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Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005
Ovário-histerectomia: estudo experimental comparativo entre as abordagens
laparoscópica e aberta na espécie canina. II- Evolução clínica pós-operatória
[Ovariohysterectomy: experimental and comparative study between laparoscopic and conventional approaches. II-
Post-operative clinical evolution]
C. Malm1
, P.R. Savassi-Rocha2
, V.A. Gheller1
, H.P. Oliveira1
, A.R. Lamounier3
, V. Foltynek4
1
Escola de Veterinária da UFMG
Caixa Postal 567
30123-970 – Belo Horizonte, MG
2
Instituto Alfa de Gastroenterologia – Hospital das Clínicas da UFMG
3
Escola de Veterinária – PUC – Betim
4
Estudante de Mestrado – Escola de Veterinária da UFMG
RESUMO
Avaliou-se a evolução clínica pós-operatória de 30 cadelas sem raça definida, durante sete dias,
aleatoriamente distribuídas em dois grupos de 15 animais, submetidas à ovário-histerectomia (OVH)
pelas abordagens laparoscópica (grupo I) e aberta (grupo II). Avaliaram-se os parâmetros de
comportamento, fisiológicos e de complicações na ferida cirúrgica. Foi utilizada uma escala descritiva
para avaliação da dor e das complicações pós-operatórias. Não foram encontradas diferenças
significativas entre os grupos quanto às variáveis: locomoção, postura, interferência na ferida cirúrgica,
tensão abdominal, vocalização, apetite, evacuação, freqüências cardíaca e respiratória e temperatura
corporal. Quando as variáveis de comportamento e fisiológicas foram avaliadas em conjunto (escore 1),
observou-se maior dor pós-operatória apenas no segundo dia do pós-operatório nas cadelas submetidas à
cirurgia aberta. Quando as complicações das feridas cirúrgicas foram avaliadas em conjunto (escore 2),
observou-se maior ocorrência dessas nos animais do grupo 1. O escore total (somatória dos escores 1 e 2)
mostrou que a recuperação pós-operatória foi semelhante nas duas abordagens estudadas.
Palavras-chave: cadela, laparoscopia, ovário-histerectomia, dor pós-operatória
ABSTRACT
It was compared the post-operative phase (seven days) of 30 bitches, randomly divided in two groups of
15 animals and submitted to laparoscopic (group I) and conventional ovariohisterectomy (group II). Both
groups were compared by behavioral and physiological parameters, as well as post-operative
complications of the surgical site. A descriptive scale was used to evaluate the behavioral and post
operative complications. No statistical differences were observed between the groups when the
locomotion, posture, surgical wound interference, abdominal tension, vocalization, appetite, cardiac and
respiratory rates, body temperature and evacuation were individually analyzed. When the behavioral and
physiological parameters were evaluated together (score 1), there was evidence of major post-operative
pain only in the second day in bitches submitted to conventional surgery. When surgical wound
complications were analyzed as a whole (score 2), they were more frequent in group I. The total score
(score 1 + score 2) showed similarity to post-operative recovery between the two surgical approaches.
Keywords: bitch, laparoscopy, ovariohysterectomy, post-operative pain
Recebido para publicação em 13 de julho de 2004
Recebido para publicação, após modificações, em 25 de maio de 2005
E-mail: malm@vet.ufmg.br
Ovário-histerectomia: estudo experimental...
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 163
INTRODUÇÃO
Na medicina humana, estudos comprovam que a
cirurgia laparoscópica oferece vantagens quando
comparada com a aberta. Pequenas incisões,
menor trauma tissular, melhor função
respiratória, menos dor pós-operatória, menor
tempo de hospitalização e recuperação pós-
cirúrgica mais rápida são citados por Graves et
al. (1991), Soper e Dunnegan (1993) e Savassi-
Rocha (1995). A via laparoscópica é muito
atraente, pois leva à diminuição dos custos
hospitalares e do tempo de hospitalização, além
de promover retorno mais rápido do paciente às
suas atividades normais. Numerosas pesquisas
têm demonstrado as vantagens e as possíveis
complicações dessa abordagem (Andreollo et al.,
1999; Hendolin et al., 2000). Considerando a
qualidade da recuperação pós-operatória do
paciente humano, o grau de dor nessa fase tem
sido investigado e correlacionado com
complicações pulmonares, estados mórbidos,
estresse e tempo de recuperação (Frazee et al.,
1991; Hendolin et al., 2000).
Na medicina veterinária, a laparoscopia é uma
abordagem inovadora que tem sido utilizada em
vários procedimentos cirúrgicos, incluindo a
ovário-histerectomia (OVH) (Minami et al.,
1997; Aguilar et al., 1997; Brun, 1999; Malm et
al., 2004). No entanto, não foram citados na
literatura consultada estudos comparativos entre
as abordagens laparoscópica e aberta. Na
introdução dessa nova abordagem cirúrgica, é
pertinente o estudo da evolução pós-operatória
em animais, considerando que, em humanos, ela
oferece muitas vantagens. Quanto à dor pós-
operatória e à recuperação do paciente animal,
existe grande interesse nesse tipo de pesquisa,
uma vez que, atualmente, a preocupação ética
com o sofrimento e o bem-estar animal é uma
questão certa e indiscutível (Rollin, 2002).
Este trabalho teve como objetivo avaliar a
evolução clínica pós-operatória (parâmetros de
comportamento, fisiológicos e complicações na
ferida cirúrgica), durante sete dias, em cadelas
submetidas à ovário-histerectomia pelas
abordagens laparoscópica e aberta.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas 30 cadelas, hígidas, sem raça
definida, jovens (oito meses a dois anos de
idade) pesando entre 6,5 e 19,0kg. Os animais
permaneceram, durante 15 dias, em canis com
solário para fins de observação e adaptação,
sendo alimentados com ração comercial1
. Em
seguida, foram alojados em canis individuais e
distribuídos ao acaso formando dois grupos de
15.
No pré-operatório imediato, procedeu-se à
mensuração das freqüências cardíaca e
respiratória e da temperatura corporal, bem como
à administração de cefalotina sódica 2
(30mg/kg/IV), 30 minutos antes da intervenção
cirúrgica. O preparo do equipamento
laparoscópico para os procedimentos cirúrgicos,
esterilização do material e montagem da equipe
cirúrgica foram descritos por Malm et al. (2004).
Os animais foram submetidos aos procedimentos
pré-anestésico e anestésico e, em seguida, à
OVH laparoscópica (grupo I) e OVH aberta
(grupo II), segundo descrição feita por Malm et
al. (2004). Logo após o término do procedimento
cirúrgico, procedeu-se ao curativo das feridas
cirúrgicas com gaze estéril e esparadrapo e
colocação do colar elisabetano. Não foram
administradas drogas analgésicas no pós-
operatório, para que não houvesse qualquer
interferência nas avaliações clínicas e
comportamentais propostas. Os animais
permaneceram em canis individuais durante o
retorno anestésico.
Os exames clínicos, para avaliação pós-
operatória, iniciaram-se na manhã seguinte, e
foram realizados, uma vez ao dia, entre 8 e 12
horas, durante sete dias, com a participação de
três avaliadores. As interpretações foram
registradas em fichas de evolução clínica pós-
operatória (Tab. 1). Os curativos e o colar
elisabetano eram removidos para permitir
melhores avaliações clínicas e comportamentais.
1
Herói – GUABI – Mogiana Alimentos S.A, Campinas,
Brasil.
2
Cefalotina – ARISTON - Indústria Química e Farmacêutica
Ltda., São Paulo, Brasil.
Malm et al.
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005164
Tabela 1. Ficha de evolução clínica pós-operatória com escala descritiva de avaliação de dor em cadelas
submetidas à ovário-histerectomia laparoscópica e aberta
Cadela no
Data: Hora: Abordagem cirúrgica:
Parâmetro Escore Descrição
Comportamental
0 Sim
1 Locomoção espontânea
1 Não
0 Em pé
1 Deitado e levanta ao estímulo
2 Deitado, levanta ao estímulo e cifose
2 Postura corporal
3 Deitado e não levanta ao estímulo
0 Não
3 Interferência do animal na ferida cirúrgica
1 Sim
0 Sem reação
1 Leve desconforto, atento à palpação, olhar para a área manipulada.
2
Desconforto, movimentação, agitação, tentativas para sair do
estímulo da palpação
4 Reação do animal à palpação da área operada
3
Reação agressiva, movimentação, vocalização, retirada do
estímulo, tentativa de morder
0 Normal
5 Abdômen
1 Tensão da parede abdominal
0 Não
6 Vocalização
1 Sim
0 Normorexia
1 Hiporexia7 Apetite
2 Anorexia
Fisiológico
0 0% a 15% acima do valor no pré-operatório
1 De 16% a 29% acima do valor no pré-operatório
2 De 30% a 45% acima do valor no pré-operatório
8 Freqüência cardíaca
3 Acima de 45% do valor no pré-operatório
0 0% a 15% acima do valor no pré-operatório
1 De 16% a 29% acima do valor no pré-operatório
2 De 30% a 45% acima do valor no pré-operatório
9 Freqüência respiratória
3 Acima de 45% do valor no pré-operatório
0 Temperatura normal
10 Temperatura corporal
1 Temperatura retal acima da variação normal para a espécie canina
0 Sim
Escore1:
11 Evacuação
1 Não
Complicação pós-operatória relacionada ao sítio cirúrgico
0 Ausente
1 Discreto
2 Moderado
12 Enfisema subcutâneo
3 Acentuado
0 Não
13 Hematoma
1 Sim
0 Não
14 Seroma
1 Sim
0 Não
15 Infecção
1 Sim
0 Não
Escore2:
16 Deiscência
1 Sim
Escore 1 + escore 2 = escore total:
Ovário-histerectomia: estudo experimental...
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 165
Para avaliar a dor e o desconforto no período
pós-operatório, foi utilizada uma ficha de
evolução clínica pós-operatória com uma escala
descritiva que permitiu a análise de sete
parâmetros de comportamento e quatro
parâmetros fisiológicos (Tab. 1). Cada parâmetro
contém as descrições de diferentes manifestações
exibidas pelo animal durante o exame clínico.
Para cada parâmetro e suas respectivas
manifestações, foram atribuídos valores
numéricos (escores) (Tab. 1). No momento da
avaliação, os observadores atribuíam um valor a
cada manifestação exibida pelo animal. Os
valores obtidos foram posteriormente somados
para determinação do escore 1, que mostrou a
evolução da dor e as alterações dos parâmetros
fisiológicos, em cada animal, no período pós-
operatório. A contagem variou de zero a 19
pontos, sendo que o valor zero indicou a
ausência de dor e de alterações nos parâmetros
fisiológicos, e o valor 19 indicou o grau máximo
de resposta para cada variável citada. Essa ficha
foi também utilizada para registrar a ocorrência e
a evolução de complicações nas feridas
cirúrgicas, por animal, nas duas abordagens,
mediante atribuição de valores numéricos
(escores), cuja soma representou o escore 2 (Tab.
1). A contagem variou de zero a sete pontos, em
que o valor zero indicou ausência de
complicações e o sete, a ocorrência de todas as
complicações estudadas.
O escore 1 médio foi obtido pela somatória dos
escores 1 de todas as 15 cadelas, em cada dia do
pós-operatório, para cada abordagem, dividido
pelo número de animais estudados em cada
grupo (n=15). Idêntico procedimento foi feito
para a obtenção de escore 2 médio.
O escore total (escore 1 + escore 2) representou a
somatória das alterações nos parâmetros
comportamental, fisiológico e complicação da
ferida cirúrgica. Mostrou a evolução clínica pós-
operatória e a qualidade da recuperação dos
pacientes nesse período. Nesse caso, os valores
numéricos variaram de zero a 26 pontos, de
modo que o valor zero indicou ausência de dor e
de complicações e o valor 26, o grau máximo de
dor com ocorrência de todas as complicações.
Durante sete dias de pós-operatório, foram
realizadas 105 avaliações em cada grupo. Os
dados obtidos no pré-cirúrgico, antes de qualquer
manipulação dos animais (avaliação zero),
serviram como controle para as demais
avaliações no pós-operatório.
O estudo estatístico constou de: análise de
variância com médias comparadas pelos testes
Kruskall-Wallis ou Wilcoxon para as variáveis
não paramétricas (palpação do sítio cirúrgico,
tensão abdominal, apetite, vocalização e
enfisema subcutâneo); análise de variância com
médias comparadas pelo teste Duncan para os
dados numéricos (freqüências cardíaca e
respiratória e temperatura corporal) e dispersão
de freqüência (χ2
) utilizando-se o teste exato de
Fisher para as variáveis qualitativas com
respostas dicotômicas como locomoção, postura,
evacuação, interferência nas feridas cirúrgicas,
hematoma, seroma, infecção e deiscência. Os
escores 1, 2 e total foram submetidos aos testes
Kruskall-Wallis, para comparação ao longo dos
sete dias do pós-operatório no mesmo grupo, e
Wilcoxon, para comparação entre os dois grupos
ao longo do período pós-operatório. Diferenças
foram consideradas significativas quando
P<0,05.
RESULTADOS
Não houve diferença entre as duas abordagens
cirúrgicas estudadas quanto à postura corporal
(Fig. 1), interferência na ferida cirúrgica (Fig. 2),
tensão abdominal (Fig. 3), vocalização (Fig. 4),
apetite (Fig.5), freqüências cardíaca e respiratória,
temperatura corporal e evacuação. Para todos os
animais, a locomoção espontânea normal ocorreu
a partir do primeiro dia do pós-operatório.
Com relação às reações à palpação do sítio
cirúrgico, nas cirurgias laparoscópicas (grupo I),
houve diferença (P<0,05) quando o primeiro dia
de pós-operatório foi comparado com os quatro
últimos dias. Maior número de animais
apresentou mais desconforto e dor à palpação da
área operada no primeiro dia em comparação aos
dias 4, 5, 6 e 7, ocorrendo diminuição na
sensação dolorosa na evolução do pós-operatório
(Fig. 6). Nas demais comparações entre os dias,
não foram observadas diferenças (P>0,05). No
grupo das cirurgias abertas, observou-se
diferença (P<0,05) dos dias 1, 2 e 3 quando
comparados aos dias 5, 6 e 7. Nesses últimos,
houve apenas evidência de leve desconforto
durante a palpação da área operada (Fig. 7).
Nenhuma diferença (P>0,05) foi observada no
dia 4 em relação aos demais dias.
Malm et al.
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005166
96,19 94,29
0
20
40
60
80
100
Animaisempécom
movimentação(%)
Laparoscopia
Aberta
Figura 1. Percentual de observações para animais em pé com movimentação espontânea (escore 0)
durante o pós-operatório de sete dias (n= 210), de acordo o grupo estudado (P= 0,834 – teste exato de
Fisher).
53,33
49,52
0
20
40
60
80
100
Interferênciaem
feridascirúrgicas
(%)
Laparoscopia Aberta
Figura 2. Percentual de observações de interferência na ferida cirúrgica durante o pós-operatório de sete
dias (n= 210), de acordo com o grupo estudado (P = 0,755 – teste exato de Fisher).
50,48
41,9
0
20
40
60
80
100
Observaçõesde
tensão
abdominal(%)
Laparoscopia Aberta
Figura 3. Percentual de observações de tensão abdominal pós-operatória em 210 observações, nos dois
grupos estudados (P = 0,134 – teste exato de Fisher).
Ovário-histerectomia: estudo experimental...
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 167
23,81
19,85
0
20
40
60
80
100
Laparoscopia Aberta
Figura 4. Percentual de observações de vocalização pós-operatória (n = 210) nos dois grupos estudados
(P = 0,844 – teste exato de Fisher).
80
14,29
5,71
71,43
21,9
6,67
0
20
40
60
80
100
Observaçõessobrea
ingestãoderação(%)
Laparoscopia Aberta
Normorexia
Hiporexia
Anorexia
Figura 5. Percentual de observações sobre a ingesta pós-operatória, de acordo com o escore utilizado e o
grupo estudado (n= 210) (P=0.321 – teste χ2
).
Figura 6. Dor ou desconforto dos animais do grupo I, segundo a avaliação por palpação do sítio cirúrgico,
de acordo com o dia da avaliação (P<0,05 no dia 1 em relação aos dias 4, 5, 6, 7 – teste de Kruskal-
Wallis).
1
0
5
9
0
1
6
8
0
2
5
8
11
5
8
4
0
7
4
3
0
8
4
7
1
6
1
0
3
6
9
12
15
Animais(n)
1 2 3 4 5 6 7
Dias
sem dor leve desc. reage c/ mov. reage,vocal. e morde
Malm et al.
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005168
Figura 7. Manifestação de dor ou desconforto dos animais do grupo II segundo a avaliação por palpação
do sítio cirúrgico, de acordo com o dia da avaliação (P<0,05 nos dias1, 2 e 3 em relação aos dias 5, 6 e 7–
teste de Kruskal-Wallis).
Houve diferença significativa entre os grupos na
resposta à palpação do sítio cirúrgico nos dias 5
(P = 0,021), 6 (P = 0,007) e 7 (P = 0,004), com
evidência de que as cadelas submetidas à
abordagem aberta mostraram, à palpação da área
operada, menor reação de desconforto e dor
nesses dias (Fig. 6 e 7). Na Fig. 8 vê-se a
evolução da dor ou desconforto, em ambos os
grupos, com base nas médias ponderadas,
considerando os quatro escores de reação à
palpação da área operada, em cada dia de
avaliação.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1 2 3 4 5 6 7
Dias
Médiasponderais
Laparoscopia Aberta
Figura 8. Evolução da dor ou desconforto à palpação do sítio cirúrgico, no pós-operatório e nos dois
grupos estudados. Os valores das médias ponderadas correspondem à intensidade da dor.
No grupo I, no transcorrer dos sete dias do pós-
operatório, ocorreram quatro casos de enfisema
subcutâneo, um de hematoma, seis de seroma,
cinco de deiscência dos pontos de pele e duas
ocorrências de infecção nos portais. No grupo II,
ocorreu um caso de seroma na ferida cirúrgica.
Ao longo de sete dias, os valores do escore 1
foram diferentes entre os grupos apenas no
segundo dia do pós-operatório (P= 0,034),
quando a dor foi mais evidente nas cadelas
submetidas à cirurgia aberta (Fig. 9). A dor
manifestada pelos animais, na escala proposta
(zero a 19), pôde ser classificada como de
intensidade leve. O escore 2 evidenciou maior
ocorrência de complicações pós-operatórias nas
cadelas do grupo I (Fig. 10). A Fig. 11 representa
o escore total e evidencia que a recuperação pós-
operatória foi semelhante entre as duas
abordagens.
000
15
00
1
14
00
2
13
0
1
6
8
1
1
10
3
4
1
8
2
4
4
6
1
0
3
6
9
12
15
Animais(n)
1 2 3 4 5 6 7
Dias
sem dor leve desc. reage c/ mov. reage,vocal. e morde
Ovário-histerectomia: estudo experimental...
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0
3
6
9
12
15
18
0 1 2 3 4 5 6 7
Dias
Escore1deavaliaçãodedor
Laparoscopia Aberta
Figura 9. Evolução da dor ou desconforto no pós-operatório nos dois grupos estudados considerando-se
os escores 1 médios (I=epm). Observou-se diferença entre os grupos. (P = 0,03417) apenas no dia 2 (teste
de Wilcoxon).
0
1
2
3
4
5
6
7
0 1 2 3 4 5 6 7
Dias
Escore2decomplicações
pós-operatórias
Laparoscopia Aberta
Gráfico 10. Complicações nas feridas cirúrgicas nos dois grupos estudados considerando-se os escores 2
médios (I=epm). Observou-se diferença entre os grupos nos dias 1-P = 0,01733; 2-P = 0,01751; 3-P =
0,00375; 4-P = 0,00375; 5-P = 0,00375; 6-P = 0,00238 e 7-P = 0,00098 (teste de Wilcoxon).
0
5
10
15
20
25
0 1 2 3 4 5 6 7
Dias
EscoreTotal
Laparoscopia Aberta
Figura 11. Evolução clínica pós-operatória nos dois grupos estudados considerando-se o escore total
(escore 1 + escore 2) (I=epm). Não foram observadas diferenças entre os grupos ao longo dos sete dias de
pós-operatório (teste de Wilcoxon – P>0,05).
Malm et al.
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005170
DISCUSSÃO
Na medicina veterinária, a avaliação da dor
baseia-se na observação e na interpretação
subjetiva de padrões de comportamento
complexos que variam em função da espécie,
raça, sexo, idade, condicionamento prévio,
condições do meio ambiente, dominância social,
saúde e individualidade (Johnson, 1991; Hardie
et al., 1997; Hardie, 2002). Parâmetros
fisiológicos, mesmo sendo inespecíficos, são
também utilizados em escalas multidimensionais,
juntamente com alterações do comportamento,
no intuito de avaliar e mensurar a dor nos
animais (Sackman, 1991; Hellyer e Gaynor,
1998; Firth e Haldane, 1999). Na medicina
humana, estimar a intensidade da dor também é
extremamente difícil, e variáveis fisiológicas do
comportamento bem como relatos do paciente
são usados com esse intuito (Tyler et al., 1993;
Merkel e Malviya, 2000).
A dor é uma experiência para a qual não há
medida direta, no entanto, com o melhor
entendimento sobre a nocicepção, descobriu-se
que números podem ser aplicados a certos
fenômenos comportamentais e fisiológicos,
atribuindo-lhes mais respeitabilidade e
segurança. Dessa forma, vários sistemas de
escore e escalas têm sido utilizados com a
finalidade de avaliar e mensurar a dor (Wall,
1992; Mathews, 2000; Hardie, 2002).
Neste estudo, mediante a utilização de uma
escala com avaliação de parâmetros clínicos e
fisiológicos, foi possível comparar o desconforto
e a dor pós-operatória entre as duas abordagens
cirúrgicas estudadas. Em resposta à dor, os
animais podem exibir sinais, como indiferença
ao ambiente e às pessoas, ausência de
movimentação, redução das atividades, redução
ou ausência do apetite, enquanto outros
apresentam inquietação, agressividade e
tentativas de fuga (Hansen, 1997; Hellyer e
Gaynor, 1998; Mathews, 2000; Hardie, 2002).
Postura de cifose, sentar ou deitar em posição
anormal, aumento do tônus da musculatura
abdominal e interferência na área operada foram
também relatados por esses autores. No presente
estudo, as cadelas, em ambos os grupos,
apresentaram alterações na postura corporal, no
apetite, na vocalização, na tensão abdominal à
palpação, além de interferência na área operada e
comportamento de tranqüilidade ou
agressividade. Os sinais permitiram classificar a
dor de acordo com o escore proposto. O fato de
não ter ocorrido diferença significativa entre os
dois grupos quanto às variáveis citadas pode
estar relacionado com o tipo de cirurgia. A OVH
é um procedimento que determina dor pós-
operatória de intensidade leve a moderada, que
varia em função da duração e da extensão do
procedimento, do grau de manipulação dos
tecidos, da idade e do escore corporal do animal
(Firth e Haldane, 1999; Mathews, 2000) A
classificação de procedimentos cirúrgicos,
estados mórbidos e traumas que determinam a
sensação dolorosa dependem do tipo de estímulo
nociceptivo inicial (Johnson, 1991; Mathews,
2000).
Enfisema subcutâneo, observado nas cadelas do
grupo I, tem sido relatado em humanos (Litwin
et al., 1992; Savassi-Rocha, 1995), em eqüinos
(Bouré et al., 1997) e em cães (Brun, 1999) e, na
maioria dos casos, o problema se resolve
espontaneamente pela reabsorção do gás, sem
maiores conseqüências danosas para o paciente
(Coelho, et al., 1995; De Lisle et al., 1995).
Outras ocorrências, como hematoma, seroma,
infecção e deiscência, verificadas no presente
estudo, são relatadas nas cirurgias laparoscópicas
em humanos (Schirmer et al., 1991; Soper e
Dunegan, 1993; Savassi-Rocha, 1995, Savassi-
Rocha et al., 1997), no entanto são citadas como
sendo mais freqüentes na técnica convencional.
As infecções ocorrem mais comumente nos
locais de introdução de trocartes, principalmente
no umbigo, local de retirada de estruturas
abdominais e de acúmulo de secreções (Coelho
et al., 1995).
As complicações ocorridas nas feridas cirúrgicas
foram mais observadas nas cadelas submetidas à
laparoscopia, o que difere dos relatos na
medicina humana. Essas alterações parietais
foram observadas em todos os portais e não
apenas naquele da retirada de vísceras, como
previamente citado em humanos. Além disso,
neste estudo, o portal para retirada de vísceras
situou-se na região retroumbilical paramediana
direita, entre a quarta e quinta glândulas
mamárias (Malm et al., 2004). Alguns fatores,
como: trauma local por excessiva e demorada
manipulação das cânulas e compressão nas
bordas das feridas, falhas na hemostasia de
pequenos vasos subcutâneos, comprometimento
dos linfáticos próximos às glândulas mamárias e
Ovário-histerectomia: estudo experimental...
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 171
possíveis resíduos de glutaraldeído no
instrumental laparoscópico podem explicar a
ocorrência das complicações parietais. Swaim
(1980) e Waldron e Trevor (1996) consideram
que a técnica cirúrgica traumática e a transeção
de tecidos ricos em vasos linfáticos, dentre
outros fatores, estão diretamente associados ao
desenvolvimento de seroma que, eventualmente,
evolui para infecção da ferida cirúrgica. As
complicações parietais podem ter contribuído
para maior desconforto ou maior manifestação da
dor nas cadelas do grupo I, por ocasião da
palpação da área operada. Segundo Pascoe
(1996), os tecidos lesados liberam mediadores
químicos que afetam a circulação local e
estimulam os nociceptores da área. Nessas
condições, a sensibilidade ao estímulo mecânico
está aumentada tanto no sítio cirúrgico como nos
tecidos adjacentes.
Na avaliação do escore 1, houve manifestação
mais intensa de dor no primeiro dia do pós-
operatório, independente do tipo de abordagem
cirúrgica, que diminuiu gradativamente até o
sétimo dia. Estes resultados estão de acordo com
Hansen (1997), ao comentar que a dor pós-
operatória apresenta curso previsto, com pico
entre 6 e 24 horas após a cirurgia, que diminui
progressivamente. Quando as duas abordagens
foram comparadas, os valores do escore 2
mostraram que houve maior ocorrência de
complicações nas feridas cirúrgicas na cirurgia
laparoscópica. Savassi-Rocha (1995),
Cooperman, (1995) e Malafaia e Campos (1995)
comentaram que, na medicina humana, as
complicações parietais são de baixa incidência,
pois as infecções nos locais de inserção de
trocartes são raras e facilmente tratadas. Apesar
das diferenças observadas entre os grupos nos
escores 1 e 2, quando estes foram agrupados
(escore total), ficou evidente que a recuperação
pós-operatória foi semelhante entre os dois
grupos.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a evolução clínica e a
recuperação pós-operatória das cadelas
submetidas à ovário-histerectomia pelas
abordagens laparoscópica e aberta se equivalem,
embora a incidência de complicações nas feridas
cirúrgicas seja maior nas cadelas operadas pela
laparoscopia.
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Malm 2005

  • 1. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 Ovário-histerectomia: estudo experimental comparativo entre as abordagens laparoscópica e aberta na espécie canina. II- Evolução clínica pós-operatória [Ovariohysterectomy: experimental and comparative study between laparoscopic and conventional approaches. II- Post-operative clinical evolution] C. Malm1 , P.R. Savassi-Rocha2 , V.A. Gheller1 , H.P. Oliveira1 , A.R. Lamounier3 , V. Foltynek4 1 Escola de Veterinária da UFMG Caixa Postal 567 30123-970 – Belo Horizonte, MG 2 Instituto Alfa de Gastroenterologia – Hospital das Clínicas da UFMG 3 Escola de Veterinária – PUC – Betim 4 Estudante de Mestrado – Escola de Veterinária da UFMG RESUMO Avaliou-se a evolução clínica pós-operatória de 30 cadelas sem raça definida, durante sete dias, aleatoriamente distribuídas em dois grupos de 15 animais, submetidas à ovário-histerectomia (OVH) pelas abordagens laparoscópica (grupo I) e aberta (grupo II). Avaliaram-se os parâmetros de comportamento, fisiológicos e de complicações na ferida cirúrgica. Foi utilizada uma escala descritiva para avaliação da dor e das complicações pós-operatórias. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos quanto às variáveis: locomoção, postura, interferência na ferida cirúrgica, tensão abdominal, vocalização, apetite, evacuação, freqüências cardíaca e respiratória e temperatura corporal. Quando as variáveis de comportamento e fisiológicas foram avaliadas em conjunto (escore 1), observou-se maior dor pós-operatória apenas no segundo dia do pós-operatório nas cadelas submetidas à cirurgia aberta. Quando as complicações das feridas cirúrgicas foram avaliadas em conjunto (escore 2), observou-se maior ocorrência dessas nos animais do grupo 1. O escore total (somatória dos escores 1 e 2) mostrou que a recuperação pós-operatória foi semelhante nas duas abordagens estudadas. Palavras-chave: cadela, laparoscopia, ovário-histerectomia, dor pós-operatória ABSTRACT It was compared the post-operative phase (seven days) of 30 bitches, randomly divided in two groups of 15 animals and submitted to laparoscopic (group I) and conventional ovariohisterectomy (group II). Both groups were compared by behavioral and physiological parameters, as well as post-operative complications of the surgical site. A descriptive scale was used to evaluate the behavioral and post operative complications. No statistical differences were observed between the groups when the locomotion, posture, surgical wound interference, abdominal tension, vocalization, appetite, cardiac and respiratory rates, body temperature and evacuation were individually analyzed. When the behavioral and physiological parameters were evaluated together (score 1), there was evidence of major post-operative pain only in the second day in bitches submitted to conventional surgery. When surgical wound complications were analyzed as a whole (score 2), they were more frequent in group I. The total score (score 1 + score 2) showed similarity to post-operative recovery between the two surgical approaches. Keywords: bitch, laparoscopy, ovariohysterectomy, post-operative pain Recebido para publicação em 13 de julho de 2004 Recebido para publicação, após modificações, em 25 de maio de 2005 E-mail: malm@vet.ufmg.br
  • 2. Ovário-histerectomia: estudo experimental... Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 163 INTRODUÇÃO Na medicina humana, estudos comprovam que a cirurgia laparoscópica oferece vantagens quando comparada com a aberta. Pequenas incisões, menor trauma tissular, melhor função respiratória, menos dor pós-operatória, menor tempo de hospitalização e recuperação pós- cirúrgica mais rápida são citados por Graves et al. (1991), Soper e Dunnegan (1993) e Savassi- Rocha (1995). A via laparoscópica é muito atraente, pois leva à diminuição dos custos hospitalares e do tempo de hospitalização, além de promover retorno mais rápido do paciente às suas atividades normais. Numerosas pesquisas têm demonstrado as vantagens e as possíveis complicações dessa abordagem (Andreollo et al., 1999; Hendolin et al., 2000). Considerando a qualidade da recuperação pós-operatória do paciente humano, o grau de dor nessa fase tem sido investigado e correlacionado com complicações pulmonares, estados mórbidos, estresse e tempo de recuperação (Frazee et al., 1991; Hendolin et al., 2000). Na medicina veterinária, a laparoscopia é uma abordagem inovadora que tem sido utilizada em vários procedimentos cirúrgicos, incluindo a ovário-histerectomia (OVH) (Minami et al., 1997; Aguilar et al., 1997; Brun, 1999; Malm et al., 2004). No entanto, não foram citados na literatura consultada estudos comparativos entre as abordagens laparoscópica e aberta. Na introdução dessa nova abordagem cirúrgica, é pertinente o estudo da evolução pós-operatória em animais, considerando que, em humanos, ela oferece muitas vantagens. Quanto à dor pós- operatória e à recuperação do paciente animal, existe grande interesse nesse tipo de pesquisa, uma vez que, atualmente, a preocupação ética com o sofrimento e o bem-estar animal é uma questão certa e indiscutível (Rollin, 2002). Este trabalho teve como objetivo avaliar a evolução clínica pós-operatória (parâmetros de comportamento, fisiológicos e complicações na ferida cirúrgica), durante sete dias, em cadelas submetidas à ovário-histerectomia pelas abordagens laparoscópica e aberta. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas 30 cadelas, hígidas, sem raça definida, jovens (oito meses a dois anos de idade) pesando entre 6,5 e 19,0kg. Os animais permaneceram, durante 15 dias, em canis com solário para fins de observação e adaptação, sendo alimentados com ração comercial1 . Em seguida, foram alojados em canis individuais e distribuídos ao acaso formando dois grupos de 15. No pré-operatório imediato, procedeu-se à mensuração das freqüências cardíaca e respiratória e da temperatura corporal, bem como à administração de cefalotina sódica 2 (30mg/kg/IV), 30 minutos antes da intervenção cirúrgica. O preparo do equipamento laparoscópico para os procedimentos cirúrgicos, esterilização do material e montagem da equipe cirúrgica foram descritos por Malm et al. (2004). Os animais foram submetidos aos procedimentos pré-anestésico e anestésico e, em seguida, à OVH laparoscópica (grupo I) e OVH aberta (grupo II), segundo descrição feita por Malm et al. (2004). Logo após o término do procedimento cirúrgico, procedeu-se ao curativo das feridas cirúrgicas com gaze estéril e esparadrapo e colocação do colar elisabetano. Não foram administradas drogas analgésicas no pós- operatório, para que não houvesse qualquer interferência nas avaliações clínicas e comportamentais propostas. Os animais permaneceram em canis individuais durante o retorno anestésico. Os exames clínicos, para avaliação pós- operatória, iniciaram-se na manhã seguinte, e foram realizados, uma vez ao dia, entre 8 e 12 horas, durante sete dias, com a participação de três avaliadores. As interpretações foram registradas em fichas de evolução clínica pós- operatória (Tab. 1). Os curativos e o colar elisabetano eram removidos para permitir melhores avaliações clínicas e comportamentais. 1 Herói – GUABI – Mogiana Alimentos S.A, Campinas, Brasil. 2 Cefalotina – ARISTON - Indústria Química e Farmacêutica Ltda., São Paulo, Brasil.
  • 3. Malm et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005164 Tabela 1. Ficha de evolução clínica pós-operatória com escala descritiva de avaliação de dor em cadelas submetidas à ovário-histerectomia laparoscópica e aberta Cadela no Data: Hora: Abordagem cirúrgica: Parâmetro Escore Descrição Comportamental 0 Sim 1 Locomoção espontânea 1 Não 0 Em pé 1 Deitado e levanta ao estímulo 2 Deitado, levanta ao estímulo e cifose 2 Postura corporal 3 Deitado e não levanta ao estímulo 0 Não 3 Interferência do animal na ferida cirúrgica 1 Sim 0 Sem reação 1 Leve desconforto, atento à palpação, olhar para a área manipulada. 2 Desconforto, movimentação, agitação, tentativas para sair do estímulo da palpação 4 Reação do animal à palpação da área operada 3 Reação agressiva, movimentação, vocalização, retirada do estímulo, tentativa de morder 0 Normal 5 Abdômen 1 Tensão da parede abdominal 0 Não 6 Vocalização 1 Sim 0 Normorexia 1 Hiporexia7 Apetite 2 Anorexia Fisiológico 0 0% a 15% acima do valor no pré-operatório 1 De 16% a 29% acima do valor no pré-operatório 2 De 30% a 45% acima do valor no pré-operatório 8 Freqüência cardíaca 3 Acima de 45% do valor no pré-operatório 0 0% a 15% acima do valor no pré-operatório 1 De 16% a 29% acima do valor no pré-operatório 2 De 30% a 45% acima do valor no pré-operatório 9 Freqüência respiratória 3 Acima de 45% do valor no pré-operatório 0 Temperatura normal 10 Temperatura corporal 1 Temperatura retal acima da variação normal para a espécie canina 0 Sim Escore1: 11 Evacuação 1 Não Complicação pós-operatória relacionada ao sítio cirúrgico 0 Ausente 1 Discreto 2 Moderado 12 Enfisema subcutâneo 3 Acentuado 0 Não 13 Hematoma 1 Sim 0 Não 14 Seroma 1 Sim 0 Não 15 Infecção 1 Sim 0 Não Escore2: 16 Deiscência 1 Sim Escore 1 + escore 2 = escore total:
  • 4. Ovário-histerectomia: estudo experimental... Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 165 Para avaliar a dor e o desconforto no período pós-operatório, foi utilizada uma ficha de evolução clínica pós-operatória com uma escala descritiva que permitiu a análise de sete parâmetros de comportamento e quatro parâmetros fisiológicos (Tab. 1). Cada parâmetro contém as descrições de diferentes manifestações exibidas pelo animal durante o exame clínico. Para cada parâmetro e suas respectivas manifestações, foram atribuídos valores numéricos (escores) (Tab. 1). No momento da avaliação, os observadores atribuíam um valor a cada manifestação exibida pelo animal. Os valores obtidos foram posteriormente somados para determinação do escore 1, que mostrou a evolução da dor e as alterações dos parâmetros fisiológicos, em cada animal, no período pós- operatório. A contagem variou de zero a 19 pontos, sendo que o valor zero indicou a ausência de dor e de alterações nos parâmetros fisiológicos, e o valor 19 indicou o grau máximo de resposta para cada variável citada. Essa ficha foi também utilizada para registrar a ocorrência e a evolução de complicações nas feridas cirúrgicas, por animal, nas duas abordagens, mediante atribuição de valores numéricos (escores), cuja soma representou o escore 2 (Tab. 1). A contagem variou de zero a sete pontos, em que o valor zero indicou ausência de complicações e o sete, a ocorrência de todas as complicações estudadas. O escore 1 médio foi obtido pela somatória dos escores 1 de todas as 15 cadelas, em cada dia do pós-operatório, para cada abordagem, dividido pelo número de animais estudados em cada grupo (n=15). Idêntico procedimento foi feito para a obtenção de escore 2 médio. O escore total (escore 1 + escore 2) representou a somatória das alterações nos parâmetros comportamental, fisiológico e complicação da ferida cirúrgica. Mostrou a evolução clínica pós- operatória e a qualidade da recuperação dos pacientes nesse período. Nesse caso, os valores numéricos variaram de zero a 26 pontos, de modo que o valor zero indicou ausência de dor e de complicações e o valor 26, o grau máximo de dor com ocorrência de todas as complicações. Durante sete dias de pós-operatório, foram realizadas 105 avaliações em cada grupo. Os dados obtidos no pré-cirúrgico, antes de qualquer manipulação dos animais (avaliação zero), serviram como controle para as demais avaliações no pós-operatório. O estudo estatístico constou de: análise de variância com médias comparadas pelos testes Kruskall-Wallis ou Wilcoxon para as variáveis não paramétricas (palpação do sítio cirúrgico, tensão abdominal, apetite, vocalização e enfisema subcutâneo); análise de variância com médias comparadas pelo teste Duncan para os dados numéricos (freqüências cardíaca e respiratória e temperatura corporal) e dispersão de freqüência (χ2 ) utilizando-se o teste exato de Fisher para as variáveis qualitativas com respostas dicotômicas como locomoção, postura, evacuação, interferência nas feridas cirúrgicas, hematoma, seroma, infecção e deiscência. Os escores 1, 2 e total foram submetidos aos testes Kruskall-Wallis, para comparação ao longo dos sete dias do pós-operatório no mesmo grupo, e Wilcoxon, para comparação entre os dois grupos ao longo do período pós-operatório. Diferenças foram consideradas significativas quando P<0,05. RESULTADOS Não houve diferença entre as duas abordagens cirúrgicas estudadas quanto à postura corporal (Fig. 1), interferência na ferida cirúrgica (Fig. 2), tensão abdominal (Fig. 3), vocalização (Fig. 4), apetite (Fig.5), freqüências cardíaca e respiratória, temperatura corporal e evacuação. Para todos os animais, a locomoção espontânea normal ocorreu a partir do primeiro dia do pós-operatório. Com relação às reações à palpação do sítio cirúrgico, nas cirurgias laparoscópicas (grupo I), houve diferença (P<0,05) quando o primeiro dia de pós-operatório foi comparado com os quatro últimos dias. Maior número de animais apresentou mais desconforto e dor à palpação da área operada no primeiro dia em comparação aos dias 4, 5, 6 e 7, ocorrendo diminuição na sensação dolorosa na evolução do pós-operatório (Fig. 6). Nas demais comparações entre os dias, não foram observadas diferenças (P>0,05). No grupo das cirurgias abertas, observou-se diferença (P<0,05) dos dias 1, 2 e 3 quando comparados aos dias 5, 6 e 7. Nesses últimos, houve apenas evidência de leve desconforto durante a palpação da área operada (Fig. 7). Nenhuma diferença (P>0,05) foi observada no dia 4 em relação aos demais dias.
  • 5. Malm et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005166 96,19 94,29 0 20 40 60 80 100 Animaisempécom movimentação(%) Laparoscopia Aberta Figura 1. Percentual de observações para animais em pé com movimentação espontânea (escore 0) durante o pós-operatório de sete dias (n= 210), de acordo o grupo estudado (P= 0,834 – teste exato de Fisher). 53,33 49,52 0 20 40 60 80 100 Interferênciaem feridascirúrgicas (%) Laparoscopia Aberta Figura 2. Percentual de observações de interferência na ferida cirúrgica durante o pós-operatório de sete dias (n= 210), de acordo com o grupo estudado (P = 0,755 – teste exato de Fisher). 50,48 41,9 0 20 40 60 80 100 Observaçõesde tensão abdominal(%) Laparoscopia Aberta Figura 3. Percentual de observações de tensão abdominal pós-operatória em 210 observações, nos dois grupos estudados (P = 0,134 – teste exato de Fisher).
  • 6. Ovário-histerectomia: estudo experimental... Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 167 23,81 19,85 0 20 40 60 80 100 Laparoscopia Aberta Figura 4. Percentual de observações de vocalização pós-operatória (n = 210) nos dois grupos estudados (P = 0,844 – teste exato de Fisher). 80 14,29 5,71 71,43 21,9 6,67 0 20 40 60 80 100 Observaçõessobrea ingestãoderação(%) Laparoscopia Aberta Normorexia Hiporexia Anorexia Figura 5. Percentual de observações sobre a ingesta pós-operatória, de acordo com o escore utilizado e o grupo estudado (n= 210) (P=0.321 – teste χ2 ). Figura 6. Dor ou desconforto dos animais do grupo I, segundo a avaliação por palpação do sítio cirúrgico, de acordo com o dia da avaliação (P<0,05 no dia 1 em relação aos dias 4, 5, 6, 7 – teste de Kruskal- Wallis). 1 0 5 9 0 1 6 8 0 2 5 8 11 5 8 4 0 7 4 3 0 8 4 7 1 6 1 0 3 6 9 12 15 Animais(n) 1 2 3 4 5 6 7 Dias sem dor leve desc. reage c/ mov. reage,vocal. e morde
  • 7. Malm et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005168 Figura 7. Manifestação de dor ou desconforto dos animais do grupo II segundo a avaliação por palpação do sítio cirúrgico, de acordo com o dia da avaliação (P<0,05 nos dias1, 2 e 3 em relação aos dias 5, 6 e 7– teste de Kruskal-Wallis). Houve diferença significativa entre os grupos na resposta à palpação do sítio cirúrgico nos dias 5 (P = 0,021), 6 (P = 0,007) e 7 (P = 0,004), com evidência de que as cadelas submetidas à abordagem aberta mostraram, à palpação da área operada, menor reação de desconforto e dor nesses dias (Fig. 6 e 7). Na Fig. 8 vê-se a evolução da dor ou desconforto, em ambos os grupos, com base nas médias ponderadas, considerando os quatro escores de reação à palpação da área operada, em cada dia de avaliação. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 1 2 3 4 5 6 7 Dias Médiasponderais Laparoscopia Aberta Figura 8. Evolução da dor ou desconforto à palpação do sítio cirúrgico, no pós-operatório e nos dois grupos estudados. Os valores das médias ponderadas correspondem à intensidade da dor. No grupo I, no transcorrer dos sete dias do pós- operatório, ocorreram quatro casos de enfisema subcutâneo, um de hematoma, seis de seroma, cinco de deiscência dos pontos de pele e duas ocorrências de infecção nos portais. No grupo II, ocorreu um caso de seroma na ferida cirúrgica. Ao longo de sete dias, os valores do escore 1 foram diferentes entre os grupos apenas no segundo dia do pós-operatório (P= 0,034), quando a dor foi mais evidente nas cadelas submetidas à cirurgia aberta (Fig. 9). A dor manifestada pelos animais, na escala proposta (zero a 19), pôde ser classificada como de intensidade leve. O escore 2 evidenciou maior ocorrência de complicações pós-operatórias nas cadelas do grupo I (Fig. 10). A Fig. 11 representa o escore total e evidencia que a recuperação pós- operatória foi semelhante entre as duas abordagens. 000 15 00 1 14 00 2 13 0 1 6 8 1 1 10 3 4 1 8 2 4 4 6 1 0 3 6 9 12 15 Animais(n) 1 2 3 4 5 6 7 Dias sem dor leve desc. reage c/ mov. reage,vocal. e morde
  • 8. Ovário-histerectomia: estudo experimental... Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 169 0 3 6 9 12 15 18 0 1 2 3 4 5 6 7 Dias Escore1deavaliaçãodedor Laparoscopia Aberta Figura 9. Evolução da dor ou desconforto no pós-operatório nos dois grupos estudados considerando-se os escores 1 médios (I=epm). Observou-se diferença entre os grupos. (P = 0,03417) apenas no dia 2 (teste de Wilcoxon). 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 Dias Escore2decomplicações pós-operatórias Laparoscopia Aberta Gráfico 10. Complicações nas feridas cirúrgicas nos dois grupos estudados considerando-se os escores 2 médios (I=epm). Observou-se diferença entre os grupos nos dias 1-P = 0,01733; 2-P = 0,01751; 3-P = 0,00375; 4-P = 0,00375; 5-P = 0,00375; 6-P = 0,00238 e 7-P = 0,00098 (teste de Wilcoxon). 0 5 10 15 20 25 0 1 2 3 4 5 6 7 Dias EscoreTotal Laparoscopia Aberta Figura 11. Evolução clínica pós-operatória nos dois grupos estudados considerando-se o escore total (escore 1 + escore 2) (I=epm). Não foram observadas diferenças entre os grupos ao longo dos sete dias de pós-operatório (teste de Wilcoxon – P>0,05).
  • 9. Malm et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005170 DISCUSSÃO Na medicina veterinária, a avaliação da dor baseia-se na observação e na interpretação subjetiva de padrões de comportamento complexos que variam em função da espécie, raça, sexo, idade, condicionamento prévio, condições do meio ambiente, dominância social, saúde e individualidade (Johnson, 1991; Hardie et al., 1997; Hardie, 2002). Parâmetros fisiológicos, mesmo sendo inespecíficos, são também utilizados em escalas multidimensionais, juntamente com alterações do comportamento, no intuito de avaliar e mensurar a dor nos animais (Sackman, 1991; Hellyer e Gaynor, 1998; Firth e Haldane, 1999). Na medicina humana, estimar a intensidade da dor também é extremamente difícil, e variáveis fisiológicas do comportamento bem como relatos do paciente são usados com esse intuito (Tyler et al., 1993; Merkel e Malviya, 2000). A dor é uma experiência para a qual não há medida direta, no entanto, com o melhor entendimento sobre a nocicepção, descobriu-se que números podem ser aplicados a certos fenômenos comportamentais e fisiológicos, atribuindo-lhes mais respeitabilidade e segurança. Dessa forma, vários sistemas de escore e escalas têm sido utilizados com a finalidade de avaliar e mensurar a dor (Wall, 1992; Mathews, 2000; Hardie, 2002). Neste estudo, mediante a utilização de uma escala com avaliação de parâmetros clínicos e fisiológicos, foi possível comparar o desconforto e a dor pós-operatória entre as duas abordagens cirúrgicas estudadas. Em resposta à dor, os animais podem exibir sinais, como indiferença ao ambiente e às pessoas, ausência de movimentação, redução das atividades, redução ou ausência do apetite, enquanto outros apresentam inquietação, agressividade e tentativas de fuga (Hansen, 1997; Hellyer e Gaynor, 1998; Mathews, 2000; Hardie, 2002). Postura de cifose, sentar ou deitar em posição anormal, aumento do tônus da musculatura abdominal e interferência na área operada foram também relatados por esses autores. No presente estudo, as cadelas, em ambos os grupos, apresentaram alterações na postura corporal, no apetite, na vocalização, na tensão abdominal à palpação, além de interferência na área operada e comportamento de tranqüilidade ou agressividade. Os sinais permitiram classificar a dor de acordo com o escore proposto. O fato de não ter ocorrido diferença significativa entre os dois grupos quanto às variáveis citadas pode estar relacionado com o tipo de cirurgia. A OVH é um procedimento que determina dor pós- operatória de intensidade leve a moderada, que varia em função da duração e da extensão do procedimento, do grau de manipulação dos tecidos, da idade e do escore corporal do animal (Firth e Haldane, 1999; Mathews, 2000) A classificação de procedimentos cirúrgicos, estados mórbidos e traumas que determinam a sensação dolorosa dependem do tipo de estímulo nociceptivo inicial (Johnson, 1991; Mathews, 2000). Enfisema subcutâneo, observado nas cadelas do grupo I, tem sido relatado em humanos (Litwin et al., 1992; Savassi-Rocha, 1995), em eqüinos (Bouré et al., 1997) e em cães (Brun, 1999) e, na maioria dos casos, o problema se resolve espontaneamente pela reabsorção do gás, sem maiores conseqüências danosas para o paciente (Coelho, et al., 1995; De Lisle et al., 1995). Outras ocorrências, como hematoma, seroma, infecção e deiscência, verificadas no presente estudo, são relatadas nas cirurgias laparoscópicas em humanos (Schirmer et al., 1991; Soper e Dunegan, 1993; Savassi-Rocha, 1995, Savassi- Rocha et al., 1997), no entanto são citadas como sendo mais freqüentes na técnica convencional. As infecções ocorrem mais comumente nos locais de introdução de trocartes, principalmente no umbigo, local de retirada de estruturas abdominais e de acúmulo de secreções (Coelho et al., 1995). As complicações ocorridas nas feridas cirúrgicas foram mais observadas nas cadelas submetidas à laparoscopia, o que difere dos relatos na medicina humana. Essas alterações parietais foram observadas em todos os portais e não apenas naquele da retirada de vísceras, como previamente citado em humanos. Além disso, neste estudo, o portal para retirada de vísceras situou-se na região retroumbilical paramediana direita, entre a quarta e quinta glândulas mamárias (Malm et al., 2004). Alguns fatores, como: trauma local por excessiva e demorada manipulação das cânulas e compressão nas bordas das feridas, falhas na hemostasia de pequenos vasos subcutâneos, comprometimento dos linfáticos próximos às glândulas mamárias e
  • 10. Ovário-histerectomia: estudo experimental... Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005 171 possíveis resíduos de glutaraldeído no instrumental laparoscópico podem explicar a ocorrência das complicações parietais. Swaim (1980) e Waldron e Trevor (1996) consideram que a técnica cirúrgica traumática e a transeção de tecidos ricos em vasos linfáticos, dentre outros fatores, estão diretamente associados ao desenvolvimento de seroma que, eventualmente, evolui para infecção da ferida cirúrgica. As complicações parietais podem ter contribuído para maior desconforto ou maior manifestação da dor nas cadelas do grupo I, por ocasião da palpação da área operada. Segundo Pascoe (1996), os tecidos lesados liberam mediadores químicos que afetam a circulação local e estimulam os nociceptores da área. Nessas condições, a sensibilidade ao estímulo mecânico está aumentada tanto no sítio cirúrgico como nos tecidos adjacentes. Na avaliação do escore 1, houve manifestação mais intensa de dor no primeiro dia do pós- operatório, independente do tipo de abordagem cirúrgica, que diminuiu gradativamente até o sétimo dia. Estes resultados estão de acordo com Hansen (1997), ao comentar que a dor pós- operatória apresenta curso previsto, com pico entre 6 e 24 horas após a cirurgia, que diminui progressivamente. Quando as duas abordagens foram comparadas, os valores do escore 2 mostraram que houve maior ocorrência de complicações nas feridas cirúrgicas na cirurgia laparoscópica. Savassi-Rocha (1995), Cooperman, (1995) e Malafaia e Campos (1995) comentaram que, na medicina humana, as complicações parietais são de baixa incidência, pois as infecções nos locais de inserção de trocartes são raras e facilmente tratadas. Apesar das diferenças observadas entre os grupos nos escores 1 e 2, quando estes foram agrupados (escore total), ficou evidente que a recuperação pós-operatória foi semelhante entre os dois grupos. CONCLUSÃO Pode-se concluir que a evolução clínica e a recuperação pós-operatória das cadelas submetidas à ovário-histerectomia pelas abordagens laparoscópica e aberta se equivalem, embora a incidência de complicações nas feridas cirúrgicas seja maior nas cadelas operadas pela laparoscopia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUILAR, R.F.; MIKOTA, S.K.; SMITH, J. Endoscopic ovariohysterectomy in two lions (panthera leo). J. Zoo Wildlife Med., v.28, p.290-297, 1997. ANDREOLLO, N.A.; COELHO NETO, J.S.; LOPES, L.R.A. laparoscopia no diagnóstico das doenças intra- abdominais. Análise de 168 casos. Rev. Assoc. Med. Bras., v.45, p.34-38, 1999. BOURÉ, L.; MARCOUX, M.; LAVERTY, S. Paralumbar fossa laparoscopic ovariectomy in horses with use of endoloop ligatures. Vet. Surg., v.26, p.478- 483, 1997. BRUN, M.V. Ovário-histerectomia em caninos por cirurgia laparoscópica. 1999. 181 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. COELHO, J.C.U.; MARCHESINI, J.B.; WIEDERKEHR, J.C. Complicações gerais em videocirurgia. In: COELHO, J.C.U.; MARCHESINI, J.B.; MALAFAIA, O. Complicações da videocirurgia – da profilaxia ao tratamento. Rio de Janeiro: MEDSI, 1995. cap. 4, p. 27-47. COOPERMAN, A.M. Complications of laparoscopic surgery: In: ARREGUI, M.E.; FITZGIBBONS, R.J.; KATKHOUDA, N. et al. Principles of laparoscopic surgery: basic and advances techniques. New York: Springer-Verlag, 1995. cap. 7, 71-77. DE LISLE, N.P.; JACKSON, K.D.; PASCHALL, V. et al. The team: nursing’s perspective. In: ARREGUI, M.E.; FITZGIBBONS, R.J.; KATKHOUDA, N. et al. Principles of laparoscopic surgery: basic and advances techniques. New York: Springer-Verlag, 1995. cap. 9, p.91-100. FIRTH, A.M.; HALDANE, S.L. Development of a scale to evaluate postoperative pain in dogs. J. Am. Vet. Med. Assoc., v. 214, p.651-659, 1999. FRAZZE, M.D.; ROBERTS, J.W.; OKESON, G.C. et al. Open versus laparoscopic cholecystectomy – A comparison of postoperative pulmonary function. Ann. Surg., v.213, p.651-653, 1991. GRAVES, H.A.; BALLINGER, J.F.; ANDERSON, W.J. Appraisal of laparoscopic cholecystectomy. Ann. Surg., v.213, p.655-664, 1991. HANSEN, B. Through a glass darkly: using behaviour to assess pain. Semin. Vet. Med. Surg.: Small Anim., v.12, p.61-74, 1997. HANSEN, B.D.; HARDIE, E.M.; CARROL, G.S. Physiological measurements after ovariohysterectomy in dogs: what’s normal? Appl. Anim. Behav. Sci., v.51, p.101-109, 1997.
  • 11. Malm et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.162-172, 2005172 HARDIE, E.M. Reconhecimento do comportamento doloroso em animais. In: HELLEBREKERS, L. J. Dor em animais: uma abordagem com orientação prática para um controle eficaz da dor em animais. 1.ed. São Paulo: Manole, 2002. cap. 4, p.49-68. HARDIE, E.M.; HANSEN, B.D.; CARROLL, G.S. Behavior after ovariohysterectomy in the dog: what’s normal? Appl. Anim. Behav. Sci., v.51, p.111-128, 1997. HELLYER, P.W.; GAYNOR, J.S. Acute postsurgical pain in dogs and cats. Comp. Small Anim., v.20, p.140- 153, 1998. HENDOLIN, H.I.; PÄÄKKÖNEN, M.E.; ALHAVA, E.M. et al. Laparoscopic or open cholecystectomy: A prospective randomised trial to compare postoperative pain, pulmonary function and stress response. Europ. J. Surg., v.166, p.394-399, 2000. JOHNSON, J.M. The veterinarian’s responsability assessing and managing acute pain in dogs and cats. Part I. Comp. Small Anim., v.13, p.804-807, 1991. LITWIN, D.E.M.; GIROTTI, M.J.; POULIN, E.C. Laparoscopic cholecystectomy: trans-Canada experience with 2201 cases. Can. J. Surg., v.35, p.291-296, 1992. MALAFAIA, O.; CAMPOS, A.C.L. Infecção em videocirurgia In: COELHO, J.C.U.; MARCHESINI, J.B.; MALAFAIA, O. Complicações da videocirurgia: da profilaxia ao tratamento. Rio de Janeiro: MEDSI, 1995. cap. 5, p.49-55. MALM, C.; SAVASSI-ROCHA, P.R.; GHELLER, V.A. et al. Ovário-histerectomia: estudo experimental comparativo entre as abordagens laparoscópica e aberta na espécie canina. Intra-operatório-I. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.56, p.457-466, 2004. MATHEWS, K.A. Pain assessment and general approach to management. Vet. Clin. North Am.: Small Anim. Pract., v.30, p.729-755, 2000. MERKEL, S.; MALVIYA, S. Pediatric pain, tools and assessment. J. Peri Anesth. Nurs., v.15, p.408-414, 2000. MINAMI, S.; OKAMOTO, Y.; EGUCHI, H. et al. Successful laparoscopy assisted ovariohysterectomy in two dogs with pyometra. J. Vet. Med. Sci., v.59, p.845-847, 1997. PASCOE, P.J. Patient aftercare In: SLATTER, D. Textbook of small animal surgery. 2.ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 1996. cap.22, p.230-240. ROLLIN, B.E. A ética do controle da dor em animais de companhia. In: HELLEBREKERS, L.J. Dor em animais: uma abordagem com orientação prática para um controle eficaz da dor em animais. 1.ed. São Paulo: Manole, 2002. cap.2, p.17-35. SACKMAN, J.E. Pain: its perception and alleviation in dogs and cats. Part I. The physiology of pain. Comp. Small Anim., v.13, p.71-75, 1991. SAVASSI-ROCHA, P.R. Colecistectomia. In: COELHO, J.C.U.; MARCHESINI, J.B.; MALAFAIA, O. Complicações da videocirurgia: da profilaxia ao tratamento. Rio de Janeiro: MEDSI, 1995. cap.13, p.183-241. SAVASSI-ROCHA, P.R.; FERREIRA, J.T.; COSTA DINIZ, M.A. Laparoscopic cholecystectomy in Brazil: analysis of 33.563 cases. Int. Surg., v.82, p.208-213, 1997. SCHIRMER, B.D.; EDGE, S.B.; DIX, J. et al. Laparoscopic cholecystectomy. Treatment of choice for symptomatic cholelithiasis. Ann. Surg., v.213, p.665-677, 1991. SOPER, N.J.; DUNNEGAN, D.L. Laparoscopic cholecystectomy: experience of a single surgeon. World J. Surg., v.17, p.16-21, 1993. SWAIM, S.F. Management of contaminated and infected wounds. In: SWAIM, S.F. (Ed.). Surgery of traumatized skin: management and reconstruction in the dog and cat. Philadelphia: W.B. Saunders, 1980. cap.4, p.119-213. TYLER, D.C.; JOANNE DOUTHIT, A.T.; CHAPMAN, C.R. Toward validation of pain measurement tools for children: a pilot study. Pain, v.52, p.301-309, 1993. WALDRON, D.R.; TREVOR, P. Management of superficial skin wounds. In: SLATTER, D. Textbook of small animal surgery. 2.ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 1996. cap.25, p.269-280. WALL, P.D. Defining pain in animals. In: SHORT, C.E.; POZNbAK, A.V. (Eds.). Animal Pain. New York: Churchill Livingstone, 1992. cap.3, p.63-79.