Sobre o sentido de ser catequista de IVC. Alguns aspectos em documentos recentes. Somos tuas testemunhas, apresenta aspectos relevantes da missão do catequista no mundo de hoje.
2. Jesus Cristo, primeiro
mistagogo - centro da catequese!
• Jesus foi chamado pelas multidões de Rabi =
Mestre
• Mistagogo: Alguém que conduz para dentro do
mistério
• Ensinava com a vida, com autoridade
• Jesus instruía com discursos, parábolas, frases de
sabedoria
• Ele ensinou sobre o Reino de Deus!
• Ensinou a valorizar os pobres
3. ACOMPANHAR NO CAMINHO
A Iniciação à Vida Cristã é
responsabilidade de toda a Igreja, sendo
ela mesma integralmente catecumenal.
TODOS OS MINISTÉRIOS, leigos e
ordenados, TODOS OS SERVIÇOS E
ATIVIDADES são convocados a participar
desse processo, ainda que em diferentes
níveis.
O acompanhamento na caminhada cristã
não se restringe aos catequistas!
4.
5. Temos sede, à beira do poço
Falta o balde do amor, do respeito.
Vem Senhor, saciar nossa sede
Nos lavar de qualquer preconceito
Canto Comunhão - CF 2002, melodia: Ó Senhor, nesta mesa, buscamos
6. Quem é o(a) Catequista?
• A vocação para evangelização decorre do sacramento do Batismo,
fortalecida pela Confirmação e alimentado pelo Eucaristia.
• Mesmo que toda a comunidade seja responsável pela catequese, a
Igreja escolhe alguns membros para a delicada tarefa da transmissão
da fé e do acompanhamento às famílias, crianças, adolescentes,
jovens e adultos
• A palavra "catequese" é uma palavra, no fundo, de origem
grega: katá (a partir de) + echos (voz, fala, eco),
resultando: kat'echesis. Sabendo que catequese é significa ecoar,
podemos afirmar que o(a) catequista é alguém que faz ressoar a
mensagem de Jesus.
7. Catequese querigmática
(A Alegria do Evangelho)
• Voltamos a descobrir que também na catequese tem um
papel fundamental o primeiro anúncio ou querigma, que
deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e de toda
a tentativa de renovação eclesial.
• Retornar e ampliar o primeiro anúncio
• Na boca do catequista, volta a ressoar sempre o primeiro
anúncio: “Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar,
e agora vive contigo todos os dias para te iluminar,
fortalecer, libertar”.
• Não devemos esquecer e nem substituir esse primeiro
anúncio, pois é fundamental
• O anúncio do querigma exige que o evangelizador tenha:
proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento
cordial que não condena.
8. Catequese mistagógica
A iniciação mistagógica, significa essencialmente duas coisas:
I) a necessária progressividade da experiência formativa na qual
intervém toda a comunidade
II) Uma renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.
O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela,
mas precisa sempre duma ambientação adequada e duma motivação
atraente, do uso de símbolos eloquentes, da sua inserção num amplo
processo de crescimento e da integração de todas as dimensões da
pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta.
9. Catequista: um dos sujeito da IVC – Doc. 107
Algumas indicações do documento “iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos
missionários”.
• Ser discípulos missionários que aprendem com os catequizandos e os
participantes da ação pastoral;
• Buscar viver o diálogo como fonte de aprendizado e conversão;
• Estar atento aos desafios e exigências atuais, procurando novos caminhos
para transmitir a fé.
• Ter um processo de formação gradual e, nesse processo, acompanhar
outros catequistas no desenvolvimento dos encontros, celebrações...
• Celebrar anualmente o envio dos catequistas (pelo bispo ou pároco)
• Conhecer as celebrações dentro do itinerário da IVC, e em alguns casos
específicos estar preparado para assumir a sua presidência
10. Ministério dos
Catequistas
• É necessário que os catequistas tenham um
amor fraterno (um amor de pai e mãe!)
pelos que acompanham na fé
• O ministério do catequista é importante e
valioso para o desenvolvimento da
comunidade, pois, ajuda a gerar os seus
novos filhos e filhas
• Os catequistas podem presidir as
celebrações da palavra próprias da
catequese com estilo catecumenal
• Participam ativamente dos ritos da IVC
presididos pelos ministros ordenados
• Rezam pelos seus catequizandos e
catecúmenos
• Alguém integrado no seu tempo, que sabe
compreender, analisar e criticar a realidade
social, política e econômica à luz dos
ensinamentos da Igreja
11. O Perfil do(a) catequista
O perfil do(a) catequista é um
ideal a ser conquistado, tendo os
olhos fixos em Jesus e seu modo
de agir;
Dimensões que o catequista
precisa desenvolver:
SER, SABER e SABER FAZER
EM COMUNIDADE
12. O ser do catequista
• Pessoa que ama viver e se sente realizada
• Pessoa de maturidade humana e de equilíbrio psicológico
• Pessoa de espiritualidade, que quer crescer em santidade
• Pessoa que sabe ler a presença de Deus nas atividades
humanas
• Pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua
gente
• Pessoa que busca, constantemente, cultivar sua formação
• Pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão
13. O saber do catequista
• Conhecer: A mensagem que transmite, o interlocutor com quem fala e o contexto
social em que vive - unindo teoria e prática
• Suficientemente a Palavra de Deus
• Os elementos básicos que formam o núcleo da nossa fé
• Noções básicas de ciências humanas
• As referências doutrinais e de orientação: Catecismo da Igreja Católica,
documentos ...
• Pluralidade cultural
• As mudanças que ocorrem na sociedade
• Fundamentos teológicos e pastorais
14. O saber fazer do catequista
• O catequista torna-se uma pessoa de confiança e testemunho na
comunidade, e para melhor desempenho de sua ação catequética deve
superar a IMPROVISAÇÃO e a SIMPLES BOA VONTADE
• E precisa trabalhar as seguintes dimensões:
• Relacional: Relações inter-pessoais e intra-pessoais. Criar espaço de
comunhão, diálogo, amizade...
• Educativa: O(a) catequista deve ter e intenção de ensinar e aprender com o
grupo, caminhando para a maturidade humana e cristã
• Comunicativa: O(a) catequista deve fazer a comunicação entre FÉ e VIDA. É
recomendável que saiba utilizar os diversos meios de comunicação
presentes no mundo de hoje (redes sociais, músicas, aparelhos eletrônicos)
15. • Pedagógica: Fundamentado na pedagogia (mistagogia)
divina.
Na pedagogia da ENCARNAÇÃO se destaca:
a) Diálogo de Salvação entre Deus e a pessoa
b) Revelação progressiva, adequada às situações, pessoas
e culturas
c) Valorização da experiência pessoal e comunitária da fé
d) Evangelho relacionado com a vida
e) Relações interpessoais
f) Uso de sinais (linguagem simbólica)
g) Pedagogia litúrgica (Aprender celebrando)
h) Mistagogia do processo catecumenal
16. • Metodológica
O(a) catequista precisa:
Conhecer o “terreno” – ir se aproximando dos seus interlocutores
Buscar meios para interagir Fé e Vida
Desenvolver em si e nos(as) catequizandos(as) o amor pela Palavra de Deus
Estimular a criatividade dos(as) catequizandos(as)
Destacar a importância da vida em grupo e comunidade
• Organizacional: Elaborar um programação em conjunto com a caminhada
da Igreja local e da comunidade. Tomar conhecimento das atividades
planejadas pela comissão de IVC, coordenação de catequese e
coordenação (arqui)diocesana, setorial, paroquial (área missionária) e
comunitária. Ser realista no planejamento e avaliar atividades realizadas.
Saber ponderar circunstâncias.
17. O que o catequista de IVC não deve ser
• Um(a) professor(a) de catequese
• Um(a) “instrutor sacramentalista”, um(a) palestrante
• Uma pessoa sem compromisso (Com a comunidade e a
sociedade)
• Centralizador, que não favoreça o diálogo, que não dê
espaço para as pessoas falarem
• Uma pessoa que não busque conhecer mais sobre Jesus, e a
vida da Igreja
• Uma pessoa fora da comunhão, que não seja integrante da
comunidade (Alguém que vem apenas para fazer
“pregações”)
• Alguém que não se alimente da Palavra e da Eucaristia
(...)
18. MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
AOS PARTICIPANTES NO SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE A CATEQUESE
BUENOS AIRES, JULHO DE 2017
• O catequista caminha rumo a e com Cristo, não é uma pessoa que parte das suas ideias
e gostos pessoais, mas deixa-se fitar por Ele, por aquele olhar que faz arder o coração.
Quanto mais Jesus ocupa o centro da nossa vida, tanto mais nos faz sair de nós mesmos,
nos descentra e nos aproxima dos outros. Este dinamismo do amor é como o movimento
do coração: “sístole e diástole”; concentra-se para encontrar o Senhor e abre-se
imediatamente, saindo de si mesmo por amor, para dar testemunho de Jesus e falar de
Jesus, para anunciar Jesus.
• o catequista é criativo; procura vários meios e formas para anunciar Cristo. É bom
acreditar em Jesus, porque Ele é «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14, 6), que enche a
nossa existência de júbilo e de alegria. Esta procura de dar a conhecer Jesus como suma
beleza leva-nos a encontrar novos sinais e formas para a transmissão da fé.
• Os instrumentos podem ser diversos, mas o importante é ter presente o estilo de Jesus,
o qual se adaptava às pessoas que estavam diante dele, para lhes tornar próximo o amor
de Deus. É necessário saber “mudar”, adaptar-se, para tornar a mensagem mais próxima,
não obstante seja sempre a mesma, porque Deus não muda mas n’Ele tudo se renova.
Na busca criativa de dar a conhecer Jesus não devemos ter medo, porque Ele nos
precede nesta tarefa. Ele já está no homem de hoje e é ali que espera por nós.
19. “Mais do que como peritos em diagnósticos
apocalípticos ou juízes sombrios que se
comprazem em detectar qualquer perigo ou
desvio, é bom que nos possam ver como
mensageiros alegres de propostas altas,
guardiões do bem e da beleza que resplandecem
numa vida fiel ao Evangelho”
Papa Francisco, EG – 168