição típica dos solos ácidos, está relacionada às limitações em fornecer os nutrientes adequados para as plantas. Atual: Condição do solo após interferência do homem. Ela resulta de boas técnicas de manejo a partir da adubação mineral ou orgânica, com foco no melhor desempenho da terra em fornecer nutrientes para as plantas.
  • 56. . Operacional: Esse tipo de fertilidade consiste na inserção de extratores químicos no solo, de modo a ampliar seus aspectos nutritivos, de acordo com a necessidade da planta. Como melhorar a fertilidade do solo e a produtividade agrícola da sua lavoura? Existem alguns passos que você deve seguir para garantir que a terra da sua área de plantio esteja apta a oferecer todos os elementos que a cultura necessita.
  • 57. Coleta de amostras e análise do solo A primeira coisa que você deve fazer é identificar as características do solo, incluindo sua classificação. Isso deve ser feito por meio da coleta de amostras, que devem ser submetidas à análises químicas e físicas por um profissional especializado. Dessa forma, será possível identificar a quantidade de nutrientes, o potencial produtivo, entre outros fatores. Quanto mais detalhadas forem as informações coletadas, melhores serão as tomadas de decisões posteriores.
  • 58. . Assim, você pode implementar estratégias diferentes de adubo e fertilização em diferentes partes da propriedade, por exemplo, em função da variabilidade do solo. Além disso, essas ações reduzem os custos com fertilizantes, já que o uso de insumos é otimizado. Vale lembrar que a coleta e análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano. Porém, o ideal é que os procedimentos sejam realizados durante a entressafra. Assim, você terá tempo de avaliar, corrigir e preparar o solo para o plantio.
  • 59. Escolha dos insumos agrícolas Após fazer a análise do solo, você já terá informações suficientes para escolher quais insumos agrícolas você deve utilizar. Essa escolha depende não só das características do solo, mas da cultura que você deseja plantar. Afinal, cada espécie precisa de uma quantidade de nutrientes e cuidados específicos para ter um desenvolvimento saudável. Por isso, os agricultores geralmente investem no uso de fertilizantes compatíveis com as necessidades do seu solo e de sua lavoura.
  • 60. Nesse sentido, o investimento na fertilidade do solo pode ser encarado como uma operação financeira entre os produtores rurais e empresas que produzem fertilizantes. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor pode até mesmo adquirir insumos agrícolas e realizar o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Em outras palavras, é uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro, beneficiando o agricultor. Esses fertilizantes podem ser de dois tipos: orgânicos e inorgânicos.
  • 61. . Fertilizantes orgânicos Os fertilizantes orgânicos são aqueles ricos em matéria orgânica. Eles podem ter origem vegetal ou animal e são conhecidos por fornecerem uma grande quantidade de nutrientes. Esse é o caso do esterco, farinha de ossos (rica em cálcio e fósforo), húmus de minhoca e torta de mamona (que age contra nematoides), que são os fertilizantes orgânicos mais populares.
  • 62. Por isso, eles são considerados mais sustentáveis e geralmente são utilizados em diferentes modalidades de plantio. Porém, seu processo de decomposição é lento, assim como o de absorção pela planta. Além disso, esse tipo de fertilizante pode estar contaminado com alguma praga ou patógeno que pode prejudicar o solo e o estabelecimento da lavoura. Por esse motivo, é importante tomar cuidado com a origem e o manejo desses fertilizantes.
  • 63. Fertilizantes inorgânicos Os fertilizantes inorgânicos possuem origem mineral e são produzidos pela agroindústria, onde são beneficiados. Sua base química é conhecida pela sigla NPK, já que é composta por três elementos essenciais para o desenvolvimento saudável das plantas: nitrogênio (atua no crescimento da planta), fósforo (atua no enraizamento) e potássio (deixa a planta resistente contra pragas e doenças).
  • 64. Porém, a adição desse tipo de fertilizante deve ser realizada na quantidade correta. Afinal, o excesso de nutrientes também pode prejudicar o crescimento da planta. Adubação do solo Nesta etapa, você deve aplicar os fertilizantes escolhidos na fase de planejamento da lavoura. Para isso, é importante que você invista em produtos que garantam o desenvolvimento saudável da cultura.
  • 65. . Também é importante ficar atento ao modo de aplicação de cada um dos insumos escolhidos. Afinal, você pode misturá-los no solo, fazer a pulverização com máquinas pulverizadoras ou adicionar o fertilizante no sistema de irrigação. Boas práticas de manejo do solo Fertilidade do solo e o manejo de nutrientes também está diretamente ligada a utilização de técnicas que garantem a proteção, a cobertura e o ciclo de nutrientes do solo. Para isso, você pode investir na implementação de estratégias como plantio direto, Sistema de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF) e adubação verde, por exemplo.