FICHA ALPHA DE LÍNGUA
Nº 01 – 1.º BIMESTRE/2014
PROF.a MÁRCIA LÍDIA 1.º ANO DO ENSINO MÉDIO
GABARITO
1. E
COMENTÁRIO: Embora, efetivamente, houvesse hiato em
“papalia” caso a sílaba tônica fosse li, pelas regras de
acentuação gráfica, palavras paroxítonas terminadas em –a não
são acentuadas, por isso a conclusão II se mostra incorreta.
2.a) Ao concluir que “você não poderá mais dizer que foi
mordido por uma jibóia, e sim por uma jiboia”, o jornalista usou o
verbo dizer em lugar de escrever, induzindo o leitor em erro, ao
sugerir que a reforma afetaria o modo de falar das pessoas. O
quadro comparativo apresentado seria suficiente para desmentir
a sugestão do jornalista, pois nele se vê que não houve
alteração na pronúncia das palavras, mas apenas na sua grafia.
Ou
Palavra dizer (= "falar, usar a língua oral"). O acordo é
ortográfico, as mudanças se referem só à escrita, não à
pronúncia. A presença/ausência do acento em "êle/ele",
"provàvelmente/provavelmente" e "crêem/creem" não muda a
pronúncia das palavras. Quanto ao trema, a pronúncia de
"tranqüilo" e "tranquilo" é a mesma (com u pronunciado).
b) A ironia do articulista refere-se à suposição, que fundamenta
o Acordo, de que pequenas alterações ortográficas sejam
suficientes para promover ou facilitar de maneira significativa o
intercâmbio cultural entre os países lusófonos. Ao referir-se a
lugares remotos e ignorados, o articulista, além e dar expressão
a preconceitos sociais e culturais, pretende sugerir que o
“atraso” – econômico, social, cultural – presumível em tais
cidades seja o principal problema a travar as relações culturais
entre os países envolvidos.
Ou
A afirmação "sou um ardoroso defensor da reforma ortográfica"
é irônica, pois o autor afirma algo para dizer o oposto: ele critica
o acordo, subentendendo que as mudanças não afetarão o
quanto as pessoas leem. Não será o acordo ortográfico que
mudará o quanto o autor é lido (ou não é lido) em determinado
lugar.
3.a) O pressuposto é que o Acordo promoveria a uniformização
do português escrito, permitindo que livros portugueses se
publicassem no Brasil sem nenhuma alteração. Tal pressuposto
é desmentido pela simples leitura de algumas linhas de um livro
português, linhas nas quais avultam as diferenças entre o
vocabulário português e o brasileiro.
b) A grande diferença lexical, que a leitura revela, entre o
português lusitano e o brasileiro constitui, como sugere a
historieta, um obstáculo muito mais grave à compreensão mútua
do que as diferenças gráficas que o Acordo Ortográfico busca
superar.
Por mais Acordos Ortográficos que se assinem, para unificar
a ortografia das palavras, sempre existirão diferenças lexicais
entre o Português falado e escrito no Brasil, em Portugal e
nos demais países lusófonos.
Isso é facilmente compreensível, quando nos lembramos de
que, em um mesmo território nacional, há inúmeras diferenças
lexicais de uma região para outra: os chamados
regionalismos ou dialetismos vocabulares. Se isso ocorre
dentro de um mesmo país, ocorrerá mais ainda entre países
distintos que compartilham a mesma língua oficial. No Brasil,
a mandioca, por exemplo, é chamada de aipim ou macaxeira,
esta usada no Norte e Nordeste do país. Aliás, segundo o
dicionário Houaiss, macaxeira tem origem na língua
tupimaka’xera que significa “mandioca mansa”, ou seja, uma
mandioca que não é venenosa.

4.B
Comentário:
Letra a) errada: Embora o campo sonoro da palavra seja
explorado, a imagem rasgada encena, sim, o significado
onomatopeico da palavra crack; letra b) correta: a palavra crack
apresenta dupla significação, já que faz referência à droga crack
e à destruição provocada pela droga crack; letra c) errada: a
palavra crack, onomatopeia constitui efetivamente um
neologismo mas não causa estranheza ao leitor, já familiarizado
com a droga e a palavra; a alternativa d), também equivocada,
faz referência à imagem, não ao signo verbal evocado no
enunciado.
5.
a) A Bíblia (ou o texto bíblico / texto religioso) é o texto que, em
nossa cultura, serve de base à intertextualidade com a charge.
b) Dois elementos da linguagem não verbal que exemplificam
essa intertextualidade são: a folha de parreira, a cobra (ou
maçã, Eva, Adão).
c) A intertextualidade também pode ser exemplificadas pelos
seguintes elementos não verbais: Gabriel e costelas numa
referência ao anjo Gabriel e à costela com que Deus criou a
mulher, depois de retirá-la de Adão.
d) Pelo contexto, o pronome pessoal “ela” faz referência à
Costela (ou EVA).

Língua 1ª série - 01

  • 1.
    FICHA ALPHA DELÍNGUA Nº 01 – 1.º BIMESTRE/2014 PROF.a MÁRCIA LÍDIA 1.º ANO DO ENSINO MÉDIO GABARITO 1. E COMENTÁRIO: Embora, efetivamente, houvesse hiato em “papalia” caso a sílaba tônica fosse li, pelas regras de acentuação gráfica, palavras paroxítonas terminadas em –a não são acentuadas, por isso a conclusão II se mostra incorreta. 2.a) Ao concluir que “você não poderá mais dizer que foi mordido por uma jibóia, e sim por uma jiboia”, o jornalista usou o verbo dizer em lugar de escrever, induzindo o leitor em erro, ao sugerir que a reforma afetaria o modo de falar das pessoas. O quadro comparativo apresentado seria suficiente para desmentir a sugestão do jornalista, pois nele se vê que não houve alteração na pronúncia das palavras, mas apenas na sua grafia. Ou Palavra dizer (= "falar, usar a língua oral"). O acordo é ortográfico, as mudanças se referem só à escrita, não à pronúncia. A presença/ausência do acento em "êle/ele", "provàvelmente/provavelmente" e "crêem/creem" não muda a pronúncia das palavras. Quanto ao trema, a pronúncia de "tranqüilo" e "tranquilo" é a mesma (com u pronunciado). b) A ironia do articulista refere-se à suposição, que fundamenta o Acordo, de que pequenas alterações ortográficas sejam suficientes para promover ou facilitar de maneira significativa o intercâmbio cultural entre os países lusófonos. Ao referir-se a lugares remotos e ignorados, o articulista, além e dar expressão a preconceitos sociais e culturais, pretende sugerir que o “atraso” – econômico, social, cultural – presumível em tais cidades seja o principal problema a travar as relações culturais entre os países envolvidos. Ou A afirmação "sou um ardoroso defensor da reforma ortográfica" é irônica, pois o autor afirma algo para dizer o oposto: ele critica o acordo, subentendendo que as mudanças não afetarão o quanto as pessoas leem. Não será o acordo ortográfico que mudará o quanto o autor é lido (ou não é lido) em determinado lugar. 3.a) O pressuposto é que o Acordo promoveria a uniformização do português escrito, permitindo que livros portugueses se publicassem no Brasil sem nenhuma alteração. Tal pressuposto é desmentido pela simples leitura de algumas linhas de um livro português, linhas nas quais avultam as diferenças entre o vocabulário português e o brasileiro. b) A grande diferença lexical, que a leitura revela, entre o português lusitano e o brasileiro constitui, como sugere a historieta, um obstáculo muito mais grave à compreensão mútua do que as diferenças gráficas que o Acordo Ortográfico busca superar. Por mais Acordos Ortográficos que se assinem, para unificar a ortografia das palavras, sempre existirão diferenças lexicais entre o Português falado e escrito no Brasil, em Portugal e nos demais países lusófonos. Isso é facilmente compreensível, quando nos lembramos de que, em um mesmo território nacional, há inúmeras diferenças lexicais de uma região para outra: os chamados regionalismos ou dialetismos vocabulares. Se isso ocorre dentro de um mesmo país, ocorrerá mais ainda entre países distintos que compartilham a mesma língua oficial. No Brasil, a mandioca, por exemplo, é chamada de aipim ou macaxeira, esta usada no Norte e Nordeste do país. Aliás, segundo o dicionário Houaiss, macaxeira tem origem na língua tupimaka’xera que significa “mandioca mansa”, ou seja, uma mandioca que não é venenosa. 4.B Comentário: Letra a) errada: Embora o campo sonoro da palavra seja explorado, a imagem rasgada encena, sim, o significado onomatopeico da palavra crack; letra b) correta: a palavra crack apresenta dupla significação, já que faz referência à droga crack e à destruição provocada pela droga crack; letra c) errada: a palavra crack, onomatopeia constitui efetivamente um neologismo mas não causa estranheza ao leitor, já familiarizado com a droga e a palavra; a alternativa d), também equivocada, faz referência à imagem, não ao signo verbal evocado no enunciado. 5. a) A Bíblia (ou o texto bíblico / texto religioso) é o texto que, em nossa cultura, serve de base à intertextualidade com a charge. b) Dois elementos da linguagem não verbal que exemplificam essa intertextualidade são: a folha de parreira, a cobra (ou maçã, Eva, Adão). c) A intertextualidade também pode ser exemplificadas pelos seguintes elementos não verbais: Gabriel e costelas numa referência ao anjo Gabriel e à costela com que Deus criou a mulher, depois de retirá-la de Adão. d) Pelo contexto, o pronome pessoal “ela” faz referência à Costela (ou EVA).