O Luci Ferraz de Mello é uma especialista em educação a distância, educação presencial e comunicação educacional. Ela tem experiência como professora, tutora, coordenadora pedagógica e assessora. Sua apresentação aborda tópicos como metodologias ativas, teorias dialógicas em educação a distância, competências do século 21 e avaliação formativa.
Mini curso Educomunicação (Versão Revisada/Atualizada)
1. 21º CIAED
Educomunicação
Msc. Luci Ferraz de Mello
Núcleo de Comunicação e Educação
ECA/USP
Bento Gonçalves/RS - Outubro/2015
(Revisado / Atualizado em Nov/2017)
2. Doutoranda e Mestre em Comunicação e Educação (Escola de
Comunicações e Artes/USP)
Especialista em Gestão de Organizações de Terceiro Setor
(Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Graduada em Administração de Empresas (EAESP – FGV).
Especialista em EAD: Planejamento, Implementação e
Avaliação de cursos EAD e Blended, Incluindo uso de Tutoria
com Metodologias Ativas
Professora Orientadora, Mentora e Tutora FGV Online
Professora convidada ECA/USP, Educomunicação
Assessora Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
(SME-SP) / Tecnologia para Aprendizagem (2015-2016)
Coordenadora Pedagógica e de Tutoria do Curso Além da
Prática (Saraiva)
Luci Ferraz de Mello
7. EFEITOS MIDIÁTICOS
O Alfabetização digital
O Experimentação e adaptação às
cegas?
O Nativos e migrantes digitais?
Residentes e visitantes digitais?
Nenhum! Somos APRENDIZES
DIGITAIS
O “Nós mesmos fazemos e fazemos
com os outros” (rede aberta de
inovação)
O Rede: novos objetivos, novos modos
de publicação e novos
conhecimentos
O Youtube e a função bárdica pessoal:
histórias focadas na descrição do
mundo ou expansão criativa das
capacidades do sistema
8. EFEITOS MIDIÁTICOS
O Histórias: instituições organizadoras da
linguagem e do self, simultaneamente
(comunicam os bardos, a mídia, a
miríade de indivíduos contadores de
histórias)
O Contadores de histórias: comandam a
sociedade
O Narrativa, enredo básico
(acontecimentos), agentes (heróis)
O Youtube: aprendizado e raciocínio
indutivo
O Acessar, entender e criar
comunicações em contextos
diferentes
11. O Origem Brasil
O Projeto EDUCOM (1981): NIED/UNICAMP (Eduardo Oscar de Campos
Chaves; José Armando Valente; et al) e PUC/SP (Fenando Almeida;
Maria Elizabeth Bianconcini Almeida); UFRGS (Léa Fagundes)
O Informática Educativa, Gestão da Comunicação para a Educação e
Leitura Crítica dos Meios
O Origem Educom. Rádio: Grácia Lopes (Cala-boca já Morreu) e Patrícia
Horta (NCE/USP)
O Pesquisa Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), ECA/USP (1997
1998): 176 especialistas de 12 países região ibero-americana
O Sub-campo da Comunicação, que estuda essa interface
EDUCOMUNICAÇÃO
12. O Na relação entre Educação e
Comunicação, a última quase sempre é
reduzida a sua dimensão puramente
instrumental. É deixado de fora o que é
justamente estratégico pensar: que é a
inserção da educação nos complexos
processos de comunicação da sociedade
atual, ou falando de outro modo, pensar
no ecossistema comunicativo que
constitui o entorno educacional difuso e
descentrado em que estamos imersos.
Um entorno difuso, pois está composto
de uma mescla de linguagens e saberes
que circulam por diversos dispositivos
mediáticos, mas densa e
intrinsecamente interconectados; e
descentrados pela relação com os dois
centros: escola e livro que a vários
séculos organizam o sistema
educacional...
O (Martín-Barbero: 1998 - 215)
15
ECOSSISTEMA
COMUNICATIVO
13. O Célestin Freinet (1896 – 1966)
O Cidadão responsável
O Paulo Freire (1921 - 1997)
O Educação Libertadora:
O Transformação dos processos educacionais industriais para um
modelo processual dialógico (Freire. 2002)
O “... educação é diálogo, é comunicação. Não é transferência de
saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam
significação dos significados.” (Freire, 2002, p. 69)
O Ação comunicativa entre agentes interlocutores passa
necessariamente pelo diálogo
12
INTERFACES
COMUNICAÇÃO-EDUCAÇÃO
14. O Diálogo e Reflexão
Crítica não são
práticas naturais do
homem
INTERFACES
COMUNICAÇÃO-EDUCAÇÃO
17. O Participação decisória, planejadora e operacional – Os jovens
participam da decisão de se fazer algo ou não, do planejamento e da
execução de uma ação.
O Participação condutora – os jovens além de realizar todas as etapas,
orientam a participação dos adultos.
Figura: A Escada da Participação do Jovem (COSTA, 2006, p.180-181)
16
PROTAGONISMO
18. DIÁLOGO
18
DISCUSSÃO / DEBATE DIÁLOGO
Visa fechar questões Visa abrir questões
Convencer Mostrar
Demarcar posições Estabelecer relações
Defender ideias Compartilhar ideias
Persuadir e ensinar Questionar e aprender
Explicar Compreender
Visa as partes em separado Vê a interação partes / todo
Descarta as ideias “vencidas” Faz emergir ideias
Busca acordos Busca pluralidade de ideias
Fonte: por David Bohn, via Humberto Mariotti
(https://carteirosdapaz.wordpress.com/2012/11/09/humberto-mariotti-um-texto-sobre-o-dialogo/)
19. O Leitura crítica dos meios (Media
Education);
O Mediação tecnológica na educação;
O Reflexões epistemológicas sobre o
SUB-CAMPO da Comunicação que
estuda essa interface;
O Gestão da Comunicação para
Educação => PRÁTICAS
PEDAGÓGICO-
COMUNICACIONAIS
INTERFACES
COMUNICAÇÃO-EDUCAÇÃO
24. O Informação x Comunicação
O Aspectos Culturais (ruídos)
O Incomunicação
O Excesso de informação torna o
desenvolvimento do processo
comunicacional mais difícil de ser
concretizado
O Práticas pedagógico-comunicacionais
GESTÃO DA COMUNICAÇÃO PARA
A EDUCAÇÃO
26. CATEGORIAS DESCRITIVO
Formas de Pensar
Criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas,
tomada de decisão e modelos de aprendizagem
Formas de Trabalhar
Comunicação e colaboração entre pares de uma mesma
equipe
Uso de ferramentas para se
trabalhar
Letramento quanto ao uso das tecnologias de informação
e comunicação (entendimento sobre a influência e
transformação que o uso pode ter sobre suas práticas
sociais)
Saberes emocionais e
comportamentais para se viver
no mundo atual
Valores ligados à cidadania, vida, carreira profissional e
responsabilidade pessoal e social
8
COMPETÊNCIAS DO SEC. XXI
27. O Perguntas essenciais:
O Onde o aluno quer chegar?
O Onde o aluno está neste
momento?
O Como chegar onde deseja?
AVALIAÇÃO FORMATIVA
28. O Ações Estratégicas para Responder a
Essas perguntas
O Rubrica;
O Reflexão Crítica;
O Feedback;
O Avaliação entre Pares e/ou
Autoavaliação;
O Autorregulação
AVALIAÇÃO FORMATIVA
29. O Critérios detalhados, definidos a partir dos objetivos
O Indicadores: competências que queremos que sejam trabalhadas
RUBRICA
30. CATEGORIA NÍVEL 4 NÍVEL 3 NÍVEL 2 NÍVEL 1
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMA
Busca ativamente e
sugere soluções para os
problemas
Refina soluções sugeridas
pelos outros
Não sugere ou refina
soluções, mas está aberto
a testar as soluções
sugeridas pelos demais
Não tenta solucionar
problemas ou ajudar os
demais a fazê-lo. Deixa
que os demais façam o
trabalho.
FOCO NA TAREFA Permanece
consistentemente focado
na tarefa e no que precisa
ser feito. Muito bem
focado, autodirecionado..
Foco na tarefa e no que
precisa ser feito na maior
parte do tempo. Outros
membros do grupo podem
contar com essa pessoa.
Foco na tarefa e no que
precisa ser feito em
alguns momentos. Outros
membros do grupo
precisam cutucá-lo em
alguns momentos para
fazê-lo agir.
Raramente foco na tarefa
e no que precisa ser feito.
Deixa que os demais
executem o trabalho.
RESPEITO MÚTUO Busca ativamente por
incorporar as opiniões,
ideias ou contribuições de
outros membros do grupo.
Incorpora algumas das
opiniões, ideias ou
contribuições de outros
membros do grupo no
projeto em andamento.
Reconhece o valor das
opiniões, ideias ou
contribuições de outros
membros do grupo.
Questiona e recusa as
opiniões, ideias ou
contribuições de outros
membros do grupo.
VALOR PARA O GRUPO Rotineiramente oferece
ideias úteis quando
participa em grupo ou nas
discussões em classe. Um
líder nato que contribui
com muita dedicação
Normalmente oferece
ideias úteis quando
participa em grupo ou nas
discussões em classe. Um
forte membro de grupo
quando se esforça em
tentar.
Algumas vezes oferece
ideias úteis quando
participa em grupo ou nas
discussões em classe. Um
membro de grupo com
participação satisfatória
quando sua ajuda é
solicitada.
Raramente oferece ideias
úteis quando participa em
grupo ou nas discussões
em classe. Pode até se
recusar em participar.
FONTE: EXEMPLO DE RUBRICA PARA USO DE FERRAMENTA WEB 2.0 (JOHNSON, 2011, p. 31)
RUBRICA
31. O Por que estimular a
realização de perguntas
reflexivas e criativas é tão
importante para a avaliação
formativa e para a
Educomunicação?
REFLEXÃO CRÍTICA
32. O Elementos de Pensamento
O Pensamento Visível,
Questionamento, Informação,
Interpretação e Inferência,
Conceitos, Pressupostos,
Premissas, Implicações e
Consequências, Pontos de Vista
O Padrões de Pensamento
O Clareza, Acuidade, Precisão,
Relevância, Profundidade,
Abrangência, Lógica,
Significância, Equidade
REFLEXÃO CRÍTICA
36. Continuum de Milgram
(complementado com legendas das diversas tecnologias utilizadas em EAD, por Luci Ferraz)
Fonte: Milgram apud Azuma (1997).
(TORI, Romero. Cursos híbridos ou blended. In: LITTO, Fredric; FORMIGA, Marcos. Educação a Distância – estado da arte. São Paulo:
Prentice Hall, 2009, p. 125)
Presencial
Tradicional
Satélite
Bidirecional
e-learning
síncrono
(Webcast e Chats)
Ambiente
Real Realidade
Misturada
Realidade
Aumentada
Virtualidade
Aumentada
Ambiente
Virtual
Auto
Instrucional
(E-learning,
m-learning, v-
learning)
EAD e Interatividade – Meios de Entrega: Continuum real / virtual
e-learning
assíncrono
(Fóruns, Blogs, Wiki,
Jing)
Satélite
Unidirecional
GESTÃO DA COMUNICAÇÃO PARA
A EDUCAÇÃO
39
37. O “… o hiato de compreensão e
comunicação entre professores
e alunos causado pela distância
geográfica que precisa ser
suplantado por meio de
procedimentos diferenciadores
na elaboração da instrução e
na facilitação da interação”
(Moore, Kearsley, 2007:240)
O Distância enquanto efeito
psicológico
DISTÂNCIA TRANSACIONAL
38. O “Com as novas tecnologias, distância se tornou uma questão
mais emocional do que propriamente física” (Michael Moore)
DISTÂNCIA TRANSACIONAL
40. O Elemento Essencial 1: Estrutura do Curso
O Temas do conteúdo teórico, apresentação das informações, objetos
de aprendizagem, estudos de caso, ilustrações gráficas e avaliações
de aprendizagem.
DISTÂNCIA TRANSCIONAL
41. O Elemento Essencial 2: Diálogo
O Termo que ajuda a focalizar a
inter-relação de palavras e ações
e quaisquer outras interações de
professor e aluno quando um
transmite instrução e o outro
responde.
O Trata dos processos
comunicacionais / interações
específicas que se estabelecem
entre os participantes do curso
(alunos e professor – mediador)
DISTÂNCIA TRANSCIONAL
42. O Elemento Essencial 3:
Autonomia do Aluno
O Capacidade do aluno de se
autodirecionar, refletir e
tomar decisões referentes ao
encaminhamento de sua
aprendizagem e de sua vida.
O O fato de ser autônomo não
significa que queira atuar
autonomamente em todas as
práticas
DISTÂNCIA TRANSACIONAL
43. Pilares de um curso de EAD e suas Interações
CONTEÚDO
PROFESSOR
TUTOR
ALUNO
ALUNO - ALUNO
TUTOR - TUTORCONTEÚDO - CONTEÚDO
APRENDIZAGEM
PROFUNDA E
SIGNFICATIVA
CONTEÚDO - TUTOR
FONTE: GARRISON, R.; ANDERSON, T.; ARCHER, W., 2004.
COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
44. FONTE: GARRISON, R.; ANDERSON, T.; ARCHER, W., 2000, pág. 88
PRESENÇA
SOCIAL
PRESENÇA
COGNITIVA
PRESENÇA
EDUCACIONAL
(ESTRUTURA E PROCESSO)
APOIO AO
DISCURSO
ESCOLHA DO
CONTEÚDO
AJUSTE DO
CLIMA
EXPERIÊNCIA
EDUCACIONAL
COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO
CRÍTICA
45. SOURCE: Site ATIMOD (http://www.atimod.com/e-tivities/5stage.shtml)
MODELO DOS 5 ESTÁGIOS
(GILLY SALMON)
52. O Colaboração com o Jornal da
Tarde, do grupo Estado (2006-
2007) - Sessão PAIS &
MESTRES
O Produção de planos de aula
sob uma abordagem
educomunicativa.
PROJETO EDUCOM JT
53. O Objetivo: levar ao professor
uma proposta de prática
pedagógica que lhe dê subsídios
para uma aula mais dinâmica,
voltada para o diálogo e a
participação, premissas da
educomunicação.
O Depoimentos de professores
PROJETO EDUCOM JT
54. O Como fazer:
O Planejamento do processo
comunicacional, com foco no
desenvolvimento do diálogo
reflexivo e protagonismo do
aluno
O Descrição das dinâmicas
necessárias
O Identificação e definição das
tecnologias a serem adotadas
O Detalhamento da atividade
O Orientações específicas ao
professor, sobre o seu papel na
atividade
PROJETO EDUCOM JT
55. O Competências e Atividades
O Cartas abertas a líderes
mundiais
O Contando histórias visuais
poderosas
O Estudando tópicos
desafiadores em equipe
O Colaborando para resolver
problemas
E-GENERATION
56. O Como fazer com ferramentas:
O Identificar, incorporar e
encantar seus alunos
O Entendimento do conteúdo e
conexão dele com seus
mundos “reais”
O Reflexão ao longo do processo
de criação
O Justificativa de suas escolhas
O Avaliação do produto final e
do processo como um todo (e
não do uso da ferramenta)
TRABALHANDO COM WEB 2.0
57. O Reflexões sobre Propostas de Aulas com Abordagem Educomunicativas,
utilizando ferramentas da Web 2.0
ATIVIDADE EM SALA DE AULA
58. O Planejamento
O Disciplinas convergentes
O Objetivos e competências a serem trabalhadas com a atividade
O Público com que vai se trabalhar
O Descrição das dinâmicas a serem realizadas
O Descrição das intervenções do educador responsável
O Escolha da (s) tecnologia (s) a ser utilizada
ATIVIDADE EM SALA DE AULA
59. O Planejamento
O Divisão da turma em grupos menores
O Definição dos temas a serem tratados por cada grupo
O Escolha da (s) tecnologia (s) a ser utilizada (grupo escolhe as
tecnologias que utilizará dentre as disponíveis)
O Escolha de um ambiente virtual de aprendizagem (atividades de apoio)
O Desenvolvimento da atividade
O Apresentação dos trabalhos
O Reflexão conjunta sobre os resultados obtidos (roda de conversa)
O Autoavaliação dos alunos participantes
ATIVIDADE EM SALA DE AULA