O documento discute a evolução histórica do estudo e atenção aos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), desde a definição do autismo por Kanner em 1943 até os enfoques atuais. Aborda as características do autismo descritas por Kanner e os diferentes momentos no estudo deste transtorno desde 1943. Também reflete sobre a importância de se ter uma nova visão sobre a infância e a criança na educação infantil.
2. A evolução histórica da
atenção aos alunos com
TGD
Desde de sua definição por Kanner em
1943, o autismo apresentou-se como
um mundo distante, estranho e cheio
de enigmas.
Os enigmas referem-se, por um lado, ao
próprio conceito de autismo e às
causas, às explicações e às soluções
para esse trágico desvio do
desenvolvimento humano normal.
3. Segundo Coll et al (2010)
“é autista aquela pessoa para
qual as outras pessoas são
opacas e imprevisíveis, aquela
pessoa que vive como ausente-
mentalmente ausente-as
pessoas presentes, e que, por
tudo isso, se sente
incompetente para regular e
controlar sua conduta por meio
da comunicação.”
4. Em 1943, o Dr. Leo Kanner,
psiaquiatra, escreveu um artigo sobre o
autismo intitulado “Os transtornos
autistas do contato afetivo” em que
descreveu de modo tão penetrante e
preciso o autismo que sua definição
continua sendo empregada até hoje.
Kanner levou em consideração em sua
pesquisa três aspectos relevantes:
1-As relações sociais;
2- A comunicação e a linguagem;
3- A insistência em não variar o
ambiente.
5. 1- AS RELAÇÕES SOCIAIS
Para Kanner, o traço fundamental da
síndrome de autismo era “a
incapacidade de se relacionar
normalmente com as pessoas e as
situações”(1943, p.20)
Sobre isso ele diz que: “Desde o início
há uma extrema solidão autista, algo
que na medida do possível
desconsidera, ignora ou impede a
entrada de tudo que chega á criança de
fora.”
6. 2- A COMUNICAÇÃO E A LINGUAGEM
Kanner destacava um amplo conjunto de
deficiências e alterações na
comunicação e na linguagem da criança
autista. Tais como: Ecolalia, a tendência
a compreender as emissões de forma
mais literal, a falta de atenção à
linguagem, entre outros.
7. 3- A INSISTÊNCIA EM NÃO VARIAR O
AMBIENTE
A terceira característica era a
inflexibilidade, a rígida aderência a
rotinas e a insistência das crianças
autistas na igualdade.
Para Kanner a conduta da criança
autista “é governada por um desejo
ansiosamente obsessivo por manter a
igualdade, que ninguém, a não ser a
própria criança pode romper em
raras ocasiões.”
8. O PRIMEIRO MOMENTO DO ESTUDO DO
AUTISMO, 1943-1963:
“O autismo é um transtorno emocional,
produzido por fatores emocionais ou
afetivos inadequados na relação da
criança com as figuras de
criação.(...)Desse modo pais e mães
incapazes de proporcionar o afeto
necessário para a criação produzem
uma alteração grave do
desenvolvimento de crianças que
9. O SEGUNDO MOMENTO, 1963-1983:
Na primeira metade dos anos 1960, um
conjunto de fatores contribuiu para
mudar não só a imagem científica do
autismo como também o tratamento
dado ao transtorno.
A hipótese dos pais culpados foi
abandonada à medida que se
demonstrava a falta de justificativa
empírica e se encontravam os primeiros
indícios claros de associação do
autismo com fatores
neurobiológicos.
10. O ENFOQUE ATUAL DO AUTISMO
A mudança principal do enfoque geral
do autismo consiste em sua
consideração de uma perspectiva
evolutiva.
Além disso ocorreram nos últimos anos
mudanças importantes nas explicações
do autismo, tanto no aspecto
psicológico quanto no neurobiológico.
O autismo passou a não ser mais
considerado “psicose infantil” e passou
a ser enquadrada no “transtorno global
do desenvolvimento”.
11. EM ANÁLISE À DOCUMENTO
LEGAIS,VERIFICA-SE
DISTÂNCIA ENTRE A
NORMATIZAÇÃO
E APLICAÇÃO DAS
LEGISLAÇÕES.
12. A LEGISLAÇÃO SOZINHA,NÃO TEM
O PODER DE SOLUCIONAR
OS PROBLEMAS E
TAMPOUCO,GARANTIR A
APLICABILIDADE
DE SEUS ARTIGOS.
13. HÁ NECESSIDADE DE
ORGANIZAÇÃO POR PARTE
DA SOCIEDADE.
É NECESSÁRIO
MANISFESTAR-SE EM
DEFESA DA
EFETIVAÇÃO DOS
DIREITOS DAS
CRIANÇAS.
16. PROPOSTA PEDAGÓGICA
PARA GARANTIR QUE OS
DIREITOS DAS CRIANÇAS SEJAM
RESPEITADOS NO
COTIDIANO DA INSTITUIÇÃO,NAS
VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS
EDUCATIVAS.
18. NÃO HÁ CONCENSO
ENTRE AS “IDADES” DA
INFÂNCIA POIS ESTA
CONCEPÇÃO VARIA
ENTRE
SOCIEDADES,CULTURAS,
COMUNIDADES E PODE
VARIAR
NO INTERIOR DA FAMÍLIA.
19. SEGUNDO VYGOTSKY (1993),
NA BRINCADEIRA A CRIANÇA
COMPORTA-SE DE FORMA MAIS
AVANÇADA DO QUE NAS
ATIVIDADES DA VIDA REAL.
20.
21. MEUS OITO ANOS
OH! QUE SAUDADE QUE TENHO
DA AURORA DA MINHA VIDA,
DA MINHA INFÂNCIA QUERIDA
QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS!
QUE PULAVA CORDA,
BRINCAVA DE BONECA,
NOSSA...
QUANDO TINHA OITO ANOS,
ACHAVA BRINCADEIRAS CRIATIVAS.
TUDO PRA MIM ERA FÁCIL,
E AGORA TUDO É DIFÍCIL.
22. DORMIA TARDE.
SÓ DESENHAVA,
JÁ ERA BOA AQUELA VIDA,
LEGAL E DIVERTIDA,
PORQUE SERÁ QUE O TEMPO,
PASSA TÃO RÁPIDO,
EU QUERIA TER OITO ANOS
PARA FAZER TUDO
O QUE A CONSCIÊNCIA MANDASSE
MAS AGORA,
SÓ TENHO QUE PENSAR EM CRESCER,
PARA SER ALGUÉM NA VIDA!
( J.G.A.-f.- 10 ANOS)
25. PODEMOS AFIRMAR QUE
A INFÂNCIA REALMENTE É
UM PERÍODO
DE ALEGRIAS OU HÁ UM
MITO DE INFÂNCIA FELIZ
26. A IDÉIA DE INFÂNCIA É
TÃO ÓVIA QUE POUCO
PARAMOS PARA PENSAR
SOBRE ELA.
27. CONHECER AS IMPLICAÇÕES DE
TAL QUESTÃO É FUNDAMENTAL
PARA OS EDUCADORES QUE
ATUAM DIRETAMENTE OU
INDIRETAMENTE COM AS
CRIANÇAS E QUE BUSCAM
COMPREENDER
AS FINALIDADES E A PRÓPRIA
LIMITAÇÃO DESTE CAMPO
EDUCATIVO.
28. É NECESSÁRIO BUSCAR UM
NOVO OLHAR PARA A
INFÂNCIA,
REAFIRMADO NOS
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E
FILOSÓFICOS DA PLESC
(SANTA CATARINA,1998,P.19-
21)
29. O OLHAR SOBRE A INFÂNCIA
NEM SEMPRE FOI O MESMO E
SEUS SIGNIFICADOS
TAMBÉM NÃO FORAM OS
MESMOS.
31. É PRECISO QUE A ESCOLA
SE QUESTIONE QUE
INSTITUIÇÃO DE
EDUCAÇÃO QUEREMOS
PARA NOSSAS CRIANÇAS.
ESCOLA
32. É PRECISO TER CLARO NO
PPP:
FORMAS DE GARANTIR A
SATISFAÇÃO DAS
NECESSIDADES DAS CRIANÇAS
DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
33. O PROFESSOR PLANEJAR E
EXECUTAR ATIVIDADES QUE
VALORIZEM:
A BRINCADEIRA E JOGOS;
AS DIVERSAS LINGUAGENS;
A INTERAÇÃO SOCIAL;
A ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-
TEMPORAL.
37. CABE RESSALTAR QUE AS
CRIANÇAS QUANDO CHEGAM À
ESCOLA
TRAZEM SUA
DIVERSIDADE,REFLEXOS DE
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO,FÍSICO,AFETIVO E
SOCIAL PRÓPRIOS E DESIGUAIS.