4. A substância química bisfenol A (BPA, na sigla em inglês),
usada na fabricação de diversos tipos de plásticos, pode
gerar problemas de sexualidade em roedores, sugere estudo
realizado nos Estados Unidos.
— O BPA parece suprimir a produção antecipada de
testosterona, afirmou um dos pesquisadores.
Em estudo anterior, pesquisadores relacionaram a exposição
ao BPA no útero (isto é, durante a gestação) a baixas
contagens de espermatozoides e a testículos menores em
camundongos machos, nascidos de mães expostas.
Disponível em: <http://globo.com>. Acesso em: 30 jun. 2011. Adaptado.
5. 1- É possível que os efeitos do BPA em roedores ocorram
também em humanos. Considerando-se os efeitos descritos
acima, uma explicação viável para os efeitos do BPA em
roedores, durante a espermatogênese, é o(a)
(A) aumento da proliferação de espermatogônias no período
de crescimento
(B) aumento da divisão celular no período de diferenciação
(C) diminuição da proliferação de espermatogônias no
período germinativo
(D) diminuição da diferenciação celular no período de
maturação
(E) manutenção da divisão celular no período de crescimento
7. 2- Em relação à gametogênese feminina, em
experiências com células de camundongo, o
tratamento com o BPA, durante a ovogênese,
atrapalhou determinadas fases do ciclo
celular.
Figura 1 Figura 2
8. As Figuras 1 e 2 ilustram, respectivamente,
uma célula controle (sem BPA) e uma célula
tratada com BPA, ambas na mesma fase do
ciclo.
Com base nas ilustrações, afirma-se que o
BPA atrapalha o ciclo celular nessa fase da
vida das fêmeas, atuando na
(A) prófase (B) metáfase
(C) anáfase (D) telófase
(E) intérfase
9. 3- O mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue e da febre amarela, vem sendo
estudado em laboratórios em todo o mundo.
Normalmente, na natureza, esses mosquitos
se alimentam de seiva de plantas (machos e
fêmeas) e sangue humano (apenas fêmeas,
para produção de ovos). No entanto, esses
insetos podem-se reproduzir e crescer num
mosquitário, onde são alimentados com uma
solução de sacarose.
10. O gráfico abaixo apresenta uma comparação entre as
durações da vida de mosquitos que cresceram em
laboratório e os que crescem na natureza.
11. Diferenças na duração da vida dos mosquitos, como as
observadas no gráfico, podem repercutir na saúde humana
porque os mosquitos com
(A) mais dias de vida têm chance de infectar mais pessoas
com o vírus da dengue.
(B) mais períodos de alimentação podem gerar um número
menor de ovos.
(C) menos dias de vida têm mais chance de se infectar com o
vírus da dengue.
(D) menos ovos poderão gerar mais mosquitos
potencialmente infectados.
(E) menos chance de se alimentar serão capazes de colocar
mais ovos.
12. 4- Atualmente, uma grande ameaça à sobrevivência
do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é o
mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus
chrysomelas). A área de ocorrência do primeiro é o
Norte Fluminense. O segundo vive no Sul da Bahia e,
em escala bem menor, no Nordeste de Minas.
Geograficamente, eles nunca deveriam se encontrar,
mas não se sabe bem como nem quando um grupo
de L. chrysomelas chegou a Niterói e, por lá, se
multiplicou.
Já são 107 indivíduos e eles estão a menos de 100
km da área do L. rosalia, o mais ameaçado dos
micos.
JANSEN, Roberta. Grupo formado por mico-leão-de-cara-dourada
ameaça mico-leão-dourado na estado. Globo, Rio de Janeiro,
28 jun 2011. Disponível em: <http://www.oglobo.com/ciencia/mat/2011>.
Acesso em: 28 jun 2011. Adaptado
13. A grande preocupação dos biólogos é que a
distância entre as duas populações de micos
seja transposta e que isso ameace ainda mais
os micos-leão-dourados.
Uma relação ecológica capaz de tornar essa
preocupação realidade é o(a)
(A) comensalismo (B) parasitismo
(C) epifitismo (D) cooperação
(E) competição
15. 5- Um grupo internacional de pesquisadores acaba
de descobrir em tecidos sadios de humanos e
camundongos uma nova forma de DNA proveniente
de pequenos cortes no DNA cromossômico. Esse
material genético não está presente no núcleo de
todas as células, o que significa que temos células
com diferentes sequências de DNA – um verdadeiro
mosaico genético. [...] O novo DNA foi batizado de
microDNA por ser muito pequeno, com no máximo
400 unidades básicas (bases nitrogenadas) – uma
quantidade ínfima se comparada aos cerca de 3
bilhões do DNA cromossômico. Além disso, ele não
tem a forma de uma hélice linear, mas sim circular.
Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/03/novo-dna/?
searchterm=dna>.
Acesso em: 01 maio 2012. Adaptado.
16. A teoria estrutural mais aceita a respeito do DNA cromossômico
obedece ao modelo de Watson & Crick de 1953. Esse modelo
postula que o DNA é composto por uma dupla hélice formada
por duas cadeias polinucleotídicas compostas por tipos
diferentes de bases nitrogenadas que se ligam entre si.
Observe as afirmativas seguintes a respeito do DNA
cromossômico.
I - As bases nitrogenadas do DNA podem ser do tipo citosina,
guanina, adenina e uracila.
II - As duas fitas são mantidas unidas por ligações de hidrogênio,
que são desfeitas no momento em que a molécula inicia a sua
duplicação.
III - A duplicação do DNA é semiconservativa, ou seja, toda fita
nova de DNA formada possui uma das fitas originária do DNA
que foi usado como molde.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) II, apenas.
(C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
19. A figura ilustra uma reação
química que ocorre dentro
das células.
Nessa reação, o tipo de
ligação, o coproduto liberado
(indicado pelo ponto de
interrogação) e a estrutura
celular onde ocorre são,
respectivamente,
(A) peptídica, H2O e ribossoma
(B) peptídica, CO2 e polimerase
(C) fosfodiéster, H2O e
ribossoma
(D) fosfodiéster, CO2 e
polimerase
(E) amídica, CO2 e ribossoma
20. 7- Em 2010, foi publicado, na renomada revista
científica internacional Cell, um estudo sobre o gene
PNPase (polinucleotídeo fosforilase), presente no
genoma de mamíferos. Esse gene seria importante
para o funcionamento e a estrutura das mitocôndrias
presentes na célula. Para testar essa hipótese, os
pesquisadores desenvolveram camundongos nocaute
para o gene que codifica essa enzima, ou seja, nesses
animais, a proteína não seria produzida. Ao realizar
cruzamentos entre animais heterozigotos para a
deleção, observou-se o seguinte padrão dos
genótipos da prole:
21. Sabe-se que não há relação de dominância ou qualquer
outro tipo de influência entre a presença do gene deletado
com o selvagem, e que a proporção esperada de cada
genótipo difere da observada na prática.
A proporção esperada de cada genótipo (homozigoto
selvagem, heterozigoto e homozigoto nocaute,
respectivamente) e uma possível explicação para a
diferença obtida são
(A) 33%, 33% e 33% – os homozigotos selvagens morreram
antes do nascimento devido a defeitos em seus núcleos.
(B) 33%, 33% e 33% – os heterozigotos sobreviveram com
maior facilidade devido a melhoras em suas organelas.
(C) 25%, 75% e 0% – os heterozigotos reproduziram-se mais
rapidamente, dessa forma alcançando um maior número.
(D) 25%, 50% e 25% – os homozigotos selvagens
sobreviveram com maior facilidade devido a defeitos em
suas mitocôndrias.
(E) 25%, 50% e 25% – os homozigotos nocautes morreram
antes do nascimento devido a defeitos em suas
mitocôndrias.
22. 8- Um cientista realizou uma prática de cruzamentos de
moscas das frutas, a Drosophila melanogaster. Ele cruzou
moscas normais com mutantes de asas vestigiais. O
esquema abaixo ilustra o experimento realizado em duas
etapas: primeiro o cruzamento de moscas selvagens com
mutantes e obtenção da primeira prole (F1). Em seguida,
indivíduos de F1 foram cruzados entre si, para obter F2.
Os números na Figura mostram a quantificação de
indivíduos selvagens ou mutantes em cada etapa do
cruzamento.
23. Esse cientista concluiu que o gene responsável
pelas asas vestigiais era autossômico recessivo.
A partir dos resultados do cruzamento, verifica-se,
em relação ao gene que determina essa
característica das asas, que os indivíduos
(A) parentais são heterozigotos.
(B) F1 têm fenótipo mutante.
(C) F1 são homozigotos.
(D) F2 são homozigotos dominantes.
(E) F2 têm três genótipos diferentes.
24. 9- Em março de 2013 foi publicado o genoma das células
HeLa, que foram retiradas de um câncer de útero de uma
mulher em 1951. Graças às células de Henrietta Lacks –
daí o nome da linhagem – foi possível avançar muito na
compreensão da célula e de seus fenômenos.
O câncer de Henrietta foi causado pela infecção com o
virus HPV 18, que ocasionou algumas mudanças no
genoma das células cervicais dela. O genoma das células
HeLa difere do genoma de Henrietta inclusive no número
de cromossomos.
Células HeLa têm em sua maioria 82 cromossomos, com 4
cópias do cromossomo 12 e 3 cópias dos cromossomos 6,
8 e 17. Como se trata de células cancerosas, a divisão
celular é desordenada, acarretando variações nos
cromossomos das células, às vezes, dentro de uma mesma
placa de células cultivadas.
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/HeLa>. Acesso em: 08 ago. 2014. Adaptado.
25. O cartum abaixo representa um laboratório
que faz pesquisas com as células HeLa.
Tudo estava indo bem, até descobrirem que as células HeLa,
com as quais estavam trabalhando, tinham cromossomos Y
26. No cartum, a presença de cromossomos Y em células
HeLa seria
(A) desencadeada naturalmente, já que ocorrem
divisões desordenadas nessas células.
(B) explicada por uma contaminação de outras células,
uma vez que as células HeLa vêm de uma mulher.
(C) ocasionada pela captura do centríolo, sempre que
ocorresse uma mitose.
(D) causada pela fusão de células distintas, pois há
uma população heterogênea na cultura.
(E) acarretada pela infecção do HPV, pois esse vírus
incorpora seu material genético na célula hospedeira.
27. Epigenética
É definida como modificações do genoma que
são herdadas pelas próximas gerações, mas
que não alteram a sequência do DNA.
A herança epigenética depende de pequenas
mudanças químicas no DNA e em proteínas
que envolvem o DNA.
Existem evidências científicas mostrando que
hábitos da vida e o ambiente social em que
uma pessoa está inserida podem modificar o
funcionamento de seus genes.
28. As modificações epigenéticas podem ser
herdadas no momento da divisão celular
(mitose) e irão ter um profundo efeito na
biologia do organismo, definindo diferentes
fenótipos (i.e. morfologia, desenvolvimento,
comportamento etc).
Para que ocorra ou não a transcrição de
determinados genes é necessário que ocorra
uma sinalização.
Esta sinalização é feita por mecanismos
epigenéticos.
29. Há 3 mecanismos principais de
alterações epigenéticas
Metilação do DNA: a adição de um grupo
metila ao nucleotídeo citosina, o mais
estudado e melhor entendido (silenciamento
de genes e heterocromatização).
Modificações de histonas, bastante discutidas
(metilações, acetilações e fosforilações – lys
e/ou arg que determinam a conformação da
cromatina).
Ação de RNAs não codificadores (sileciamento
pós-transcricional,bloqueio da tradução ou
degradação do RNA alvo).
30. A metilação, e consequentemente o silenciamento de
genes num determinado período do ciclo ou do
desenvolvimento celular ou em determinados tipos
celulares faz parte da estratégia evolutiva que
culminou com o bom funcionamento celular
(conhecido por homeostase) e de um organismo
sadio.
Através da herança epigenética um organismo pode
ajustar a expressão gênica de acordo com o ambiente
onde vive, sem mudanças no seu genoma.
Por exemplo, experiências vividas pelos pais (dieta,
maus tratos, tratamento hormonal) podem ser
transmitidas para as gerações futuras.
Famílias com grave escassez de alimentos na geração
dos avós, filhos e netos têm maior risco de doenças
cardiovasculares e diabetes.
31. No passado ocorreu a era do sequenciamento do
genoma humano (publicado em 2004).
O esforço atual tem sido depositado em cima do
sequenciamento do epigenoma, ou seja, na
identificação de todas as citosinas metiladas ao
longo do genoma.
O epigenoma na sua totalidade irá levar a um
melhor entendimento de como a função do
genoma é regulada na saúde e na doença, e
também como a expressão genética é
influenciada pela alimentação e pelo ambiente.
33. A teoria da epigenética tem sido relacionada às ideias
de Lamarck sobre a evolução.
Isso se deve ao fato de que, em ambas as teorias
os(as)
(A) organismos expostos a pressões ambientais são
selecionados até que os mais aptos sobrevivam.
(B) alelos têm sua frequência alterada na população
mediante modificações no ambiente em que vivem.
(C) genes sofrem modificações ao acaso e algumas
dessas modificações são eliminadas ao longo de
gerações.
(D) características adquiridas durante a vida podem ser
transmitidas aos descendentes.
(E) mutações ocorrem no genoma e essas alterações
são selecionadas ou não no ambiente.
34. 11- Nas primeiras cenas do filme de Walt Disney
“Procurando Nemo”, um casal de peixes-palhaços
protege seus ovos em uma cavidade na rocha,
sobre a qual há inúmeras anêmonas-do-mar.
Os peixes de cores vivas vivem
protegidos dos predadores, entre os
tentáculos urticantes das anêmonas,
que se beneficiam de sua presença,
através dos restos e rejeitos alimentares
dos peixes, numa relação denominada
(A) mutualismo
(B) parasitismo
(C) canibalismo
(D) sociedade
(E) inquilinismo
35. 12- O Orlistat é um fármaco antiobesidade que inibe as
lipases gástrica e pancreática. Essa inibição faz com que
grande parte das gorduras provenientes da dieta não
sejam quebradas, e, portanto, não absorvidas pelo
organismo. Isso gera um acúmulo de gorduras no bolo
fecal, que desencadeia as principais reações adversas do
medicamento, como urgência para evacuar e intensa
diarreia. Um outro efeito adverso é a diminuição da
absorção de vitaminas lipossolúveis, já que esse processo
ocorre juntamente com a chegada de gorduras, em geral
na circulação sanguínea.
Sabendo-se que as vitaminas lipossolúveis são A, D, E e K,
uma pessoa utilizando Orlistat para emagrecer, se
desenvolver uma avitaminose, poderá apresentar
(A) bócio e cretinismo
(B) dermatite e demência
(C) anemia e queda de cabelo
(D) sangramento de nariz e gengiva
(E) cegueira noturna e secura dos olhos
36. 13- A amônia, que está disponível no solo, provém da
fixação do nitrogênio atmosférico pelos organismos
fixadores.
Outra parte da amônia provém da decomposição da
matéria orgânica e de resíduos nitrogenados, presentes
em excretas e em seres mortos.
No processo denominado amonificação, bactérias e fungos
realizam a decomposição das seguintes substâncias
orgânicas:
(A) amido e nucleotídeos
(B) ácido graxo e glicerol
(C) aminoácidos e celulose
(D) proteínas e ácidos nucleicos
(E) glicerídios e bases nitrogenadas
39. 14- O peristaltismo gastrointestinal é
promovido por um tecido que apresenta
células
(A) mononucleadas e sem estrias no citoplasma
(B) com contrações rápidas, fortes e voluntárias
(C) ramificadas e unidas por discos intercalares
(D) que não contêm filamentos de actina e
miosina
(E) multinucleadas e com grande retículo
endoplasmático
40. 15- O xeroderma pigmentoso (XP), doença genética que
atinge principalmente as partes do corpo mais expostas à
radiação solar, é caracterizado pela deficiência nos
mecanismos de reparo a danos provocados no DNA pela
radiação ultravioleta do sol. Essa doença é rara, com
frequência estimada de um caso para cada 200.000
indivíduos e apresenta mecanismo de herança
autossômico recessivo.
Uma mulher que não manifesta a doença tem um irmão
afetado por xeroderma pigmentoso e deseja saber se é
portadora do gene para XP. Ambos são filhos de um casal
que não apresenta XP.
A probabilidade de a mulher ser portadora do gene para o
XP é
(A) 1/4 (B) 1/2 (C) 3/4
(D) 1/3 (E) 2/3