2. Metodologia:
◦ Análise do passado: acompanhar e interpretar o
processo de formação social e econômica (Brasil).
◦ Acontecimentos essenciais: orientação do sentido
da evolução da sociedade.
◦ Sentido da evolução do povo: variabilidade que
marca a individualidade da sociedade dada.
Portugal:
História do país: lutas contra os árabes (geral da
formação das nações europeias);
Século XV: a expansão marítima (mudança de rumo);
3. Unidade do período colonial: não houve
descontinuidade;
Século XIX: síntese da obra colonizadora.
Formação social e econômica do Brasil: quadro mais
amplo da história europeia.
◦ “Processo que acabaria por integrar o Universo todo em
uma nova ordem, que é do mundo moderno, em que a
Europa, ou antes, a sua civilização, se estenderia
dominadora por toda parte.” (p. 17)
Colonização da América portuguesa: não foi um fato
isolado.
◦ “Estamos tão acostumados em nos ocupar com o fato da
colonização brasileira, que a iniciativa dela, os motivos que
a inspiraram e determinaram, os rumos que tomou em
virtude daqueles impulsos iniciais se perderam de vista.” (p.
17)
4. Resultado: descobrimento e colonização da
América.
Impulso: desenvolvimento do comércio
continental europeu e a busca de empresas
comerciais por mercadorias e mercados.
Expansão portuguesa (século XV): périplo
africano -> novo equilíbrio europeu;
deslocamento dos centros dinâmicos do
comércio para a fachada oceânica (Holanda,
Inglaterra, Normandia, Bretanha e a península
Ibérica).
5. Rotas de navegação: costa africana e o comércio
com os mouros e nativos;
Colonização das ilhas atlânticas (Açores, Cabo
Verde e Madeira);
Oriente (segunda metade do século XV).
Espanha, Holanda, Inglaterra e França: grandes navegações.
Era dos descobrimentos: expansão comercial
europeia e a emergência de uma nova ordem.
◦ América: obstáculo a passagem para a Ásia e o comércio
de especiarias.
◦ Busca pela travessia: norte e sul do novo continente.
6. Comércio X povoamento: feitorias.
Significado de colonizar: estabelecer sistemas de
feitorias comerciais.
África, Ásia e a América: realidades distintas.
◦ América: território primitivo; população rarefeita; sem
grandes atrativos; extrativista (madeira, peles de
animais e a pesca).
◦ Espanha e os impérios americanos: mineração (papel
menor na empresa colonizadora).
◦ Agricultura: pioneirismo português (ilhas atlânticas),
ocupação do Caribe por ingleses, franceses e
holandeses.
7. Temperadas: colonização de povoamento
◦ Guerras religiosas na Europa (Inglaterra);
◦ Lutas políticas;
◦ Cercamento dos campos (Inglaterra): excedente de
trabalhador livre.
◦ Economia: exploração extrativista.
“São assim circunstâncias especiais, que não têm relação
direta com ambições de traficantes ou aventureiros, que
promoverão a ocupação intensiva e o povoamento em larga
escala da zona temperada da América” (p. 23).
Ocupação e povoamento: nova ordem que a
expansão comercial estava processando.
8. Zonas tropicais e subtropical: outro rumo
Refutação da inadaptabilidade do europeu.
Estímulos: diversidade de condições naturais
Obtenção de gêneros tropicais (produtos de
luxo):
◦ Açúcar, tabaco, pimenta, anil, arroz, algodão.
“A América lhe poria à disposição, em tratos
imensos, territórios que só esperavam a
iniciativa e o esforço do homem. É isso que
estimulará a ocupação dos trópicos
americanos” (p. 25)
9. Dirigente da produção de gêneros de grande
valor comercial;
Empresário de um negócio rendoso;
Contragosto: trabalhador.
Caráter da exploração nos trópicos: larga escala
(grandes unidades produtivas), com avultado
número de trabalhadores (sem propriedade).
◦ Adoção da escravidão: solução para a oferta de
trabalhadores (demografia europeia).
Escravidão temporária;
Escravidão indígena;
Escravidão africana.
10. Zonas temperadas: colônias de povoamento;
Zonas tropicais e subtropicais: tipo de
sociedade inteiramente original.
“Não será a simples feitoria comercial, (...). Mas conservará no
entanto um acentuado caráter mercantil; será a empresa do
colono branco, que reúne à natureza, pródiga em recursos
aproveitáveis para a produção de gêneros de grande valor
comercial, o trabalho recrutado entre raças inferiores que domina:
indígenas ou negros africanos importados.” (p. 28)
11.
12. Essência de nossa formação:
“na realidade nos constituímos para fornecer
açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais
tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em
seguida café, para o comércio europeu. Nada
mais que isso. É com tal objetivo, objetivo
exterior, voltado para fora do país e sem atenção
a considerações que não fossem o interesse
daquele comércio, que se organizarão a
sociedade e a economia brasileira. Tudo disporá
naquele sentido.” (p. 29).