O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor no Brasil em 2009, padronizando o uso do hífen e trazendo mudanças na acentuação. Cerca de 0,5% do vocabulário brasileiro será alterado e a população terá até 2012 para se adaptar, sendo a nova ortografia a única considerada correta. No entanto, o acordo não esclarece a grafia de algumas palavras e um novo vocabulário com 300 mil termos só será publicado em fevereiro.
No Primeiro Dia De 2009 Entrou Em Vigor O Novo Acordo OrtográFico Da LíNgua Portuguesa
1. No primeiro dia de 2009 entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa, que no Brasil, padroniza uso do hífen e traz mudanças na acentuação. O
Ministério da Educação estima que 0,5% do vocabulário brasileiro será alterado.
A população terá até o fim de 2012 para se adaptar às novas regras. A nova ortografia
será a única considerada correta.
O texto do Acordo, no entanto não esclarece essa grafia de uma série de palavras.
Segundo a ABL (Academia Brasileira de Letras), a definição só sairá com a publicação
de um novo Volp ("Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"). Com a função de
registrar a forma oficial de escrever as palavras, o Volp só deve ser publicado em
fevereiro, com cerca de 300 mil termos.
Com o Acordo, o alfabeto passou a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y".
O texto traz alterações significativas na acentuação de algumas palavras, extingue o
uso do trema, e padroniza a utilização do hífen. A partir de agora, não é errado
escrever "micro-ondas" --com hífen-- e "antissocial" --sem hífen. Também é correta a
grafia das palavras "ideia" e "assembleia" sem acento
Para não gerar dúvidas, vejamos os casos mais comuns do uso do hífen que continua
o mesmo depois do reforma ortográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou
seja, nos termos que se unem para formam um novo significado: tio-avô, porto-
alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,
arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi,
bem-me-quer, Eva-do-chá, abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-
nascido, sem-número, recém-casado, aquém-fiar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já
estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-
Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-
Brasil, Alsácia-Lorena, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro
termo que é iniciado por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-
governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré-e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu,
pós-graduação, etc.
9. Na ênclise e tmese: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-
ei, etc.