SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 48
Baixar para ler offline
PINHEIRO
MACEIÓ – AL
27 DE MARÇO 2019
PINHEIRO
O INTRIGANTE CASO DE
MOVIMENTAÇÃO DO
TERRENO
• MARCOS CARNAÚBA
• ENGENHEIRO CIVIL – CONSULTOR - AL
• marcarnauba@gmail.com
• 82.99981.6748
BREVE HISTÓRICO DO BAIRRO
O Pinheiro começou a ser urbanizado na década de 1950 e
há testemunhas de, outrora, ali existirem lagoas, ou seja,
áreas de recarga do aquífero subterrâneo.
Apesar de alguns técnicos informarem que a região foi
aterrada, comprovou-se que a expansão urbana ali se
instalou sem nenhum aterro o que se pode comprovar por
meio de imagens de satélites. Os sistemas de drenagem
urbana e de abastecimento de água datam da década de
1970, quando foi construído o Conjunto Jardim das Acácias,
e foram se expandindo ao longo do tempo.
Há diversos pontos de ruptura das galerias de drenagem, e
alguns do sistema de abastecimento. Não há rede pública
coletora de esgotos na região, prevalecendo o sistema de
fossas sépticas com milhares de poços absorventes,
profundos, da ordem de 40 m.
2
O Conjunto Jardim das Acácias apresentou
problemas hidrossanitários, e de drenagem, desde o
início de sua utilização.
Há relatos de danos em edificações residenciais
ocorridos há cerca de 20 anos, requerendo reparos.
Ao longo do tempo dezenas de edificações
apresentaram danos e sofreram intervenções, com
ênfase para o ano de 2010 – e subsequentes -
quando foram observadas fendas em ruas,
intervenções para reforço ou reparos de edificações.
Tais danos se tornaram recorrentes.
Em 15 de fevereiro de 2018 o índice de precipitação
foi alto, e em 03 de março um tremor do terreno
danificou ruas e centenas de edificações.
3
4
5
6
HIPÓTESES SOBRE DANOS
DIVERSOS EM RUAS E EDIFICAÇÕES
1. Mineração de sal gema estar provocando as
fissuras nas edificações, e fendas nas ruas.
2. Superexploração do aquífero estar causando o
abatimento do terreno – em áreas do bairro.
3. Causa tectônica, de ordem geológica – falhas.
4. Movimentação de terra em função do acúmulo de
água na superfície da região do Pinheiro, principal
bairro afetado.
7
1-MINERAÇÃO
DE SAL GEMA -
BRASKEM
8
9
10
11
BRASKEM
CROQUI DE
PERFURAÇÃO
ESCALA LIVRE
1-ÁGUA – AZUL CLARO
2-SALMOURA ESCURO
3-AMARELO - ÓLEO
1100 m
300 m
20 m
1180 m
1195 m
0
900 m
12
13
14
15
2. SUPER -
EXPLORAÇÃO
DOS
AQUÍFEROS
16
17
1º) Os poços para abastecimento público perfurados e controlados pela concessionária dos serviços de abastecimento
d’água, a CASAL, devem ser desativados na área urbana central da cidade de Maceió, onde foram mapeadas as áreas de
restrição I, II, III e IV;
2º) Para abastecimento público deverão ser perfurados poços em áreas mais distantes da zona urbana da cidade,
preferencialmente na Zona de Explotação D, entre o Riacho Doce e o Riacho da Estiva;
3º) Nessa nova área de explotação onde ocorre atualmente uma cultura extensiva de cana-de-açúcar, deverá haver uma proibição
terminante de uso da fertirrigação e defensivos agrícolas ou qualquer outro agente que possa causar contaminação dos
aquíferos;
4º) Nenhum novo poço público ou particular, deverá ser perfurado nas áreas de restrição II e III, respectivamente na faixa costeira
com 2 km de largura desde o Pontal da Barra até a cidade de Paripueira e na faixa de 500 m de largura no entorno da Lagoa do
Mundaú;
5º) Os poços atualmente existentes nessas áreas de restrição II e III deverão reduzir a vazão de captação a 1/3 da atualmente
bombeada, sobretudo os poços públicos que bombeiam com vazões mais elevadas e regime de bombeamento de 24 horas/dia;
6º) Na área de restrição I não devem ser outorgadas vazões superiores a 30 m3/dia; os poços não poderão ter profundidade
superior a 80 m e todos os poços existentes que não atendam a essas especificações devem reduzir a vazão a 1/3 da atualmente
bombeada;
7º) Nas áreas de restrição I, correspondentes a Áreas de Proteção Ambiental, nenhum novo poço deve ser perfurado e os
atualmente existentes não devem ter a outorga renovada;
8º) Os poços situados nas zonas F e G não possuem restrições de profundidade e vazão, salvo quando coincidirem com as áreas
de restrição I onde não deve ser perfurado nenhum poço;
9º) Na zona F os poços tendem a ser perfurados apenas no aquífero Barreiras, tendo em vista a baixa produtividade dos
aquíferos porosos de baixa permeabilidade a ele sotopostos;
10º) Na zona G os poços poderão atravessar o aquífero Barreiras e penetrar no embasamento rochoso que frequentemente
possui água embora de baixa disponibilidade; são poços de reduzida vazão;
11º) Os poços a serem perfurados nas distintas zonas de explotação constantes do mapa específico deverão seguir as
recomendações constantes doa Quadro 18.7 a seguir: - Note: não inserido pelo autor.
18
Situação atual de uso (2011): após três décadas de intensiva explotação através de mais de 250 poços
públicos com elevadas vazões e centenas de poços particulares, ocorreu uma depleção da superfície
potenciométrica superior aos 40 m o que provocou um incremento da salinização da água por
desequilíbrio da interface água doce/água salgada. Na última década houve a paralisação de cerca de
100 poços da CASAL, em grande parte nessa área de restrição, o que resultou numa recuperação de
nível potenciométrico da ordem de 30 m e as águas voltaram a apresentar boa qualidade, salvo
exceções pontuais (apenas uma amostras dentre as 100 analisadas apresentou um valor de STD
superior ao limite de potabilidade).
Conclusão: apesar de o balanço hidrogeológico acusar um saldo positivo da ordem de 520.106 m3/ano
para a área total da bacia sedimentar na RMM, quando se avalia o balanço hidrogeológico para a área
urbana do município de Maceió, constata-se que já está havendo um saldo negativo, da ordem de
100.106 m3/ano, o que vem acarretando um contínuo rebaixamento dos níveis potenciométricos,
somente aliviado nos últimos dez anos pela desativação de mais de 100 poços de elevadas vazões.
Pode-se concluir que, na região urbana de Maceió, o sistema aquífero Barreiras-Marituba se encontra
em regime de superexplotação que merece um cuidado especial para evitar maiores problemas no
futuro.
O monitoramento quantitativo diz respeito aos aspectos volumétricos do manancial hídrico
subterrâneo tendo em vista os rebaixamentos acentuados da superfície potenciométrica, que venham
a causar problemas de salinização, recalques diferenciais no terreno e até mesmo uma exaustão do
depósito aquífero quando em casos extremos de superexplotação.
19
O estudo hidrogeológico ora realizado se constituiu num primeiro diagnóstico da hidrogeologia da
Região Metropolitana de Maceió, devendo esse trabalho ser continuado com observações sistemáticas que
irão, no futuro, oferecer subsídios para a atualização do presente diagnóstico.
O diagnóstico ora apresentado já revelou uma situação bastante diferenciada entre a região urbana da
cidade de Maceió, submetida a uma intensa explotação para o abastecimento d’água do município e o
restante da área, onde o uso da água subterrânea é ainda incipiente, resultando numa situação de equilíbrio
e sustentabilidade entre as entradas e saídas de água no sistema hídrico subterrâneo.
Essa é uma grande diferença entre um manancial hídrico acumulado na superfície e um manancial hídrico
subterrâneo. No primeiro, um bombeamento intensivo em qualquer parte do reservatório acarretará um
rebaixamento generalizado de toda a superfície do corpo hídrico (ou espelho d’água), enquanto num
aquífero o rebaixamento da superfície potenciométrica se fará de modo diferenciado, com depressões
acentuadas nos locais de intensa explotação, rebaixamento pouco acentuado em locais pouco explotados e
nenhum rebaixamento onde não ocorrer nenhuma captação. A Figura 18.2 ilustra essa diferenciação entre
os dois tipos de mananciais.
A intensa explotação do sistema aquífero Barreiras/Marituba no âmbito da zona urbana da cidade de Maceió
provocou rebaixamentos de dezenas de metros na superfície potenciométrica acarretando, em
consequência, um processo de salinização que forçou a concessionária de abastecimento d’água a
desativar uma centena de poços nas suas baterias exploratórias.
Ao serem desativados esses poços a partir dos últimos 15 anos (2011), iniciou-se um processo de
recuperação da superfície potenciométrica, como já analisado nos mapas potenciométricos das últimas
décadas. Nota do autor: destaque-se o longo período de seca nos anos subsequentes.
Os efeitos do rebaixamento do aquífero subterrâneo na superfície do terreno, e em grandes profundidades
se encontra ilustrado mais adiante.
20
21
NT
NT
Pt Pt
ca cscs
aquífero aquífero
d
solo
solo
solo solo
poço/bomba Poço/bomba
h h
rachaduras
D
Pt = Ps do solo + Pa da água (umidade) várias camadas; ca – capacidade de
suporte do fluido quando confinado (água); cs – capacidade de suporte da
matriz sólida ; D – desmoronamento eventual, dolina, tremor? - Note:P=peso.
Os solos são compostos de partículas sólidas (Ps) + ar + água (umidade).
abatimento
22
3. CAUSA
TECTÔNICA,
DE ORDEM
GEOLÓGICA
– FALHAS.
23
24
TERREMOTOS NO BRASIL – SIM, ELES SÃO FREQUENTES25
4.MOVIMENTAÇÃO
DE TERRA.
As movimentações, conforme o estudo do Prof. Ricardo
Queiroz, Geólogo, com base em dados da Petrobras, são
como quando se mexe em um quebra-cabeças: as peças
continuam inteiras, mas se afastam umas das outras. No
solo é parecido, e as camadas se afastam e se aproximam.
26
Blocos de solos
Abatimentos/elevações na
superfície do terreno –
fendas visíveis na superfície
Imagem: Prof. Ricardo Queiroz
27
DRENAGEM –
GALERIAS COLETORAS
DE ÁGUAS PLUVIAIS –
AUTOR: ENGENHEIRO
JOSÉ PASSOS
28
RUA ESBURACADA E TUBO ROMPIDO
29
TUBOS DE DRENAGEM DANIFICADOS
30
Fenda na rua
Fenda
Sumidouro desativado
Dois sumidouros novos 03/2018
B8
B15
Sumidouro
Recalque do pavimento – citado por moradores
Continuidade da fenda - citada por moradores
FOTO 2
B9
31
A)-ALGUMAS FOTOS ILUSTRATIVAS
BL 8 - JARDIM DAS ACÁCIAS
32
B)-ALGUMAS FOTOS ILUSTRATIVAS
BL 8 - JARDIM DAS ACÁCIAS
Deflexão da prumada
Rachadura
33
34
SUMIDOUROS NOVOS
35
SUMIDOURO
36
SUMIDOURO COM FENDA
37
I
N
F
I
L
T
R
A
Ç
Ã
O
D
A
Á
G
U
A
38
5.PESQUISAS MAIS
RECENTES, AINDA EM
ANDAMENTO.
23/03/2019
39
40
ABATIMENTO DO SOLO
41
ABATIMENTO DO SOLO
MUTANGE - POÇOS
42
ABATIMENTO DO SOLO
PINHEIRO - POÇOS
43
44
45
CONCLUSÕES – 24 DE MARÇO DE 2019
• Até a presente data não há um diagnóstico preciso das causas
do tremor do dia 03/03/2018. Por intuição, e muito estudo, o
autor opina por ações do rebaixamento da água subterrânea,
somadas a rupturas de galerias pluviais, sumidouros, e
eventuais vazamentos de água.
• Diversas instituições federais estão envolvidas nas pesquisas
do caso que chamou a atenção por ser inédito no Brasil – pode
envolver várias causas.
• Pelo menos um Relatório da CPRM, recomendando algumas
providências foi mantido sob estranho sigilo (outubro de 2018).
• O bairro do Pinheiro, em Maceió – AL, continua se
movimentando segundo os pesquisadores da CPRM.
• Chuvas torrenciais podem gerar novos danos em ruas e
edificações, ou o deslizamento do bairro para a Lagoa Mundaú.
46
CONCLAMAÇÃO AOS MÉDICOS
• O AUTOR FOI CONVIDADO PELA COMUNIDADE PARA AJUDAR NA
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA, PUBLICOU DOIS ARTIGOS NA GAZETA-AL
(2018- 17/11 e 15/12) SOBRE O ASSUNTO, FEZ LAUDO TÉCNICO, E DEU
ENTREVISTA NA TV MAR (21/01/2019) REQUERENDO PROVIDÊNCIAS E
AS PRESENÇAS DO PREFEITO E DO GOVERNADOR NA REGIÃO, ONDE A
COMUNIDADE SE SENTIA ABANDONADA PELO PODER PÚBLICO.
• TEM ATUADO DE FORMA GRATUITA, HONRANDO O JURAMENTO DE
INTERESSAR-SE PELO BEM PÚBLICO E CONTRIBUIR COM SEUS
CONHECIMENTOS, CAPACIDADE E EXPERIÊNCIA PARA MELHOR SERVIR À
HUMANIDADE.
• CONCLAMA OS MÉDICOS, POR MEIO DE SUAS ASSOCIAÇÕES, A SE
ENGAJAREM NO MOVIMENTO
SOS PINHEIRO
47
SOS PINHEIRO
MACEIÓ – AL
MARÇO 2019
OBRIGADO
• MARCOS CARNAÚBA
• ENGENHEIRO CIVIL – CONSULTOR - AL
• marcarnauba@gmail.com
• 82.99981.6748

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Geo 24 recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)
Geo 24   recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)Geo 24   recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)
Geo 24 recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)Nuno Correia
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas SubterrâneasCarlos Gomes
 
recursos hídricos, geografia
recursos hídricos, geografiarecursos hídricos, geografia
recursos hídricos, geografiaNilton Goulart
 
Água subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM PortugalÁgua subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM PortugalCarol Daemon
 
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...Gabriella Ribeiro
 
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaTrabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaGeraldo Quibelo Quibelo
 
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosIrisFF
 
Ciclo da agua
Ciclo da aguaCiclo da agua
Ciclo da aguakleberfir
 
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Adriano Garcia Risson
 
BioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferosBioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferosRita Rainho
 
Revista3 artigo01 2002
Revista3 artigo01 2002Revista3 artigo01 2002
Revista3 artigo01 2002aldosiebert
 
Apostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasApostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasjl1957
 
Geo 24 recursos geológicos - recursos hídricos
Geo 24   recursos geológicos - recursos hídricosGeo 24   recursos geológicos - recursos hídricos
Geo 24 recursos geológicos - recursos hídricosNuno Correia
 
Geo 2 OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento Rios
Geo 2   OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento   RiosGeo 2   OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento   Rios
Geo 2 OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento RiosNuno Correia
 
Aquífero guarani finalizado
Aquífero guarani   finalizadoAquífero guarani   finalizado
Aquífero guarani finalizadoVanlisaPinheiro
 
Parecer Paula Ifc Final
Parecer Paula Ifc FinalParecer Paula Ifc Final
Parecer Paula Ifc FinalEcotv Strallos
 
Geologia 11 recursos geológicos - recursos hídricos
Geologia 11   recursos geológicos - recursos hídricosGeologia 11   recursos geológicos - recursos hídricos
Geologia 11 recursos geológicos - recursos hídricosNuno Correia
 
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)helenasvdias
 

Mais procurados (20)

Geo 24 recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)
Geo 24   recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)Geo 24   recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)
Geo 24 recursos geológicos - recursos geológicos (exercícios)
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
 
recursos hídricos, geografia
recursos hídricos, geografiarecursos hídricos, geografia
recursos hídricos, geografia
 
Água subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM PortugalÁgua subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM Portugal
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
AVALIAÇÃO REGIONAL E IDENTIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS PARA LOCAÇÃO DE POÇOS NOS AQU...
 
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaTrabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
 
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
 
Ciclo da agua
Ciclo da aguaCiclo da agua
Ciclo da agua
 
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472Contençao em estradas rurais ri 2009-472
Contençao em estradas rurais ri 2009-472
 
BioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferosBioGeo11-aquiferos
BioGeo11-aquiferos
 
Revista3 artigo01 2002
Revista3 artigo01 2002Revista3 artigo01 2002
Revista3 artigo01 2002
 
Apostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficasApostila bacias hidrograficas
Apostila bacias hidrograficas
 
Geo 24 recursos geológicos - recursos hídricos
Geo 24   recursos geológicos - recursos hídricosGeo 24   recursos geológicos - recursos hídricos
Geo 24 recursos geológicos - recursos hídricos
 
Geo 2 OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento Rios
Geo 2   OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento   RiosGeo 2   OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento   Rios
Geo 2 OcupaçãO AntróPica E Problemas De Ordenamento Rios
 
Aquífero guarani finalizado
Aquífero guarani   finalizadoAquífero guarani   finalizado
Aquífero guarani finalizado
 
Parecer Paula Ifc Final
Parecer Paula Ifc FinalParecer Paula Ifc Final
Parecer Paula Ifc Final
 
Geologia 11 recursos geológicos - recursos hídricos
Geologia 11   recursos geológicos - recursos hídricosGeologia 11   recursos geológicos - recursos hídricos
Geologia 11 recursos geológicos - recursos hídricos
 
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
 

Semelhante a Pinheiro - O intrigante caso de movimentação do terreno

Manual de drenagem_urbana_-_volume_i
Manual de drenagem_urbana_-_volume_iManual de drenagem_urbana_-_volume_i
Manual de drenagem_urbana_-_volume_iPedroFilho97
 
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...Development Workshop Angola
 
Apresentação macro drenagem canal do congo
Apresentação macro drenagem canal do congoApresentação macro drenagem canal do congo
Apresentação macro drenagem canal do congoHenriqueCasamata
 
3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterraneaLucas Costa
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferosmarciotecsoma
 
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdf
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdfRelatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdf
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdfJoão Soares
 
Sistemas de rebaixamento de lençol freatico
Sistemas de rebaixamento de lençol freaticoSistemas de rebaixamento de lençol freatico
Sistemas de rebaixamento de lençol freaticoJaeferson Batista
 
Lagoa da Pampulha - Vertedouro
Lagoa da Pampulha - VertedouroLagoa da Pampulha - Vertedouro
Lagoa da Pampulha - VertedouroAdriana Gotschalg
 
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxSISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxCamilaCamposGomezFam
 
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdfMARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdfAnaPaulaMagalhesMach
 
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...Thales Vinícius de Melo Rissi
 
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Sergio Freitas
 
420 12 nocoes-de_drenagem
420 12 nocoes-de_drenagem420 12 nocoes-de_drenagem
420 12 nocoes-de_drenagemRicardo Duarte
 

Semelhante a Pinheiro - O intrigante caso de movimentação do terreno (20)

Manual de drenagem_urbana_-_volume_i
Manual de drenagem_urbana_-_volume_iManual de drenagem_urbana_-_volume_i
Manual de drenagem_urbana_-_volume_i
 
Bacia Hidrográfica
Bacia HidrográficaBacia Hidrográfica
Bacia Hidrográfica
 
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...
Ana Julante e Weba Quirimba - Impactos da variação climática sobre inundações...
 
Apresentação macro drenagem canal do congo
Apresentação macro drenagem canal do congoApresentação macro drenagem canal do congo
Apresentação macro drenagem canal do congo
 
3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea3simp josedias barragemsubterranea
3simp josedias barragemsubterranea
 
Manual de projeto e construção de poços tubulares profundos poços artesiano...
Manual de projeto e construção de poços tubulares profundos   poços artesiano...Manual de projeto e construção de poços tubulares profundos   poços artesiano...
Manual de projeto e construção de poços tubulares profundos poços artesiano...
 
Drenagem
DrenagemDrenagem
Drenagem
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferos
 
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdf
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdfRelatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdf
Relatorio_Mina_Barroso_Emerman_Revisado4.pdf
 
Sistemas de rebaixamento de lençol freatico
Sistemas de rebaixamento de lençol freaticoSistemas de rebaixamento de lençol freatico
Sistemas de rebaixamento de lençol freatico
 
Lagoa da Pampulha - Vertedouro
Lagoa da Pampulha - VertedouroLagoa da Pampulha - Vertedouro
Lagoa da Pampulha - Vertedouro
 
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxSISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
 
Ppt copasa
Ppt copasaPpt copasa
Ppt copasa
 
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdfMARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-01-Hidráulica-dos-Solos.pdf
 
Hidrologia 3
Hidrologia 3Hidrologia 3
Hidrologia 3
 
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...
Manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões ...
 
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
Emissários Submarinos para cidades pequenas-Revista do CREA-RJ º 77
 
Microdrenagem.pdf
Microdrenagem.pdfMicrodrenagem.pdf
Microdrenagem.pdf
 
Cartilha drenagem
Cartilha drenagemCartilha drenagem
Cartilha drenagem
 
420 12 nocoes-de_drenagem
420 12 nocoes-de_drenagem420 12 nocoes-de_drenagem
420 12 nocoes-de_drenagem
 

Último

Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 

Último (6)

Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 

Pinheiro - O intrigante caso de movimentação do terreno

  • 1. PINHEIRO MACEIÓ – AL 27 DE MARÇO 2019 PINHEIRO O INTRIGANTE CASO DE MOVIMENTAÇÃO DO TERRENO • MARCOS CARNAÚBA • ENGENHEIRO CIVIL – CONSULTOR - AL • marcarnauba@gmail.com • 82.99981.6748
  • 2. BREVE HISTÓRICO DO BAIRRO O Pinheiro começou a ser urbanizado na década de 1950 e há testemunhas de, outrora, ali existirem lagoas, ou seja, áreas de recarga do aquífero subterrâneo. Apesar de alguns técnicos informarem que a região foi aterrada, comprovou-se que a expansão urbana ali se instalou sem nenhum aterro o que se pode comprovar por meio de imagens de satélites. Os sistemas de drenagem urbana e de abastecimento de água datam da década de 1970, quando foi construído o Conjunto Jardim das Acácias, e foram se expandindo ao longo do tempo. Há diversos pontos de ruptura das galerias de drenagem, e alguns do sistema de abastecimento. Não há rede pública coletora de esgotos na região, prevalecendo o sistema de fossas sépticas com milhares de poços absorventes, profundos, da ordem de 40 m. 2
  • 3. O Conjunto Jardim das Acácias apresentou problemas hidrossanitários, e de drenagem, desde o início de sua utilização. Há relatos de danos em edificações residenciais ocorridos há cerca de 20 anos, requerendo reparos. Ao longo do tempo dezenas de edificações apresentaram danos e sofreram intervenções, com ênfase para o ano de 2010 – e subsequentes - quando foram observadas fendas em ruas, intervenções para reforço ou reparos de edificações. Tais danos se tornaram recorrentes. Em 15 de fevereiro de 2018 o índice de precipitação foi alto, e em 03 de março um tremor do terreno danificou ruas e centenas de edificações. 3
  • 4. 4
  • 5. 5
  • 6. 6
  • 7. HIPÓTESES SOBRE DANOS DIVERSOS EM RUAS E EDIFICAÇÕES 1. Mineração de sal gema estar provocando as fissuras nas edificações, e fendas nas ruas. 2. Superexploração do aquífero estar causando o abatimento do terreno – em áreas do bairro. 3. Causa tectônica, de ordem geológica – falhas. 4. Movimentação de terra em função do acúmulo de água na superfície da região do Pinheiro, principal bairro afetado. 7
  • 9. 9
  • 10. 10
  • 11. 11
  • 12. BRASKEM CROQUI DE PERFURAÇÃO ESCALA LIVRE 1-ÁGUA – AZUL CLARO 2-SALMOURA ESCURO 3-AMARELO - ÓLEO 1100 m 300 m 20 m 1180 m 1195 m 0 900 m 12
  • 13. 13
  • 14. 14
  • 15. 15
  • 17. 17
  • 18. 1º) Os poços para abastecimento público perfurados e controlados pela concessionária dos serviços de abastecimento d’água, a CASAL, devem ser desativados na área urbana central da cidade de Maceió, onde foram mapeadas as áreas de restrição I, II, III e IV; 2º) Para abastecimento público deverão ser perfurados poços em áreas mais distantes da zona urbana da cidade, preferencialmente na Zona de Explotação D, entre o Riacho Doce e o Riacho da Estiva; 3º) Nessa nova área de explotação onde ocorre atualmente uma cultura extensiva de cana-de-açúcar, deverá haver uma proibição terminante de uso da fertirrigação e defensivos agrícolas ou qualquer outro agente que possa causar contaminação dos aquíferos; 4º) Nenhum novo poço público ou particular, deverá ser perfurado nas áreas de restrição II e III, respectivamente na faixa costeira com 2 km de largura desde o Pontal da Barra até a cidade de Paripueira e na faixa de 500 m de largura no entorno da Lagoa do Mundaú; 5º) Os poços atualmente existentes nessas áreas de restrição II e III deverão reduzir a vazão de captação a 1/3 da atualmente bombeada, sobretudo os poços públicos que bombeiam com vazões mais elevadas e regime de bombeamento de 24 horas/dia; 6º) Na área de restrição I não devem ser outorgadas vazões superiores a 30 m3/dia; os poços não poderão ter profundidade superior a 80 m e todos os poços existentes que não atendam a essas especificações devem reduzir a vazão a 1/3 da atualmente bombeada; 7º) Nas áreas de restrição I, correspondentes a Áreas de Proteção Ambiental, nenhum novo poço deve ser perfurado e os atualmente existentes não devem ter a outorga renovada; 8º) Os poços situados nas zonas F e G não possuem restrições de profundidade e vazão, salvo quando coincidirem com as áreas de restrição I onde não deve ser perfurado nenhum poço; 9º) Na zona F os poços tendem a ser perfurados apenas no aquífero Barreiras, tendo em vista a baixa produtividade dos aquíferos porosos de baixa permeabilidade a ele sotopostos; 10º) Na zona G os poços poderão atravessar o aquífero Barreiras e penetrar no embasamento rochoso que frequentemente possui água embora de baixa disponibilidade; são poços de reduzida vazão; 11º) Os poços a serem perfurados nas distintas zonas de explotação constantes do mapa específico deverão seguir as recomendações constantes doa Quadro 18.7 a seguir: - Note: não inserido pelo autor. 18
  • 19. Situação atual de uso (2011): após três décadas de intensiva explotação através de mais de 250 poços públicos com elevadas vazões e centenas de poços particulares, ocorreu uma depleção da superfície potenciométrica superior aos 40 m o que provocou um incremento da salinização da água por desequilíbrio da interface água doce/água salgada. Na última década houve a paralisação de cerca de 100 poços da CASAL, em grande parte nessa área de restrição, o que resultou numa recuperação de nível potenciométrico da ordem de 30 m e as águas voltaram a apresentar boa qualidade, salvo exceções pontuais (apenas uma amostras dentre as 100 analisadas apresentou um valor de STD superior ao limite de potabilidade). Conclusão: apesar de o balanço hidrogeológico acusar um saldo positivo da ordem de 520.106 m3/ano para a área total da bacia sedimentar na RMM, quando se avalia o balanço hidrogeológico para a área urbana do município de Maceió, constata-se que já está havendo um saldo negativo, da ordem de 100.106 m3/ano, o que vem acarretando um contínuo rebaixamento dos níveis potenciométricos, somente aliviado nos últimos dez anos pela desativação de mais de 100 poços de elevadas vazões. Pode-se concluir que, na região urbana de Maceió, o sistema aquífero Barreiras-Marituba se encontra em regime de superexplotação que merece um cuidado especial para evitar maiores problemas no futuro. O monitoramento quantitativo diz respeito aos aspectos volumétricos do manancial hídrico subterrâneo tendo em vista os rebaixamentos acentuados da superfície potenciométrica, que venham a causar problemas de salinização, recalques diferenciais no terreno e até mesmo uma exaustão do depósito aquífero quando em casos extremos de superexplotação. 19
  • 20. O estudo hidrogeológico ora realizado se constituiu num primeiro diagnóstico da hidrogeologia da Região Metropolitana de Maceió, devendo esse trabalho ser continuado com observações sistemáticas que irão, no futuro, oferecer subsídios para a atualização do presente diagnóstico. O diagnóstico ora apresentado já revelou uma situação bastante diferenciada entre a região urbana da cidade de Maceió, submetida a uma intensa explotação para o abastecimento d’água do município e o restante da área, onde o uso da água subterrânea é ainda incipiente, resultando numa situação de equilíbrio e sustentabilidade entre as entradas e saídas de água no sistema hídrico subterrâneo. Essa é uma grande diferença entre um manancial hídrico acumulado na superfície e um manancial hídrico subterrâneo. No primeiro, um bombeamento intensivo em qualquer parte do reservatório acarretará um rebaixamento generalizado de toda a superfície do corpo hídrico (ou espelho d’água), enquanto num aquífero o rebaixamento da superfície potenciométrica se fará de modo diferenciado, com depressões acentuadas nos locais de intensa explotação, rebaixamento pouco acentuado em locais pouco explotados e nenhum rebaixamento onde não ocorrer nenhuma captação. A Figura 18.2 ilustra essa diferenciação entre os dois tipos de mananciais. A intensa explotação do sistema aquífero Barreiras/Marituba no âmbito da zona urbana da cidade de Maceió provocou rebaixamentos de dezenas de metros na superfície potenciométrica acarretando, em consequência, um processo de salinização que forçou a concessionária de abastecimento d’água a desativar uma centena de poços nas suas baterias exploratórias. Ao serem desativados esses poços a partir dos últimos 15 anos (2011), iniciou-se um processo de recuperação da superfície potenciométrica, como já analisado nos mapas potenciométricos das últimas décadas. Nota do autor: destaque-se o longo período de seca nos anos subsequentes. Os efeitos do rebaixamento do aquífero subterrâneo na superfície do terreno, e em grandes profundidades se encontra ilustrado mais adiante. 20
  • 21. 21
  • 22. NT NT Pt Pt ca cscs aquífero aquífero d solo solo solo solo poço/bomba Poço/bomba h h rachaduras D Pt = Ps do solo + Pa da água (umidade) várias camadas; ca – capacidade de suporte do fluido quando confinado (água); cs – capacidade de suporte da matriz sólida ; D – desmoronamento eventual, dolina, tremor? - Note:P=peso. Os solos são compostos de partículas sólidas (Ps) + ar + água (umidade). abatimento 22
  • 24. 24
  • 25. TERREMOTOS NO BRASIL – SIM, ELES SÃO FREQUENTES25
  • 26. 4.MOVIMENTAÇÃO DE TERRA. As movimentações, conforme o estudo do Prof. Ricardo Queiroz, Geólogo, com base em dados da Petrobras, são como quando se mexe em um quebra-cabeças: as peças continuam inteiras, mas se afastam umas das outras. No solo é parecido, e as camadas se afastam e se aproximam. 26
  • 27. Blocos de solos Abatimentos/elevações na superfície do terreno – fendas visíveis na superfície Imagem: Prof. Ricardo Queiroz 27
  • 28. DRENAGEM – GALERIAS COLETORAS DE ÁGUAS PLUVIAIS – AUTOR: ENGENHEIRO JOSÉ PASSOS 28
  • 29. RUA ESBURACADA E TUBO ROMPIDO 29
  • 30. TUBOS DE DRENAGEM DANIFICADOS 30
  • 31. Fenda na rua Fenda Sumidouro desativado Dois sumidouros novos 03/2018 B8 B15 Sumidouro Recalque do pavimento – citado por moradores Continuidade da fenda - citada por moradores FOTO 2 B9 31
  • 32. A)-ALGUMAS FOTOS ILUSTRATIVAS BL 8 - JARDIM DAS ACÁCIAS 32
  • 33. B)-ALGUMAS FOTOS ILUSTRATIVAS BL 8 - JARDIM DAS ACÁCIAS Deflexão da prumada Rachadura 33
  • 34. 34
  • 39. 5.PESQUISAS MAIS RECENTES, AINDA EM ANDAMENTO. 23/03/2019 39
  • 43. 43
  • 44. 44
  • 45. 45
  • 46. CONCLUSÕES – 24 DE MARÇO DE 2019 • Até a presente data não há um diagnóstico preciso das causas do tremor do dia 03/03/2018. Por intuição, e muito estudo, o autor opina por ações do rebaixamento da água subterrânea, somadas a rupturas de galerias pluviais, sumidouros, e eventuais vazamentos de água. • Diversas instituições federais estão envolvidas nas pesquisas do caso que chamou a atenção por ser inédito no Brasil – pode envolver várias causas. • Pelo menos um Relatório da CPRM, recomendando algumas providências foi mantido sob estranho sigilo (outubro de 2018). • O bairro do Pinheiro, em Maceió – AL, continua se movimentando segundo os pesquisadores da CPRM. • Chuvas torrenciais podem gerar novos danos em ruas e edificações, ou o deslizamento do bairro para a Lagoa Mundaú. 46
  • 47. CONCLAMAÇÃO AOS MÉDICOS • O AUTOR FOI CONVIDADO PELA COMUNIDADE PARA AJUDAR NA IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA, PUBLICOU DOIS ARTIGOS NA GAZETA-AL (2018- 17/11 e 15/12) SOBRE O ASSUNTO, FEZ LAUDO TÉCNICO, E DEU ENTREVISTA NA TV MAR (21/01/2019) REQUERENDO PROVIDÊNCIAS E AS PRESENÇAS DO PREFEITO E DO GOVERNADOR NA REGIÃO, ONDE A COMUNIDADE SE SENTIA ABANDONADA PELO PODER PÚBLICO. • TEM ATUADO DE FORMA GRATUITA, HONRANDO O JURAMENTO DE INTERESSAR-SE PELO BEM PÚBLICO E CONTRIBUIR COM SEUS CONHECIMENTOS, CAPACIDADE E EXPERIÊNCIA PARA MELHOR SERVIR À HUMANIDADE. • CONCLAMA OS MÉDICOS, POR MEIO DE SUAS ASSOCIAÇÕES, A SE ENGAJAREM NO MOVIMENTO SOS PINHEIRO 47
  • 48. SOS PINHEIRO MACEIÓ – AL MARÇO 2019 OBRIGADO • MARCOS CARNAÚBA • ENGENHEIRO CIVIL – CONSULTOR - AL • marcarnauba@gmail.com • 82.99981.6748