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Movimentação de Cargas
https://www.youtube.com/watch?v=tIi8VSjEXkI
Acidentes de Trabalho envolvendo Guindastes
Acidentes de Trabalho envolvendo Guindastes
ACIDENTES NÃO ACONTECEM, SÃO PROVOCADOS.
O CUSTO É SEMPRE ALTO, PODENDO SER:
DE PERDAS MATERIAIS A PERDAS DE VIDAS
Acidentes de Trabalho
CONCEITO PREVENCIONISTA
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, que
interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como
consequência isolada ou simultaneamente perda de tempo, dano material ou
lesões ao homem.
CONCEITO LEGAL
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesões corporais ou perturbação funcional que cause a
morte; ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho.
O QUE CAUSA UM ACIDENTE ?
• Atitudes inseguras (indiferença às normas, negligência, ignorância, imprudência e
imperícia)
• Condição insegura (equipamentos, acessórios, ambiente apresentando riscos de
acidente)
Acidentes de Trabalho
Acidentes de Trabalho
TIPOS DE RISCO
Operação
Condições inseguras relativas aos processos operacionais.
Equipamentos mecânicos
Mal funcionamento do equipamento / acessórios.
Ambiente
Materiais espalhados, sujeira no ambiente, capacidade de suporte do terreno, etc.
Controle
Não observação de medidas preventivas, como circulação correta do pessoal e segurança nos
processos industriais e limites dos equipamentos.
Tipos de Guindastes
ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Quando estiver em uma nova situação de movimentação de carga, convém planejarmos a
amarração de forma detalhada:
. Faça uma boa estimativa dos requisitos para içamento e movimentação;
. Conheça ou estime com segurança o peso da carga, coeficientes de segurança são essenciais;
. Escolha os materiais para içamento adequados;
. Defina o melhor método para fixação da carga, considerando centro de gravidade e geometria;
. Escolha o material de içamento com capacidade suficiente. Observe que os esforços nas
pernas acrescem à medida que os ângulos das mesmas são aumentados com a vertical;
Escolha do melhor Acessório
Corrente:
. Resistente à abrasão; Maior
durabilidade;
. Flexível;
. Pode-se utilizar com vários
tipos de acessórios;
. Resistência ao calor;
. Possibilidade de
encurtamento das pernas;
. Fácil estocagem;
Cabos de Aço:
. Mais leve e normalmente
mais barato que a corrente;
. Normalmente galvanizado
para uma melhor proteção
contra corrosão;
. Boa durabilidade;
. Inspeção relativamente
simples;
Cintas de Poliéster:
. Simples e barata;
. Adequada para cargas
frágeis;
. Fácil identificação da carga
de trabalho através de sua
cor;
. Fácil substituição;
Acessórios para Içamento de Cargas
CINTAS (Eslingas de poliéster)
Podem ser fabricadas de poliamida, poliéster e polipropileno.
• As cintas de poliéster são leves e flexíveis, além de baixo custo de aquisição, o que faz
com que seja o tipo de cinta mais utilizada.
• O principal ponto de observação se refere à inspeção prévia dos acessórios utilizados e
também na proteção da amarração quanto a cantos vivos (quinas).
• A vida útil dos acessórios também é reduzida devido a sua fragilidade.
Acessórios para Içamento de Cargas
Identificação da Cinta
Embora existam cores para identificar a capacidade da cinta, isso nem sempre acontece. O que
não pode deixar de ser obedecida é a identificação através de etiqueta que fica dentro do olhal
da cinta ou em seu corpo, protegida ou não por uma capa.
Acessórios para Içamento de Cargas
CINTAS
É um tipo de eslinga sintética que adapta-se a diversos tipos de carga
Acessórios para Içamento de Cargas
Normas de Fabricação
Toda cinta deverá passar por inspeção periódica, recebendo uma identificação de vistoria
que varia de empresa para empresa.
Pode se usar braçadeira colorida de nylon ou etiquetar atrás da etiqueta de identificação,
ou colocar faixa pintada na superfície da cinta
Acessórios para Içamento de Cargas
ESTROPO DE CABO DE AÇO
Montagem de laço com clips
São compostos por um cabo de aço com olhais em suas extremidades. Os laços podem
ser formados por clips.
Na preparação de estropo com clips deve-se observar a posição de montagem dos
clips.
Acessórios para Içamento de Cargas
Superlaço com olhal flamengo
O olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do laço, a costura pode
ser protegida por luva ou chumbada.
Ganchos
Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes para elevação da carga.
Acessórios para Içamento de Cargas
Manilhas
Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes
para elevação da carga.
Acessórios para Içamento de Cargas
Acessórios para Içamento de Cargas
Anel (master link)
Destinado a interligar as correntes formando
uma “ aranha”
Cabo guia
Destinados a guiar a carga durante o seu
deslocamento
Linga ou Eslinga de Içamento
ARANHA
A aranha é um método de eslinga que facilita a elevação de cargas. Normalmente usado em
trabalhos repetitivos
ARANHA COM CINTA
ARANHA COM CORRENTE
Linga ou Eslinga de Içamento
CEIO
O ceio consiste em passar a cinta ou a corrente
por dentro ou por baixo da carga. A característica
desta eslinga é a divisão do peso em relação ao
número de pernas ou ponto de pega.
Linga ou Eslinga de Içamento
FORCA
A forca é uma eslinga que produz um estrangulamento de carga, impedindo que a eslinga
escorregue, desequilibrando a carga
Nota – É errado fazer o enforcamento direto no olhal
Diferença entre SWL x WLL
"WLL" significa "limite de carga de trabalho”
"SWL" significa "carga de trabalho segura”.
As principais diferenças entre carga de trabalho segura e limite de carga de trabalho são que "SWL" é o termo mais antigo.
Hoje, o SWL não é mais usado porque foi completamente substituído pelo termo WLL.
SWL - "carga de trabalho segura" é definida como "a carga de ruptura de um componente dividida por um fator de segurança
apropriado, fornecendo uma carga segura que pode ser levantada ou transportada". Carga de trabalho segura é a quantidade
de peso (carga) que um dispositivo de elevação pode transportar sem medo de quebrar. Agora, quem define a capacidade de
carga para certos equipamentos de elevação? É o fabricante do equipamento de elevação. O fabricante recomenda a
capacidade de carga máxima de seu equipamento de elevação. O equipamento ou dispositivo de elevação pode ser uma
corda, uma linha, um guindaste, ganchos, manilhas, lingas ou qualquer dispositivo de elevação.
WLL - "limite de carga de trabalho" é a massa ou força máxima que um produto está autorizado a suportar no serviço geral
quando a tração é aplicada em linha, a menos que indicado caso contrário, com relação à linha central do produto. Essa
definição também pode ser adicionada para se referir às seguintes definições: a carga máxima que um item pode levantar; e a
carga máxima que um item pode levantar em uma configuração ou aplicativo específico. O limite de carga de trabalho de um
equipamento de elevação depende muito de um fabricante competente e qualificado que possa sabiamente designar seu
valor WLL. É de responsabilidade do fabricante determinar o valor correto ou aproximado da WLL para cada dispositivo de
elevação. Para chegar a um valor WLL, há muitos fatores a serem considerados. Isso inclui a velocidade de operação, a carga
aplicada, o comprimento de cada cabo ou linha, tamanho, número e etc. Qualquer fator que possa afetar o limite de carga de
trabalho de um dispositivo de elevação deve ser cuidadosamente observado.
Diferença entre SWL x WLL
"WLL" significa "limite de carga de trabalho”
"SWL" significa "carga de trabalho segura”.
Resumo:
1. WLL significa limite de carga de trabalho, enquanto SWL significa carga de
trabalho segura.
2. WLL e SWL são termos frequentemente usados no campo da engenharia.
3. Carga de trabalho segura é o termo mais antigo de limite de carga de trabalho.
4. A definição de carga de trabalho segura é a carga de ruptura de um
componente dividido por um fator de segurança apropriado, fornecendo uma
carga segura que pode ser levantada ou transportada.
5. O limite da carga de trabalho é que é a massa ou força máxima que um
produto está autorizado a suportar em serviço geral quando a tração é aplicada
em linha, a menos que indicado de outra forma, com relação à linha central do
produto.
Termos e Expressões
Acessório: É todo material utilizado para conectar a carga ao gancho do equipamento de içar, como por
exemplo: cintas, laços, lingas de corrente, barras estabilizadoras, etc;
Carga de Trabalho(CT ou WSL): É o peso máximo permitido da carga em uso normal, fornecido pelo
fabricante;
Carga de Ruptura: É a maior força que o acessório é exposto durante o ensaio de tração;
Fator de Segurança: É a relação entre carga de ruptura e a carga de trabalho, sendo que os mesmos são
diferentes entre correntes (4:1), cabos (5:1) e cintas sintéticas (7:1);
Carga de Prova/Teste: É a força que o acessório é submetido após sua fabricação;
Alongamento Total: É o alongamento de um acessório no momento da sua ruptura em % do seu
comprimento total;
Comprimento Efetivo: É a distância entre os pontos de apoio em uma linga sem carga;
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NUNCA PERMANEÇA SOB A CARGA SUSPENSA. AS PESSOAS NA ÁREA DE
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NÃO DEVEM FICAR EXPOSTAS AO PERIGO DURANTE O
PROCESSO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NÃO FIQUE EM CIMA DAS CARGAS SUSPENSAS.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
TENHA CUIDADO QUANDO ESTIVER PRÓXIMO À CARGA DURANTE O PROCESSO
DE IÇAMENTO. A CARGA A SER IÇADA PODERÁ SOLTAR-SE E CAUSAR-LHE
FERIMENTOS. MANTENHA AFASTADO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NO INÍCIO DO IÇAMENTO, A CARGA PODE MOVIMENTAR-SE HORIZONTALMENTE.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
EVITE QUE A CARGA ENROSQUE-SE EM ALGUM LUGAR. NÃO SUBMETA O
EQUIPAMENTO À ESFORÇAS DESNECESSÁRIOS.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NUNCA UTILIZE O EQUIPAMENTO PARA ARRASTAR A CARGA.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NUNCA FIXE A CARGA NA PONTA DO GANCHO. UTILIZE OLHAIS COM
DIMENSÕES GRANDES OU FAÇA A FIXAÇÃO COM UMA MANILHA ADEQUADA.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
MOVIMENTE A CARGA COM DEVIDO CUIDADO. ABAIXE-A SUAVEMENTE PARA
EVITAR TRANCOS OU COLISÕES
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
OBSERVE QUE A PRESSÃO NA CARGA AUMENTA COM O AUMENTO DO ÂNGULO DAS
PERNAS DOS LAÇOS EM RELAÇÃO À VERTICAL. UTILIZE O ESFORÇO CORRETO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
USO CORRETO DA PRESSÃO
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
QUANDO NECESSÁRIO, UTILIZE UM BALANCIM DE CARGA. QUANDO FOR UTILIZADA
ELEVAÇÃO EM CESTO, SE POSSÍVEL, DEVE-SE DAR MAIS DE UMA VOLTA EM TORNO
DA CARGA AFIM DE OBTER MAIOR SEGURANÇA NA FIXAÇÃO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
PARA O IÇAMENTO DE CARGAS LONGAS, UTILIZE UM CABO GUIA PARA MAIOR
SEGURANÇA DURANTE O PROCESSO DE ELEVAÇÃO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
FIXAÇÕES INCORRETAS CAUSAM ESFORÇOS EXCESSIVOS NAS MANILHAS NO ATO DO
TRACIONAMENTO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
PARA EVITAR DANOS, UTILIZE SEMPRE PROTEÇÕES NOS CANTOS VIVOS.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NUNCA FAÇA EMENDAS EM LAÇOS DE CABO DE AÇO COM NÓS; UTILIZE
SEMPRE UMA MANILHA PARA ESTE PROCEDIMENTO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
A RESISTÊNCIA DO CABO DE AÇO É REDUZIDA QUANDO DOBRADO. A REDUÇÃO ESTÁ
RELACIONADA COM O DIÂMETRO DA DOBRA, CONFORMA A TABELA ACIMA.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
USE LUVAS DE PROTEÇÃO DURANTE O MANUSEIO DE CABOS DE AÇO.
PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
NÃO ENROLE O CABO DE AÇO EM UM GANCHO DUPLO PARA EVITAR QUE ELE
ESCORREGUE; A DOBRA SERÁ MUITO PEQUENA E DANIFICARÁ O CABO.
INSPEÇÃO REGULAR
As lingas devem ser verificadas continuamente e serem inspecionadas anualmente, conforme
normas e legislações aplicáveis. A responsabilidade pela prática dessas medidas pertence à chefia
da área.
A inspeção regular inclui tanto as verificações de funcionamento como as manutenções periódicas.
Além da inspeção regular, que deve ser registrada, o usuário deve preserva-lo e inspeciona-lo
antes de cada utilização.
MANUTENÇÃO
DIMENSIONAMENTO
O RAIO É A MEDIDA DO CENTRO DE
GIRO DO GUINDASTE AO CENTRO DE
MASSA DA PEÇA
DIMENSIONAMENTO
RAIO
LANÇA
CONTRAPESO
NORMA 75%
CAPACIDADE
TABELAS DE CARGA
PREPARAÇÃO DO SOLO
PRESSÃO NAS PATOLAS
PREPARAÇÃO DO SOLO
PREPARAÇÃO DO SOLO
PLANO DE RIGGING
REDES ELÉTRICAS E INFLUÊNCIA DO VENTO
OBRIGADO!
2
1. Introdução
Nas industrias, as atividades de transporte e levantamento de cargas pesadas fazem parte
das operações relacionadas a manutenção e montagem de equipamentos, que se encontram em
locais de difícil acesso ou possuem um peso extremamente elevado. Tão importantes quanto
rigorosas, essas atividades necessitam de muita atenção e experiência por parte da equipe que
as planeja e executa, tornando um processo confiável, eficiente e seguro.
Em todas as indústrias a organização racional dos processos e instalações de transporte
de carga tem se tornado algo fundamental para o sucesso de suas operações, resultando em
maiores ganhos de produtividade. Com o aumento da integralização e entrelaçamento dos
processos de produção, os métodos e sistemas de movimentação de cargas, externas e internas
das indústrias, devem atuar de forma eficiente, pois são decisivos ao cumprimento de prazos,
regulamentações e melhorias estratégicas da empresa.
O presente trabalho surge do processo de levantamento (içamento) e transporte do rotor
do gerador da Termo Elétrica Jorge Lacerda em Capivari de Baixo-SC, localizado na sala de
máquinas da Unidade 7 – UTLC. O local de destino foi o deposito de materiais do próprio
complexo, devido a localização do rotor e seu dimensionamento, tal como peso, foi necessário
definir métodos que garantisse maior eficiência e segurança na operação, utilizando-se ainda
da ferramenta de análise Plano de Rigging.
O Plano de Rigging tem a finalidade de planejar e simular a operação de movimentação
por meio do estudo da carga a ser içada, equipamento e acessórios a serem utilizados, condições
de solo e influencias que podem influenciar na operação a ser realizada.
A necessidade da adoção desse procedimento, não se dá pelo fato de que o Plano de
Rigging não ser uma exigência legal nas empresas, mas por apontar um auto de infração a falta
do mesmo em pericias realizadas em acidentes de trabalho, no que tange o levantamento de
cargas.
Neste contexto, o proposito deste trabalho é determinar e analisar o processo de
levantamento (içamento) e transporte do rotor da Usina Termo Elétrica Jorge Lacerda – UTLC,
utilizando o Plano de Rigging como ferramenta de acompanhamento e controle desta operação,
garantindo maior eficiência, organização dos recursos e segurança dos envolvidos.
3
2. Revisão Bibliográfica
A revisão bibliográfica abordada neste Trabalho de Conclusão de Curso tem o objetivo
de apresentar uma conceitualização da operação de içamento e movimentação, assim como seu
planejamento e normas necessárias para execução. Os conhecimentos mais específicos quanto
aos métodos utilizados para elaboração do plano de Rigging será abordado em conjunto com o
tópico que apresenta os procedimentos metodológicos utilizados.
2.1 A Movimentação de materiais e equipamentos
As organizações tem buscado constantemente adotar procedimentos que visam a sua
melhor eficiência e reduzir seus custos operacionais, uma destas abordagens é o encurtamento
das distancias percorridas da materiais prima, produto acabado, ou mesmo de equipamentos
que necessitam de tratamento especial, tanto pelo seu valor monetário, quanto pelo local que se
deseja coletar ou acondicionar, necessitando assim de um sistema eficiente de movimentação
(TAMASAUSKAS, 2000).
Conforme Langui (2001), realizar a análise dos sistemas e métodos de movimentação e
armazenagem de materiais ou equipamento em uma empresa, pode influenciar diretamente na
sua estrutura de custos, assim como, proporcionar operações mais eficientes.
Rudenko (1976) afirmou, que a mecanização dos processos de movimentação de cargas,
estimulou o progresso observados nos dias atuais de muitas empresas. Já Tamasauskas (2000)
corrobora que as atividades contidas a um processo produtivo estão ligadas a uma
movimentação de cargas interna, ou seja, de forma continua ou descontinua, acaba
influenciando diretamente nos resultados das empresas.
A crescente especialidade na movimentação de cargas nos diversos locais da empresa,
sendo elas dos setores de mineração, portuário, comércio e da indústria, tem aumentado direta
ou indiretamente o crescimento econômico, isso por exigir equipamentos e métodos cada vez
mais específicos com grande aplicação dos conhecimentos relacionados com as engenharias
(NASSAR, 2004).
2.2 Planejamento de içamento e transporte de carga
O plano de movimentação de carga, ou também conhecido como Plano de Rigging,
consiste em planejamento formal da movimentação de cargas utilizando-se de guindastes
móveis ou fixo, buscando otimizar os recursos aplicados na operação (acessórios, equipamentos
4
e outros) evitando acidentes e perdas de tempo. Este documento indica por meio de cálculos do
estudo da carga a ser içada (levantada), dos acessórios, das máquinas, condições do solo e vento,
as melhores soluções para realizar o içamento e transporte de forma segura e eficiente (NR 12,
2010).
O Plano de Rigging deve ser elaborado antes do início da operação de içamento e
transporte do material ou equipamento, seguindo normas vigentes para tal atividade. Este
documento deve apresentar diagramas e desenhos relativos à carga que será transportada;
programação de embarque; detalhamento do embarque (sua programação); cronograma; com o
propósito de orientar toda a operação, seja ela de armazenagem, fabricação, entre outros
(BELLEI, 2008).
Para a concepção do plano, é necessário considerar as características do ambiente de
onde a carga será recolhido e local a ser armazenado, isso envolve as características do edifício,
condições locais, mão de obra envolvida, equipamentos disponíveis. Já os prazos das atividades
como montagem, desmontagem, transporte do equipamento se faz necessário analisar,
descriminado ainda os custos da operação (PINHO, 2005).
Comumente algumas organizações apresentam dificuldades em definir parâmetros e
critérios técnicos que justifique a necessidade da elaboração do plano de Rigging, por existir
diversos métodos para realização dos índices e diagramas necessários, assim como a natureza
da operação, podendo ser desde uma simples descarga até uma operação mais complexa,
elevando o seu grau de risco e contemplando mais guindastes.
Em tese, o plano de Riggind pode ser elaborado para qualquer tipo de serviço que
necessita o içamento de carga.
Independente dos métodos, o planejamento de içamento e transporte de carga deve
incluir uma memória de cálculo, demonstrativos das fases de içamento, estabelecimento de
indicadores críticas e folgas previstas relacionadas as interferências.
Para esse estudo, foram considerados os seguintes itens para elaboração do plano:
Configuração do guindaste;
Capacidade bruta do guindaste;
Velocidade do vento;
Força na sapata;
Porcentagem de utilização do guindaste;
Layout completo da operação;
Relação de eslingas e acessórios;
Identificação do guindaste.
5
2.3 Plano de Movimentação e suas normas legais
Atualmente, não existe no Brasil uma NR (Norma reguladora) voltada somente para as
atividades de movimentação e transporte de cargas, definindo atribuições e responsabilidades
para as empresas e profissionais responsáveis (envolvidos) em tais operações.
Portanto, é de responsabilidade da empresa ou terceirizada que fará a execução das
operações de içamento e transporte o fornecimento de plataformas, escadas e acesso, cabos
guia, corrimãos, passarelas e demais EPIs (equipamentos de proteção individual) para a equipe,
conforme previsto em normas reguladoras (MIT, 2019). São elas:
Normas Regulamentadoras:
o NR-6: Equipamento de proteção individual – EPI;
o NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais;
o NR-12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos;
o NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho da indústria e comércio;
o NR-35: Trabalho em altura;
Normas Petrobras:
o N-1965: Movimentação de carga com guindaste terrestre;
o N-2869: Segurança em movimentação de cargas;
Norma Transpetro:
o PE-3N0-00209: Segurança em Serviço de Movimentação e Elevação de Cargas;
Normas Brasileiras:
o NBR ISSO 4309: Guindastes-Cabo de Aço – Critério de Inspeção e Descarte;
o NBR 8400 – Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de
carga.
Conforme Souza (2018, pág. 33), para a realização de operações iguais a esta, é exigido:
A análise de risco das atividades, além do planejamento, organização e a execução,
considerando como trabalho em altura, toda atividade executada acima de 2,00m do
nível inferior onde haja risco de queda, devendo o trabalhador utilizar EPI tais como
cinto de segurança tipo paraquedista, dotado de dispositivo para conexão em sistema
de ancoragem, talabarte e o dispositivo trava-quedas fixados acima do nível da cintura
do trabalhador.
A análise de risco deve considerar:
Local em que os serviços serão executados e seu entorno;
Isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
Os sistemas de pontos de ancoragem;
As condições meteorológicas adversas;
Risco de queda de materiais e ferramentas;
As condições impeditivas;
Os riscos adicionais;
As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros;
A forma de supervisão.
6
Quanto a possíveis acidentes, a norma que orienta as empresas, assim como cuidados
preventivos relacionados à segurança, para esse tipo de operação é a NR 11 (MIT, 2019) –
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
3. Procedimento Metodológico
Os métodos adotados nesse Trabalho de Conclusão de Curso, consiste em determinar
parâmetros necessários para execução do içamento e transporte de um rotor localizado na
Termoelétrica Jorge Lacerda, mais especificadamente na UTLC.
Configurando-se em um estudo de caso, que conforme Yin (2001), trata-se de uma
estratégia de pesquisa que compreende em um método que abrange tudo em abordagens
especificas de coletas e análise de dados. Este método é útil quando o fenômeno a ser estudado
é amplo e complexo e não pode ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente, visto
que objetiva conhecer detalhadamente o processo de transportes e içamentos dos equipamentos
envolvidos.
3.1 Coleta e Tratamento dos Dados
Os dados para o planejamento e execução do içamento e transporte do rotor do gerador
foi considerado da sala de máquinas da Unidade 7 – UTLC e transportado até ao deposito de
materiais do complexo Termelétrico Jorge Lacerda, situada na Avenida Paulo Santos Melo, nº
555, Centro do Município de Capivari de Baixo/SC.
Os dados coletados foram utilizados para determinar informações necessárias para a
operação de içamento e transporte, considerando os seguintes componentes:
O equipamento içamento;
Manilhas, esticadores e lingas sendo usados;
O peso de carga;
Centro de gravidade da levantada;
Capacidade do guindaste e gráficos de equipamento;
Altura, largura e comprimento da carga;
Condições atmosféricas e ambientais quando o processo for realizado;
Bordas e cantos da carga. É importante avaliar toda a geometria do item sendo
levantado;
Ângulos das lingadas;
7
Fator de ângulo de carga;
Capacidade de carga do piso;
Como ajustar a carga usando boas práticas de rigging;
Identificação e certificação dos pontos de fixação e carga possam suportar por
força criada pela fixação de lingadas;
Segurança da zona de trabalho;
Analise dos riscos, determinando as consequências resultantes de colisão,
perturbação ou queda da carga.
3.1.1 Definição das lingas
As lingas se trata de um conjunto composto por cabos, correntes, cintas e acessórios. É
o que promove a interligação entre o equipamento de movimentação de carga e a própria carga
(PETROBRAS N-2170).
Para o cálculo das lingas foi utilizado o peso total e parcial máximo da carga, sendo
acrescido os acessórios para o levantamento, como os moitões, balanças e manilhas que estão
suspenso na ponta da lança de uma máquina durante uma operação de movimentação de carga
(PETROBRAS N-1965).
Calculando-se:
Cabo=peso especifico do cabo X comprimento do cabo X número de passada
Cinta= peso da cinta X quantidade de cintas
Peso moitão= tabela do guindaste
Peso total das lingas= cabo + cinta + moitão
Executando estes cálculos, foi possível determinar o peso total das lingas que foram
considerados para determinar o peso total do içamento.
3.1.2 Taxa de utilização do guindaste
Com os dados colhidos no local onde a operação foi realizada como a altura que a lança
do guindaste teve que abrir, assim como seu raio, seguindo a NBR-1965, foi necessário realizar
8
uma relação entre a distância entre o centro de giro da máquina com a vertical que passa pela
ponta da lança e o centro da massa de carga suspensa.
Com isso, se utilizou da Tabela 1, que demonstrar às operações a capacidade estimada
de içamento, determinando assim, a taxa de utilização da capacidade máxima de operação
(TAMASAUSKAS, 2000).
Tabela 1 – Tabela de carga de içamento da lança principal (Kg)
RAIO (m)
Patolas totalmente estendidas, operação na
traseira e nos lados RAIO (m)
11.8 m 15.95 m 20.1 m 28.4 m 36.7 m 45 m
3.0 75000 54000 3000 3.0
3.5 70000 54000 43000 3.5
4.0 62000 54000 43000 30000 4.0
4.5 56000 48000 43000 30000 4.5
5.0 51000 45000 41000 30000 5.0
5.5 47000 42000 38500 29000 5.5
6.0 41500 39000 36500 27500 16000 6.0
6.5 36000 35000 34000 26000 16000 6.5
7.0 32000 30500 31000 25000 16000 7.0
7.5 28000 27500 27000 23500 15000 7.5
8.0 25000 24500 24000 22000 15000 11000 8.0
9.0 19000 20000 20000 19500 15000 11000 8.5
10.0 16500 17000 16000 14000 11000 9.0
11.0 13500 14000 13600 13000 10500 9.5
12.0 11500 12000 12000 12000 10000 10.0
14.0 8500 9000 10000 9000 11.0
16.0 6000 6800 7800 8000 12.0
18.0 5000 6000 6500 14.0
Fonte: Manual do guindaste STC75.
Desta forma pode-se calcular o percentual de utilização do guindaste:
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒛𝒂çã𝒐 =
𝑷𝒆𝒔𝒐 𝒅𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒕𝒊𝒄𝒂
𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒈𝒖𝒊𝒏𝒅𝒂𝒔𝒕𝒆
Onde:
Raio operacional – distância entre o centro de giro do guindaste e a peça a ser içada.
Altura da lança – altura em que a lança irá operar conforme as configurações.
Peso da carga estática – total do peso da carga, já incluindo o peso da linga.
9
O percentual sobre a taxa de utilização é necessário ainda multiplicar o seu resultado
por cem, para assim obter o percentual.
3.1.3 Determinação dos esforços das sapatas
Este cálculo tem o propósito de estimar o esforço que cada sapata que fixa o guindaste
no solo exercerá. Para isso, foi determinado a Hipotenusa resultante da distância da sapata,
sendo coletado as medidas A e B (em metros) como ilustrado na Figura 1.
Figura 1 – Variáveis para cálculo das sapatas
Fonte: Langui, 2000.
Determinado as medidas A e B apresentados na Figura 1, calculou-se:
𝑯𝒓 = √ 𝑩² + 𝑨²
𝟐
(1)
𝑪𝒔 =
𝑪𝒃𝒓 𝒙 𝑹𝑶
𝑯𝒓
+
𝑷𝑮+𝑪𝑨
𝑵𝑺
(2)
Onde:
Hr – Hipotenusa resultante
A – Medida paralela entre o centro de giro do guindaste e a sapata
B – Medida entre os extremos das sapatas opostas (b) dividido por 2
Cs – É a carga total na sapata que encontraremos
Cbr – Capacidade nas configurações conforme tabela de carga
RO – Raio de operação, sendo a distância entre o centro de giro do guindaste e
a peça a ser içada.
10
Hr – Hipotenusa resultante é a distância entre o centro de giro do guindaste e a
extremidade da sapata aberta.
PG – Peso do guindaste coletado no manual.
CA – Contra peso adicional colocado na parte oposta da lança para compensar e
equiparar no pese da carga, porém nessa configuração não foi preciso adicionar
o contrapeso.
Ns – Número de sapatas que irão ser acionadas para operação.
Assim, configurou-se a carga resultante nas sapatas do guindaste que foi utilizado para
a operação.
3.1.4 Cálculo do esforço no solo
O guindaste em operação transmite forças consideráveis ao solo, através das sapatas
originadas pelo peso do guindaste, contrapeso e pela carga bruta. O solo tem que suportar essas
forças com segurança (NETO, 2017).
Para isso foi necessário determinar a resistência do solo por meio de sondagens,
utilizando-se instrumentos de ensaios no local realizado a operação de içamento e transporte do
rotor.
Assim, fora calculado:
Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 = 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑨 𝒙 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑩 (1)
𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒏𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒐 =
𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒏𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂
Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂
(2)
Onde:
Área da sapata – área atuante da sapata no momento do patolamento.
Lado (A) e Lado (B) – medida da base da sapata que será aplicada ao solo.
Carga na sapata – dado coletado na conta anterior.
Resistencia do solo – resistência específica do solo no local do içamento (lajota
mais solo compactado).
Com os resultados dos cálculos pode-se verificar a resistência do solo no local do
içamento, certificando que não iria ocorrer o afundamento das patolas do guindaste e possível
tombamento.
11
3.1.5 Estimativa do vento
Para se definir a estimativa de vento calcula-se (NETO, 2017):
𝐴𝑊𝑅 = 𝐶 𝑥 𝐿 (1)
𝑭 =
𝑷 𝒙 𝑨𝑾𝒁
𝑨𝑾𝑹
(2)
Onde:
AWR – Área exposta do vento
C – Comprimento da peça
L – Altura ou diâmetro da peça
F – Força atuante na carga
Com os resultados de AWR, é lançado no diagrama 1 na capacidade de carga do
guindaste “m” na escala vertical conforme pode ser visto na Figura 2.
12
Figura 2 – Diagrama sobre a força do vento
Fonte: Langui, 2000.
Com a definição do AWR no diagrama da Figura 2, obtém se o valor na escala horizontal
AWZ. Se a área máxima exposta ao vento AWZ for maior que a área real da carga AWR
considerando o vento máximo permitido encontrado do guindaste, como vento máximo
permitido, se AWZ for menor que AWR prossegue com a operação, desconsiderando ainda os
cálculos, utilizando o valor “v” como vento máximo permitido.
4. Resultados e Análises
Neste tópico será apresentado os resultados referentes aos cálculos realizados seguindo
as normas vigentes para planejamento e execução das operações de içamento e transporte de
carga.
13
4.1 Apresentação do Rotor e Dados do Local
A peça a ser içada trata-se de um rotor do gerador da Unidade 7 – UTLC do complexo
termoelétrico Jorge Lacerda, especificadamente localizado na sala de máquinas, tendo um peso
aproximado de 42 toneladas, com comprimento de 11m (onze metros) e diâmetro de 1m (um
metro, conforme pode ser observado na Figura 3.
Figura 3 – Rotor do Gerador Já sendo içado.
Fonte: Os autores, 2019.
Atualmente esta peça é usada para testes elétricos pela equipe técnica de eletricistas do
complexo, especificamente da área dos turbos alternadores.
A transferência de local do rotor foi solicitada pelo Engenheiro de Manutenção Franco
Wronski Comeli, devido a necessidade de limpeza e preparação do local (onde se localizava o
rotor) para revisões agendadas na Unidade 7 – UTLC.
14
4.2 Escolha e Definições dos Equipamentos
Conforme a necessidade de capacidade de carga, a empresa não possuía equipamentos
adequados par ao içamento, sendo necessário a locação dos equipamentos e serviços
operacionais da empresa FAM Guindastes, o equipamento escolhido conforme a Tabela 1 foi o
SANY STC 75. Esse modelo de guindaste permite uma extensão de seu alcance, variando o
volume de carga e a altura que pode erguê-la, utilizados na operação de içamento e remoções
especiais de grande porte e complexas (DICKIE, 2000).
Figura 4 – Guindaste Sany STC75.
Fonte: FAM Guindastes, 2019.
Com a coleta de dados, definiu-se para os cálculos da taxa de utilização do guindaste, o
Raio Operacional de 5,5m (cinco virgula cinco metros), Altura da lança de 10,59m (dez virgula
cinquenta e nove metros). Foi determinado um peso da carga estática de 42.959,46kg (quarenta
e dois mil, novecentos e cinquenta e nove virgula quarenta e sei quilos) e a capacidade do
guindaste para as configurações do içamento de 47.000kg (quarenta e sete mil quilos).
Com isso, se verifica a capacidade do guindaste, conforme o raio de operação e abertura
de lança para obter a taxa de utilização do guindaste conforme sua configuração no ato do
içamento, necessário para parâmetros de segurança, que neste caso se alcançou uma taxa de
15
91%. Na grande parte das empresas, é padrão considerar uma taxa de 85% a 95% de utilização,
considerando sempre uma contingência para se evitar problemas na execução do içamento.
Conforme apresentado anteriormente, o peso total das lingas (959,46kg) considerou o peso do
moitão de 800kg (oitocentos quilos), Diâmetros do cabo, Peso específico cabo de 1,41kg/m (um
virgula quarenta e um quilos por metro), Comprimento do cabo que será utilizado medindo
10,59m (dez virgula cinquenta e nove metros), número de passadas do cabo a ser adotada de 8
(oito) e o peso das cintas sendo no total de duas com o peso de 20kg (vinte quilos) cada.
Determinou-se então, a necessidade de quatro passadas de cabo de aço no guindaste, a
utilização de duas cintas de fibra sintética tipo jiboia anelar e mais um moitão. Calcular o peso
destes equipamentos considerados agregados do guindaste, especifica o peso que irá agregar no
içamento em conjunto com o peso do rotor. Isso trata maiores garantia quanto a não exceder a
capacidade de carga que o guindaste está configurado.
Já para indicar o esforço nas sapatas que fixaram o guindaste no solo, se considerou a
capacidade do guindaste e o peso do próprio, determinada por meio da Tabela 1 (47.000kg),
utilizando outros dados como o raio de operação de 550cm (quinhentos e cinquenta
centímetros), hipotenusa resultante de 390,51cm (trezentos e noventa vírgula cinquenta e um
centímetros), nenhum contra peso adicional e o número de 4 (quatro) sapatas. Se obteve uma
medida A de 300cm (trezentos centímetros) e medida B de 250cm (duzentos e cinquenta
centímetros), resultando assim uma carga estimada na sapata de 77.445,07kg (setenta e sete mil
quatrocentos e quarenta e cinco virgula sete quilos).
Desta forma, se especificou a pressão no solo de 3,95kg/cm² (três virgula noventa e
cinco quilos por centímetro quadrado. Ainda, deve-se considerar a resistência do solo, que neste
caso foi de 4kg/cm² (quatro quilos por centímetro quadrado), pois cada solo possui um fator de
resistência. Com essa informação pode-se indicar se o solo iria suportar o peso de toda a
operação de içamento, não afundando as sapatas do guindaste, podendo ocasionar a queda do
mesmo.
Para a construção do diagrama de estimativa de vento, foi coletado os dados de
comprimento de carga de 11m (onze metros), altura ou diâmetro de 1m (um metro), área
exposta do vento de 11m (onze metros). Observe a constituição do diagrama na Figura 5.
16
Figura 5 – Diagrama para a estimativa do vento utilizado no dia da operação.
Fonte: Os autores, 2019.
Na Figura 5, observa-se que os efeitos do vento no momento do içamento não prejudicou
a execução do içamento e transporte do rotor.
4.3 Concepção do Plano de Rigging
Com os dados obtidos diante do estudo do local e do equipamento a ser movimentado,
diante dos cálculos executados, todas informações foram exportadas para o Plano de
Movimentação de Carga, ou Plano de Rigging, para que assim os profissionais pudessem ter
um melhor entendimento do que seria executado, conforme a Figura 6.
17
Figura 6 – Instrumento para exportação dos cálculos para o Plano de Rigging.
Fonte: Os autores, 2019.
Para formalização do planejado para a operação de içamento do roto, foi realizado uma
auditoria (conferencia) e autorizado formalmente pelo profissional responsável da empresa
solicitante. A Figura 7, apresenta o Plano de Rigging que foi autorizado.
18
Figura 7 – Plano de Rigging Autorizado.
Fonte: Dos autores, 2019.
19
Com os cálculos definidos e apresentados no Plano de Rigging, e a autorização do
mesmo, a operação de içamento e transporte do rotor já podia ser executada.
4.4 Execução do Içamento e Transporte do Rotor
Para o início da operação, o veiculo que foi utilizado no transporte do rotor teve que
adentrar na sala de máquinas da UTLC, local onde se encontrava o rotor que seria transportado,
conforme pode ser observado na Figura 8.
Figura 8 – Veiculo utilizado para o transporte do rotor
Fonte: Os autores, 2019.
Essa atividade exigiu que a empresa contratada equipasse o veiculo com um suporte de
apoio do eixo, sendo feita sob medida para execução desta operação.
Além disto, com o proposito de assegurar que a carga não iria se movimentar em cima
do veículo, soldas entre o suporte de apoio do eixo e a plataforma da carreta foram feitas,
conforme a Figura 9.
20
Figura 9 – Solda no suporte do eixo
Fonte: Os autores, 2019.
Antes da execução do plano de movimentação, foi feito as ultimas verificações quanto
ao comprimento do veiculo e do rotor, este já alocado no veículo, como ilustrado na Figura 10.
Figura 10 – Verificação das medidas já com o rotor no veiculo
Fonte: Os autores, 2019.
A Figura 11, mostra o momento em que colaboradores da empresa parceira que estavam
envolvidos, começaram a retirada da solda do suporte de apoio do eixo, colocado a cinta na
peça e no moitão do guindaste, para que enfim seja executado a operação.
21
Figura 11 – Retirada da solda entre o suporte de apoio e a carreta.
Fonte: Dos autores, 2019.
Após, aferiu-se um checklist do guindaste efetuado, guindaste patolado, peça amarrada,
solda retirada, o içamento é iniciado conforme a Figura 12 abaixo.
Figura 12 – Içamento do rotor
Fonte: Os Autores, 2019.
22
Procedimento escolhido foi de içar a peça e retirar a carreta, evitando assim ter que
mexer muito no guindaste tornando ainda menos perigoso o içamento conforme na Figura 13.
Figura 13 - Rotor içado e retirada da carreta
Fonte: Dos autores, 2019.
Na Figura 14, pode-se observar o inicio da finalização de toda a operação, com a
alocação do rotor no local estabelecido previamente por meio do plano de movimentação.
Figura 14 - Rotor sendo colocado no seu destino final
Fonte: Os Autores, 2019.
23
Com a alocação do rotor no local planejado, foi finalizado toda a operação com a retirada
das cintas, entre outros equipamentos que auxiliaram toda a operação. Mostrando eficiência no
cumprimento do que se foi planejado, e maior segurança por meio dos cálculos estimados.
5. Conclusões
Qualquer operação de movimentação de carga sem um plano de Rigging bem executado,
pode gerar atrasos e riscos no içamento, podendo ocorrer quedas dos materiais içados ou até
mesmo o tombamento do guindaste, e com isso, danos materiais e até mesmo fatalidades.
O plano de Rigging assegura que a movimentação seja feita com segurança e agilidade,
tornando algo de grande risco em uma situação segura e sana todas dúvidas decorrentes na
execução do serviço, proporcionando maior autonomia aos trabalhadores envolvidos para que
assim possam analisar determinadas situações adversar sobre o içamento e não as executar de
formas incorretas.
Também se observou que para um plano de Rigging ser bem executado, todos
envolvidos na movimentação tem que possuir treinamentos e conhecimentos do que estão
fazendo.
E de modo geral, um vasto conhecimento de todos os cálculos efetuados para a um
planejamento de içamento e transporte de carga, observando que não é apenas escolher um
guindaste e uma lingada e sair içando sem saber o que está fazendo, possui cálculos relevantes
para assegurar que não haja sobrecarga de cada material utilizado, assegurando na segurança
de todos envolvidos.
Nesse caso, cabe à empresa sempre que for um içamento de alto risco, solicitar que um
planejamento seja feito por profissionais qualificados, sanando assim uma grande porcentagem
de risco na atividade a ser executada.
Agradecimentos
Ao professor Rafael Vieira Mathias que teve papel muito importante durante todo
desenvolvimento desde trabalho e ao professor Franco Wronski Comeli que sempre se mostrou
disponível para sanar possíveis dúvidas.
24
Bibliografia
AMIGOS DOC MEX. Tipos de guindastes. Amigos do comex. Disponível em:
<https://amigosdocomex.com.br/p_canais.php?id=39&canal=41 > Acesso em: 20 abr. 2019
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800/2008:
Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de
Janeiro, 2008.
_______. NBR 6120/1980: Cargas para cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro,
1980.
BELLEI, Ildony H. Edifíficos de múltiplos andares em aço. Fernando O. Pinho, Mauro O.
Pinho. 2ª ed. – São Paulo/SP. Editora PINI, 2008.
CIMAF. Manual técnico de cabos- cabos de aço. São Paulo, 2009
DICKIE, D.E.. Crane Handbook: manual de guindastes. Ontário: Canadá, 2000.
LANGUI, C. A. Pontes Rolantes - A importância do equipamento nas áreas de produção
industrial - Pontes rolantes. 50p. Monografia (MBA em Gerência Empresarial) -
Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado, Universidade de
Taubaté, Taubaté, 2000.
NASSAR, W. R. Apostila de Máquinas de Elevação e Transporte. Universidade de Santa
Cecília: São Paulo, 2004.
NETO, Wildes Larcher. Plano de rigging: Há necessidade de ART. 2017. Disponível
em:<http://cranebrasil.com.br/plano-de-rigging-ha-a-necessidade-de-art/> Acesso em: 25 abr.
2019
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PETROBRAS. N-2170: critérios para execução da inspeção em serviço de manilhas de
carga, ganchos, lingas e moitões com seus acessórios. REV. Agosto, 2004.
PETROBRAS. N-2683: dimensionamento de olhal fabricado de chapa de aço a ser usado
para içamento e sustentação de estruturas de aço e equipamentos. REV. A. fevereiro, 2006.
PINHO, M.O. Transporte e montagem. 2ª ed. Centro Brasileiro da Construção em Aço
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PLANO de rigging precisa de regulamentação. [S.1.:s.n], 15 de março de 2011. Disponível em:
<http://www.revistamt.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateria&i
d=593>. Acesso em 23 de outubro de 2019.
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<http://www.riggingbrasil.com.br/blog/plano-de-rigging/ >. Acesso em: 10 mai. 2019
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25
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<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-notrabalho/sst-menu/sst-
normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 10 de out. de 2019.
TAMASAUSKAS, A. Metodologia do Projeto Básico de Equipamento de Manuseio e
Transporte de Cargas – Ponte Rolante – Aplicação não siderúrgica. 2000. Dissertação de
mestrado - Escola Politécnica de São Paulo, Departamento de Engenharia Mecânica, São Paulo,
2000.

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  • 2. Acidentes de Trabalho envolvendo Guindastes
  • 3. Acidentes de Trabalho envolvendo Guindastes ACIDENTES NÃO ACONTECEM, SÃO PROVOCADOS. O CUSTO É SEMPRE ALTO, PODENDO SER: DE PERDAS MATERIAIS A PERDAS DE VIDAS
  • 4. Acidentes de Trabalho CONCEITO PREVENCIONISTA Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, que interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultaneamente perda de tempo, dano material ou lesões ao homem. CONCEITO LEGAL Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesões corporais ou perturbação funcional que cause a morte; ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
  • 5. O QUE CAUSA UM ACIDENTE ? • Atitudes inseguras (indiferença às normas, negligência, ignorância, imprudência e imperícia) • Condição insegura (equipamentos, acessórios, ambiente apresentando riscos de acidente) Acidentes de Trabalho
  • 6. Acidentes de Trabalho TIPOS DE RISCO Operação Condições inseguras relativas aos processos operacionais. Equipamentos mecânicos Mal funcionamento do equipamento / acessórios. Ambiente Materiais espalhados, sujeira no ambiente, capacidade de suporte do terreno, etc. Controle Não observação de medidas preventivas, como circulação correta do pessoal e segurança nos processos industriais e limites dos equipamentos.
  • 8. ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA Quando estiver em uma nova situação de movimentação de carga, convém planejarmos a amarração de forma detalhada: . Faça uma boa estimativa dos requisitos para içamento e movimentação; . Conheça ou estime com segurança o peso da carga, coeficientes de segurança são essenciais; . Escolha os materiais para içamento adequados; . Defina o melhor método para fixação da carga, considerando centro de gravidade e geometria; . Escolha o material de içamento com capacidade suficiente. Observe que os esforços nas pernas acrescem à medida que os ângulos das mesmas são aumentados com a vertical;
  • 9. Escolha do melhor Acessório Corrente: . Resistente à abrasão; Maior durabilidade; . Flexível; . Pode-se utilizar com vários tipos de acessórios; . Resistência ao calor; . Possibilidade de encurtamento das pernas; . Fácil estocagem; Cabos de Aço: . Mais leve e normalmente mais barato que a corrente; . Normalmente galvanizado para uma melhor proteção contra corrosão; . Boa durabilidade; . Inspeção relativamente simples; Cintas de Poliéster: . Simples e barata; . Adequada para cargas frágeis; . Fácil identificação da carga de trabalho através de sua cor; . Fácil substituição;
  • 10. Acessórios para Içamento de Cargas CINTAS (Eslingas de poliéster) Podem ser fabricadas de poliamida, poliéster e polipropileno. • As cintas de poliéster são leves e flexíveis, além de baixo custo de aquisição, o que faz com que seja o tipo de cinta mais utilizada. • O principal ponto de observação se refere à inspeção prévia dos acessórios utilizados e também na proteção da amarração quanto a cantos vivos (quinas). • A vida útil dos acessórios também é reduzida devido a sua fragilidade.
  • 11. Acessórios para Içamento de Cargas Identificação da Cinta Embora existam cores para identificar a capacidade da cinta, isso nem sempre acontece. O que não pode deixar de ser obedecida é a identificação através de etiqueta que fica dentro do olhal da cinta ou em seu corpo, protegida ou não por uma capa.
  • 12. Acessórios para Içamento de Cargas CINTAS É um tipo de eslinga sintética que adapta-se a diversos tipos de carga
  • 13. Acessórios para Içamento de Cargas Normas de Fabricação
  • 14. Toda cinta deverá passar por inspeção periódica, recebendo uma identificação de vistoria que varia de empresa para empresa. Pode se usar braçadeira colorida de nylon ou etiquetar atrás da etiqueta de identificação, ou colocar faixa pintada na superfície da cinta
  • 15. Acessórios para Içamento de Cargas ESTROPO DE CABO DE AÇO Montagem de laço com clips São compostos por um cabo de aço com olhais em suas extremidades. Os laços podem ser formados por clips. Na preparação de estropo com clips deve-se observar a posição de montagem dos clips.
  • 16. Acessórios para Içamento de Cargas Superlaço com olhal flamengo O olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do laço, a costura pode ser protegida por luva ou chumbada.
  • 17. Ganchos Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes para elevação da carga. Acessórios para Içamento de Cargas
  • 18. Manilhas Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes para elevação da carga. Acessórios para Içamento de Cargas
  • 19. Acessórios para Içamento de Cargas Anel (master link) Destinado a interligar as correntes formando uma “ aranha” Cabo guia Destinados a guiar a carga durante o seu deslocamento
  • 20. Linga ou Eslinga de Içamento ARANHA A aranha é um método de eslinga que facilita a elevação de cargas. Normalmente usado em trabalhos repetitivos ARANHA COM CINTA ARANHA COM CORRENTE
  • 21. Linga ou Eslinga de Içamento CEIO O ceio consiste em passar a cinta ou a corrente por dentro ou por baixo da carga. A característica desta eslinga é a divisão do peso em relação ao número de pernas ou ponto de pega.
  • 22. Linga ou Eslinga de Içamento FORCA A forca é uma eslinga que produz um estrangulamento de carga, impedindo que a eslinga escorregue, desequilibrando a carga Nota – É errado fazer o enforcamento direto no olhal
  • 23. Diferença entre SWL x WLL "WLL" significa "limite de carga de trabalho” "SWL" significa "carga de trabalho segura”. As principais diferenças entre carga de trabalho segura e limite de carga de trabalho são que "SWL" é o termo mais antigo. Hoje, o SWL não é mais usado porque foi completamente substituído pelo termo WLL. SWL - "carga de trabalho segura" é definida como "a carga de ruptura de um componente dividida por um fator de segurança apropriado, fornecendo uma carga segura que pode ser levantada ou transportada". Carga de trabalho segura é a quantidade de peso (carga) que um dispositivo de elevação pode transportar sem medo de quebrar. Agora, quem define a capacidade de carga para certos equipamentos de elevação? É o fabricante do equipamento de elevação. O fabricante recomenda a capacidade de carga máxima de seu equipamento de elevação. O equipamento ou dispositivo de elevação pode ser uma corda, uma linha, um guindaste, ganchos, manilhas, lingas ou qualquer dispositivo de elevação. WLL - "limite de carga de trabalho" é a massa ou força máxima que um produto está autorizado a suportar no serviço geral quando a tração é aplicada em linha, a menos que indicado caso contrário, com relação à linha central do produto. Essa definição também pode ser adicionada para se referir às seguintes definições: a carga máxima que um item pode levantar; e a carga máxima que um item pode levantar em uma configuração ou aplicativo específico. O limite de carga de trabalho de um equipamento de elevação depende muito de um fabricante competente e qualificado que possa sabiamente designar seu valor WLL. É de responsabilidade do fabricante determinar o valor correto ou aproximado da WLL para cada dispositivo de elevação. Para chegar a um valor WLL, há muitos fatores a serem considerados. Isso inclui a velocidade de operação, a carga aplicada, o comprimento de cada cabo ou linha, tamanho, número e etc. Qualquer fator que possa afetar o limite de carga de trabalho de um dispositivo de elevação deve ser cuidadosamente observado.
  • 24. Diferença entre SWL x WLL "WLL" significa "limite de carga de trabalho” "SWL" significa "carga de trabalho segura”. Resumo: 1. WLL significa limite de carga de trabalho, enquanto SWL significa carga de trabalho segura. 2. WLL e SWL são termos frequentemente usados no campo da engenharia. 3. Carga de trabalho segura é o termo mais antigo de limite de carga de trabalho. 4. A definição de carga de trabalho segura é a carga de ruptura de um componente dividido por um fator de segurança apropriado, fornecendo uma carga segura que pode ser levantada ou transportada. 5. O limite da carga de trabalho é que é a massa ou força máxima que um produto está autorizado a suportar em serviço geral quando a tração é aplicada em linha, a menos que indicado de outra forma, com relação à linha central do produto.
  • 25. Termos e Expressões Acessório: É todo material utilizado para conectar a carga ao gancho do equipamento de içar, como por exemplo: cintas, laços, lingas de corrente, barras estabilizadoras, etc; Carga de Trabalho(CT ou WSL): É o peso máximo permitido da carga em uso normal, fornecido pelo fabricante; Carga de Ruptura: É a maior força que o acessório é exposto durante o ensaio de tração; Fator de Segurança: É a relação entre carga de ruptura e a carga de trabalho, sendo que os mesmos são diferentes entre correntes (4:1), cabos (5:1) e cintas sintéticas (7:1); Carga de Prova/Teste: É a força que o acessório é submetido após sua fabricação; Alongamento Total: É o alongamento de um acessório no momento da sua ruptura em % do seu comprimento total; Comprimento Efetivo: É a distância entre os pontos de apoio em uma linga sem carga;
  • 26. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NUNCA PERMANEÇA SOB A CARGA SUSPENSA. AS PESSOAS NA ÁREA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NÃO DEVEM FICAR EXPOSTAS AO PERIGO DURANTE O PROCESSO.
  • 27. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NÃO FIQUE EM CIMA DAS CARGAS SUSPENSAS.
  • 28. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA TENHA CUIDADO QUANDO ESTIVER PRÓXIMO À CARGA DURANTE O PROCESSO DE IÇAMENTO. A CARGA A SER IÇADA PODERÁ SOLTAR-SE E CAUSAR-LHE FERIMENTOS. MANTENHA AFASTADO.
  • 29. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NO INÍCIO DO IÇAMENTO, A CARGA PODE MOVIMENTAR-SE HORIZONTALMENTE.
  • 30. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EVITE QUE A CARGA ENROSQUE-SE EM ALGUM LUGAR. NÃO SUBMETA O EQUIPAMENTO À ESFORÇAS DESNECESSÁRIOS.
  • 31. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NUNCA UTILIZE O EQUIPAMENTO PARA ARRASTAR A CARGA.
  • 32. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NUNCA FIXE A CARGA NA PONTA DO GANCHO. UTILIZE OLHAIS COM DIMENSÕES GRANDES OU FAÇA A FIXAÇÃO COM UMA MANILHA ADEQUADA.
  • 33. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA MOVIMENTE A CARGA COM DEVIDO CUIDADO. ABAIXE-A SUAVEMENTE PARA EVITAR TRANCOS OU COLISÕES
  • 34. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA OBSERVE QUE A PRESSÃO NA CARGA AUMENTA COM O AUMENTO DO ÂNGULO DAS PERNAS DOS LAÇOS EM RELAÇÃO À VERTICAL. UTILIZE O ESFORÇO CORRETO.
  • 35. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA USO CORRETO DA PRESSÃO
  • 36. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA QUANDO NECESSÁRIO, UTILIZE UM BALANCIM DE CARGA. QUANDO FOR UTILIZADA ELEVAÇÃO EM CESTO, SE POSSÍVEL, DEVE-SE DAR MAIS DE UMA VOLTA EM TORNO DA CARGA AFIM DE OBTER MAIOR SEGURANÇA NA FIXAÇÃO.
  • 37. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA PARA O IÇAMENTO DE CARGAS LONGAS, UTILIZE UM CABO GUIA PARA MAIOR SEGURANÇA DURANTE O PROCESSO DE ELEVAÇÃO.
  • 38. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA FIXAÇÕES INCORRETAS CAUSAM ESFORÇOS EXCESSIVOS NAS MANILHAS NO ATO DO TRACIONAMENTO.
  • 39. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA PARA EVITAR DANOS, UTILIZE SEMPRE PROTEÇÕES NOS CANTOS VIVOS.
  • 40. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NUNCA FAÇA EMENDAS EM LAÇOS DE CABO DE AÇO COM NÓS; UTILIZE SEMPRE UMA MANILHA PARA ESTE PROCEDIMENTO.
  • 41. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A RESISTÊNCIA DO CABO DE AÇO É REDUZIDA QUANDO DOBRADO. A REDUÇÃO ESTÁ RELACIONADA COM O DIÂMETRO DA DOBRA, CONFORMA A TABELA ACIMA.
  • 42. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA USE LUVAS DE PROTEÇÃO DURANTE O MANUSEIO DE CABOS DE AÇO.
  • 43. PRECAUÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NÃO ENROLE O CABO DE AÇO EM UM GANCHO DUPLO PARA EVITAR QUE ELE ESCORREGUE; A DOBRA SERÁ MUITO PEQUENA E DANIFICARÁ O CABO.
  • 44. INSPEÇÃO REGULAR As lingas devem ser verificadas continuamente e serem inspecionadas anualmente, conforme normas e legislações aplicáveis. A responsabilidade pela prática dessas medidas pertence à chefia da área. A inspeção regular inclui tanto as verificações de funcionamento como as manutenções periódicas. Além da inspeção regular, que deve ser registrada, o usuário deve preserva-lo e inspeciona-lo antes de cada utilização. MANUTENÇÃO
  • 45. DIMENSIONAMENTO O RAIO É A MEDIDA DO CENTRO DE GIRO DO GUINDASTE AO CENTRO DE MASSA DA PEÇA
  • 51. REDES ELÉTRICAS E INFLUÊNCIA DO VENTO
  • 53. 2 1. Introdução Nas industrias, as atividades de transporte e levantamento de cargas pesadas fazem parte das operações relacionadas a manutenção e montagem de equipamentos, que se encontram em locais de difícil acesso ou possuem um peso extremamente elevado. Tão importantes quanto rigorosas, essas atividades necessitam de muita atenção e experiência por parte da equipe que as planeja e executa, tornando um processo confiável, eficiente e seguro. Em todas as indústrias a organização racional dos processos e instalações de transporte de carga tem se tornado algo fundamental para o sucesso de suas operações, resultando em maiores ganhos de produtividade. Com o aumento da integralização e entrelaçamento dos processos de produção, os métodos e sistemas de movimentação de cargas, externas e internas das indústrias, devem atuar de forma eficiente, pois são decisivos ao cumprimento de prazos, regulamentações e melhorias estratégicas da empresa. O presente trabalho surge do processo de levantamento (içamento) e transporte do rotor do gerador da Termo Elétrica Jorge Lacerda em Capivari de Baixo-SC, localizado na sala de máquinas da Unidade 7 – UTLC. O local de destino foi o deposito de materiais do próprio complexo, devido a localização do rotor e seu dimensionamento, tal como peso, foi necessário definir métodos que garantisse maior eficiência e segurança na operação, utilizando-se ainda da ferramenta de análise Plano de Rigging. O Plano de Rigging tem a finalidade de planejar e simular a operação de movimentação por meio do estudo da carga a ser içada, equipamento e acessórios a serem utilizados, condições de solo e influencias que podem influenciar na operação a ser realizada. A necessidade da adoção desse procedimento, não se dá pelo fato de que o Plano de Rigging não ser uma exigência legal nas empresas, mas por apontar um auto de infração a falta do mesmo em pericias realizadas em acidentes de trabalho, no que tange o levantamento de cargas. Neste contexto, o proposito deste trabalho é determinar e analisar o processo de levantamento (içamento) e transporte do rotor da Usina Termo Elétrica Jorge Lacerda – UTLC, utilizando o Plano de Rigging como ferramenta de acompanhamento e controle desta operação, garantindo maior eficiência, organização dos recursos e segurança dos envolvidos.
  • 54. 3 2. Revisão Bibliográfica A revisão bibliográfica abordada neste Trabalho de Conclusão de Curso tem o objetivo de apresentar uma conceitualização da operação de içamento e movimentação, assim como seu planejamento e normas necessárias para execução. Os conhecimentos mais específicos quanto aos métodos utilizados para elaboração do plano de Rigging será abordado em conjunto com o tópico que apresenta os procedimentos metodológicos utilizados. 2.1 A Movimentação de materiais e equipamentos As organizações tem buscado constantemente adotar procedimentos que visam a sua melhor eficiência e reduzir seus custos operacionais, uma destas abordagens é o encurtamento das distancias percorridas da materiais prima, produto acabado, ou mesmo de equipamentos que necessitam de tratamento especial, tanto pelo seu valor monetário, quanto pelo local que se deseja coletar ou acondicionar, necessitando assim de um sistema eficiente de movimentação (TAMASAUSKAS, 2000). Conforme Langui (2001), realizar a análise dos sistemas e métodos de movimentação e armazenagem de materiais ou equipamento em uma empresa, pode influenciar diretamente na sua estrutura de custos, assim como, proporcionar operações mais eficientes. Rudenko (1976) afirmou, que a mecanização dos processos de movimentação de cargas, estimulou o progresso observados nos dias atuais de muitas empresas. Já Tamasauskas (2000) corrobora que as atividades contidas a um processo produtivo estão ligadas a uma movimentação de cargas interna, ou seja, de forma continua ou descontinua, acaba influenciando diretamente nos resultados das empresas. A crescente especialidade na movimentação de cargas nos diversos locais da empresa, sendo elas dos setores de mineração, portuário, comércio e da indústria, tem aumentado direta ou indiretamente o crescimento econômico, isso por exigir equipamentos e métodos cada vez mais específicos com grande aplicação dos conhecimentos relacionados com as engenharias (NASSAR, 2004). 2.2 Planejamento de içamento e transporte de carga O plano de movimentação de carga, ou também conhecido como Plano de Rigging, consiste em planejamento formal da movimentação de cargas utilizando-se de guindastes móveis ou fixo, buscando otimizar os recursos aplicados na operação (acessórios, equipamentos
  • 55. 4 e outros) evitando acidentes e perdas de tempo. Este documento indica por meio de cálculos do estudo da carga a ser içada (levantada), dos acessórios, das máquinas, condições do solo e vento, as melhores soluções para realizar o içamento e transporte de forma segura e eficiente (NR 12, 2010). O Plano de Rigging deve ser elaborado antes do início da operação de içamento e transporte do material ou equipamento, seguindo normas vigentes para tal atividade. Este documento deve apresentar diagramas e desenhos relativos à carga que será transportada; programação de embarque; detalhamento do embarque (sua programação); cronograma; com o propósito de orientar toda a operação, seja ela de armazenagem, fabricação, entre outros (BELLEI, 2008). Para a concepção do plano, é necessário considerar as características do ambiente de onde a carga será recolhido e local a ser armazenado, isso envolve as características do edifício, condições locais, mão de obra envolvida, equipamentos disponíveis. Já os prazos das atividades como montagem, desmontagem, transporte do equipamento se faz necessário analisar, descriminado ainda os custos da operação (PINHO, 2005). Comumente algumas organizações apresentam dificuldades em definir parâmetros e critérios técnicos que justifique a necessidade da elaboração do plano de Rigging, por existir diversos métodos para realização dos índices e diagramas necessários, assim como a natureza da operação, podendo ser desde uma simples descarga até uma operação mais complexa, elevando o seu grau de risco e contemplando mais guindastes. Em tese, o plano de Riggind pode ser elaborado para qualquer tipo de serviço que necessita o içamento de carga. Independente dos métodos, o planejamento de içamento e transporte de carga deve incluir uma memória de cálculo, demonstrativos das fases de içamento, estabelecimento de indicadores críticas e folgas previstas relacionadas as interferências. Para esse estudo, foram considerados os seguintes itens para elaboração do plano: Configuração do guindaste; Capacidade bruta do guindaste; Velocidade do vento; Força na sapata; Porcentagem de utilização do guindaste; Layout completo da operação; Relação de eslingas e acessórios; Identificação do guindaste.
  • 56. 5 2.3 Plano de Movimentação e suas normas legais Atualmente, não existe no Brasil uma NR (Norma reguladora) voltada somente para as atividades de movimentação e transporte de cargas, definindo atribuições e responsabilidades para as empresas e profissionais responsáveis (envolvidos) em tais operações. Portanto, é de responsabilidade da empresa ou terceirizada que fará a execução das operações de içamento e transporte o fornecimento de plataformas, escadas e acesso, cabos guia, corrimãos, passarelas e demais EPIs (equipamentos de proteção individual) para a equipe, conforme previsto em normas reguladoras (MIT, 2019). São elas: Normas Regulamentadoras: o NR-6: Equipamento de proteção individual – EPI; o NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; o NR-12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos; o NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho da indústria e comércio; o NR-35: Trabalho em altura; Normas Petrobras: o N-1965: Movimentação de carga com guindaste terrestre; o N-2869: Segurança em movimentação de cargas; Norma Transpetro: o PE-3N0-00209: Segurança em Serviço de Movimentação e Elevação de Cargas; Normas Brasileiras: o NBR ISSO 4309: Guindastes-Cabo de Aço – Critério de Inspeção e Descarte; o NBR 8400 – Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de carga. Conforme Souza (2018, pág. 33), para a realização de operações iguais a esta, é exigido: A análise de risco das atividades, além do planejamento, organização e a execução, considerando como trabalho em altura, toda atividade executada acima de 2,00m do nível inferior onde haja risco de queda, devendo o trabalhador utilizar EPI tais como cinto de segurança tipo paraquedista, dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem, talabarte e o dispositivo trava-quedas fixados acima do nível da cintura do trabalhador. A análise de risco deve considerar: Local em que os serviços serão executados e seu entorno; Isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; Os sistemas de pontos de ancoragem; As condições meteorológicas adversas; Risco de queda de materiais e ferramentas; As condições impeditivas; Os riscos adicionais; As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros; A forma de supervisão.
  • 57. 6 Quanto a possíveis acidentes, a norma que orienta as empresas, assim como cuidados preventivos relacionados à segurança, para esse tipo de operação é a NR 11 (MIT, 2019) – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. 3. Procedimento Metodológico Os métodos adotados nesse Trabalho de Conclusão de Curso, consiste em determinar parâmetros necessários para execução do içamento e transporte de um rotor localizado na Termoelétrica Jorge Lacerda, mais especificadamente na UTLC. Configurando-se em um estudo de caso, que conforme Yin (2001), trata-se de uma estratégia de pesquisa que compreende em um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e análise de dados. Este método é útil quando o fenômeno a ser estudado é amplo e complexo e não pode ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente, visto que objetiva conhecer detalhadamente o processo de transportes e içamentos dos equipamentos envolvidos. 3.1 Coleta e Tratamento dos Dados Os dados para o planejamento e execução do içamento e transporte do rotor do gerador foi considerado da sala de máquinas da Unidade 7 – UTLC e transportado até ao deposito de materiais do complexo Termelétrico Jorge Lacerda, situada na Avenida Paulo Santos Melo, nº 555, Centro do Município de Capivari de Baixo/SC. Os dados coletados foram utilizados para determinar informações necessárias para a operação de içamento e transporte, considerando os seguintes componentes: O equipamento içamento; Manilhas, esticadores e lingas sendo usados; O peso de carga; Centro de gravidade da levantada; Capacidade do guindaste e gráficos de equipamento; Altura, largura e comprimento da carga; Condições atmosféricas e ambientais quando o processo for realizado; Bordas e cantos da carga. É importante avaliar toda a geometria do item sendo levantado; Ângulos das lingadas;
  • 58. 7 Fator de ângulo de carga; Capacidade de carga do piso; Como ajustar a carga usando boas práticas de rigging; Identificação e certificação dos pontos de fixação e carga possam suportar por força criada pela fixação de lingadas; Segurança da zona de trabalho; Analise dos riscos, determinando as consequências resultantes de colisão, perturbação ou queda da carga. 3.1.1 Definição das lingas As lingas se trata de um conjunto composto por cabos, correntes, cintas e acessórios. É o que promove a interligação entre o equipamento de movimentação de carga e a própria carga (PETROBRAS N-2170). Para o cálculo das lingas foi utilizado o peso total e parcial máximo da carga, sendo acrescido os acessórios para o levantamento, como os moitões, balanças e manilhas que estão suspenso na ponta da lança de uma máquina durante uma operação de movimentação de carga (PETROBRAS N-1965). Calculando-se: Cabo=peso especifico do cabo X comprimento do cabo X número de passada Cinta= peso da cinta X quantidade de cintas Peso moitão= tabela do guindaste Peso total das lingas= cabo + cinta + moitão Executando estes cálculos, foi possível determinar o peso total das lingas que foram considerados para determinar o peso total do içamento. 3.1.2 Taxa de utilização do guindaste Com os dados colhidos no local onde a operação foi realizada como a altura que a lança do guindaste teve que abrir, assim como seu raio, seguindo a NBR-1965, foi necessário realizar
  • 59. 8 uma relação entre a distância entre o centro de giro da máquina com a vertical que passa pela ponta da lança e o centro da massa de carga suspensa. Com isso, se utilizou da Tabela 1, que demonstrar às operações a capacidade estimada de içamento, determinando assim, a taxa de utilização da capacidade máxima de operação (TAMASAUSKAS, 2000). Tabela 1 – Tabela de carga de içamento da lança principal (Kg) RAIO (m) Patolas totalmente estendidas, operação na traseira e nos lados RAIO (m) 11.8 m 15.95 m 20.1 m 28.4 m 36.7 m 45 m 3.0 75000 54000 3000 3.0 3.5 70000 54000 43000 3.5 4.0 62000 54000 43000 30000 4.0 4.5 56000 48000 43000 30000 4.5 5.0 51000 45000 41000 30000 5.0 5.5 47000 42000 38500 29000 5.5 6.0 41500 39000 36500 27500 16000 6.0 6.5 36000 35000 34000 26000 16000 6.5 7.0 32000 30500 31000 25000 16000 7.0 7.5 28000 27500 27000 23500 15000 7.5 8.0 25000 24500 24000 22000 15000 11000 8.0 9.0 19000 20000 20000 19500 15000 11000 8.5 10.0 16500 17000 16000 14000 11000 9.0 11.0 13500 14000 13600 13000 10500 9.5 12.0 11500 12000 12000 12000 10000 10.0 14.0 8500 9000 10000 9000 11.0 16.0 6000 6800 7800 8000 12.0 18.0 5000 6000 6500 14.0 Fonte: Manual do guindaste STC75. Desta forma pode-se calcular o percentual de utilização do guindaste: 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒛𝒂çã𝒐 = 𝑷𝒆𝒔𝒐 𝒅𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒕𝒊𝒄𝒂 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒈𝒖𝒊𝒏𝒅𝒂𝒔𝒕𝒆 Onde: Raio operacional – distância entre o centro de giro do guindaste e a peça a ser içada. Altura da lança – altura em que a lança irá operar conforme as configurações. Peso da carga estática – total do peso da carga, já incluindo o peso da linga.
  • 60. 9 O percentual sobre a taxa de utilização é necessário ainda multiplicar o seu resultado por cem, para assim obter o percentual. 3.1.3 Determinação dos esforços das sapatas Este cálculo tem o propósito de estimar o esforço que cada sapata que fixa o guindaste no solo exercerá. Para isso, foi determinado a Hipotenusa resultante da distância da sapata, sendo coletado as medidas A e B (em metros) como ilustrado na Figura 1. Figura 1 – Variáveis para cálculo das sapatas Fonte: Langui, 2000. Determinado as medidas A e B apresentados na Figura 1, calculou-se: 𝑯𝒓 = √ 𝑩² + 𝑨² 𝟐 (1) 𝑪𝒔 = 𝑪𝒃𝒓 𝒙 𝑹𝑶 𝑯𝒓 + 𝑷𝑮+𝑪𝑨 𝑵𝑺 (2) Onde: Hr – Hipotenusa resultante A – Medida paralela entre o centro de giro do guindaste e a sapata B – Medida entre os extremos das sapatas opostas (b) dividido por 2 Cs – É a carga total na sapata que encontraremos Cbr – Capacidade nas configurações conforme tabela de carga RO – Raio de operação, sendo a distância entre o centro de giro do guindaste e a peça a ser içada.
  • 61. 10 Hr – Hipotenusa resultante é a distância entre o centro de giro do guindaste e a extremidade da sapata aberta. PG – Peso do guindaste coletado no manual. CA – Contra peso adicional colocado na parte oposta da lança para compensar e equiparar no pese da carga, porém nessa configuração não foi preciso adicionar o contrapeso. Ns – Número de sapatas que irão ser acionadas para operação. Assim, configurou-se a carga resultante nas sapatas do guindaste que foi utilizado para a operação. 3.1.4 Cálculo do esforço no solo O guindaste em operação transmite forças consideráveis ao solo, através das sapatas originadas pelo peso do guindaste, contrapeso e pela carga bruta. O solo tem que suportar essas forças com segurança (NETO, 2017). Para isso foi necessário determinar a resistência do solo por meio de sondagens, utilizando-se instrumentos de ensaios no local realizado a operação de içamento e transporte do rotor. Assim, fora calculado: Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 = 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑨 𝒙 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑩 (1) 𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒏𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒐 = 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒏𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 (2) Onde: Área da sapata – área atuante da sapata no momento do patolamento. Lado (A) e Lado (B) – medida da base da sapata que será aplicada ao solo. Carga na sapata – dado coletado na conta anterior. Resistencia do solo – resistência específica do solo no local do içamento (lajota mais solo compactado). Com os resultados dos cálculos pode-se verificar a resistência do solo no local do içamento, certificando que não iria ocorrer o afundamento das patolas do guindaste e possível tombamento.
  • 62. 11 3.1.5 Estimativa do vento Para se definir a estimativa de vento calcula-se (NETO, 2017): 𝐴𝑊𝑅 = 𝐶 𝑥 𝐿 (1) 𝑭 = 𝑷 𝒙 𝑨𝑾𝒁 𝑨𝑾𝑹 (2) Onde: AWR – Área exposta do vento C – Comprimento da peça L – Altura ou diâmetro da peça F – Força atuante na carga Com os resultados de AWR, é lançado no diagrama 1 na capacidade de carga do guindaste “m” na escala vertical conforme pode ser visto na Figura 2.
  • 63. 12 Figura 2 – Diagrama sobre a força do vento Fonte: Langui, 2000. Com a definição do AWR no diagrama da Figura 2, obtém se o valor na escala horizontal AWZ. Se a área máxima exposta ao vento AWZ for maior que a área real da carga AWR considerando o vento máximo permitido encontrado do guindaste, como vento máximo permitido, se AWZ for menor que AWR prossegue com a operação, desconsiderando ainda os cálculos, utilizando o valor “v” como vento máximo permitido. 4. Resultados e Análises Neste tópico será apresentado os resultados referentes aos cálculos realizados seguindo as normas vigentes para planejamento e execução das operações de içamento e transporte de carga.
  • 64. 13 4.1 Apresentação do Rotor e Dados do Local A peça a ser içada trata-se de um rotor do gerador da Unidade 7 – UTLC do complexo termoelétrico Jorge Lacerda, especificadamente localizado na sala de máquinas, tendo um peso aproximado de 42 toneladas, com comprimento de 11m (onze metros) e diâmetro de 1m (um metro, conforme pode ser observado na Figura 3. Figura 3 – Rotor do Gerador Já sendo içado. Fonte: Os autores, 2019. Atualmente esta peça é usada para testes elétricos pela equipe técnica de eletricistas do complexo, especificamente da área dos turbos alternadores. A transferência de local do rotor foi solicitada pelo Engenheiro de Manutenção Franco Wronski Comeli, devido a necessidade de limpeza e preparação do local (onde se localizava o rotor) para revisões agendadas na Unidade 7 – UTLC.
  • 65. 14 4.2 Escolha e Definições dos Equipamentos Conforme a necessidade de capacidade de carga, a empresa não possuía equipamentos adequados par ao içamento, sendo necessário a locação dos equipamentos e serviços operacionais da empresa FAM Guindastes, o equipamento escolhido conforme a Tabela 1 foi o SANY STC 75. Esse modelo de guindaste permite uma extensão de seu alcance, variando o volume de carga e a altura que pode erguê-la, utilizados na operação de içamento e remoções especiais de grande porte e complexas (DICKIE, 2000). Figura 4 – Guindaste Sany STC75. Fonte: FAM Guindastes, 2019. Com a coleta de dados, definiu-se para os cálculos da taxa de utilização do guindaste, o Raio Operacional de 5,5m (cinco virgula cinco metros), Altura da lança de 10,59m (dez virgula cinquenta e nove metros). Foi determinado um peso da carga estática de 42.959,46kg (quarenta e dois mil, novecentos e cinquenta e nove virgula quarenta e sei quilos) e a capacidade do guindaste para as configurações do içamento de 47.000kg (quarenta e sete mil quilos). Com isso, se verifica a capacidade do guindaste, conforme o raio de operação e abertura de lança para obter a taxa de utilização do guindaste conforme sua configuração no ato do içamento, necessário para parâmetros de segurança, que neste caso se alcançou uma taxa de
  • 66. 15 91%. Na grande parte das empresas, é padrão considerar uma taxa de 85% a 95% de utilização, considerando sempre uma contingência para se evitar problemas na execução do içamento. Conforme apresentado anteriormente, o peso total das lingas (959,46kg) considerou o peso do moitão de 800kg (oitocentos quilos), Diâmetros do cabo, Peso específico cabo de 1,41kg/m (um virgula quarenta e um quilos por metro), Comprimento do cabo que será utilizado medindo 10,59m (dez virgula cinquenta e nove metros), número de passadas do cabo a ser adotada de 8 (oito) e o peso das cintas sendo no total de duas com o peso de 20kg (vinte quilos) cada. Determinou-se então, a necessidade de quatro passadas de cabo de aço no guindaste, a utilização de duas cintas de fibra sintética tipo jiboia anelar e mais um moitão. Calcular o peso destes equipamentos considerados agregados do guindaste, especifica o peso que irá agregar no içamento em conjunto com o peso do rotor. Isso trata maiores garantia quanto a não exceder a capacidade de carga que o guindaste está configurado. Já para indicar o esforço nas sapatas que fixaram o guindaste no solo, se considerou a capacidade do guindaste e o peso do próprio, determinada por meio da Tabela 1 (47.000kg), utilizando outros dados como o raio de operação de 550cm (quinhentos e cinquenta centímetros), hipotenusa resultante de 390,51cm (trezentos e noventa vírgula cinquenta e um centímetros), nenhum contra peso adicional e o número de 4 (quatro) sapatas. Se obteve uma medida A de 300cm (trezentos centímetros) e medida B de 250cm (duzentos e cinquenta centímetros), resultando assim uma carga estimada na sapata de 77.445,07kg (setenta e sete mil quatrocentos e quarenta e cinco virgula sete quilos). Desta forma, se especificou a pressão no solo de 3,95kg/cm² (três virgula noventa e cinco quilos por centímetro quadrado. Ainda, deve-se considerar a resistência do solo, que neste caso foi de 4kg/cm² (quatro quilos por centímetro quadrado), pois cada solo possui um fator de resistência. Com essa informação pode-se indicar se o solo iria suportar o peso de toda a operação de içamento, não afundando as sapatas do guindaste, podendo ocasionar a queda do mesmo. Para a construção do diagrama de estimativa de vento, foi coletado os dados de comprimento de carga de 11m (onze metros), altura ou diâmetro de 1m (um metro), área exposta do vento de 11m (onze metros). Observe a constituição do diagrama na Figura 5.
  • 67. 16 Figura 5 – Diagrama para a estimativa do vento utilizado no dia da operação. Fonte: Os autores, 2019. Na Figura 5, observa-se que os efeitos do vento no momento do içamento não prejudicou a execução do içamento e transporte do rotor. 4.3 Concepção do Plano de Rigging Com os dados obtidos diante do estudo do local e do equipamento a ser movimentado, diante dos cálculos executados, todas informações foram exportadas para o Plano de Movimentação de Carga, ou Plano de Rigging, para que assim os profissionais pudessem ter um melhor entendimento do que seria executado, conforme a Figura 6.
  • 68. 17 Figura 6 – Instrumento para exportação dos cálculos para o Plano de Rigging. Fonte: Os autores, 2019. Para formalização do planejado para a operação de içamento do roto, foi realizado uma auditoria (conferencia) e autorizado formalmente pelo profissional responsável da empresa solicitante. A Figura 7, apresenta o Plano de Rigging que foi autorizado.
  • 69. 18 Figura 7 – Plano de Rigging Autorizado. Fonte: Dos autores, 2019.
  • 70. 19 Com os cálculos definidos e apresentados no Plano de Rigging, e a autorização do mesmo, a operação de içamento e transporte do rotor já podia ser executada. 4.4 Execução do Içamento e Transporte do Rotor Para o início da operação, o veiculo que foi utilizado no transporte do rotor teve que adentrar na sala de máquinas da UTLC, local onde se encontrava o rotor que seria transportado, conforme pode ser observado na Figura 8. Figura 8 – Veiculo utilizado para o transporte do rotor Fonte: Os autores, 2019. Essa atividade exigiu que a empresa contratada equipasse o veiculo com um suporte de apoio do eixo, sendo feita sob medida para execução desta operação. Além disto, com o proposito de assegurar que a carga não iria se movimentar em cima do veículo, soldas entre o suporte de apoio do eixo e a plataforma da carreta foram feitas, conforme a Figura 9.
  • 71. 20 Figura 9 – Solda no suporte do eixo Fonte: Os autores, 2019. Antes da execução do plano de movimentação, foi feito as ultimas verificações quanto ao comprimento do veiculo e do rotor, este já alocado no veículo, como ilustrado na Figura 10. Figura 10 – Verificação das medidas já com o rotor no veiculo Fonte: Os autores, 2019. A Figura 11, mostra o momento em que colaboradores da empresa parceira que estavam envolvidos, começaram a retirada da solda do suporte de apoio do eixo, colocado a cinta na peça e no moitão do guindaste, para que enfim seja executado a operação.
  • 72. 21 Figura 11 – Retirada da solda entre o suporte de apoio e a carreta. Fonte: Dos autores, 2019. Após, aferiu-se um checklist do guindaste efetuado, guindaste patolado, peça amarrada, solda retirada, o içamento é iniciado conforme a Figura 12 abaixo. Figura 12 – Içamento do rotor Fonte: Os Autores, 2019.
  • 73. 22 Procedimento escolhido foi de içar a peça e retirar a carreta, evitando assim ter que mexer muito no guindaste tornando ainda menos perigoso o içamento conforme na Figura 13. Figura 13 - Rotor içado e retirada da carreta Fonte: Dos autores, 2019. Na Figura 14, pode-se observar o inicio da finalização de toda a operação, com a alocação do rotor no local estabelecido previamente por meio do plano de movimentação. Figura 14 - Rotor sendo colocado no seu destino final Fonte: Os Autores, 2019.
  • 74. 23 Com a alocação do rotor no local planejado, foi finalizado toda a operação com a retirada das cintas, entre outros equipamentos que auxiliaram toda a operação. Mostrando eficiência no cumprimento do que se foi planejado, e maior segurança por meio dos cálculos estimados. 5. Conclusões Qualquer operação de movimentação de carga sem um plano de Rigging bem executado, pode gerar atrasos e riscos no içamento, podendo ocorrer quedas dos materiais içados ou até mesmo o tombamento do guindaste, e com isso, danos materiais e até mesmo fatalidades. O plano de Rigging assegura que a movimentação seja feita com segurança e agilidade, tornando algo de grande risco em uma situação segura e sana todas dúvidas decorrentes na execução do serviço, proporcionando maior autonomia aos trabalhadores envolvidos para que assim possam analisar determinadas situações adversar sobre o içamento e não as executar de formas incorretas. Também se observou que para um plano de Rigging ser bem executado, todos envolvidos na movimentação tem que possuir treinamentos e conhecimentos do que estão fazendo. E de modo geral, um vasto conhecimento de todos os cálculos efetuados para a um planejamento de içamento e transporte de carga, observando que não é apenas escolher um guindaste e uma lingada e sair içando sem saber o que está fazendo, possui cálculos relevantes para assegurar que não haja sobrecarga de cada material utilizado, assegurando na segurança de todos envolvidos. Nesse caso, cabe à empresa sempre que for um içamento de alto risco, solicitar que um planejamento seja feito por profissionais qualificados, sanando assim uma grande porcentagem de risco na atividade a ser executada. Agradecimentos Ao professor Rafael Vieira Mathias que teve papel muito importante durante todo desenvolvimento desde trabalho e ao professor Franco Wronski Comeli que sempre se mostrou disponível para sanar possíveis dúvidas.
  • 75. 24 Bibliografia AMIGOS DOC MEX. Tipos de guindastes. Amigos do comex. Disponível em: <https://amigosdocomex.com.br/p_canais.php?id=39&canal=41 > Acesso em: 20 abr. 2019 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800/2008: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008. _______. NBR 6120/1980: Cargas para cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980. BELLEI, Ildony H. Edifíficos de múltiplos andares em aço. Fernando O. Pinho, Mauro O. Pinho. 2ª ed. – São Paulo/SP. Editora PINI, 2008. CIMAF. Manual técnico de cabos- cabos de aço. São Paulo, 2009 DICKIE, D.E.. Crane Handbook: manual de guindastes. Ontário: Canadá, 2000. LANGUI, C. A. Pontes Rolantes - A importância do equipamento nas áreas de produção industrial - Pontes rolantes. 50p. Monografia (MBA em Gerência Empresarial) - Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2000. NASSAR, W. R. Apostila de Máquinas de Elevação e Transporte. Universidade de Santa Cecília: São Paulo, 2004. NETO, Wildes Larcher. Plano de rigging: Há necessidade de ART. 2017. Disponível em:<http://cranebrasil.com.br/plano-de-rigging-ha-a-necessidade-de-art/> Acesso em: 25 abr. 2019 PETROBRAS. N-1892: estruturas oceânicas – içamento. REV. D. janeiro, 2006. P. 3-12. PETROBRAS. N-1965: movimentação de carga com guindaste. REV. A. setembro, 2007. PETROBRAS. N-2161: inspeção em serviço de cabos de aço. REV. B. outubro, 2006. PETROBRAS. N-2170: critérios para execução da inspeção em serviço de manilhas de carga, ganchos, lingas e moitões com seus acessórios. REV. Agosto, 2004. PETROBRAS. N-2683: dimensionamento de olhal fabricado de chapa de aço a ser usado para içamento e sustentação de estruturas de aço e equipamentos. REV. A. fevereiro, 2006. PINHO, M.O. Transporte e montagem. 2ª ed. Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA). Rio de Janeiro, 2005. PLANO de rigging precisa de regulamentação. [S.1.:s.n], 15 de março de 2011. Disponível em: <http://www.revistamt.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateria&i d=593>. Acesso em 23 de outubro de 2019. RIGGING BRASIL. Plano de Rigging - tire suas dúvidas. Disponível em: <http://www.riggingbrasil.com.br/blog/plano-de-rigging/ >. Acesso em: 10 mai. 2019 RUDENKO, N. Máquinas de Elevação e Transporte. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, Editora S.A. Tradutor: João Plaza. 1976.
  • 76. 25 Site Ministério do Trabalho. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-notrabalho/sst-menu/sst- normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em: 10 de out. de 2019. TAMASAUSKAS, A. Metodologia do Projeto Básico de Equipamento de Manuseio e Transporte de Cargas – Ponte Rolante – Aplicação não siderúrgica. 2000. Dissertação de mestrado - Escola Politécnica de São Paulo, Departamento de Engenharia Mecânica, São Paulo, 2000.