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CAPÍTULO 11 – A CONQUISTA DA AMÉRICA PELOS EUROPEUS
A colonização da América pelos europeus assumiu um aspecto de exploração
econômica, o que configurou aquilo que chamamos de colônia de exploração. Dois
exemplos desse tipo de colonização são o Brasil e a região da América Latina
ocupada pelos espanhóis.
Na América do Norte, as colonizações inglesa e francesa também visaram à
exploração das terras; contudo algumas colônias inglesas nessa região americana
acabaram fugindo à regra dessa exploração e se configuraram como colônias de
povoamento.
Quando às colônias de exploração, elas estiveram submetidas ao pacto colonial, que,
fazia com que as áreas coloniais produzissem aquilo que interessasse ao mercado
europeu, como tropicais que não eram produzidos na Europa. Entre esses gêneros
tropicais, podemos citar o açúcar, o algodão. Mas as riquezas de maior interesse dos
europeus eram os metais e as pedras preciosas, cujos valores eram altíssimos, e o
investimento para sua obtenção era bem menor do que o investimento para as
grandes empresas agrícolas.
O abastecimento das áreas coloniais com produtos manufaturados era monopólio de
suas respectivas metrópoles, o que impedia uma produção manufatureira nas
colônias de exploração.
A exploração econômica desse continente foi estruturado em regime de plantation,
termo usado para classificar as seguintes características de produção agrícola:
• Latifúndio – grande propriedade territorial que comportava uma extensa plantação
pois a prioridade era a quantidade a ser produzida;
• Monocultura – o produto a ser cultivado era determinado pela metrópole e deveria
ocupar toda a área do latifúndio, não podendo dividir o espaço com outra plantação;
• Mão de obra escrava – configurava uma mão de obra abundante, mais barata e
que movimentava um outro comércio lucrativo: o tráfico negreiro da África para a
América, via oceano Atlântico.
• Produção voltada para o mercado externo – as colônias de exploração só
produziam em larga escala aquilo que interessava ao mercado europeu, ou seja os
produtos que tinham aceitação e alto valor comercial na Europa.
Cabe ressaltar que as colônias de povoamento existentes na área norte das Treze
Colônias inglesas não conseguiram esse tipo de organização econômica, pois
produziam para o seu próprio sustento, em pequenas e médias propriedades
policultoras e sem a utilização de trabalho escravo.
A chegada dos europeus à América provocou um choque na organização econômica
das populações nativas e na organização econômica dos europeus. Os nativos
organizavam-se economicamente de formas diferentes, variando entre grupos que
viviam da caça, pesca e coleta e grupos que praticavam uma agricultura em larga
escala, produzindo, inclusive, excedentes usados para as trocas.
Não podemos perder de vista que a maior parte dos interesses europeus sobre a
América eram os lucros que podiam ser obtidos por meio de sua exploração. A
maioria dos países europeus vivia a fase do Capitalismo Comercial – a primeira fase
do capitalismo -, também conhecida como acumulação primitiva de capitais, o que
justifica seu interesse na ampliação do comércio para além do continente europeu.
Isso implica concluirmos que a organização econômica dos nativos americanos
pouco ou quase nada interessou aos europeus, que, na ânsia de obter ouro, prata
Prata, pedras preciosas e gêneros agrícolas tropicais, impuseram-se à força no
continente americano, desarticulando a organização social e política dos nativos ao
matarem milhares deles a ao transformarem outros milhares em escravos.
Muitas vezes os europeus se aliavam a um grupo de ameríndios e usavam a
inimizade entre eles e outros grupos para dominá-los, configurando aquilo que
chamamos de Sistema de aliança.
A superioridade bélica dos europeus, com armas de fogo, ou o simples fato de
usarem a montaria em cavalos, foram fatores preponderantes para a conquista da
América.
Em 1519, o espanhol Hernan Cortez chegou ao império asteca, onde foi recebido
como um deus por Montezuma. A ambição e a ganância pelo ouro, geraram
divergências e conflitos. Em 1522, Cortez dominou definitivamente o império asteca.
Em 1533, o mesmo acontecia com o império inca.
Outra questão a ser destacada na conquista da América foi a grande quantidade de
doenças trazidas pelos europeus. Há relatos de tribos inteiras que foram dizimadas
por um vírus de gripe.
Muitos nativos que escaparam da morte violenta causada pelas guerras e pelas
epidemias ou que conseguiram escapar à escravização acabaram sendo
catequizados pela ação dos padres jesuítas.
Os jesuítas acreditavam que sua missão era trazer os conceitos de civilização e
religião aos homens ainda no estado primitivo; os religiosos não entendiam que
instruindo os indígenas na cultura ocidental cristã destruíam sua verdadeira cultura,
o que corresponde à destruição de um povo.
Portanto, ao serem convertidos ao catolicismo, os ameríndios sofreram um processo
de Aculturação pois foram impedidos de manter suas manifestações culturais e
impelidos a aceitar a cultura europeia, a isso damos o nomes de Eurocentrismo, ou
seja, tudo o que era relacionado à Europa foi transferido para a América, como
sendo o correto.
OS ESTADOS EUROPEUS E A IGREJA CATÓLICA
Além dos interesses da burguesia e das Coroas envolvidas no processo de expansão
marítima e comercial, a colonização da América serviu também aos objetivos da
Igreja Católica, que, no quadro da Contrarreforma, precisava ganhar novos adeptos
para fazer frente ao crescente número de protestantes.
Fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola, a Campanhia de Jesus foi criada
sob a inspiração da luta contra o protecionismo e buscava novas formas de
religiosidade entre os católicos, abandonando as práticas decadentes do alto clero
secular denunciadas por Martinho Lutero.
Apesar de ter sido fundada por um espanhol, a Campanhia de Jesus teve um papel
relevante em Portugal e, consequentemente, nas colônias portuguesas,
principalmente no Brasil.
Os jesuítas pretendiam que os índios abrigados nas missões vivessem de acordo
com os preceitos morais da cultura ocidental cristã e que trabalhassem na
agricultura e nas oficinas, produzindo o necessário para manter a missão e algum
excedente para ser comercializado pelos padres. Essa proposta de vida contrariava
os princípios básicos da vida indígena.
Seguir pelo livro, importante para prova páginas 78 a 83

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  • 1. CAPÍTULO 11 – A CONQUISTA DA AMÉRICA PELOS EUROPEUS A colonização da América pelos europeus assumiu um aspecto de exploração econômica, o que configurou aquilo que chamamos de colônia de exploração. Dois exemplos desse tipo de colonização são o Brasil e a região da América Latina ocupada pelos espanhóis. Na América do Norte, as colonizações inglesa e francesa também visaram à exploração das terras; contudo algumas colônias inglesas nessa região americana acabaram fugindo à regra dessa exploração e se configuraram como colônias de povoamento. Quando às colônias de exploração, elas estiveram submetidas ao pacto colonial, que, fazia com que as áreas coloniais produzissem aquilo que interessasse ao mercado europeu, como tropicais que não eram produzidos na Europa. Entre esses gêneros tropicais, podemos citar o açúcar, o algodão. Mas as riquezas de maior interesse dos europeus eram os metais e as pedras preciosas, cujos valores eram altíssimos, e o investimento para sua obtenção era bem menor do que o investimento para as grandes empresas agrícolas. O abastecimento das áreas coloniais com produtos manufaturados era monopólio de suas respectivas metrópoles, o que impedia uma produção manufatureira nas colônias de exploração. A exploração econômica desse continente foi estruturado em regime de plantation, termo usado para classificar as seguintes características de produção agrícola: • Latifúndio – grande propriedade territorial que comportava uma extensa plantação pois a prioridade era a quantidade a ser produzida;
  • 2. • Monocultura – o produto a ser cultivado era determinado pela metrópole e deveria ocupar toda a área do latifúndio, não podendo dividir o espaço com outra plantação; • Mão de obra escrava – configurava uma mão de obra abundante, mais barata e que movimentava um outro comércio lucrativo: o tráfico negreiro da África para a América, via oceano Atlântico. • Produção voltada para o mercado externo – as colônias de exploração só produziam em larga escala aquilo que interessava ao mercado europeu, ou seja os produtos que tinham aceitação e alto valor comercial na Europa. Cabe ressaltar que as colônias de povoamento existentes na área norte das Treze Colônias inglesas não conseguiram esse tipo de organização econômica, pois produziam para o seu próprio sustento, em pequenas e médias propriedades policultoras e sem a utilização de trabalho escravo. A chegada dos europeus à América provocou um choque na organização econômica das populações nativas e na organização econômica dos europeus. Os nativos organizavam-se economicamente de formas diferentes, variando entre grupos que viviam da caça, pesca e coleta e grupos que praticavam uma agricultura em larga escala, produzindo, inclusive, excedentes usados para as trocas. Não podemos perder de vista que a maior parte dos interesses europeus sobre a América eram os lucros que podiam ser obtidos por meio de sua exploração. A maioria dos países europeus vivia a fase do Capitalismo Comercial – a primeira fase do capitalismo -, também conhecida como acumulação primitiva de capitais, o que justifica seu interesse na ampliação do comércio para além do continente europeu. Isso implica concluirmos que a organização econômica dos nativos americanos pouco ou quase nada interessou aos europeus, que, na ânsia de obter ouro, prata
  • 3. Prata, pedras preciosas e gêneros agrícolas tropicais, impuseram-se à força no continente americano, desarticulando a organização social e política dos nativos ao matarem milhares deles a ao transformarem outros milhares em escravos. Muitas vezes os europeus se aliavam a um grupo de ameríndios e usavam a inimizade entre eles e outros grupos para dominá-los, configurando aquilo que chamamos de Sistema de aliança. A superioridade bélica dos europeus, com armas de fogo, ou o simples fato de usarem a montaria em cavalos, foram fatores preponderantes para a conquista da América. Em 1519, o espanhol Hernan Cortez chegou ao império asteca, onde foi recebido como um deus por Montezuma. A ambição e a ganância pelo ouro, geraram divergências e conflitos. Em 1522, Cortez dominou definitivamente o império asteca. Em 1533, o mesmo acontecia com o império inca. Outra questão a ser destacada na conquista da América foi a grande quantidade de doenças trazidas pelos europeus. Há relatos de tribos inteiras que foram dizimadas por um vírus de gripe. Muitos nativos que escaparam da morte violenta causada pelas guerras e pelas epidemias ou que conseguiram escapar à escravização acabaram sendo catequizados pela ação dos padres jesuítas. Os jesuítas acreditavam que sua missão era trazer os conceitos de civilização e religião aos homens ainda no estado primitivo; os religiosos não entendiam que instruindo os indígenas na cultura ocidental cristã destruíam sua verdadeira cultura, o que corresponde à destruição de um povo.
  • 4. Portanto, ao serem convertidos ao catolicismo, os ameríndios sofreram um processo de Aculturação pois foram impedidos de manter suas manifestações culturais e impelidos a aceitar a cultura europeia, a isso damos o nomes de Eurocentrismo, ou seja, tudo o que era relacionado à Europa foi transferido para a América, como sendo o correto. OS ESTADOS EUROPEUS E A IGREJA CATÓLICA Além dos interesses da burguesia e das Coroas envolvidas no processo de expansão marítima e comercial, a colonização da América serviu também aos objetivos da Igreja Católica, que, no quadro da Contrarreforma, precisava ganhar novos adeptos para fazer frente ao crescente número de protestantes. Fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola, a Campanhia de Jesus foi criada sob a inspiração da luta contra o protecionismo e buscava novas formas de religiosidade entre os católicos, abandonando as práticas decadentes do alto clero secular denunciadas por Martinho Lutero. Apesar de ter sido fundada por um espanhol, a Campanhia de Jesus teve um papel relevante em Portugal e, consequentemente, nas colônias portuguesas, principalmente no Brasil. Os jesuítas pretendiam que os índios abrigados nas missões vivessem de acordo com os preceitos morais da cultura ocidental cristã e que trabalhassem na agricultura e nas oficinas, produzindo o necessário para manter a missão e algum excedente para ser comercializado pelos padres. Essa proposta de vida contrariava os princípios básicos da vida indígena. Seguir pelo livro, importante para prova páginas 78 a 83