O documento discute a Revolução Industrial na Inglaterra e no Brasil entre os séculos XVIII e XX. Aborda os impactos socioeconômicos da revolução industrial como a urbanização e a emergência do proletariado. Também analisa a industrialização tardia e desigual no Brasil, que se concentrou principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro devido à cafeicultura e imigração.
1. Questões de História
Professor: José Carlos
Tema: Revolução Industrial e o processo de industrialização brasileira.
Eixo orientador: sistema econômico e o mundo do trabalho
Recorte temporal: XVIII, XIX e XX.
Delimitação espacial: Inglaterra e Brasil.
1. A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento
do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização
intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo
Horizonte: UFMG, 2002.
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:
a) Burguesia e trabalhadores assalariados.
b) Igreja e corporações de ofício.
c) Realeza e comerciantes
d) Campesinato e artesãos.
e) Nobreza e artífices.
2. Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações
que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua
especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na
atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias
de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar,
concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se
vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (Orgs.) O Século XX, v. I. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na
Inglaterra foi o:
a) aumento do consumo interno.
b) congelamento do salário mínimo.
c) fortalecimento dos sindicatos proletários.
d) enfraquecimento da burguesia industrial.
e) desmembramento das propriedades improdutivas.
3. Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida
para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o
sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam
para trabalhar em diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as
sociedades que se industrializavam são, respectivamente,
a) ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.
b) acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.
c) debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho.
2. d) indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
e) minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos.
4. O desenvolvimento industrial brasileiro ocorreu de forma desigual nas diferentes regiões do
Brasil, pois houve uma concentração da atividade industrial, particularmente, nos Municípios de
São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre outras razões, explicam esse fato:
a) a formação de um mercado externo na região Sudeste e a criação de casas de importação por
emigrantes estrangeiros.
b) o domínio da cafeicultura no Sudeste, a consequente acumulação de capital e a imigração
estrangeira que se dirigiu para essa região.
c) o domínio da mineração em São Paulo e a fundação de casas de exportação que tinham como
objetivo abastecer o mercado brasileiro de produtos nacionais.
d) o desenvolvimento de empresas de extração mineral em São Paulo, que permitiu a acumulação
de capital, e o consequente fluxo de emigrantes que para lá se dirigiu.
e) a abolição da escravidão e a concentração da população na região Sudeste, fato que estimulou
a criação de casas de importação.
5. Sobre a indústria brasileira, sua concentração e desconcentração espacial, a alternativa correta
é:
a) A industrialização brasileira foi tardia, ao longo do século XIX, concentrando-se na região
Sudeste do Brasil, reproduzindo as desigualdades regionais sociais e econômicas.
b) No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a preocupação estatal foi com a
indústria de base, com enfoque na produção de energia e setor de transportes; já no governo de
Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior.
c) A industrialização como substituição de importações, com capital estatal abundante e mão-de-
obra barata, acontece no Brasil através da indústria de bens de consumo duráveis e com destaque
para o setor têxtil e produção de alimentos.
d) A partir de 1950, como parte do planejamento estatal do governo federal, inicia-se a
desconcentração industrial, acentuada depois de 1990, pela crescente abertura econômica e
desenvolvimento técnico- científico.
e) Com a desconcentração industrial, o Sudeste brasileiro, principalmente São Paulo, passou por
grandes mudanças espaciais e sociais, deixando de ser a área de maior concentração industrial,
posto ocupado hoje pelo Nordeste brasileiro.