2. Por um lado, com a maior divulgação da cirurgia plástica
e maior exposição do corpo e como maior advento da
lipoaspiração mais pacientes, e com menores alterações
passaram a freqüentar
os consultórios em
busca de soluções para
seus problemas estéticos.
Por outro lado, pacientes que sofrem com cada vez
mais freqüente obesidade mórbida, tratados ou não com
cirurgia redutoras de estômago, requerem do cirurgião
novos métodos para solucionar seus problemas de
tronco.
3. CONCEITO DE BELEZA DO ABDÔMEN
Três segmentos diferentes norteiam a beleza do
abdômen: pele,
tecido gorduroso e
músculos.
Além do diagnóstico das
alterações estéticas específicas do abdômen e que
norteiam as condutas cirúrgicas a serem
empregadas, é preciso observar aspectos
posturais e alterações corpóreas
osteomusculares, para uma orientação mais
detalhada sobre a qualidade do resultado.
4. CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
ESTÉTICAS E TRATAMENTO DO ABDÔMEN
GRUPO I
Estão nesse grupo pacientes com abdômen
sem excedente de pele, com musculatura
ântero - lateral (retos e oblíquos) normais,
sem diástase ou herniações. As alterações
estéticas são devidas ao excesso ou má
distribuição do tecido gorduroso. A maior
incidência é em jovens nulíparas.
O tratamento consiste na lipoaspiração do
abdômen
5. GRAU II
Os pacientes desse grupo possuem musculatura
considerada normal. Possuem um pequeno
excedente de pele infra-umbilical e o panículo
adiposo é excessivo e mal distribuído. A maior
incidência é em jovens primíparas.
O tratamento cirúrgico-estético desses
pacientes consiste em realizar lipoaspiração
modeladora. Em seguida,
remove-se um fuso
somente de pele da
região suprapúbica.
6. GRUPO III
São classificados nesse grupo, os pacientes que
apresentam pequeno ou médio excedente de pele
infra-umbilical, igual ao do GII, panículo adiposo
geralmente com pequeno ou moderado excesso.
A musculatura com diástases dos retos e oblíquos,
abaulando as fossas ilíacas e às vezes as partes
laterais da cintura.
O paciente permanece sob repouso relativo por
seis a oito dias, prucurando fazer atividades que
movimentem apenas os membros, deixando o
abdômen em repouso
7. GRUPO IV
Nesse grupo são classificados os casos que
apresentam excesso de pele no abdômen,
panículo adiposo variável em sua distribuição
e espessura, musculatura diastática em toda
sua extensão, mais nos retoabdominais, e
implantação da cicatriz umbilical alta, não
permitindo a laparoplastia clássica porque o
excesso de pele supra-umbilical é insuficiente
para cobrir todo o
abdômen após a
ressecção da pele
infra-umbilical.
8. GRUPOV
Nesse grupo estão classificados os casos
que apresentam excedente de pele
acentuado, tanto acima como abaixo
umbigo, excedente ou não de panículo
adiposo e diástase dos músculos retos
e/ou oblíquos.
9. GRUPOV ESPECIAL
Composto por um grupo especial de pacientes,
que possuem abdômen em avental de grau
variável, geralmente com excesso de gordura
em toda extensão do abdômen e flancos, não
raramente também no dorso, com ausência de
hérnias abdominais. Nesses casos, bons
resultados são obtidos ressecando totalmente o
avental e realizando o mínimo de descolamento
na linha média. Após a sutura, no mesmo tempo
cirúrgico realiza-se lipoaspiração de todo o
tronco do paciente.
10. Na sua maioria, as intervenções estéticas
sobre o abdômen são associadas a outras.
As mais comuns são a mamoplastia e a
lipoaspiração.
ASSOCIAÇÃO DA ABDOMINOPLASTIA
A OUTRAS CIRURGIAS ESTÉTICAS
11. A associação mais comum é com a
histerectomia e/ou perineoplastia, sendo rara
com a colecistectomia.
PELE
Algumas variáveis como a posição de incisão,
sua forma, a área a ser ressecada e a extensão
do deslocamento devem ser analisadas
individualmente.
ASSOCIAÇÃO DA ABDOMINOPLASTIA
A OUTRASA OUTRAS CIRURGIAS NÃO-
ESTÉTICAS
12. TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
A lipoaspiração é realizada no plano da
camada reticular do tecido celular subcutâneo
para evitar formação de irregularidades e
retrações.Alguns
cirurgiões advogam
a realização associada
da lipoaspiração
superficial, acima
da fáscia superficial,
na camada areolar,
diminuindo assim
a flacidez cutânea.
13. COMPLEXO MÚSCULO-APONEURÓTICO
Com o intuito de reaproximação do músculo reto
do abdômen, que podem apresentar-se diastáticos,
é indicada a plicatura mediana do abdômen.
14. CICATRIZ UMBILICAL
A abordagem do abdômen pode
preservar a inserção da cicatriz umbilical,
ou, após sua desinserção, reinseri-la quer
seja no mesmo sítio, quer seja
discretamente deslocada.
15. CINESIOTERAPIA
Antes de qualquer procedimento deve-se fazer
uma anamnese completa do paciente e definir o
protocolo de intervenção.
Métodos clássicos utilizados na fisioterapia para
correção de desequilíbrios posturais como a
Reeducação Postural Global (RPG) e
Isostretching, poderão ser utilizados no pré-
operatório de diversas cirurgias como as
mamoplastias, abdominoplastias, etc.
PROCEDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS
NA FASE
PRÉ-CIRÚRGICA
16. MASSOTERAPIA
A massoterapia pré-operatória tem por
objetivo incrementar a circulação
sanguínea e linfática, melhorar a
penetração de produtos nutritivos e
hidratantes que irão preparar a pele para
a cirurgia, conscientizar a respiração e a
postura por meio de estímulos táteis, e
produzir relaxamento físico, aliviando
assim a ansiedade e
tensão.
17. ELETROTERAPIA
A eletroterapia na fase que antecede a
cirurgia pode atuar como recurso auxiliar
no incremento do metabolismo basal e
fortalecimento muscular por meio de
correntes excitomotoras.
18. ATIVIDADE FÍSICA
A intensidade da atividade física, com fins para redução
ponderal, deve ser de tal forma que o organismo utilize
basicamente energia do sistema aeróbio. Neste caso
prevalecem às corridas de longa duração com a
intensidade de baixa a moderada, exercícios aeróbios,
gerais ou localizados, de baixa intensidade.
Além da vantagem do gasto energético a atividade física
também pode ser direcionada para o ganho de massa
muscular, proporcionando hipertrofia, objetivando
acelerar a recuperação no pós-cirúrgico.
19. TENS
Conduta pré-operatória:
- Fornecer informações ao paciente relativas ao uso da
TENS no pós-operatório.
Conduta na sala de recuperação ou no quarto:
- Inicie a estimulação com a intensidade, freqüência e
largura da fase determinadas na avaliação pré-operatória.
E quando a paciente estiver consciente, reajuste a
intensidade para níveis dentro da à tolerância e conforto
do paciente.
Conduta após a alta hospitalar:
- O paciente pode fazer uso da TENS em sua residência,
diminuindo assim a ingestão de analgésicos, bem como
melhorando as condições do processo cicatricial.
PROCEDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS
NA FASE
PÓS-CIRÚRGICA
20. REPOUSO
O repouso deve ocorrer visando-se evitar a
tensão promovida na lesão, que pode concorrer
para formação de uma cicatriz hipertrófica. O
repouso deve ser relativo, já que a mobilização
muito reduzida pode levar a um posicionamento
inadequado, desenvolvimento de aderências,
atrofia muscular, e conseqüentemente um
processo de cicatrização
mais demorado.
21. RESFRIAMENTO
A aplicação do gelo deve ocorrer por 20 a 30
minutos a cada hora, por 4 horas após a lesão.A
crioterapia de começar a ser utilizada nas
primeiras 24 horas, na forma de compressas
sobre curativos finos, com o objetivo de
diminuir a dor e o edema e apresentar uma
resposta inflamatória reduzida. Em cirurgias que
envolvem grandes hemóstases, ou em tecidos
que foram muito tensionados, o resfriamento
pode acelerar um processo de necrose.
22. COMPRESSÃO
A compressão é comumente efetuada após a
maioria das intervenções cirúrgicas, mais
comumente nas plásticas, e pode ser efetuada
por meio de bandagens e curativos
compressivos, e/ou pelo uso de modeladores,
visando a diminuição do edema e inibição de
cicatriz hipertróficas. O período de utilização é
variável, devendo ser aplicada no mínimo por 48
horas, podendo se estender ate 30 dias,
dependendo do critério profissional e da
qualidade da cicatriz.
23. - Massagem de Drenagem Linfática
A execução da massagem de drenagem no pós-
operatório aos seguintes princípios:
- ser suave para evitar possíveis lesões teciduais,
- evitar os movimentos de deslizamento,
- seguir o trajeto das vias que não foram
comprometidas pelo ato cirúrgico,
- elevação do segmento a ser drenado,
- ser realizada de modo que não promova uma maior
tensionamento na incisão cirúrgica, fixando com uma
das mãos.
- Massagem Clássica
Manobras de fricção suave a incisão pode evitar a
formação de aderências cicatriciais que comprometem
tanto o aspecto quanto a função do tecido envolvido.
24. ULTRA-SOM
A utilização do ultra-som no pós-operário
imediato está vinculada diretamente ao
processo de cicatrização. O objetivo da
utilização precoce desta modalidade de
energia é promover uma melhora tanto na
circulação sanguínea quanto na linfática,
possibilitando assim uma melhor nutrição
celular.A diminuição da dor também é
requerida nesta fase.
25. LASER
A ação biológica do laser no reparo tecidual
está bem documentada, sendo atribuída a essa
modalidade energética efeitos como: aumento na
tensão de ruptura de cicatrizes, maior velocidade
de cicatrização, modificação da motricidade do
sistema linfático, possibilidade de angiogênese e
resultados animadores em cicatrizes eritematosas,
hipertróficas e pigmentadas.
26. ATIVIDADE FÍSICA
A atividade física precoce pode ser instituída,
desde que não promova tensão na cicatriz.
Sendo assim, a atividade moderada durante a
fase celular do processo de cicatrização
promove drenagem linfática e acelera a
cicatrização.
27. VACUOTERAPIA OU DEPRESSOTERAPIA
A possibilidade de diminuição da fibrose pelo
método é bastante evidente nas cicatrizes recentes,
sendo também observadas em cicatrizes mais
antigas, possibilitando assim o seu remodelamento.
A associação do vácuo com o rolamento mecânico
da pele proporciona uma maior maleabilidade
tecidual, não devendo ser utilizada precocemente.