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28/06/2021
Número: 0600106-91.2020.6.22.0000
Classe: RECURSO ORDINÁRIO ELEITORAL
Órgão julgador colegiado: Colegiado do Tribunal Superior Eleitoral
Órgão julgador: Ministro Luis Felipe Salomão
Última distribuição : 11/03/2021
Valor da causa: R$ 0,00
Assuntos: Cargo - Deputado Estadual, Captação ou Gasto Ilícito de Recursos Financeiros de
Campanha Eleitoral, Representação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Tribunal Superior Eleitoral
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JOELNA RAMOS HOLDER AGUIAR (RECORRENTE) JUACY DOS SANTOS LOURA JUNIOR (ADVOGADO)
Ministério Público Eleitoral (RECORRIDO)
Procurador Geral Eleitoral (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da
Assinatura
Documento Tipo
13746
4888
27/06/2021 23:36 Decisão Decisão
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
RECURSO ORDINÁRIO ELEITORAL (11550) Nº 0600106-91.2020.6.22.0000 (PJe) - PORTO
V E L H O - R O N D Ô N I A
RELATOR: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO
RECORRENTE: JOELNA RAMOS HOLDER AGUIAR
Advogado do(a) RECORRENTE: JUACY DOS SANTOS LOURA JUNIOR - RO0000656
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
RECURSO ORDINÁRIO. ELEIÇÕES 2018. DEPUTADO ESTADUAL. REPRESENTAÇÃO.
CAPTAÇÃO E GASTO ILÍCITO DE RECURSO. ART. 30-A DA LEI 9.504/97. SUPLENTE.
AJUIZAMENTO. 15 DIAS DA DIPLOMAÇÃO. DECADÊNCIA. PROVIMENTO.
1. Recurso ordinário interposto contra aresto do TRE/RO, que rejeitou a preliminar de decadência e, no
mérito, julgou procedente o pedido para cassar o diploma suplente de deputado estadual nas Eleições
2018 em virtude do recebimento de doação de fonte vedada (art. 30-A da Lei 9.504/97).
2. Nos termos dos arts. 30-A da Lei 9.504/97 e 215 do Código Eleitoral, a representação por arrecadação
e gastos ilícitos de recursos contra candidatos eleitos, inclusive suplentes, deve ser ajuizada no prazo de
15 dias contados da diplomação.
3. Na espécie, e na linha do parecer ministerial, verifica-se que a representação foi proposta mais de um
ano e meio após a diplomação referente às Eleições 2018 (18/12/2018), impondo-se reconhecer a
decadência.
5. Recurso ordinário provido para extinguir o feito com resolução de mérito, conforme o art. 487, II, do
CPC/2015.
DECISÃO
Trata-se de recurso ordinário interposto por suplente de deputado estadual eleita em 2018
contra acórdão do TRE/RO assim ementado:
Eleições 2018. Representação. Art. 30-A da Lei n. 9.504/97. Campanha
eleitoral. Deputado estadual. Suplente. Decadência. Cerceamento de defesa. Rejeição.
Mérito. Recursos financeiros. Fonte vedada. Caracterização. Desequilíbrio do pleito. Grave
violação. Procedência do pedido.
I – A representação com fundamento na arrecadação e gasto ilícito em
campanha pode ser proposta até quinze (15) dias após a diplomação, podendo ser ajuizada
Num. 137464888 - Pág. 1
antes de outorgado o diploma ao candidato. Na hipótese de suplente, o prazo-limite
contar-se-á após a diplomação no sentido estrito. Inteligência do § 2º do art. 30-A da Lei n.
9.504/97.
II – O indeferimento de prova testemunhal não viola o princípio da ampla
defesa quando a matéria tratada nos autos é exclusivamente de direito.
III – A doação de recursos do Fundo Partidário promovida por órgão
partidário em benefício da campanha de candidato registrado por agremiação que não formou
coligação com o partido doador configura irregularidade grave e caracteriza o recebimento de
recursos oriundos de fonte vedada prevista nos artigos 33, inciso I, da Resolução TSE n.
23.553/2017
IV – Evidenciada a gravidade da utilização de recursos provenientes de fonte
vedada em face do potencial abalo à igualdade política, à higidez e lisura da competição
eleitoral, de rigor a cassação do diploma ou a negação de sua outorga, nos termos § 2º do art.
30-A da Lei n. 9.504/97.
V – Representação julgada procedente.
Na origem, o Ministério Público ajuizou representação por suposta afronta ao art. 30-A da
Lei 9.504/97 em decorrência do recebimento de recursos ilícitos de campanha.
O TRE/RO rejeitou a preliminar de decadência e, no mérito, julgou procedente o pedido
para cassar eventual diploma que for expedido.
Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados.
Nas razões do recurso ordinário, alegou-se preliminarmente a decadência, uma vez que a
representação ministerial é intempestiva, porquanto, embora se refira ao pleito de 2018, fora ajuizada
cerca de um ano e meio após a diplomação. No mérito, em suma, suscitou-se a ausência de ilegalidade da
doação, devido à falta de proibição expressa da modalidade de doação na lei eleitoral.
Contrarrazões apresentadas.
A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo provimento do recurso ordinário, sendo
extinto o feito, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015.
É o relatório. Decido.
Num. 137464888 - Pág. 2
Nos termos do art. 30-A da Lei 9.504/97, a representação por arrecadação e gastos ilícitos
de recursos deve ser ajuizada no prazo de 15 dias contados da diplomação. Veja-se:
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à
Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando
provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as
normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
A jurisprudência consolidada desta Corte Superior é no mesmo sentido: “o termo ad quem
para o ajuizamento de representação do art. 30-A da Lei nº 9.504/97 é de até quinze dias após a
diplomação” (RO 1220-86/TO, redator para acórdão Min. Luiz Fux, DJE de 27/3/2018).
No caso, o TRE/RO, por maioria, consignou que as candidatas, por figurarem como
terceira e quarta suplentes, nem sequer foram diplomadas e, portanto, não há falar em decadência.
Confira-se:
No caso dos autos, a representada não foi eleita, mas figura como 4ª suplente
ao cargo de Deputado Estadual. Assim, mesmo que remotamente, existe a expectativa de
receber o diploma e vir a assumir o mandato na legislatura em curso.
Dessa forma, a representação é tempestiva, uma vez que proposta antes
mesmo da outorga do diploma à representada. [...]
[...]
Portanto, no caso em tela, não há falar em decadência, haja vista que a ação
foi aforada antes de a representada ser diplomada, evento que, até a presente data, não
ocorreu.
De mais a mais, tenho por irrelevante o fato de a doação ser apontada como
irregular pelo setor técnico deste Tribunal desde 15/12/2018, pois, como já mencionado,
trata-se de candidata ainda não diplomada, o que torna tempestiva a propositura da ação em
julgamento.
Todavia, a diplomação é a solenidade realizada por esta Justiça Especializada em que se
formalizam os resultados das eleições e, consoante o art. 215 do Código Eleitoral, todos os candidatos
eleitos e os suplentes receberão o diploma, no qual conterá inclusive sua classificação. Veja-se:
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma
assinado pelo Presidente do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.
Num. 137464888 - Pág. 3
Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do candidato, a
indicação da legenda sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua
classificação como suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do
Tribunal.
Para fins de mera adequação administrativa, esta Corte Superior, na Res.-TSE
23.097/2009, assentou que “a diplomação de suplentes deve ocorrer até a terceira colocação,
facultando-se aos demais suplentes o direito de solicitarem, a qualquer tempo, os respectivos diplomas”.
A doutrina de Rodrigo López Zilio vai ao encontro da tese acima firmada ao dispor que,
“embora todos os suplentes recebam individualmente um diploma – até o último colocado de cada
agremiação –, é indicado que somente compareçam na sessão de diplomação os três primeiros suplentes
de cada partido ou coligação” ( . 6.ed. – Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2018, p. 588).
Direito Eleitoral
Na espécie, a representação foi proposta mais de um ano e meio depois da diplomação
referente ao pleito de 2018 (18/12/2018), impondo-se, na linha do parecer ministerial, reconhecer a
decadência.
Ante o exposto, ao recurso ordinário, nos termos do art. 36, § 7º, do
dou provimento
RI-TSE, para, reconhecendo a decadência, extinguir o feito com resolução de mérito, conforme o art. 487,
II, do CPC/2015.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília (DF), 8 de junho de 2021.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Relator
Num. 137464888 - Pág. 4

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Recurso ordinário eleitoral sobre decadência de representação por captação ilícita de recursos

  • 1. 28/06/2021 Número: 0600106-91.2020.6.22.0000 Classe: RECURSO ORDINÁRIO ELEITORAL Órgão julgador colegiado: Colegiado do Tribunal Superior Eleitoral Órgão julgador: Ministro Luis Felipe Salomão Última distribuição : 11/03/2021 Valor da causa: R$ 0,00 Assuntos: Cargo - Deputado Estadual, Captação ou Gasto Ilícito de Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral, Representação Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO Tribunal Superior Eleitoral PJe - Processo Judicial Eletrônico Partes Procurador/Terceiro vinculado JOELNA RAMOS HOLDER AGUIAR (RECORRENTE) JUACY DOS SANTOS LOURA JUNIOR (ADVOGADO) Ministério Público Eleitoral (RECORRIDO) Procurador Geral Eleitoral (FISCAL DA LEI) Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 13746 4888 27/06/2021 23:36 Decisão Decisão
  • 2. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL RECURSO ORDINÁRIO ELEITORAL (11550) Nº 0600106-91.2020.6.22.0000 (PJe) - PORTO V E L H O - R O N D Ô N I A RELATOR: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO RECORRENTE: JOELNA RAMOS HOLDER AGUIAR Advogado do(a) RECORRENTE: JUACY DOS SANTOS LOURA JUNIOR - RO0000656 RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL RECURSO ORDINÁRIO. ELEIÇÕES 2018. DEPUTADO ESTADUAL. REPRESENTAÇÃO. CAPTAÇÃO E GASTO ILÍCITO DE RECURSO. ART. 30-A DA LEI 9.504/97. SUPLENTE. AJUIZAMENTO. 15 DIAS DA DIPLOMAÇÃO. DECADÊNCIA. PROVIMENTO. 1. Recurso ordinário interposto contra aresto do TRE/RO, que rejeitou a preliminar de decadência e, no mérito, julgou procedente o pedido para cassar o diploma suplente de deputado estadual nas Eleições 2018 em virtude do recebimento de doação de fonte vedada (art. 30-A da Lei 9.504/97). 2. Nos termos dos arts. 30-A da Lei 9.504/97 e 215 do Código Eleitoral, a representação por arrecadação e gastos ilícitos de recursos contra candidatos eleitos, inclusive suplentes, deve ser ajuizada no prazo de 15 dias contados da diplomação. 3. Na espécie, e na linha do parecer ministerial, verifica-se que a representação foi proposta mais de um ano e meio após a diplomação referente às Eleições 2018 (18/12/2018), impondo-se reconhecer a decadência. 5. Recurso ordinário provido para extinguir o feito com resolução de mérito, conforme o art. 487, II, do CPC/2015. DECISÃO Trata-se de recurso ordinário interposto por suplente de deputado estadual eleita em 2018 contra acórdão do TRE/RO assim ementado: Eleições 2018. Representação. Art. 30-A da Lei n. 9.504/97. Campanha eleitoral. Deputado estadual. Suplente. Decadência. Cerceamento de defesa. Rejeição. Mérito. Recursos financeiros. Fonte vedada. Caracterização. Desequilíbrio do pleito. Grave violação. Procedência do pedido. I – A representação com fundamento na arrecadação e gasto ilícito em campanha pode ser proposta até quinze (15) dias após a diplomação, podendo ser ajuizada Num. 137464888 - Pág. 1
  • 3. antes de outorgado o diploma ao candidato. Na hipótese de suplente, o prazo-limite contar-se-á após a diplomação no sentido estrito. Inteligência do § 2º do art. 30-A da Lei n. 9.504/97. II – O indeferimento de prova testemunhal não viola o princípio da ampla defesa quando a matéria tratada nos autos é exclusivamente de direito. III – A doação de recursos do Fundo Partidário promovida por órgão partidário em benefício da campanha de candidato registrado por agremiação que não formou coligação com o partido doador configura irregularidade grave e caracteriza o recebimento de recursos oriundos de fonte vedada prevista nos artigos 33, inciso I, da Resolução TSE n. 23.553/2017 IV – Evidenciada a gravidade da utilização de recursos provenientes de fonte vedada em face do potencial abalo à igualdade política, à higidez e lisura da competição eleitoral, de rigor a cassação do diploma ou a negação de sua outorga, nos termos § 2º do art. 30-A da Lei n. 9.504/97. V – Representação julgada procedente. Na origem, o Ministério Público ajuizou representação por suposta afronta ao art. 30-A da Lei 9.504/97 em decorrência do recebimento de recursos ilícitos de campanha. O TRE/RO rejeitou a preliminar de decadência e, no mérito, julgou procedente o pedido para cassar eventual diploma que for expedido. Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados. Nas razões do recurso ordinário, alegou-se preliminarmente a decadência, uma vez que a representação ministerial é intempestiva, porquanto, embora se refira ao pleito de 2018, fora ajuizada cerca de um ano e meio após a diplomação. No mérito, em suma, suscitou-se a ausência de ilegalidade da doação, devido à falta de proibição expressa da modalidade de doação na lei eleitoral. Contrarrazões apresentadas. A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo provimento do recurso ordinário, sendo extinto o feito, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015. É o relatório. Decido. Num. 137464888 - Pág. 2
  • 4. Nos termos do art. 30-A da Lei 9.504/97, a representação por arrecadação e gastos ilícitos de recursos deve ser ajuizada no prazo de 15 dias contados da diplomação. Veja-se: Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos. A jurisprudência consolidada desta Corte Superior é no mesmo sentido: “o termo ad quem para o ajuizamento de representação do art. 30-A da Lei nº 9.504/97 é de até quinze dias após a diplomação” (RO 1220-86/TO, redator para acórdão Min. Luiz Fux, DJE de 27/3/2018). No caso, o TRE/RO, por maioria, consignou que as candidatas, por figurarem como terceira e quarta suplentes, nem sequer foram diplomadas e, portanto, não há falar em decadência. Confira-se: No caso dos autos, a representada não foi eleita, mas figura como 4ª suplente ao cargo de Deputado Estadual. Assim, mesmo que remotamente, existe a expectativa de receber o diploma e vir a assumir o mandato na legislatura em curso. Dessa forma, a representação é tempestiva, uma vez que proposta antes mesmo da outorga do diploma à representada. [...] [...] Portanto, no caso em tela, não há falar em decadência, haja vista que a ação foi aforada antes de a representada ser diplomada, evento que, até a presente data, não ocorreu. De mais a mais, tenho por irrelevante o fato de a doação ser apontada como irregular pelo setor técnico deste Tribunal desde 15/12/2018, pois, como já mencionado, trata-se de candidata ainda não diplomada, o que torna tempestiva a propositura da ação em julgamento. Todavia, a diplomação é a solenidade realizada por esta Justiça Especializada em que se formalizam os resultados das eleições e, consoante o art. 215 do Código Eleitoral, todos os candidatos eleitos e os suplentes receberão o diploma, no qual conterá inclusive sua classificação. Veja-se: Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso. Num. 137464888 - Pág. 3
  • 5. Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do candidato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do Tribunal. Para fins de mera adequação administrativa, esta Corte Superior, na Res.-TSE 23.097/2009, assentou que “a diplomação de suplentes deve ocorrer até a terceira colocação, facultando-se aos demais suplentes o direito de solicitarem, a qualquer tempo, os respectivos diplomas”. A doutrina de Rodrigo López Zilio vai ao encontro da tese acima firmada ao dispor que, “embora todos os suplentes recebam individualmente um diploma – até o último colocado de cada agremiação –, é indicado que somente compareçam na sessão de diplomação os três primeiros suplentes de cada partido ou coligação” ( . 6.ed. – Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2018, p. 588). Direito Eleitoral Na espécie, a representação foi proposta mais de um ano e meio depois da diplomação referente ao pleito de 2018 (18/12/2018), impondo-se, na linha do parecer ministerial, reconhecer a decadência. Ante o exposto, ao recurso ordinário, nos termos do art. 36, § 7º, do dou provimento RI-TSE, para, reconhecendo a decadência, extinguir o feito com resolução de mérito, conforme o art. 487, II, do CPC/2015. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 8 de junho de 2021. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Relator Num. 137464888 - Pág. 4