Dois afloramentos graníticos sobressaem no local chamado Rodeio Grande. Nestes relevos residuais observam-se pias que retêm água da chuva e contribuem para a alteração do granito. Também se encontram caneluras desenvolvidas pela alteração, marcadas por fracturas. No maior afloramento há fracturas com direção N30oE e blocos com cisalhamento posterior N70-80oE, sugerindo acomodação à fracturação Riedel.

1. Rodeio
Grande
Contrastando com a superfície aplanada
envolvente, e outrora coberta por gelos,
sobressaem dois afloramentos graníticos ( figura 103) .
Nestes dois relevos residuais, tors, observam-se diversos aspectos morfológicos relaciona-
dos particularmente com a alteração dos granitos. Tanto num como no outro são visíveis diversas
pias ou gnamas ( figura 104-A ) que retêm água das chuvas contribuindo para a progressiva
evolução da alteração. A saída de água destas pias faz acentuar a degradação destas morfolo-
gias, estabelecendo-se por vezes comunicação entre várias pias ( figuras 104 - B e C ) . No seu
interior existem fundamentalmente grãos de quartzo resultante do processo de alteração.
LIG 6
Fig.103
Fig.104-B
Fig.104-C
Fig.104-A
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2. LIG 6
Também se encontram sobre es-
tas superfícies graníticas caneluras que
se desenvolveram por alteração do grani-
to mas claramente marcadas pela presen-
ça de linhas de fractura ( figura 105 ) .
No
tor de maiores dimensões que se encontra neste
local do Rodeio Grande sobressai um conjunto
de fracturas com direcção N30ºE, subverti-
cal ( figura 106-A ) em que alguns blocos evi-
denciam um cisalhamento mais tardio com direc-
ção N70º a 80ºE ( figura 106-A e B ) e que se
esquematiza na figura 106-C.
O granito, de grão grosseiro, apresenta
neste local fenocristais de feldspato orientados
segundo direcções que sugerem acomodação à
fracturação Riedel exposta ( f igura 106-C ) .
Fig.105
Fig.106-A
Fig.106-CFig.106-B
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