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22 | Salvador, quarta-feira, 4 de fevereiro 2015
CORREIO
Vida*PERFIL TALIS CASTRO
Hiperativoemalta
Em cartaz no
teatro e cinema,
ator fará quatro
peças em março
Roberto Midlej
roberto.midlej@redebahia.com.br
TalisCastroédotipoquenão
para quieto: atua, canta, dan-
ça, produz, dirige, roteiriza e
ainda é empresário. Não à toa,
o nome de sua empresa, da
área de comunicação, se cha-
ma Hiperativa, exatamente
comoeleserevela.Atuandona
peça Abafabanca e no filme
Depois da Chuva, ambos em
cartaz em Salvador, o ator de
28 anos vive um dos seus mo-
mentos de maior atividade na
carreira.
Menino, aos 6 ou 7 anos,
ainda em Ribeira do Pombal,
onde nasceu, a cerca de 300
quilômetros de Salvador, Talis
brincavadeteatrocomasrou-
pasdaavó,Beatriz,umanove-
leira inveterada. Ali começava
adespontaraveiacômicapara
interpretarpersonagenscomo
aPatiFaria,deAbafabanca,da
Cia. Baiana de Patifaria, grupo
teatral fundado em 1987, o
mesmodeABofetada,clássico
do teatro de humor baiano.
BESTEIROL “Fazer parte de
um espetáculo da Cia. Baiana
de Patifaria pra mim é uma
loucura, afinal muita gente
incrível já passou ou ainda
está aqui, como Ricardo Cas-
tro, Lelo Filho e Frank Mene-
zes”,dizofalanteTalis.Além
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de A Bofetada foi fundamen-
tal na sua decisão de seguir
como ator.
“Quando vi A Bofetada, saí
do teatro com a certeza de que
queria atuar”, diz, enquanto
selembraqueospaisolevaram
ao teatro de forma contumaz.
Filho de um bancário que
sempre era transferido em ra-
zão da profissão, Talis passou
também parte da infância em
Nova Açores, no interior baia-
no, onde se apresentava com
umabandacoverdoMamonas
Assassinas. Na época, tinha
uns 10 anos e era estimulado
pela professora.
Pouco depois, veio morar
em Salvador e estudou no co-
légio Teresa de Lisieux, onde
começou a estudar teatro. Na-
quele tempo, já revelava seu
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sempreaOsTrapalhõeseCha-
ves. “Gostava, e ainda gosto
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Fantástico Mundo de Bobby,
Du, Dudu e Edu... Acho que o
timing do humor de desenho
animado é muito interessan-
te”, diz Talis.
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escola, que Talis conheceu
Osvaldo Rosa, diretor com
quem trabalharia por quase
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bém a produzir e a ter noções
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treiaemcircuitocomercial,na
montagem Clipes? Percussão
Cênica, do grupo Issucata-
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cotidianamente, mas que não
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tos musiciais.
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carreira desencantou. Em
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de profissão Daniel Farias,
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História do Sapo Tarô Bequê,
dirigida por Osvaldo Rosa.
Numa das exibições da peça,
estava na plateia Fernando
Guerreiro, um dos mais im-
portantes diretores do teatro
local e que havia trabalhado
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em montagens como A Bofe-
tada e na primeira encenação
de Abafabanca, em 1987.
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ótimo. Ficamos amigos e co-
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lembra-se Talis. Trabalhar
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questão de tempo, já dava pra
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Poesia, um drama denso em
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LOUCURA A montagem,
com texto do roteirista de te-
lenovelas Alcides Nogueira,
abordava o relacionamento
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Verlaine (1844-1896), inter-
pretado por Caio Rodrigo.
Àquelaaltura,Talisjáestavase
formando em Comunicação
Social pela Ucsal e fazia o Cur-
soLivredeTeatrodaUfba,que
teve que abandonar no final
por falta de tempo.
Mas valeu a pena, como diz
opróprioator:“PólvoraePoe-
sia foi um grande aprendizado
pramim.Trabalheicomoator,
produtor e ainda fiz a parte de
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cincomesesdeloucuraatéen-
trar em cartaz”, lembra-se.
Na época, o ator se revezava
entre o drama e a comédia,
pois estava encenando com
quatro colegas o Clube dos
Hienas, espetáculo de stand
up comedy que Talis ainda
apresenta de vez em quando
com a colega Karla Koimbra.
Da amizade com Guerreiro
surgiuumoutrotrabalholiga-
do à comédia, que foi o Stand
Up Kombi, espetáculo itine-
rante em que comediantes
convidados por Talis se apre-
sentam em diversos bairros de
Salvador. Bancando o mestre
de cerimônias, Talis já levou
Pisit Mota, Zé da Mala e Ga-
brielBandarra,conhecidope-
lo “argentino do arrocha”.
Mas Pólvora e Poesia ainda
lhe traria uma oportunidade
inédita, que Talis havia sem-
pre desejado: o cinema. Os ci-
neastas Cláudio Marques e
Marília Hughes, que estavam
definindo o elenco do filme
SEM MEDO DE EXPERIMENTAR
O ator baiano Talis Castro tem se revelado um
dos mais versáteis da sua geração, atuando em
comédias escrachadas, como Abafabanca, e
dramas densos, como Pólvora e Poesia. No
cinema, ele estreia em Depois da Chuva, em cartaz
MARINA SILVA
Talis Castro nasceu em Ribeira do Pombal e começou a estudar teatro na escola, com Osvaldo Rosa, aos 11
CORREIO
Vida | 23Salvador, quarta-feira, 4 de fevereiro 2015
Depois da Chuva, buscavam
alguém para interpretar Tales,
um cara anarquista locutor de
umarádiopirata.Aduplafoiao
EspaçoCulturalBarroquinhae
ficou atenta a Castro.
“Estávamos rodando a ci-
dade em busca de um ator que
pudesse dar conta de um per-
sonagem que era romântico,
mas, ao mesmo tempo, auto-
destrutivo”, lembra Cláudio
Marques, 44 anos. Marília
Hughes, 36, saiu encantada
com a atuação dele em Pólvora
e Poesia e decidiu, junto com o
colega (e marido), chamar o
atorparaconversar.Paraoiní-
ciodostestesfoiumpulo.“Fa-
lei demais naquele dia, como
de costume”, brinca Talis.
SINTONIA Passaram-se al-
guns meses daquela conversa
eTalisjánãotinhamuitaespe-
rançaquandofoichamadopa-
ra uma nova fase de testes.
Dessa vez alguns colegas com
quem iria contracenar, como
Sophia Corral, Paula Carneiro
e Pedro Maia. A sintonia entre
oelencofoiimediataelogoTa-
lis foi confirmado no filme.
“Ele tem uma presença
muito marcante e uma parte
significativa do filme só existe
graças a ele”, garante Cláudio
Marques. “Fui de olhos e ou-
vidos bem abertos, disposto a
aprender, porque era minha
estreia no cinema. E foi óti-
mo!”, diz Talis que, enquanto
sepreparavaparagravar,con-
versava com algumas pessoas
sobre política, anarquia e ou-
tros temas ligados ao filme.
Feliz com a experiência nas
telas, ele faz planos para o fu-
turo e já começa a estabelecer
umapontecomoeixoRio-São
Paulo para, em breve, mu-
dar-se para lá. Mas, enquanto
não chega a hora, a vida por
aquinãopara.Emmarço,Talis
estará em quatro espetáculos
muito diferentes um do outro:
o infantil Pumm, também di-
rigido por ele; o drama Coral -
Uma Etno(cena)grafia; Aba-
fabanca e A Paixão de Cristo,
em que interpretará o Anjo
GabrielePedro.Pelovisto,um
dia o sonho de dona Beatriz,
sua avó, ainda vai se realizar:
“Penso em, no futuro, fazer
novelas sim”, diz Talis.
Depois da Chuva tem recebido
elogios da crítica nacional
A repercussão de Depois da
Chuva, estreia de Marília
Hughes e Cláudio Marques na
direção de longas, tem tido
ótima repercussão dos
críticos. Depois de passar por
mais de 30 festivais e de
ganhar prêmios como o de
melhor ator para Pedro Maia
no Festival de Brasília, o
longa estreou em 15 de
janeiro. Na Folha de S. Paulo,
o exigente crítico Sérgio
Alpendre foi claro: “Vem da
Bahia o melhor filme da
década até aqui, entre os da
nova geração de diretores
brasileiros”. Cláudio Marques
não esconde o entusiasmo:
“Alpendre tem sido muito
duro com essa geração e
acolheu muito bem o filme”.
Outro crítico igualmente
exigente, Inácio Araújo foi
também elogioso,
destacando os
enquadramentos e a
condução da trama. Até o
último levantamento feito
por Marques, na semana
passada, o filme tinha
vendido 10 mil ingressos: “É
bastante se pensarmos que no
ano passado somente 30%
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passaram dessa marca. Mas é
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Loucas Pra Casar fez 600 mil
espectadores, mas gastou R$
8 milhões em publicidade”.
A VIOLÊNCIA SOB OLHAR DAS MULHERES
O espetáculo Quem É Ela volta a ser apresentado, de amanhã
até sábado, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 19h. A
montagem, que aborda a violência, é baseada em obras de
autores como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de
Mello Neto e Castro Alves. A Lei Maria da Penha também
motivou as autoras Luciana Souza e Edvana Carvalho.
TELMA
Érico Brás está
chamando os amigos
para gravar vídeos de
saudação ao Ara Ketu
>> pág. 24
AGENDA
Marcia Castro
começa hoje mais
uma edição da sua
Pipoca Moderna
>> pág. 28
Pólvora e Poesia
Dirigido por Fernando Guerreiro, Talis atuou na peça como o poeta Arthur Rimbaud e contracenava
com Caio Rodrigo, que vivia Paul Verlaine. A montagem, que estreou em 2010, foi a vitrine para que
os diretores Cláudio Marques e Marília Hughes, de Depois da Chuva, descobrissem seu talento.
Abafabanca
Atualmente em cartaz no Teatro do Isba, a montagem traz de volta ao palco a primeira peça da Cia.
Baiana de Patifaria. Nela, Talis interpreta Patrícia Faria, ou Pati Faria, como prefere ser chamada. O
ator diz que gosta principalmente da liberdade que tem para compor o personagem e improvisar.
FOTOS:MAIRALINS/DIVULGAÇÃO
AGNES CAJAIBA/DIVULGAÇÃO
Em Depois da Chuva, Talis Castro interpreta um jovem anarquista e romântico, mas autodestrutivo
Talis tem uma
presença muito
marcante e
uma parte
significativa de
Depois da
Chuva só existe
graças a ele
Cláudio Marques,
codiretor de Depois da Chuva
Fazer parte de
um espetáculo
da Cia. Baiana
de Patifaria pra
mim é uma
loucura. Muita
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passou aqui
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  • 1. 22 | Salvador, quarta-feira, 4 de fevereiro 2015 CORREIO Vida*PERFIL TALIS CASTRO Hiperativoemalta Em cartaz no teatro e cinema, ator fará quatro peças em março Roberto Midlej roberto.midlej@redebahia.com.br TalisCastroédotipoquenão para quieto: atua, canta, dan- ça, produz, dirige, roteiriza e ainda é empresário. Não à toa, o nome de sua empresa, da área de comunicação, se cha- ma Hiperativa, exatamente comoeleserevela.Atuandona peça Abafabanca e no filme Depois da Chuva, ambos em cartaz em Salvador, o ator de 28 anos vive um dos seus mo- mentos de maior atividade na carreira. Menino, aos 6 ou 7 anos, ainda em Ribeira do Pombal, onde nasceu, a cerca de 300 quilômetros de Salvador, Talis brincavadeteatrocomasrou- pasdaavó,Beatriz,umanove- leira inveterada. Ali começava adespontaraveiacômicapara interpretarpersonagenscomo aPatiFaria,deAbafabanca,da Cia. Baiana de Patifaria, grupo teatral fundado em 1987, o mesmodeABofetada,clássico do teatro de humor baiano. BESTEIROL “Fazer parte de um espetáculo da Cia. Baiana de Patifaria pra mim é uma loucura, afinal muita gente incrível já passou ou ainda está aqui, como Ricardo Cas- tro, Lelo Filho e Frank Mene- zes”,dizofalanteTalis.Além disso, o ator reconhece que assistir a uma das montagens de A Bofetada foi fundamen- tal na sua decisão de seguir como ator. “Quando vi A Bofetada, saí do teatro com a certeza de que queria atuar”, diz, enquanto selembraqueospaisolevaram ao teatro de forma contumaz. Filho de um bancário que sempre era transferido em ra- zão da profissão, Talis passou também parte da infância em Nova Açores, no interior baia- no, onde se apresentava com umabandacoverdoMamonas Assassinas. Na época, tinha uns 10 anos e era estimulado pela professora. Pouco depois, veio morar em Salvador e estudou no co- légio Teresa de Lisieux, onde começou a estudar teatro. Na- quele tempo, já revelava seu interesse por humor e assistia sempreaOsTrapalhõeseCha- ves. “Gostava, e ainda gosto muito, de desenhos anima- dos. Adorava Johnny Bravo, O Fantástico Mundo de Bobby, Du, Dudu e Edu... Acho que o timing do humor de desenho animado é muito interessan- te”, diz Talis. Foi naquele curso, ainda na escola, que Talis conheceu Osvaldo Rosa, diretor com quem trabalharia por quase dez anos. “Osvaldo não me ensinou só a atuar, mas tam- bém a produzir e a ter noções de figurino. É um mestre!”, entusiasma-se.Comodiretor, participou de festivais de tea- tro em escolas e fez a sua es- treiaemcircuitocomercial,na montagem Clipes? Percussão Cênica, do grupo Issucata- som. Talis atuava como ator e também músico, tirando sons percussivos de objetos usados cotidianamente, mas que não eram exatamente instrumen- tos musiciais. Depois dessa experiência, a carreira desencantou. Em substituição ao amigo e colega de profissão Daniel Farias, atuou na peça A Maravilhosa História do Sapo Tarô Bequê, dirigida por Osvaldo Rosa. Numa das exibições da peça, estava na plateia Fernando Guerreiro, um dos mais im- portantes diretores do teatro local e que havia trabalhado com a Cia. Baiana de Patifaria em montagens como A Bofe- tada e na primeira encenação de Abafabanca, em 1987. “Conheci Guerreiro e foi ótimo. Ficamos amigos e co- meçamos a trocar ideias”, lembra-se Talis. Trabalhar com o diretor era apenas uma questão de tempo, já dava pra imaginar. E o convite veio em 2010, para a peça Pólvora e Poesia, um drama denso em que Talis interpretava o poeta Arthur Rimbaud (1854-1891). LOUCURA A montagem, com texto do roteirista de te- lenovelas Alcides Nogueira, abordava o relacionamento entre Arthur Rimbaud e Paul Verlaine (1844-1896), inter- pretado por Caio Rodrigo. Àquelaaltura,Talisjáestavase formando em Comunicação Social pela Ucsal e fazia o Cur- soLivredeTeatrodaUfba,que teve que abandonar no final por falta de tempo. Mas valeu a pena, como diz opróprioator:“PólvoraePoe- sia foi um grande aprendizado pramim.Trabalheicomoator, produtor e ainda fiz a parte de comunicação da peça. Foram cincomesesdeloucuraatéen- trar em cartaz”, lembra-se. Na época, o ator se revezava entre o drama e a comédia, pois estava encenando com quatro colegas o Clube dos Hienas, espetáculo de stand up comedy que Talis ainda apresenta de vez em quando com a colega Karla Koimbra. Da amizade com Guerreiro surgiuumoutrotrabalholiga- do à comédia, que foi o Stand Up Kombi, espetáculo itine- rante em que comediantes convidados por Talis se apre- sentam em diversos bairros de Salvador. Bancando o mestre de cerimônias, Talis já levou Pisit Mota, Zé da Mala e Ga- brielBandarra,conhecidope- lo “argentino do arrocha”. Mas Pólvora e Poesia ainda lhe traria uma oportunidade inédita, que Talis havia sem- pre desejado: o cinema. Os ci- neastas Cláudio Marques e Marília Hughes, que estavam definindo o elenco do filme SEM MEDO DE EXPERIMENTAR O ator baiano Talis Castro tem se revelado um dos mais versáteis da sua geração, atuando em comédias escrachadas, como Abafabanca, e dramas densos, como Pólvora e Poesia. No cinema, ele estreia em Depois da Chuva, em cartaz MARINA SILVA Talis Castro nasceu em Ribeira do Pombal e começou a estudar teatro na escola, com Osvaldo Rosa, aos 11
  • 2. CORREIO Vida | 23Salvador, quarta-feira, 4 de fevereiro 2015 Depois da Chuva, buscavam alguém para interpretar Tales, um cara anarquista locutor de umarádiopirata.Aduplafoiao EspaçoCulturalBarroquinhae ficou atenta a Castro. “Estávamos rodando a ci- dade em busca de um ator que pudesse dar conta de um per- sonagem que era romântico, mas, ao mesmo tempo, auto- destrutivo”, lembra Cláudio Marques, 44 anos. Marília Hughes, 36, saiu encantada com a atuação dele em Pólvora e Poesia e decidiu, junto com o colega (e marido), chamar o atorparaconversar.Paraoiní- ciodostestesfoiumpulo.“Fa- lei demais naquele dia, como de costume”, brinca Talis. SINTONIA Passaram-se al- guns meses daquela conversa eTalisjánãotinhamuitaespe- rançaquandofoichamadopa- ra uma nova fase de testes. Dessa vez alguns colegas com quem iria contracenar, como Sophia Corral, Paula Carneiro e Pedro Maia. A sintonia entre oelencofoiimediataelogoTa- lis foi confirmado no filme. “Ele tem uma presença muito marcante e uma parte significativa do filme só existe graças a ele”, garante Cláudio Marques. “Fui de olhos e ou- vidos bem abertos, disposto a aprender, porque era minha estreia no cinema. E foi óti- mo!”, diz Talis que, enquanto sepreparavaparagravar,con- versava com algumas pessoas sobre política, anarquia e ou- tros temas ligados ao filme. Feliz com a experiência nas telas, ele faz planos para o fu- turo e já começa a estabelecer umapontecomoeixoRio-São Paulo para, em breve, mu- dar-se para lá. Mas, enquanto não chega a hora, a vida por aquinãopara.Emmarço,Talis estará em quatro espetáculos muito diferentes um do outro: o infantil Pumm, também di- rigido por ele; o drama Coral - Uma Etno(cena)grafia; Aba- fabanca e A Paixão de Cristo, em que interpretará o Anjo GabrielePedro.Pelovisto,um dia o sonho de dona Beatriz, sua avó, ainda vai se realizar: “Penso em, no futuro, fazer novelas sim”, diz Talis. Depois da Chuva tem recebido elogios da crítica nacional A repercussão de Depois da Chuva, estreia de Marília Hughes e Cláudio Marques na direção de longas, tem tido ótima repercussão dos críticos. Depois de passar por mais de 30 festivais e de ganhar prêmios como o de melhor ator para Pedro Maia no Festival de Brasília, o longa estreou em 15 de janeiro. Na Folha de S. Paulo, o exigente crítico Sérgio Alpendre foi claro: “Vem da Bahia o melhor filme da década até aqui, entre os da nova geração de diretores brasileiros”. Cláudio Marques não esconde o entusiasmo: “Alpendre tem sido muito duro com essa geração e acolheu muito bem o filme”. Outro crítico igualmente exigente, Inácio Araújo foi também elogioso, destacando os enquadramentos e a condução da trama. Até o último levantamento feito por Marques, na semana passada, o filme tinha vendido 10 mil ingressos: “É bastante se pensarmos que no ano passado somente 30% dos filmes nacionais passaram dessa marca. Mas é pouco se notarmos que Loucas Pra Casar fez 600 mil espectadores, mas gastou R$ 8 milhões em publicidade”. A VIOLÊNCIA SOB OLHAR DAS MULHERES O espetáculo Quem É Ela volta a ser apresentado, de amanhã até sábado, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 19h. A montagem, que aborda a violência, é baseada em obras de autores como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Mello Neto e Castro Alves. A Lei Maria da Penha também motivou as autoras Luciana Souza e Edvana Carvalho. TELMA Érico Brás está chamando os amigos para gravar vídeos de saudação ao Ara Ketu >> pág. 24 AGENDA Marcia Castro começa hoje mais uma edição da sua Pipoca Moderna >> pág. 28 Pólvora e Poesia Dirigido por Fernando Guerreiro, Talis atuou na peça como o poeta Arthur Rimbaud e contracenava com Caio Rodrigo, que vivia Paul Verlaine. A montagem, que estreou em 2010, foi a vitrine para que os diretores Cláudio Marques e Marília Hughes, de Depois da Chuva, descobrissem seu talento. Abafabanca Atualmente em cartaz no Teatro do Isba, a montagem traz de volta ao palco a primeira peça da Cia. Baiana de Patifaria. Nela, Talis interpreta Patrícia Faria, ou Pati Faria, como prefere ser chamada. O ator diz que gosta principalmente da liberdade que tem para compor o personagem e improvisar. FOTOS:MAIRALINS/DIVULGAÇÃO AGNES CAJAIBA/DIVULGAÇÃO Em Depois da Chuva, Talis Castro interpreta um jovem anarquista e romântico, mas autodestrutivo Talis tem uma presença muito marcante e uma parte significativa de Depois da Chuva só existe graças a ele Cláudio Marques, codiretor de Depois da Chuva Fazer parte de um espetáculo da Cia. Baiana de Patifaria pra mim é uma loucura. Muita gente incrível já passou aqui Talis Castro, que hoje integra a companhia