Este documento descreve uma apresentação de um grupo de estudantes sobre psicose puerperal. O grupo é composto por 9 membros que irão discutir os fatores que influenciam a psicose pós-parto e a escala utilizada para detecção e prevenção. O documento inclui seções sobre o resumo, problema do estudo, justificativa, objetivos, introdução, fundamentação teórica e conclusão.
1. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DEOLINDA RODRIGUES
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
“ PSICOSE PUERPERAL ”
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE PESQUISA
DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSÍQUICA
LUANDA /2022
Dr.: Aristides Monteiro
Grupo n° 5
Sala: A4
Turno: Tarde
TEMA:
2. INTEGRANTES DO GRUPO
1 Ângelo Sainhi
2 Elsa Lisboa Simão Manuel
3 Clotilde Gomes
4 Fátima D. Vunge
5 João Adão Quintas
6 Maria Alice Calucemo
7 Márcia Paulo Bunga
8 Rosa Domingos Paulo
9 Zulmira Kietu Pedro Mahembo
3. RESUMO
A psicose puerperal é uma forma de Transtorno Psicótico Breve,
assim classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-5), em sua quinta edição. Trata-se de
doença com início geralmente abrupto, em que alguns dos pacientes
apresentam seus sintomas nas primeiras duas semanas após o
parto. Pacientes que desenvolvem psicose puerperal apresentam
delírios ou comportamento desorganizado que geralmente envolvem
o concepto.
Palavras chave: psicose, psiquiatria, puerpério
4. PROBLEMA DO ESTUDO
A Psicose Puerperal afecta milhares de mulheres a cada ano, os
episódios da condição começam dias ou semanas após o parto e
afectam humor, pensamento e comportamento da mãe, nos casos da
psicose puerperal, em pacientes gravemente deprimidas, com idéias
suicidas e quadros dificuldades motoras, mudanças na reatividade ao
ambiente que podem ocorrer na depressão, esquizofrenia e transtorno
bipolar.
A partir do exposto surgiu a seguinte questão de partida:
Quais são os factores que influenciam a psicose puerperal e qual é
escala utilizada para detecção e prevenção da psicose pós- parto?
5. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
A escolha desta temática, parte do pressuposto de conhecer as razões
ligadas a Psicose Puerperal, buscou-se com este estudo avaliar a
prevalência da Psicose Puerperal em pacientes pós-parto, de formas a
desenvolver medidas preventivas que visam garantir maior qualidade de
serviço prestado nas unidades hospitalares, com a finalidade de amenizar
os casos de ocorrências de Psicose Puerperal, contribuindo assim, para o
desenvolvimento científico e acadêmico do nosso País.
6. OBJETIVOS
Objectivo Geral
Descrever a Psicose Puerperal, e dissertar sobre as suas alterações
psíquicas.
Objectivos Específicos
Identificar as causas da Psicose Puerperal;
Compreender os factores que influenciam na psicose pós-parto.
7. INTRODUÇÃO
Ao falarmos do tema psicose puerperal remete-nos a reflectir sobre um dos
problemas que tem afectado muitas mulheres no pós-parto esta patologia e
considerada uma alteração psíquica que pode ser grave. Nesta abordagem
apresentaremos várias causas ou factores de riscos que podem desencadear
esta patologia. Para melhor compreendermos queremos aqui apresentar os
sinais e sintomas, causas, diagnóstico, tratamento, prevenção, factores de
riscos e recomendações.
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A psicose puerperal é uma manifestação da vulnerabilidade da mulher
diante de situações afetivas, tendo o parto como factor desencadeante,
principalmente se for realizado de forma estressante e com muito
sofrimento, os relatos iniciais sobre a psicose puerperal datam dos séculos
XV II e XV III, registrados na França e Alemanha.
Definição
A psicose puerperal é um processo que leva à deterioração das funções do
ego, estrutura psíquica direcionada para a realidade e busca de satisfação
pessoal, por meios que a sociedade considere lícitos. Na psicose o
indivíduo perde o contato com a realidade, em graus variáveis.
9. Etiologia
A causa do distúrbio é desconhecida, mas alguns factores de risco podem ser
apontados. Assim, as mulheres com história pessoal ou familiar de doença
psicótica têm risco aumentado no puerpério imediato, possivelmente pelas
mudanças hormonais. Fatores sociais, como a situação familiar; estresse,
doenças como diabetes e hipertensão ou o próprio nascimento, com uma
criança de peso elevado ou muito baixo, podem desencadear a psicose
puerperal. Outros factores são a idade materna, se é mulher muito jovem ou
mais velha, e ainda o tabagismo.
10. Tipos de Psicose
Escrisofenia: é a uma doença psiquiátrica em que o rompimento com a
realidade, comportamento social torna-se uma idéia delirante.
Transtorno Bipolar: é o transtorno cerebral que causa mudanças comuns
no humor, causando variações comportamentais.
Transtorno Psicótico: induzido por substâncias é induzido por fármacos,
medicação caracterizada por alucinações ou delírios de corrente dos efeitos
direitos de um droga.
Transtorno delirante: caracteriza-se por convicções falsas firmemente
mantidas (delírios) que persistem por no mínimo 1 mês.
11. Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas da psicose puerperal são:
Inquietação ou agitação;
Sensação de fraqueza intensa e incapacidade de se movimentar;
Choro e descontrole emocional;
Desconfianças;
Confusão mental, falar coisas sem sentidos;
Ter obsessão por alguém ou por alguma coisa;
Visualizar vultos ou ouvir vozes.
12. Prevenção
Ainda que praticamente não existam estudos baseados em evidências
sobre a triagem de mulheres no puerpério, para a detecção de transtornos
psicóticos, os especialistas recomendam que ela deve ser feita entre
quatro e seis semanas e três a quatro meses depois do parto. Não há
formas de prevenção, o melhor é admitir o problema e buscar ajuda,
também não é possível afirmar que a depressão ocorra apenas na
primeira gravidez, não há uma regra para isso. A farmacoterapia profilática
com início no pós-parto imediato poderá apresentar benefícios nas
mulheres com episódios prévios de psicose puerperal.
13. Factores de Risco
São considerados factores de risco: eventos estressantes, como a situação
de trabalho do cônjuge ou a relação com ele; desemprego da puérpera;
esperar um bebê do sexo oposto ao desejado; baixo suporte emocional;
abortos espontâneos ou de repetição; transtorno disfórico pré-menstrual;
uso de anticoncepcionais orais; e personalidade vulnerável, característica
de mulheres pouco responsáveis e desorganizadas, idade materna.
Mulheres com história pessoal ou familiar de doença psicótica têm risco
aumentado no puerpério imediato, possivelmente pelas mudanças
hormonais. Fatores sociais, como a situação familiar; estresse, doenças
como diabetes e hipertensão ou o próprio nascimento, com uma criança de
peso elevado ou muito baixo, podem desencadear a psicose puerperal.
14. Epidemiologia
Na população em geral, a prevalência da psicose puerperal é de 1 a 2
casos, para cada 1.000 partos, sendo essa taxa 100 vezes maior no grupo
de mulheres que apresentam transtorno bipolar ou história anterior de
distúrbios psiquiátricos pós-parto.
A possibilidade de que uma puérpera seja internada por psicose é sete
vezes maior do que durante a gravidez, pelo mesmo motivo, especialmente
nos primeiros 30 dias após o parto. Esses são dados gerais de saúde,
sendo que não foram encontrados índices específicos para o nosso país e
suas regiões.
15. Diagnóstico
O diagnóstico é realizado a partir da avaliação psiquiátrica e a análise de
alguns exames tais como. O diagnóstico é importante para evidenciar o
risco de complicações na gravidez, no trabalho de parto e na fase neonatal,
que podem envolver: anormalidades placentárias, hemorragias e sofrimento
fetal.
As três fazes do diagnóstico da psicose puerperal são:
Psicose propriamente dita;
Estado psicótico;
A condição psicótica.
16. Tratamento
O tratamento em internamento psiquiátrico é comum pela gravidade do
quadro clínico, os principais fármacos utilizados são os antipsicóticos e
os estabilizadores do humor. Alguns destes são excretados pelo leite
materno o que obriga a suspensão do aleitamento materno, durante o
tratamento, a convivência persistente entre a mãe e o filho deve ser
permitida de forma a estimular e fortalecer a vinculação mãe-filho,
essencial para a recuperação da saúde mental da mãe e para o
desenvolvimento do recém-nascido.
17. Preocupação Materna Primária
Existe um estado denominado de Preocupação Materna Primária que se
refere a um período que vai do fim da gestação até por volta do primeiro
mês do bebê, em que a mulher teria uma hipersensibilidade às
necessidades do bebê. Este estado tão necessário, caso fosse vivido fora da
maternidade, seria considerado esquizóide e, no entanto, é fundamental
para a vinculação com a criança. Faz parte deste estado, uma certa dose
de humor depressivo, a tarefa de uma mãe de bebê é monótona,
desgastante e sem recompensas ou reconhecimento do bebê, em curto
prazo, o bebê é impiedoso em suas necessidades e é difícil que a mãe
possa atender-lhe se estiver num estado de agitação maníaca.
18. Actuação de Enfermagem em Situações de Psicose
Puerperal
As ações de enfermagem durante o prénatal e puerpério podem
diminuir e até mesmo eliminar a possibilidade de que a mãe venha a
cometer infanticídio logo após o parto, motivada pela psicose puerperal,
considera-se que as políticas de saúde destinadas à mulheres
gestantes em Angola abordam somente as questões fisiológicas,
deixando as possíveis alterações psíquicas de lado, o que o enfermeiro
tem buscado é o seu papel de agente terapêutico, aplicando protocolos
e normas, classificando diagnósticos e medindo resultados, para que o
médico possa tomar decisões. Entretanto, no que se refere à saúde
mental, campo em que se insere a psicose puerperal, o enfermeiro
precisa encontrar uma forma de atender as subjetividades, ouvindo e
atuando conforme cada caso específico.
19. CONCLUSÃO
Após feita esta pesquisa, conclui-se que, os cuidados de enfermagem têm
um papel de suma importância para proporcionar uma qualidade de vida na
saúde das mulheres com psicose puerperal, onde o mesmo deve conduzir a
gestante até o seu período de puerpério, atendendo as alterações na relação
com o recém nascido, sendo a prevenção uma das principais competências
do profissional de enfermagem, durante sua formação, deve-se enfatizar a
identificação dos sinais e sintomas da psicose puerperal, ainda durante o
período gravídico. Assim sendo, quando a gestante possui uma assistência
qualificada durante o desenvolvimento da gestação, a mesma se sente
confortável para expressar seus medos, anseios, dificuldades ou queixas,
podendo prevenir os efeitos da depressão após parto.
21. Fig.1 – Representação de uma mãe
em estado de Desconfiança do bebê.
Fig.2 – Representação de uma mãe em
estado de Alteração de Humor.
Fig.4 – Representação de uma
Puerpera com Distúrbios Psicóticos.
Fig.3 – Representação de uma mulher
em estado de Confusão Mental.
Fig.5 – Representação de uma mãe em
estado de Rejeição do bebê.