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LIG 7
Cântaro
Magro
O Cântaro Magro é um enorme cabeço com
uma altitude de 1928m que se terá individualizado de-
vido à acção de diversos agentes erosivos, entre os
quais o glaciar, e à densa rede de fracturas que carac-
terizam este maciço (figura 107 ).
Junto do miradouro do Cântaro Magro obser-
va-se o Covão Cimeiro no qual nasce o
rio Zêzere. Este covão de paredes
abruptas, lembrando um nicho escava-
do na montanha, corresponde a um
circo glaciar. Distingue-se neste local o
seu fundo concavo limitado a jusante
por uma barreira rochosa, ou seja, ob-
serva-se o seu ombilic e o seu verrou
( f igura 108 ). A massa de gelo teria
aqui mais de 300m de espessura e des-
locar-se-ia para Este na direcção do
Covão d ’ Ametade inflectindo depois a
sua direcção para NE através do vale
do Zêzere até Manteigas (figura
109 ). Actualmente estes covões,
apresentam uma má drenagem, acu-
mulam fragmentos líticos finos ou de
pequenas dimensões e, face às baixas
temperaturas que se registam na Ser-
ra, são locais de desenvolvimento de
turfeiras.
Fig.107
Fig.109
Fig.108
213
LIG 7
Do miradouro observa-se, ainda, a
localmente designada Rua dos Mercado-
res, que passa na base do Cântaro Ma-
gro, na vertente Sul (figura 110 ). Esta “rua ” corresponde a uma fractura que se encontra preen-
chida por um filão dolerítico (figura 111 ) com direcção N80ºE. A caixa filoniana identifica-se facil-
mente neste local pelas suas paredes verticais rectilíneas,resultantes da alteração desta rocha que é
mais alterável que o granito encaixante.
Junto do miradouro é visível um
bloco granítico de grão médio (figura
112 ) com diversas pequenas pias, cujo
interior contem grãos resultantes da altera-
ção. Observando o lado oposto da es-
trada relativamente à localização deste co-
vão, pode observar-se em diferentes
locais aspectos geológicos designados
de pseudoestratificação a qual é reflexo
de uma densa fracturação sub-horizontal
que acompanha a superfície (figura
113 ).
Fig.110
Fig.113
Fig.112
Fig.111
215
LIG 7Subindo do miradouro pela estrada e observando-se o Cân-
taro Magro da pequena ponte sobre a Rua dos Mercadores podem
observar-se dois sistemas de fracturas no Cântaro Magro cuja inter-
pretação se esquematiza na figura 114-C.
A presença destes dois sistemas é
notória desde a sua base até um pouco mais
acima do meio do Cântaro Magro. Nas zonas
mais elevadas sobressai um domínio de uma
fracturação sub-horizontal ( figura 114-B ).
Fig.114-A
Fig.114-C
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  • 1. LIG 7 Cântaro Magro O Cântaro Magro é um enorme cabeço com uma altitude de 1928m que se terá individualizado de- vido à acção de diversos agentes erosivos, entre os quais o glaciar, e à densa rede de fracturas que carac- terizam este maciço (figura 107 ). Junto do miradouro do Cântaro Magro obser- va-se o Covão Cimeiro no qual nasce o rio Zêzere. Este covão de paredes abruptas, lembrando um nicho escava- do na montanha, corresponde a um circo glaciar. Distingue-se neste local o seu fundo concavo limitado a jusante por uma barreira rochosa, ou seja, ob- serva-se o seu ombilic e o seu verrou ( f igura 108 ). A massa de gelo teria aqui mais de 300m de espessura e des- locar-se-ia para Este na direcção do Covão d ’ Ametade inflectindo depois a sua direcção para NE através do vale do Zêzere até Manteigas (figura 109 ). Actualmente estes covões, apresentam uma má drenagem, acu- mulam fragmentos líticos finos ou de pequenas dimensões e, face às baixas temperaturas que se registam na Ser- ra, são locais de desenvolvimento de turfeiras. Fig.107 Fig.109 Fig.108 213
  • 2. LIG 7 Do miradouro observa-se, ainda, a localmente designada Rua dos Mercado- res, que passa na base do Cântaro Ma- gro, na vertente Sul (figura 110 ). Esta “rua ” corresponde a uma fractura que se encontra preen- chida por um filão dolerítico (figura 111 ) com direcção N80ºE. A caixa filoniana identifica-se facil- mente neste local pelas suas paredes verticais rectilíneas,resultantes da alteração desta rocha que é mais alterável que o granito encaixante. Junto do miradouro é visível um bloco granítico de grão médio (figura 112 ) com diversas pequenas pias, cujo interior contem grãos resultantes da altera- ção. Observando o lado oposto da es- trada relativamente à localização deste co- vão, pode observar-se em diferentes locais aspectos geológicos designados de pseudoestratificação a qual é reflexo de uma densa fracturação sub-horizontal que acompanha a superfície (figura 113 ). Fig.110 Fig.113 Fig.112 Fig.111 215
  • 3. LIG 7Subindo do miradouro pela estrada e observando-se o Cân- taro Magro da pequena ponte sobre a Rua dos Mercadores podem observar-se dois sistemas de fracturas no Cântaro Magro cuja inter- pretação se esquematiza na figura 114-C. A presença destes dois sistemas é notória desde a sua base até um pouco mais acima do meio do Cântaro Magro. Nas zonas mais elevadas sobressai um domínio de uma fracturação sub-horizontal ( figura 114-B ). Fig.114-A Fig.114-C Fig.114-B 217