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LIG 10
A Ribeira de
Leandres ( figura 129-A, B e C ) tem aqui uma brusca
alteração na natureza litológica do seu leito. Neste local a água da Ribeira, que até aqui corria
sobre granito, encontra uma rocha muito endurecida pelo metamorfismo de contacto. Trata-se
de xistos e grauvaques corneânicos, assim designados por neles ser perceptível, ainda, a alter-
nância das camadas de xistos e grauvaques apesar de transformados pelos factores do meta-
morfismo de contacto ( figura 130 ) . A variação litológica e a existência de vários sistemas de
fracturas originou uma queda de água com 10m de altura e levou ao desenvolvimento de uma
marmita de grandes dimensões ( figura
129-A ) . A Ribeira de Leandres prossegue
o seu trajecto ao longo desta linha de con-
tacto ( figura 129-B ) , desenhando suces-
sivas marmitas ( figura 129-C ) .
A rocha magmática que contacta
com a metamórfica é o Granito de Seia,
porém, continuando a estrada para NE, a
cerca de 100m do Poço do Inferno, pode
observar-se o Granito de Manteigas.
Poço do In-
ferno
Fig.129-A
Fig.130
Fig.129-C
Fig.129-B
229
LIG 10
Pode observar-se, no leito da ribeira,
que o contacto entre a rocha metamórfica e a
magmática (Granito de Seia ) se faz em alguns
locais por passagem gradual (figura 131 ), en-
quanto noutros é através de uma fractura subver-
tical, cuja direcção é N55ºW (figura 132 ). Terá
sido esta fractura que permitiu ou a injecção ou
o contacto actual do granito.
A análise da marmita que caracteriza o
po-
ç o
d o
Inferno evidencia um local de convergência de vários
sistemas de fracturas. Para além da fractura anteri-
ormente mencionada, distinguem-se fracturas com
direcção N20ºE (figura 133) e dois corredores de
cisalhamento, nos quais a rocha está mais alterada,
um com direcção N60º a 75ºE (figura 134 ) e o
outro com direcção N40ºW.
O corredor de cisalhamento com direcção
N40ºW corta os outros corredores de cisalhamento,
as fracturas N20ºE e a fractura N55ºW. São as frac-
turas de direcção N20ºE que condicionam a ribeira.
231
Fig.134
Fig.133
Fig.132
Fig.131

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Rochas de Contato na Ribeira de Leandres

  • 1. LIG 10 A Ribeira de Leandres ( figura 129-A, B e C ) tem aqui uma brusca alteração na natureza litológica do seu leito. Neste local a água da Ribeira, que até aqui corria sobre granito, encontra uma rocha muito endurecida pelo metamorfismo de contacto. Trata-se de xistos e grauvaques corneânicos, assim designados por neles ser perceptível, ainda, a alter- nância das camadas de xistos e grauvaques apesar de transformados pelos factores do meta- morfismo de contacto ( figura 130 ) . A variação litológica e a existência de vários sistemas de fracturas originou uma queda de água com 10m de altura e levou ao desenvolvimento de uma marmita de grandes dimensões ( figura 129-A ) . A Ribeira de Leandres prossegue o seu trajecto ao longo desta linha de con- tacto ( figura 129-B ) , desenhando suces- sivas marmitas ( figura 129-C ) . A rocha magmática que contacta com a metamórfica é o Granito de Seia, porém, continuando a estrada para NE, a cerca de 100m do Poço do Inferno, pode observar-se o Granito de Manteigas. Poço do In- ferno Fig.129-A Fig.130 Fig.129-C Fig.129-B 229
  • 2. LIG 10 Pode observar-se, no leito da ribeira, que o contacto entre a rocha metamórfica e a magmática (Granito de Seia ) se faz em alguns locais por passagem gradual (figura 131 ), en- quanto noutros é através de uma fractura subver- tical, cuja direcção é N55ºW (figura 132 ). Terá sido esta fractura que permitiu ou a injecção ou o contacto actual do granito. A análise da marmita que caracteriza o po- ç o d o Inferno evidencia um local de convergência de vários sistemas de fracturas. Para além da fractura anteri- ormente mencionada, distinguem-se fracturas com direcção N20ºE (figura 133) e dois corredores de cisalhamento, nos quais a rocha está mais alterada, um com direcção N60º a 75ºE (figura 134 ) e o outro com direcção N40ºW. O corredor de cisalhamento com direcção N40ºW corta os outros corredores de cisalhamento, as fracturas N20ºE e a fractura N55ºW. São as frac- turas de direcção N20ºE que condicionam a ribeira. 231 Fig.134 Fig.133 Fig.132 Fig.131