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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL
CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG
DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes
E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br
Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/
COMPONENTES DE UMA ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
• Equipamento eletromecânico
- Motores
- Bomba
• Tubulações
- Sucção
- Recalque
• Construção civil
- Poço de sucção
- Casa de bomba
BOMBAS CENTRÍFUGAS
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR
BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR
A. Rotor Aberto:
• Usado para bombas de pequenas dimensões;
• Pequena resistência estrutural;
• Grande recirculação de água;
• Usado para o bombeamento de líquidos sujos.
B. Rotor Semiaberto:
• Possui apenas um disco onde as palhetas são afixadas
C. Rotor Fechado:
• Usado para bombeamento de líquidos limpos;
• Possui dois discos nos quais as palhetas são afixadas;
• Evita a recirculação de água;
BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR
Classificação segundo a trajetória do líquido no rotor
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESQUEMA HIDRÁULICO
ESQUEMA HIDRÁULICO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESQUEMA HIDRÁULICO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESQUEMA HIDRÁULICO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
SELEÇÃO DA BOMBA
➢ DEPENDE DA VAZÃO A SER RECALCADA E DA
ALTURA MANOMÉTRICA DA INSTALAÇÃO.
➢ Vazão Recalcada (Q):
• Consumo diário da instalação;
• Jornada de trabalho da bomba;
• Número de bombas em funcionamento.
SELEÇÃO DA BOMBA
H H h
m G t(1 2)
= + −
• Desnível geométrico da instalação (HG):
- Levantamento topográfico do perfil do terreno.
• Perda de carga (ht):
- Comprimento das tubulações de sucção e recalque;
- Número de peças especiais na instalação;
- Conhecimento dos diâmetros de sucção e recalque
Altura manométrica da instalação (Hm)
SELEÇÃO DA BOMBA – DIAGRAMA DE
COBERTURA HIDRÁULICA
Fonte: KSB (2013)
CURVAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
CURVAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
CURVA CARACTERÍSTICA DA
TUBULAÇÃO
CAVITAÇÃO X NPSH (Net Positive Suction Head)
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
CAVITAÇÃO X NPSH
Carga de sucção positiva disponível (mH2O)
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
CAVITAÇÃO X NPSH
• Condição para funcionamento da bomba sem cavitação
• Folga mínima: 0,5 mH20 ou 20% (melhor acima 1,5 mH20 ou 35%)
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
CAVITAÇÃO X NPSH
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ALTURAS MÁXIMAS DE SUCÇÃO
*Importante: A altura de sucção admissível para um determinado tipo de bomba
depende de outras condições, devendo ser verificada em cada caso
Fonte: Manual de Hidráulica, Azevedo Netto, 2010.
POTÊNCIA NECESSÁRIA AO
FUNCIONAMENTO DA BOMBA OU POTÊNCIA
DE EIXO OU POTÊNCIA MECÂNICA (Pot)
em que:
Pot - Potência solicitada pela bomba (c.v.);
γ - Peso específico do fluido circulante (kgf/m3);
Q - Vazão bombeada (m3/s);
Hm - Altura manométrica da instalação (m);
η - Rendimento da bomba (decimal).
Pot
Q H
75
m
B
=


POTÊNCIA INSTALADA OU POTÊNCIA DO
MOTOR OU POTÊNCIA DE PLACA OU
POTÊNCIA NOMINAL (N)
➢ Deve-se admitir, na prática, uma certa folga para os
motores elétricos
➢ N = Pot + Folga (margem de segurança)
• MOTORES A ÓLEO DIESEL  Folga = 25%
• MOTORES A GASOLINA  Folga = 50%
• MOTORES ELÉTRICOS  Folga depende da “Pot”
POTÊNCIA INSTALADA (N) OU POTÊNCIA DO
MOTOR
➢ Os seguintes acréscimos são recomendáveis para
motores elétricos:
Potência exigida pela bomba
(Pot)
Folga recomendável (%)
até 2,0 cv 50
2,0 a 5,0 cv 30
5,0 a 10,0 cv 20
10,0 a 20,0 cv 15
acima de 20,0 cv 10
POTÊNCIAS COMERCIAIS DOS MOTORES
ELÉTRICOS NACIONAIS (em cv)
➢ Os motores elétricos brasileiros são normalmente
fabricados com as seguintes potências:
1/4 3 20 60
1/3 5 25 100
1/2 6 30 125
3/4 71/2 35 150
1 10 40 200
11/2 12 45 250
2 15 50 300
BOMBAS EM PARALELO
BOMBAS EM PARALELO
• Usada em sistemas de distribuição de água em cidades e em
indústrias;
• Obtenção da curva característica das bombas associadas →
somar vazões para uma mesma altura manométrica;
• Ponto de trabalho → interseção entre a curva característica
da associação e a curva característica da tubulação;
• Se prestam melhor a associação em paralelo: bombas com
curvas características mais inclinadas e ou tubulações com
curvas características mais achatadas.
BOMBAS EM PARALELO
BOMBAS EM PARALELO -
CONCLUSÕES
a) Se Q1 e Q2 são as vazões obtidas pelo funcionamento
isolado de cada bomba e Q3 a vazão da associação:
Q1 + Q2 > Q3;
b) A vazão de cada bomba, funcionando em paralelo, é
obtida projetando-se horizontalmente o ponto P3 até
encontrar a curva característica de cada bomba;
c) Se a curva da tubulação for muito inclinada poderá
haver superaquecimento de alguma bomba.
BOMBAS EM SÉRIE
BOMBAS EM SÉRIE
➢ Bombas de múltiplos estágios → rotores associados em
série;
➢ Obtenção da curva de bombas associadas em série →
soma das alturas manométricas, para uma mesma
vazão;
➢ Se prestam melhor a associação em série: bombas com
curvas características mais achatadas e ou curvas
características mais inclinadas.
BOMBAS EM SÉRIE
BOMBAS EM SÉRIE - CONCLUSÕES
a) Se Hm1 e Hm2 são as alturas manométricas obtidas
pelo funcionamento isolado de cada bomba e Hm a
vazão da associação: Hm1 + Hm2 > Hm;
b) A altura manométrica de cada bomba, funcionando em
série, é obtida projetando-se verticalmente o ponto P3
até encontrar a curva característica de cada bomba;
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
• Pequena elevatória: 2 bombas (1 + 1 reserva)
• Média elevatória: 3 bombas (2 + 1 reserva)
• Grande elevatória: várias bombas
• Próxima ou no meio do manancial (captação, água
bruta)
• Junto ou próximas às ETA’s (água tratada)
• Junto ou próximas aos reservatórios de distribuição
Escolha: energia, custo do terreno, topografia, acesso,
características do solo, traçado da adutora, etc.
Número de bombas:
Localização:
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
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Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
POÇO DE SUCÇÃO
• Considerar sua disposição física em relação às outras
unidades da estação (espaçamento entre motores,
bombas e tubulações suficientes para se trabalhar e
dar manutenção com folgas).
• Permitir a operação adequada das bombas.
• impedir a formação de vórtices superficiais e
subsuperficiais e o arraste de ar (submergência
adequada, cones, placas, grades, geometria do poço
etc.
Deve ser projetado com forma e dimensões para:
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
Fonte: NBR 12214/1992
TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
INSTALAÇÃO DE BOBMBEAMENTO
TÍPICA
ACESSÓRIOS: VÁLVULA DE PÉ E CRIVO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ACESSÓRIOS: VÁLVULAS DE RETENÇÃO
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ACESSÓRIOS: REGISTRO DE GAVETA
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
ACESSÓRIOS: MANÔMETROS
Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
REFERÊNCIAS
ALEN SOBRINHO, P.; CONTRERA, R.C. Estações Elevatórios.
Apresentação da disciplina Saneamento II. São Paulo. Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. Acesso em: 09/04/2016.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/
  • 2. COMPONENTES DE UMA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA • Equipamento eletromecânico - Motores - Bomba • Tubulações - Sucção - Recalque • Construção civil - Poço de sucção - Casa de bomba
  • 4. BOMBAS CENTRÍFUGAS Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 6. BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR A. Rotor Aberto: • Usado para bombas de pequenas dimensões; • Pequena resistência estrutural; • Grande recirculação de água; • Usado para o bombeamento de líquidos sujos. B. Rotor Semiaberto: • Possui apenas um disco onde as palhetas são afixadas C. Rotor Fechado: • Usado para bombeamento de líquidos limpos; • Possui dois discos nos quais as palhetas são afixadas; • Evita a recirculação de água;
  • 7. BOMBAS CENTRÍFUGAS - ROTOR Classificação segundo a trajetória do líquido no rotor Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 9. ESQUEMA HIDRÁULICO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 10. ESQUEMA HIDRÁULICO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 11. ESQUEMA HIDRÁULICO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 12. SELEÇÃO DA BOMBA ➢ DEPENDE DA VAZÃO A SER RECALCADA E DA ALTURA MANOMÉTRICA DA INSTALAÇÃO. ➢ Vazão Recalcada (Q): • Consumo diário da instalação; • Jornada de trabalho da bomba; • Número de bombas em funcionamento.
  • 13. SELEÇÃO DA BOMBA H H h m G t(1 2) = + − • Desnível geométrico da instalação (HG): - Levantamento topográfico do perfil do terreno. • Perda de carga (ht): - Comprimento das tubulações de sucção e recalque; - Número de peças especiais na instalação; - Conhecimento dos diâmetros de sucção e recalque Altura manométrica da instalação (Hm)
  • 14. SELEÇÃO DA BOMBA – DIAGRAMA DE COBERTURA HIDRÁULICA Fonte: KSB (2013)
  • 15. CURVAS CARACTERÍSTICAS Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 16. CURVAS CARACTERÍSTICAS Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 18. CAVITAÇÃO X NPSH (Net Positive Suction Head) Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 19. CAVITAÇÃO X NPSH Carga de sucção positiva disponível (mH2O) Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 20. CAVITAÇÃO X NPSH • Condição para funcionamento da bomba sem cavitação • Folga mínima: 0,5 mH20 ou 20% (melhor acima 1,5 mH20 ou 35%) Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 21. CAVITAÇÃO X NPSH Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 22. ALTURAS MÁXIMAS DE SUCÇÃO *Importante: A altura de sucção admissível para um determinado tipo de bomba depende de outras condições, devendo ser verificada em cada caso Fonte: Manual de Hidráulica, Azevedo Netto, 2010.
  • 23. POTÊNCIA NECESSÁRIA AO FUNCIONAMENTO DA BOMBA OU POTÊNCIA DE EIXO OU POTÊNCIA MECÂNICA (Pot) em que: Pot - Potência solicitada pela bomba (c.v.); γ - Peso específico do fluido circulante (kgf/m3); Q - Vazão bombeada (m3/s); Hm - Altura manométrica da instalação (m); η - Rendimento da bomba (decimal). Pot Q H 75 m B =  
  • 24. POTÊNCIA INSTALADA OU POTÊNCIA DO MOTOR OU POTÊNCIA DE PLACA OU POTÊNCIA NOMINAL (N) ➢ Deve-se admitir, na prática, uma certa folga para os motores elétricos ➢ N = Pot + Folga (margem de segurança) • MOTORES A ÓLEO DIESEL  Folga = 25% • MOTORES A GASOLINA  Folga = 50% • MOTORES ELÉTRICOS  Folga depende da “Pot”
  • 25. POTÊNCIA INSTALADA (N) OU POTÊNCIA DO MOTOR ➢ Os seguintes acréscimos são recomendáveis para motores elétricos: Potência exigida pela bomba (Pot) Folga recomendável (%) até 2,0 cv 50 2,0 a 5,0 cv 30 5,0 a 10,0 cv 20 10,0 a 20,0 cv 15 acima de 20,0 cv 10
  • 26. POTÊNCIAS COMERCIAIS DOS MOTORES ELÉTRICOS NACIONAIS (em cv) ➢ Os motores elétricos brasileiros são normalmente fabricados com as seguintes potências: 1/4 3 20 60 1/3 5 25 100 1/2 6 30 125 3/4 71/2 35 150 1 10 40 200 11/2 12 45 250 2 15 50 300
  • 28. BOMBAS EM PARALELO • Usada em sistemas de distribuição de água em cidades e em indústrias; • Obtenção da curva característica das bombas associadas → somar vazões para uma mesma altura manométrica; • Ponto de trabalho → interseção entre a curva característica da associação e a curva característica da tubulação; • Se prestam melhor a associação em paralelo: bombas com curvas características mais inclinadas e ou tubulações com curvas características mais achatadas.
  • 30. BOMBAS EM PARALELO - CONCLUSÕES a) Se Q1 e Q2 são as vazões obtidas pelo funcionamento isolado de cada bomba e Q3 a vazão da associação: Q1 + Q2 > Q3; b) A vazão de cada bomba, funcionando em paralelo, é obtida projetando-se horizontalmente o ponto P3 até encontrar a curva característica de cada bomba; c) Se a curva da tubulação for muito inclinada poderá haver superaquecimento de alguma bomba.
  • 32. BOMBAS EM SÉRIE ➢ Bombas de múltiplos estágios → rotores associados em série; ➢ Obtenção da curva de bombas associadas em série → soma das alturas manométricas, para uma mesma vazão; ➢ Se prestam melhor a associação em série: bombas com curvas características mais achatadas e ou curvas características mais inclinadas.
  • 34. BOMBAS EM SÉRIE - CONCLUSÕES a) Se Hm1 e Hm2 são as alturas manométricas obtidas pelo funcionamento isolado de cada bomba e Hm a vazão da associação: Hm1 + Hm2 > Hm; b) A altura manométrica de cada bomba, funcionando em série, é obtida projetando-se verticalmente o ponto P3 até encontrar a curva característica de cada bomba;
  • 35. PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS • Pequena elevatória: 2 bombas (1 + 1 reserva) • Média elevatória: 3 bombas (2 + 1 reserva) • Grande elevatória: várias bombas • Próxima ou no meio do manancial (captação, água bruta) • Junto ou próximas às ETA’s (água tratada) • Junto ou próximas aos reservatórios de distribuição Escolha: energia, custo do terreno, topografia, acesso, características do solo, traçado da adutora, etc. Número de bombas: Localização: Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 36. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 37. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 38. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 39. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS - BOOSTER Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 40. POÇO DE SUCÇÃO • Considerar sua disposição física em relação às outras unidades da estação (espaçamento entre motores, bombas e tubulações suficientes para se trabalhar e dar manutenção com folgas). • Permitir a operação adequada das bombas. • impedir a formação de vórtices superficiais e subsuperficiais e o arraste de ar (submergência adequada, cones, placas, grades, geometria do poço etc. Deve ser projetado com forma e dimensões para: Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 42. TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 44. ACESSÓRIOS: VÁLVULA DE PÉ E CRIVO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 45. ACESSÓRIOS: VÁLVULAS DE RETENÇÃO Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 46. ACESSÓRIOS: REGISTRO DE GAVETA Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 47. ACESSÓRIOS: MANÔMETROS Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2016)
  • 48. REFERÊNCIAS ALEN SOBRINHO, P.; CONTRERA, R.C. Estações Elevatórios. Apresentação da disciplina Saneamento II. São Paulo. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Acesso em: 09/04/2016.