FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
À Luz da fé - lumen fidei
1.
2. Queimo nesta chama
Neste imenso fogaréu
Pesa em minhas costas
Tanto medo e aflição
Não, não me queima
Olha as velas,
Olha o fogo
Olha o lobisomem
Entre a luz, a cruz e a lua cheia
Lá vem a procissão
Ladainhas, hóstias, véus e vils
Neste grande porre,
Cresce a reza pra salvação
E chegou o amanhã
Com a luz do sol
Clareando a fé
E chegou o amanhã
Com a luz do sol
Clareando a fé
3. Lumen Fidei é a primeira carta encíclica do papa
Francisco.
Segundo o papa "estas considerações sobre a fé -
em continuidade com tudo o que o magistério da
Igreja pronunciou acerca desta virtude teologal -
pretendem juntar-se a tudo aquilo que Bento XVI
escreveu nas cartas encíclicas sobre a caridade e a
esperança".
4. A carta, dividida em quatro capítulos,
aborda o tema da fé como luz,
uma vez que
"A luz da fé possui um
caráter singular, sendo
capaz de iluminar toda a
existência do homem".
5. No capítulo I o autor partindo da experiência de
fé de Abraão percorre as várias dimensões da fé
e ressalta a salvação pela fé e a forma eclesial
da fé:
"A fé tem uma forma necessariamente eclesial,
é professada partindo do corpo de Cristo,
como comunhão concreta dos crentes".
6. No capítulo II reflete-se que
a ligação da fé com a verdade é hoje
mais necessária do que nunca,
precisamente por causa da crise de
verdade em que vivemos.
7. No capítulo III fala-se da transmissão da
fé:
"A fé transmite-se por assim dizer sob a
forma de contato,
de pessoa a pessoa,
como uma chama se acende em outra
chama".
8. No capítulo IV constata-se que
"A luz da fé é capaz de valorizar a riqueza das relações humanas, a
sua capacidade de perdurarem, serem fiáveis, enriquecerem a vida
comum (...).
Sem um amor fiável, nada poderia manter verdadeiramente unidos
os homens:
a unidade entre eles seria concebível apenas enquanto fundada
sobre a utilidade, a conjugação dos interesses, o medo,
mas não sobre a beleza de viverem juntos,
nem sobre a alegria que a simples presença do outro pode gerar".
9. O Papa convida a deixar que a Fé “ilumine toda
a existência das pessoas”.
Diz que “a Fé não é arrogante”,
“que fortalece os laços entre os homens”
e que está
“ao serviço concreto da justiça, do direito e da
paz”.
10. “A encíclica lembra de um modo novo
que a Fé em Jesus Cristo é um bem para o homem, um bem
para todos, um bem comum.
A sua luz não ilumina apenas os que estão dentro da Igreja nem
serve apenas para construir a vida eterna.
A Fé ajuda-nos a edificar as nossas sociedades de modo a
caminharmos rumo a um futuro de esperança”.
11. Ao longo do texto deparamo-nos com várias
definições da Fé.
O Papa lembra que nasce de um encontro e que
“significa confiar-se a um amor misericordioso
que acolhe sempre e perdoa,
que sustenta e orienta a nossa existência”.
12. O Papa utiliza exemplos da vida diária para a
explicar.
Por exemplo, diz que a promessa de amor eterno
entre um homem e uma mulher compromete toda
a vida e recorda muitas facetas da Fé.
13. A fé não é um obstáculo à razão ou à ciência, embora a
mentalidade moderna a conceba erroneamente assim.
É antes uma luz que ilumina e alarga a visão do ser
humano sobre as realidades hodiernas,
uma vez que para ser verdadeiramente luz,
"não pode dimanar de nós mesmos;
tem de vir de uma fonte mais originária,
deve porvir em última análise de Deus".
14. “Urge recuperar o caráter de luz que é próprio da fé, pois, quando a
sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por
perder o seu vigor".
15. "o olhar da ciência se beneficia da fé: esta convida o
cientista a permanecer aberto à realidade, em toda a sua
riqueza inesgotável".
16. O caminho iluminado pela luz da fé não é solitário, pois "quem crê,
nunca está sozinho". Portanto, o seu lugar comum é dentro da Igreja,
pois é dela que a humanidade recebe a plenitude dos meios da salvação
e é também a partir dela que o homem os transmite.
Visto que "só é possível responder 'creio‘ em primeira pessoa, porque se
pertence a uma comunhão grande, dizendo também 'cremos'", negar a
Igreja significa negar Cristo.
É, pois, imperioso para todo cristão não somente assumir,
mas também defender todos os artigos do depósito da fé, do qual a
Igreja é a primeira guardiã, "precisamente porque todos os artigos da fé
estão unitariamente ligados"
e, sendo assim, "negar um deles - mesmo dos que
possam parecer menos importantes - equivale a danificar o todo".
17. A fé pressupõe um encontro pessoal com a Pessoa de Nosso Senhor
Jesus Cristo e com ele, o seu amor, que é justamente a sua essência.
A fé procura o bem comum e desperta na consciência humana a
verdade impressa em seu coração pelo próprio Deus, iluminando,
assim, todas as realidades, desde o matrimônio entre um homem e
uma a mulher às demais circunstâncias da existência do homem.
18. A fé age como um consolo a todos aqueles que são oprimidos pela realidade do
pecado e pelos males do mundo.
A fé, unida à verdade, conduz à Jerusalém Celeste, destino para qual tendem
todos os que estão inseridos no Corpo do Único e Verdadeiro Salvador, "em que
se revela a origem e consumação da história".
19. Enfim, afirma a Lumen Fidei, a fé, juntamente com a caridade e a
esperança,
"projeta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva
diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo,
mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias".
20. A plenitude a que Jesus leva a fé possui outro aspecto decisivo:
na fé, Cristo não é apenas Aquele em quem acreditamos, a maior
manifestação do amor de Deus,
mas é também Aquele a quem nos unimos para poder acreditar.
A fé não só olha para Jesus, mas olha também a partir da
perspectiva de Jesus e com os seus olhos:
é uma participação no seu modo de ver.
21. Em muitos âmbitos da vida,
fiamo-nos de outras pessoas
que conhecem as coisas melhor do que nós:
temos confiança no arquiteto que constrói a nossa casa,
no farmacêutico que nos fornece o remédio para a cura,
no advogado que nos defende no tribunal.
22. Precisamos também de alguém que seja fiável e
perito nas coisas de Deus: Jesus, seu Filho,
apresenta-Se como Aquele que nos explica Deus (cf.
Jo 1, 18).
A vida de Cristo, a sua maneira de conhecer o Pai, de
viver totalmente em relação com Ele abre um espaço
novo à experiência humana, e nós podemos entrar
nele.
23. São João exprimiu a importância que a relação pessoal com Jesus tem
para a nossa fé, através de vários usos do verbo crer.
Juntamente com o « crer que » é verdade o que Jesus nos diz (cf. Jo
14, 10; 20, 31), João usa mais duas expressões:
“crer a” (sinônimo de dar crédito a) Jesus e “crer em” Jesus.
“Cremos a” Jesus, quando aceitamos a sua palavra, o seu testemunho,
porque Ele é verdadeiro (cf. Jo 6, 30).
“Cremos em” Jesus, quando O acolhemos pessoalmente na nossa
vida e nos confiamos a Ele, aderindo a Ele no amor e seguindo-O ao
longo do caminho (cf. Jo 2, 11; 6, 47; 12, 44)