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SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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APARELHOS DE GUINDAR
São aparelhos aéreos ou elevados, utilizados para movimentar cargas variadas, intermitentemente,
entre dois pontos dentro de uma área limitada por trilhos de apoio ou por guias (lanças).
A função primária dos aparelhos de guindar é o içamento da carga, e a secundária, transferência
dessa mesma carga.
Existem muitos tipos de aparelhos de guindar. Os principais são: ponte rolante, pórtico rolante,
semi-pórticos rolantes, talhas em monotrilhos, talhas fixas, guinchos com lança giratória, guindastes
sobre cavaletes, gruas.
INTRODUÇÃO
A utilização de aparelhos de guindar na indústria e em atividades que necessitam movimentar
cargas verticalmente e intermitentemente é cada vez mais freqüente. Estes aparelhos proporcionam
grande versatilidade na circulação de materiais de tamanhos e pesos diferenciados, maiores
agilidades de locomoção dos operadores, favorecem o abastecimento e o armazenamento sem o
comprometimento do tráfego e necessidade de grandes espaços terrestres para realizar
deslocamentos.
A preocupação com a segurança na operação e manutenção das pontes rolantes deve ser
constante, pois o transporte aéreo de cargas necessita de profundo conhecimento sobre técnicas
específicas de operação e normas de segurança, além da habilidade do operador.
OBJETIVO
Esta apostila tem como objetivo principal instruir operadores de aparelhos de guindar e acopladores
de cargas em suas funções, sobre os procedimentos corretos, através da informação atualizada de
regras de conduta e tecnologias de equipamentos, a fim de serem evitados acidentes no local de
trabalho.
Também visa orientar os profissionais da área sobre a utilização prudente do equipamento, sua
conservação e manutenção, indispensáveis ao processo eficiente quando da realização de tarefas
rotineiras nas zonas de trabalho.
PRINCIPAIS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE GUINDAR
1. Ponte rolante
Define-se como ponte rolante um guindaste apoiado em estrutura própria e que serve para o
deslocamento vertical e horizontal de cargas.
Apesar dos vários fabricantes, as pontes rolantes assemelham-se no aspecto construtivo.
Praticamente, todas elas possuem uma estrutura formada por uma ou duas vigas de aço
(univiga ou dupla viga) que se deslocam sobre trilhos de aço. Nestas vigas está apoiado um
carro (trolley) e no trolley apóia-se uma talha.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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Os trilhos estão apoiados pilares ou colunas, as quais estão fixadas na estrutura da edificação.
2. Guinchos com lança giratória
3. Pórtico rolante
Estrutura semelhante às das pontes rolantes, somente que os trilhos estão junto a piso da
edificação, se for ambiente interno, ou do solo se for ambiente externo.
4. Outros tipos de equipamentos de guindar:
 Ponte rolante empilhadeira
 Talhas fixas
 Guinchos
 Gruas
Talha
Caminho de
rolamento /
trilhos
Cabeceira
Caixa do
gancho
Trolley
Sistema de
comando
Cabeceira
Movimento
transversal
Movimento
longitudinal
Movimento
vertical
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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COMPONENTES DAPONTE ROLANTE
1. Estrutura
A estrutura básica é formada por pilares de sustentação verticais de concreto ou de aço. Sobre
a extremidade superior dos pilares são colocadas vigas horizontais de concreto ou de aço e
sobre esses são posicionados os trilhos por onde a ponte vai rolar. Os trilhos devem ser
paralelos (as tolerâncias de desnivelamentos e paralelismo são milimétricas).
Por sobre os trilhos rola uma ou duas vigas transversais (pontes univiga ou dupla viga). Nestas
vigas está fixado um carro (trolley) e neste, por sua vez, fixado uma talha.
2. Talha
A talha é a parte da ponte rolante responsável pelos movimentos verticais das cargas. Existe
uma variedade muito grande de tipos e configurações de talhas, podem ser fixas ou móveis
(quando fixadas em trolleys), elevam desde poucos até centenas de quilos e quanto à forma de
acionamento podem ser manuais, elétricas ou pneumáticas. Para a parte flexível das talhas
destinadas a trabalhos pesados são utilizados cabos de aço ou correntes.
3. Componentes das talhas
A talha é um conjunto integrado de peças formado basicamente por tambores, roldanas ou
polias, parte flexível (cabos de aço ou correntes) e ganchos.
O sistema de comando das talhas normalmente é feito por botoeiras pendentes ou por controle
remoto.
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pendente
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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RESPONSABILIDADES DO OPERADOR
O operador de aparelhos de guindar via de regra é um trabalhador com especialização em outra
área e opera estes aparelhos de modo eventual. Durante sua jornada de trabalho, transporta
materiais de diversos tipos, com pesos e tamanhos diversos, por vezes em locais apertados e
próximos a outras pessoas. A segurança das operações deve ser sua principal preocupação.
Uma operação segura evita danos nos equipamentos, na carga transportada e em outros materiais.
Evita que o operador se machuque, machuque outras pessoas ou cause prejuízo ao patr imônio.
A operação com segurança e eficiência de aparelhos de guindar exige do operador conhecimentos
da máquina que opera, dos acessórios de movimentação, do produto a ser transportado e do
ambiente de trabalho, assim como, habilidade no controle desses equipamentos, nos
deslocamentos e no armazenamento das cargas.
CUIDADOS DURANTE OPERAÇÕES
Os operadores durante as operações com aparelhos de guindar estão sujeitos a vários perigos
relacionados consigo próprio, com outras pessoas, com a carga, com o ferramental de trabalho e
com o ambiente que o cerca.
Ele deverá ter consciência desses perigos e envidar todos os esforços no sentido de minimizar as
possibilidades dos eventos danosos acontecerem.
Os principais cuidados que o operador de ponte rolante deve ter são:
1. Consigo próprio
Durante movimentação vertical ou horizontal de cargas o operador pode sofrer acidentes
traumáticos de diversos tipos: esmagamentos, prensagens, lesões cortantes, escoriantes,
perfurantes, contundentes, etc.
2. Com quem se encontra próximo à área de movimentação
As pessoas que se encontram próximas à área de movimentação de cargas também estão
sujeitas a sofrerem acidentes traumáticos, tais os que podem lesionar o operador. Cabe ao
operador evitar estes acidentes.
3. Com a ponte, com a talha e com outras ferramentas
O operador, durante as movimentações, tem a responsabilidade de evitar danos às máquinas e
equipamentos que ele opera, tais como:
Com as talhas e pontes rolantes: danos na estrutura, no circuito elétrico, por choque contra
outras pontes ou contra anteparos fixos;
Com os dispositivos de transporte: danos aos containeres, travessões, balancins, cabos de aço,
correntes, cintas, gabaritos, etc.
4. Com a carga
O operador tem a responsabilidade de proteger a carga que ele transporta. É sua obrig ação
cuidar para que ela não se danifique (por quedas, amassamentos, rupturas, danos na pintura,
etc.), em qualquer momento das operações, seja durante o desempilhamento, durante o
transporte ou durante o reempilhamento.
5. Com os objetos próximos à área de movimentação
O operador deve proteger de danos outros objetos próximos à área de operação. Deve
evitar choques da ponte, da talha ou de outros equipamentos contra prateleiras (racks),
pilhas de materiais, caminhões e carretas, fiação elétrica, tubulações de gás, de vapor ou
de ar comprimido, etc.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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LINGAS, EQUIPAMENTOS AUXILIARES E ACESSÓRIOS PARAELEVAÇÃO
Lingas são quaisquer tipos de materiais utilizados para prender ou amarrar uma carga. As
lingas podem ser de correntes, de cabos de aço, de cintas, de cordas, cestos, etc.
Obs.: O termo linga ou eslinga, provém da palavra inglesa SLING, que significa LAÇO. Em
alguns locais do Brasil também é chamado de ESTROPO.
Equipamentos auxiliares e acessórios são todos os demais materiais e ferramentas utilizadas
para transporte de cargas, tais como: travessões, balancins, travessa-gancho, tenaz, eletroímã,
imãs, pega-chapas, sapatas, gabaritos, etc.
1. Exemplos de lingas de correntes
2. Exemplos de lingas de cabos de aço
3. Exemplos de lingas de cintas de poliéster
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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CABOS DE AÇO
1. Construção do cabo de aço
2. Tabela de cargas para cabos de aço
Cabos de aço para movimentação em guinchos: 6X37 AF (6X36) AF ou 6X41 AF.
Carga de Ruptura Mínima Efetiva em Kg. (180 - 200 kg/mm²)
ø do
Cabo
(Pol.)
Peso
aprox.
por
metro
(kg)
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AACI
6x37
AF
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AACI
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AACI
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AF
1/8 0,039 620 660 b
3/16 0,088 1.400 1.500 1.320 1.420 1.320 1.420
1/4 0,156 2.480 2.660 2.350 2.526 2.350 2.526 2.277
5/16 0,244 3.860 4.150 3.650 3.924 3.650 3.924 3.538
3/8 0,351 5.530 5.940 5.230 5.622 5.230 5.622 5.070
7/16 0,476 7.500 8.060 7.090 7.622 7.090 7.622 6.880
1/2 0,625 9.710 10.410 9.250 9.944 9.250 9.944 8.930
9/16 0,788 12.200 13.110 11.700 12.577 11.700 12.577 11.200
5/8 0,982 15.100 16.230 14.300 15.372 14.300 15.372 13.900
3/4 1,413 21.600 23.220 20.500 22.037 20.500 22.037 19.800
7/8 1,919 29.200 31.390 27.700 29.777 27.700 29.777 26.800
1 2,500 37.900 40.740 36.100 38.807 36.100 38.807 34.700
1 1/8 3,169 47.700 51.280 45.400 48.805 45.400 48.805 43.700
1 1/4 3,913 58.600 62.990 55.800 59.985 55.800 59.985 53.700
1 3/8 4,732 70.500 75.790 67.200 72.240 67.200 72.240 64.700
1 1/2 5,625 83.500 89.760 79.700 85.677 79.700 85.677
1 5/8 6,607 97.100 104.400 93.400 100.405 93.400 100.405
1 3/4 7,664 112.000 120.400 108.000 116.100 108.000 116.100
1 7/8 8,795 128.000 137.600 123.000 132.225 123.000 132.225
2" 10,000 145.000 155.870 140.000 150.500 140.000 150.500
2 1/8 11,295 162.000 174.150 157.000 168.775 157.000 168.775
2 1/4 12,664 181.000 194.570 175.000 188.125 175.000 188.125
AF: Alma de Fibra AACI: Alma de aço Independente
A Carga de trabalho do cabo não deve exceder um quinto de carga de ruptura efetiva
Os cabos de aço são um conjunto de arames torcidos
helicoidalmente. A construção do cabo compõe-se de várias
pernas, e estas por sua vez, são torcidas ao redor de uma
alma. As pernas são formadas por finos fios de aço torcidos
ao redor de um arame central.
A alma ou coração dos cabos de aço podem ser de
diversos materiais: Fibra natural, aço ou polipropileno. Para
o uso em pontes rolantes os cabos possuem alma de
polipropileno. Este tipo de equipamento necessita de cabos
com bastante flexibilidade. A alma tem as seguintes
finalidades: Auxiliar a acomodação dos fios e pernas do
cabo de aço e também manter o cabo de aço lubrificado.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 7
do mesmo.
3. Descarte de cabos de aço
Os cabos de aço devem ser descartados sempre que apresentarem um ou mais dos seguintes
defeitos:
a) Alças e Nós
Um laço inicial deve
ser desfeito, pois se o
cabo for tracionado
alça pode transformar-
se em um nó.
b) Amassamento
O cabo que sofre
amassamento toma a forma de
“espiral”.
c) Alma saltada e gaiola de
passarinho
Gaiolas de passarinho expõe a
alma do cabo e prejudica a lubrifi-
cação.
Alma saltada
d) Fios quebrados
Os fios de um cabo quebram
(partem) devido a fadiga por trabalho
com cargas elevadas, pelo contato
ou pelo atrito com cantos vivos da
carga ou ainda pela movimentação
em polias de pequenas dimensões.
Obs.: Se o cabo de aço apresentar uma perna partida deve descartar o cabo.
Descarte de um cabo de aço por apresentar fios partidos:
a) O descarte do cabo de aço pelo motivo de fios partidos faz-se pela contagem do número de
fios quebrados existentes num comprimento determinado.
b) A inspeção deve ser feita em todo o comprimento do cabo.
c) A contagem dos fios partidos deve ser feita no trecho em que o cabo de aço estiver mais
danificado.
Existem dois testes: Multiplicar por seis ou por trinta o diâmetro do cabo.
a) Num comprimento de um passo (6 vezes o diâmetros – 6d ) descartar o cabo de aço se
encontrar 6 fios partidos.
b) Num comprimento cinco passos (30 vezes o diâmetros – 30d) descartar o cabo de aço se
encontrar 10 fios partidos.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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6. Confecção de um laço
Este olhal é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas 3 a 3.
Uma metade é curvada para formar um olhal, e em seguida a outra metade e entrelaçada no
espaço vazio da primeira. A presilha de aço ou de duro alumínio pode ser substituída por um
ou dois grampos.
a) Aplicação correta de grampos (clips)
em laços
b) Eficiência dos olhais em relação às
cargas de ruptura dos cabos
c) Diâmetros dos canais de polias e
tambores
Os canais das polias e tambores devem ter
medidas certas em relação ao diâmetro do
cabo. O canal não deve ser demasiado largo,
senão o cabo se achata. Se, ao contrário, o
canal é estreito, o cabo é deformado por
compressão.
Os canais das polias devem ser mantidos em boas condições. Deve-se verificar se o cabo
não esfrega contra a flange do canal e se o fundo do canal não está enrugado. Um canal
deformado provoca o desgaste rápido do cabo.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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CORRENTES
As correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. O passo (t) de um elo é o seu
comprimento interno. Somente correntes que tenham elos com passo menor ou igual a três vezes o
diâmetro (d) do elo podem ser usadas para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se
explica pelo fato de que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos
se apóiam nos elos vizinhos evitando assim que a corrente se dobre.
Correntes com elos longos mesmo quando novas, não podem ser utilizadas para lingas (os elos se
dobram ou torcem com facilidade e podem quebrar). As cargas de trabalho para os vários tipos de
correntes são dadas em tabelas de especificações fornecidas pelos fabricantes. As correntes são
utilizadas tanto em talhas como em lingas de diversos formatos: simples, múltiplos, anel, etc.
CORRENTES RUD – GRAU 8
CORRENTE GRAU 2
Dimensões mm
Capacidade de
Carga - kg
Diâmetro
nominal - d
Passo - t
6 18 320
8 24 630
10 30 1000
13 39 1600
16 48 2500
18 54 3200
20 60 4000
22 66 5000
26 78 6300
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
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INSPEÇÃO DE CORRENTES
A inspeção visual deve ser feita pelo
usuário a cada início de jornada, e uma
inspeção completa deve ser feita no
mínimo a cada 12 meses, ou mais
frequentemente de acordo com as
normas do local, tipo de uso e
experiência passada.
Devem ser substituídas as correntes
com elos deformados, com rachaduras
ou fissuras, assim como qualquer
acessório, como elos deformados,
ganchos abertos ou qualquer outro
elemento que demonstre sinais de
danos.
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Deformação por
entalhamento,
amassamento ou
fissuras.
Deformação por torção
d1 + d2
2
>0,9 d
d = diâmetro nominal
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 11
CINTAS SINTÉTICAS
As cintas de poliester elevam cargas com segurança protegendo-a contra amassamentos, riscos ou
danos.
1. Propriedades físicas
Resistência ao calor
Ponto de fusão: 260º C
Ponto de amolecimento: 235 a 240º C
Temperatura limite de utilização: 80º C
As cintas não devem ser utilizadas para levantar cargas quentes, com arestas vivas ou ângulos
agudos, sem proteção adequada nos pontos de contato.
Inflamabilidade
O poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a chama, porém a
combustão não se extingue imediatamente, assim que se elimina o contato com a mesma.
Elasticidade
O poliéster é uma das fibras têxteis mais elásticas. Sua elasticidade variável atinge 8% com a
capacidade máxima da cinta.
Umidade
As cintas de poliester têm baixa absorção de água ou líquidos penetrantes, não havendo nem
degradação nem intumescimento, mesmo durante períodos prolongados.
2. Revestimento (proteção)
Utilizadas para proteger os lados da cinta quando estão expostas a danos causados por
abrasão ou cortes. Os revestimentos podem ser de couro ou poliester.
3. Inspeção de segurança em cintas
A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos níveis de
segurança. As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas,
quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas. Para isso:
 Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada;
 Examine com atenção ambos os lados da cinta;
 As cintas tipo “anel” devem ser examinadas em todo o seu comprimento e perímetro;
 As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.
Cintas gastas por abrasão
Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste
que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso precário à segurança. Em
regra, deve-se observar durante a inspeção, que o desgaste originário da abrasão não exceda
10% no ponto mais atingido.
Corte no sentido longitudinal
Ocorre geralmente quando é utilizada em contato não plano da carga, cuja área é inferior a
largura da cinta, permitindo que uma parte da cinta fique supertencionada e a outra frouxa.
Ocasiona uma “hérnia” na cinta, perfeitamente visível na ocasião do levantamento. Caso isto
ocorra, a cinta deverá ser imediatamente retirada de uso.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 12
Corte no sentido transversal
Indica que a cinta sofreu uma tensão desequilibrada, possibilitando um estrangulamento lateral
que propicia o corte transversal. Os cantos agudos ou abrasivos ocasionam também um corte
transversal abrupto que rompe a cinta repentinamente. Deve-se condenar e retirar de uso as
cintas que apresentem um corte transversal superior a 10% da largura da mesma.
4. Regras para um levantamento seguro com cintas
 Nunca use cintas avariadas ou danificadas;
 Não sobrecarregar a cinta (utilizar de acordo com especificações da etiqueta do fabricante);
 Não exceder às especificações técnicas e recomendações do fabricante quanto às limitações
de estabilidade;
 Não posicionar a cinta em cantos agudos ou cortantes;
 Evitar torções da cinta;
 Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a 1” (1 polegada), de seção lisa e redonda;
 Evite a colocação de mais de um par de cintas, no mesmo gancho;
 Evitar impactos no içamento da carga;
 Inspecionar as cintas com intervalos de 15 dias.
AVARIAS / RECOMENDAÇÕES
SUPERVISÃO CONTÍNUA: As cintas de movimentação devem
ser inspecionadas por técnicos especializados pelo menos uma
vez por mês. Com isto elas corresponderão às condições de
aplicação e às condições operacionais e, nesse meio tempo,
devem ser supervisionadas para identificar danos sérios que
comprometam a segurança e para que excluídas da utilização.
ARMAZENAMENTO: As cintas de movimentação devem ser
armazenadas em recintos secos, com temperaturas não muito
altas e protegidas dos raios solares e de danificações
mecânicas. Elas não podem secar ou ficar perto do fogo ou
outras fontes de calor. As principais prescrições do fabricante
referente às soluções alcalinas, ácidos e umidade no
armazenamento devem ser observadas.
LIMPEZA: Se as cintas de movimentação entrarem em contato
com ácidos ou soluções alcalinas, devem ser lavadas com
água ou neutralizadas de outra forma, antes do
armazenamento.
CUIDADOS
Não se pode dar nós em cintas de movimentação.
As cargas não devem ficar depositadas sobre as cintas, se
houver o perigo de que estas sejam danificadas.
As cintas de movimentação devem ser sustentadas de tal
forma, que a carga fique bem equilibrada. Para cargas longas
em que seja necessária a utilização de várias cintas, então
devem ser utilizados travessões ou outros dispositivos, para
que as cintas fiquem suspensas verticalmente e a carga fique
distribuída uniformemente nas cintas de movimentação.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 13
INSPEÇÃO PRÉ OPERACIONAL EM PONTES ROLANTES E TALHAS
O trabalhador que opera aparelhos de guindar, profissional ou eventual, deve no início de cada
turno, fazer uma inspeção dos equipamentos e ferramentas que irá usar no trabalho.
A inspeção divide-se em duas etapas: Visual e operacional
Inspeção visual
1. Verifique a localização da chave geral de desligamento de todo o sistema elétrico que energiza
o equipamento de guindar.
2. Verifique se existem, na botoeira ou nos disjuntores, etiquetas com proibições de uso dos
equipamentos. Estes avisos podem ter sido colocados pelo serviço de manutenção, pelo
supervisor ou por outro operador. Se encontrar um desses avisos encerre a inspeção.
3. Inspecione visualmente todos os pontos possíveis de haver avarias, peças soltas ou perdidas.
4. Verifique a corrente ou cabo de aço da talha, observando se existem avarias, torções ou
dobras.
5. Inspecione se existe a trava de segurança do gancho e se mesma não apresenta avarias.
6. Verifique se os cabos de aço da talha estão perfeitamente enrolados dentro das ranhuras no
tambor de enrolamento. Isto é, não devem estar enrolados uns sobre os outros ou afa stados
“saltando” uma ranhura.
7. Verifique se existem os batentes de fim de curso nas extremidades dos trilhos.
8. Verifique as condições de segurança de todas as lingas (cabos de aço, cintas, correntes, etc.) e
os acessórios (travessões, balancins, sapatas, cunhas, calços, caibros separadores de cargas,
olhais, manilhas, imãs, etc.) que for utilizar nos carregamentos e transporte de cargas.
9. Verifique toda a área de operação do equipamento de guindar, observando se há obstáculos
que impeçam o deslocamento das cargas ou do operador.
Inspeção operacional
1. Teste os dispositivos de controle verificando:
 Se as setas existentes nos botões correspondem aos movimentos da talha, do trole ou da
ponte, principalmente os verticais.
 Se não estão se prendendo na caixa da botoeira.
 Se o botão de emergência está funcionando normalmente.
Obs.: Se durante os testes a botoeira transmitir choques elétricos, deve imediatamente
encerrar a inspeção.
2. Desloque a talha, sem carga, alguns metros em todas as direções possíveis. Fique atento a
movimentos desordenados ou a ruídos que possam significar avarias.
3. Teste o limite superior do gancho da talha verificando o funcionamento da chave limite de fim de
curso (micro).
4. Teste o limite inferior do gancho (existem talhas equipadas com chave limite de fim de curso
inferior). Se a talha for com cabo de aço e não possuir esta chave, mesmo após o gancho ao
encostar no chão, verificar se no tambor permanece pelo menos duas voltas do cabo.
Se for observado qualquer anormalidade nos equipamentos
inspecionados, o operador deve colocar uma etiqueta informando que o
mesmo encontra-se com defeito e imediatamente informar o supervisor.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 14
CUIDADOS NO TRABALHO
a) Respeite as outras pessoas. Não coloque ninguém em risco;
b) Nunca provoque brincadeiras ou situações difíceis para os que se encontram próximos aos
equipamentos em movimento;
c) Cuidado com os trabalhadores que estiverem próximos a paredes ou a qualquer objeto fixo,
pode não haver condições para que consigam escapar;
d) Não movimente cargas que passem acima de outras pessoas;
e) Evite que as pessoas parem ou transitem sob qualquer tipo de carga;
f) Durante o deslocamento, nos casos de emergência, deverá acionar o alarme sonoro;
g) Nunca transporte outras pessoas sobre a estrutura da ponte, acessórios ou carga. O operador
será responsabilizado por qualquer lesão que o “carona” venha sofrer em caso de acidente;
h) O operador não deve usar roupas largas, cabelos compridos e soltos, adereços ou anéis,
devido aos perigos de ferimento como, por exemplo, ficar dependurado ou ser puxado;
i) Ao iniciar a elevação de qualquer carga, certifique-se de que os cabos devem estar na vertical
para evitar o balanço do material, assim como, para não submeter o equipamento a esforços
não permitidos que possam danificá-lo;
j) Se o operador não puder observar a carga em todos os movimentos dos aparelhos de guindar,
ou dos elementos de levantamento de carga em marcha, ele deverá operar o equipamento com
auxílio de sinais de um ajudante;
k) Não sobrecarregue a ponte rolante ou os acessórios, colocando cargas que excedam suas
capacidades nominais;
l) Remova os obstáculos antes de prosseguir no deslocamento. Retire os materiais que podem
estorvá-lo, evitando possíveis acidentes;
m) Após o uso, o operador deve estacionar a ponte rolante de tal forma a evitar:
 Que uma pessoa colida com qualquer parte da talha;
 Que veículos, ao se deslocarem por corredores, colidam com partes da talha.
SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA
______________________________________________________________________ 15
NR -11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores
industriais e máquinas transportadoras.
11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,
elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras,
guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de
maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em
perfeitas condições de trabalho.
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que
deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.
11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida.
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só
poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e
fotografia, em lugar visível.
11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o
empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.
11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência son ora
(buzina).
11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças
defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.
11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para
o piso.
11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas,
equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.
11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, o acesso às saídas de
emergência.
11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de
material.

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  • 1. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 1 APARELHOS DE GUINDAR São aparelhos aéreos ou elevados, utilizados para movimentar cargas variadas, intermitentemente, entre dois pontos dentro de uma área limitada por trilhos de apoio ou por guias (lanças). A função primária dos aparelhos de guindar é o içamento da carga, e a secundária, transferência dessa mesma carga. Existem muitos tipos de aparelhos de guindar. Os principais são: ponte rolante, pórtico rolante, semi-pórticos rolantes, talhas em monotrilhos, talhas fixas, guinchos com lança giratória, guindastes sobre cavaletes, gruas. INTRODUÇÃO A utilização de aparelhos de guindar na indústria e em atividades que necessitam movimentar cargas verticalmente e intermitentemente é cada vez mais freqüente. Estes aparelhos proporcionam grande versatilidade na circulação de materiais de tamanhos e pesos diferenciados, maiores agilidades de locomoção dos operadores, favorecem o abastecimento e o armazenamento sem o comprometimento do tráfego e necessidade de grandes espaços terrestres para realizar deslocamentos. A preocupação com a segurança na operação e manutenção das pontes rolantes deve ser constante, pois o transporte aéreo de cargas necessita de profundo conhecimento sobre técnicas específicas de operação e normas de segurança, além da habilidade do operador. OBJETIVO Esta apostila tem como objetivo principal instruir operadores de aparelhos de guindar e acopladores de cargas em suas funções, sobre os procedimentos corretos, através da informação atualizada de regras de conduta e tecnologias de equipamentos, a fim de serem evitados acidentes no local de trabalho. Também visa orientar os profissionais da área sobre a utilização prudente do equipamento, sua conservação e manutenção, indispensáveis ao processo eficiente quando da realização de tarefas rotineiras nas zonas de trabalho. PRINCIPAIS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE GUINDAR 1. Ponte rolante Define-se como ponte rolante um guindaste apoiado em estrutura própria e que serve para o deslocamento vertical e horizontal de cargas. Apesar dos vários fabricantes, as pontes rolantes assemelham-se no aspecto construtivo. Praticamente, todas elas possuem uma estrutura formada por uma ou duas vigas de aço (univiga ou dupla viga) que se deslocam sobre trilhos de aço. Nestas vigas está apoiado um carro (trolley) e no trolley apóia-se uma talha.
  • 2. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 2 Os trilhos estão apoiados pilares ou colunas, as quais estão fixadas na estrutura da edificação. 2. Guinchos com lança giratória 3. Pórtico rolante Estrutura semelhante às das pontes rolantes, somente que os trilhos estão junto a piso da edificação, se for ambiente interno, ou do solo se for ambiente externo. 4. Outros tipos de equipamentos de guindar:  Ponte rolante empilhadeira  Talhas fixas  Guinchos  Gruas Talha Caminho de rolamento / trilhos Cabeceira Caixa do gancho Trolley Sistema de comando Cabeceira Movimento transversal Movimento longitudinal Movimento vertical
  • 3. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 3 COMPONENTES DAPONTE ROLANTE 1. Estrutura A estrutura básica é formada por pilares de sustentação verticais de concreto ou de aço. Sobre a extremidade superior dos pilares são colocadas vigas horizontais de concreto ou de aço e sobre esses são posicionados os trilhos por onde a ponte vai rolar. Os trilhos devem ser paralelos (as tolerâncias de desnivelamentos e paralelismo são milimétricas). Por sobre os trilhos rola uma ou duas vigas transversais (pontes univiga ou dupla viga). Nestas vigas está fixado um carro (trolley) e neste, por sua vez, fixado uma talha. 2. Talha A talha é a parte da ponte rolante responsável pelos movimentos verticais das cargas. Existe uma variedade muito grande de tipos e configurações de talhas, podem ser fixas ou móveis (quando fixadas em trolleys), elevam desde poucos até centenas de quilos e quanto à forma de acionamento podem ser manuais, elétricas ou pneumáticas. Para a parte flexível das talhas destinadas a trabalhos pesados são utilizados cabos de aço ou correntes. 3. Componentes das talhas A talha é um conjunto integrado de peças formado basicamente por tambores, roldanas ou polias, parte flexível (cabos de aço ou correntes) e ganchos. O sistema de comando das talhas normalmente é feito por botoeiras pendentes ou por controle remoto. T Ta am mb bo or r r ra an nh hu ur ra ad do o p pa ar ra a c ca ab bo os s d de e a aç ço o G Gu ui ia a d do o c ca ab bo o Caixa do gancho Gancho B Bo ot tã ão o d de e e em me er rg gê ên nc ci ia a T Ta al lh ha a / / s su ub bi ir r T Ta al lh ha a / / d de es sc ce er r T Tr ro ol ll le ey y / / d di ir re ei it ta a T Tr ro ol ll le ey y / / e es sq qu ue er rd da a P Po on nt te e / / f fr re en nt te e P Po on nt te e / / f fu un nd do o M Mo ov vi im me en nt to os s v ve er rt ti ic ca ai is s M Mo ov vi im me en nt to os s l lo on ng gi it tu ud di in na ai is s M Mo ov vi im me en nt to os s t tr ra an ns sv ve er rs sa ai is s Controle remoto Botoeira pendente
  • 4. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 4 RESPONSABILIDADES DO OPERADOR O operador de aparelhos de guindar via de regra é um trabalhador com especialização em outra área e opera estes aparelhos de modo eventual. Durante sua jornada de trabalho, transporta materiais de diversos tipos, com pesos e tamanhos diversos, por vezes em locais apertados e próximos a outras pessoas. A segurança das operações deve ser sua principal preocupação. Uma operação segura evita danos nos equipamentos, na carga transportada e em outros materiais. Evita que o operador se machuque, machuque outras pessoas ou cause prejuízo ao patr imônio. A operação com segurança e eficiência de aparelhos de guindar exige do operador conhecimentos da máquina que opera, dos acessórios de movimentação, do produto a ser transportado e do ambiente de trabalho, assim como, habilidade no controle desses equipamentos, nos deslocamentos e no armazenamento das cargas. CUIDADOS DURANTE OPERAÇÕES Os operadores durante as operações com aparelhos de guindar estão sujeitos a vários perigos relacionados consigo próprio, com outras pessoas, com a carga, com o ferramental de trabalho e com o ambiente que o cerca. Ele deverá ter consciência desses perigos e envidar todos os esforços no sentido de minimizar as possibilidades dos eventos danosos acontecerem. Os principais cuidados que o operador de ponte rolante deve ter são: 1. Consigo próprio Durante movimentação vertical ou horizontal de cargas o operador pode sofrer acidentes traumáticos de diversos tipos: esmagamentos, prensagens, lesões cortantes, escoriantes, perfurantes, contundentes, etc. 2. Com quem se encontra próximo à área de movimentação As pessoas que se encontram próximas à área de movimentação de cargas também estão sujeitas a sofrerem acidentes traumáticos, tais os que podem lesionar o operador. Cabe ao operador evitar estes acidentes. 3. Com a ponte, com a talha e com outras ferramentas O operador, durante as movimentações, tem a responsabilidade de evitar danos às máquinas e equipamentos que ele opera, tais como: Com as talhas e pontes rolantes: danos na estrutura, no circuito elétrico, por choque contra outras pontes ou contra anteparos fixos; Com os dispositivos de transporte: danos aos containeres, travessões, balancins, cabos de aço, correntes, cintas, gabaritos, etc. 4. Com a carga O operador tem a responsabilidade de proteger a carga que ele transporta. É sua obrig ação cuidar para que ela não se danifique (por quedas, amassamentos, rupturas, danos na pintura, etc.), em qualquer momento das operações, seja durante o desempilhamento, durante o transporte ou durante o reempilhamento. 5. Com os objetos próximos à área de movimentação O operador deve proteger de danos outros objetos próximos à área de operação. Deve evitar choques da ponte, da talha ou de outros equipamentos contra prateleiras (racks), pilhas de materiais, caminhões e carretas, fiação elétrica, tubulações de gás, de vapor ou de ar comprimido, etc.
  • 5. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 5 LINGAS, EQUIPAMENTOS AUXILIARES E ACESSÓRIOS PARAELEVAÇÃO Lingas são quaisquer tipos de materiais utilizados para prender ou amarrar uma carga. As lingas podem ser de correntes, de cabos de aço, de cintas, de cordas, cestos, etc. Obs.: O termo linga ou eslinga, provém da palavra inglesa SLING, que significa LAÇO. Em alguns locais do Brasil também é chamado de ESTROPO. Equipamentos auxiliares e acessórios são todos os demais materiais e ferramentas utilizadas para transporte de cargas, tais como: travessões, balancins, travessa-gancho, tenaz, eletroímã, imãs, pega-chapas, sapatas, gabaritos, etc. 1. Exemplos de lingas de correntes 2. Exemplos de lingas de cabos de aço 3. Exemplos de lingas de cintas de poliéster
  • 6. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 6 CABOS DE AÇO 1. Construção do cabo de aço 2. Tabela de cargas para cabos de aço Cabos de aço para movimentação em guinchos: 6X37 AF (6X36) AF ou 6X41 AF. Carga de Ruptura Mínima Efetiva em Kg. (180 - 200 kg/mm²) ø do Cabo (Pol.) Peso aprox. por metro (kg) 6x25 AF 6x25 AACI 6x37 AF 6x37 AACI 6x41 AF 6x41 AACI 18x7 AF 1/8 0,039 620 660 b 3/16 0,088 1.400 1.500 1.320 1.420 1.320 1.420 1/4 0,156 2.480 2.660 2.350 2.526 2.350 2.526 2.277 5/16 0,244 3.860 4.150 3.650 3.924 3.650 3.924 3.538 3/8 0,351 5.530 5.940 5.230 5.622 5.230 5.622 5.070 7/16 0,476 7.500 8.060 7.090 7.622 7.090 7.622 6.880 1/2 0,625 9.710 10.410 9.250 9.944 9.250 9.944 8.930 9/16 0,788 12.200 13.110 11.700 12.577 11.700 12.577 11.200 5/8 0,982 15.100 16.230 14.300 15.372 14.300 15.372 13.900 3/4 1,413 21.600 23.220 20.500 22.037 20.500 22.037 19.800 7/8 1,919 29.200 31.390 27.700 29.777 27.700 29.777 26.800 1 2,500 37.900 40.740 36.100 38.807 36.100 38.807 34.700 1 1/8 3,169 47.700 51.280 45.400 48.805 45.400 48.805 43.700 1 1/4 3,913 58.600 62.990 55.800 59.985 55.800 59.985 53.700 1 3/8 4,732 70.500 75.790 67.200 72.240 67.200 72.240 64.700 1 1/2 5,625 83.500 89.760 79.700 85.677 79.700 85.677 1 5/8 6,607 97.100 104.400 93.400 100.405 93.400 100.405 1 3/4 7,664 112.000 120.400 108.000 116.100 108.000 116.100 1 7/8 8,795 128.000 137.600 123.000 132.225 123.000 132.225 2" 10,000 145.000 155.870 140.000 150.500 140.000 150.500 2 1/8 11,295 162.000 174.150 157.000 168.775 157.000 168.775 2 1/4 12,664 181.000 194.570 175.000 188.125 175.000 188.125 AF: Alma de Fibra AACI: Alma de aço Independente A Carga de trabalho do cabo não deve exceder um quinto de carga de ruptura efetiva Os cabos de aço são um conjunto de arames torcidos helicoidalmente. A construção do cabo compõe-se de várias pernas, e estas por sua vez, são torcidas ao redor de uma alma. As pernas são formadas por finos fios de aço torcidos ao redor de um arame central. A alma ou coração dos cabos de aço podem ser de diversos materiais: Fibra natural, aço ou polipropileno. Para o uso em pontes rolantes os cabos possuem alma de polipropileno. Este tipo de equipamento necessita de cabos com bastante flexibilidade. A alma tem as seguintes finalidades: Auxiliar a acomodação dos fios e pernas do cabo de aço e também manter o cabo de aço lubrificado.
  • 7. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 7 do mesmo. 3. Descarte de cabos de aço Os cabos de aço devem ser descartados sempre que apresentarem um ou mais dos seguintes defeitos: a) Alças e Nós Um laço inicial deve ser desfeito, pois se o cabo for tracionado alça pode transformar- se em um nó. b) Amassamento O cabo que sofre amassamento toma a forma de “espiral”. c) Alma saltada e gaiola de passarinho Gaiolas de passarinho expõe a alma do cabo e prejudica a lubrifi- cação. Alma saltada d) Fios quebrados Os fios de um cabo quebram (partem) devido a fadiga por trabalho com cargas elevadas, pelo contato ou pelo atrito com cantos vivos da carga ou ainda pela movimentação em polias de pequenas dimensões. Obs.: Se o cabo de aço apresentar uma perna partida deve descartar o cabo. Descarte de um cabo de aço por apresentar fios partidos: a) O descarte do cabo de aço pelo motivo de fios partidos faz-se pela contagem do número de fios quebrados existentes num comprimento determinado. b) A inspeção deve ser feita em todo o comprimento do cabo. c) A contagem dos fios partidos deve ser feita no trecho em que o cabo de aço estiver mais danificado. Existem dois testes: Multiplicar por seis ou por trinta o diâmetro do cabo. a) Num comprimento de um passo (6 vezes o diâmetros – 6d ) descartar o cabo de aço se encontrar 6 fios partidos. b) Num comprimento cinco passos (30 vezes o diâmetros – 30d) descartar o cabo de aço se encontrar 10 fios partidos.
  • 8. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 8 6. Confecção de um laço Este olhal é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade é curvada para formar um olhal, e em seguida a outra metade e entrelaçada no espaço vazio da primeira. A presilha de aço ou de duro alumínio pode ser substituída por um ou dois grampos. a) Aplicação correta de grampos (clips) em laços b) Eficiência dos olhais em relação às cargas de ruptura dos cabos c) Diâmetros dos canais de polias e tambores Os canais das polias e tambores devem ter medidas certas em relação ao diâmetro do cabo. O canal não deve ser demasiado largo, senão o cabo se achata. Se, ao contrário, o canal é estreito, o cabo é deformado por compressão. Os canais das polias devem ser mantidos em boas condições. Deve-se verificar se o cabo não esfrega contra a flange do canal e se o fundo do canal não está enrugado. Um canal deformado provoca o desgaste rápido do cabo.
  • 9. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 9 CORRENTES As correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. O passo (t) de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que tenham elos com passo menor ou igual a três vezes o diâmetro (d) do elo podem ser usadas para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se apóiam nos elos vizinhos evitando assim que a corrente se dobre. Correntes com elos longos mesmo quando novas, não podem ser utilizadas para lingas (os elos se dobram ou torcem com facilidade e podem quebrar). As cargas de trabalho para os vários tipos de correntes são dadas em tabelas de especificações fornecidas pelos fabricantes. As correntes são utilizadas tanto em talhas como em lingas de diversos formatos: simples, múltiplos, anel, etc. CORRENTES RUD – GRAU 8 CORRENTE GRAU 2 Dimensões mm Capacidade de Carga - kg Diâmetro nominal - d Passo - t 6 18 320 8 24 630 10 30 1000 13 39 1600 16 48 2500 18 54 3200 20 60 4000 22 66 5000 26 78 6300
  • 10. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 10 INSPEÇÃO DE CORRENTES A inspeção visual deve ser feita pelo usuário a cada início de jornada, e uma inspeção completa deve ser feita no mínimo a cada 12 meses, ou mais frequentemente de acordo com as normas do local, tipo de uso e experiência passada. Devem ser substituídas as correntes com elos deformados, com rachaduras ou fissuras, assim como qualquer acessório, como elos deformados, ganchos abertos ou qualquer outro elemento que demonstre sinais de danos. A Al lo on ng ga am me en nt to o p po or r s so ob br re ec ca ar rg ga a ( (q qu ua an nd do o t to od da a a a c co or rr re en nt te e o ou u u um m ú ún ni ic co o e el lo o e es st ti iv ve er r a al lo on ng ga ad do o e em m m ma ai is s d de e 3 3 % %) ). . D De es sc ca ar rt ta ar r a a c co or rr re en nt te e. . O O d de es sg ga as st te e d da as s c co or rr re en nt te es s e e a ac ce es ss só ór ri io os s n nã ão o d de ev ve er rá á e ex xc ce ed de er r e em m q qu ua al lq qu ue er r p po on nt to o, , 1 10 0% % d da as s d di im me en ns sõ õe es s o or ri ig gi in na ai is s. . O O d de es sg ga as st te e m má áx xi im mo o d de e 1 10 0% % é é d de ef fi in ni id do o c co om mo o a a r re ed du uç çã ão o d do o d di iâ âm me et tr ro o m mé éd di io o m me ed di id do o n na as s d du ua as s d di ir re eç çõ õe es s. . D De es sc ca ar rt ta ar r a a c co or rr re en nt te e. . Deformação por entalhamento, amassamento ou fissuras. Deformação por torção d1 + d2 2 >0,9 d d = diâmetro nominal
  • 11. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 11 CINTAS SINTÉTICAS As cintas de poliester elevam cargas com segurança protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos. 1. Propriedades físicas Resistência ao calor Ponto de fusão: 260º C Ponto de amolecimento: 235 a 240º C Temperatura limite de utilização: 80º C As cintas não devem ser utilizadas para levantar cargas quentes, com arestas vivas ou ângulos agudos, sem proteção adequada nos pontos de contato. Inflamabilidade O poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a chama, porém a combustão não se extingue imediatamente, assim que se elimina o contato com a mesma. Elasticidade O poliéster é uma das fibras têxteis mais elásticas. Sua elasticidade variável atinge 8% com a capacidade máxima da cinta. Umidade As cintas de poliester têm baixa absorção de água ou líquidos penetrantes, não havendo nem degradação nem intumescimento, mesmo durante períodos prolongados. 2. Revestimento (proteção) Utilizadas para proteger os lados da cinta quando estão expostas a danos causados por abrasão ou cortes. Os revestimentos podem ser de couro ou poliester. 3. Inspeção de segurança em cintas A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos níveis de segurança. As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas. Para isso:  Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada;  Examine com atenção ambos os lados da cinta;  As cintas tipo “anel” devem ser examinadas em todo o seu comprimento e perímetro;  As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente. Cintas gastas por abrasão Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso precário à segurança. Em regra, deve-se observar durante a inspeção, que o desgaste originário da abrasão não exceda 10% no ponto mais atingido. Corte no sentido longitudinal Ocorre geralmente quando é utilizada em contato não plano da carga, cuja área é inferior a largura da cinta, permitindo que uma parte da cinta fique supertencionada e a outra frouxa. Ocasiona uma “hérnia” na cinta, perfeitamente visível na ocasião do levantamento. Caso isto ocorra, a cinta deverá ser imediatamente retirada de uso.
  • 12. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 12 Corte no sentido transversal Indica que a cinta sofreu uma tensão desequilibrada, possibilitando um estrangulamento lateral que propicia o corte transversal. Os cantos agudos ou abrasivos ocasionam também um corte transversal abrupto que rompe a cinta repentinamente. Deve-se condenar e retirar de uso as cintas que apresentem um corte transversal superior a 10% da largura da mesma. 4. Regras para um levantamento seguro com cintas  Nunca use cintas avariadas ou danificadas;  Não sobrecarregar a cinta (utilizar de acordo com especificações da etiqueta do fabricante);  Não exceder às especificações técnicas e recomendações do fabricante quanto às limitações de estabilidade;  Não posicionar a cinta em cantos agudos ou cortantes;  Evitar torções da cinta;  Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a 1” (1 polegada), de seção lisa e redonda;  Evite a colocação de mais de um par de cintas, no mesmo gancho;  Evitar impactos no içamento da carga;  Inspecionar as cintas com intervalos de 15 dias. AVARIAS / RECOMENDAÇÕES SUPERVISÃO CONTÍNUA: As cintas de movimentação devem ser inspecionadas por técnicos especializados pelo menos uma vez por mês. Com isto elas corresponderão às condições de aplicação e às condições operacionais e, nesse meio tempo, devem ser supervisionadas para identificar danos sérios que comprometam a segurança e para que excluídas da utilização. ARMAZENAMENTO: As cintas de movimentação devem ser armazenadas em recintos secos, com temperaturas não muito altas e protegidas dos raios solares e de danificações mecânicas. Elas não podem secar ou ficar perto do fogo ou outras fontes de calor. As principais prescrições do fabricante referente às soluções alcalinas, ácidos e umidade no armazenamento devem ser observadas. LIMPEZA: Se as cintas de movimentação entrarem em contato com ácidos ou soluções alcalinas, devem ser lavadas com água ou neutralizadas de outra forma, antes do armazenamento. CUIDADOS Não se pode dar nós em cintas de movimentação. As cargas não devem ficar depositadas sobre as cintas, se houver o perigo de que estas sejam danificadas. As cintas de movimentação devem ser sustentadas de tal forma, que a carga fique bem equilibrada. Para cargas longas em que seja necessária a utilização de várias cintas, então devem ser utilizados travessões ou outros dispositivos, para que as cintas fiquem suspensas verticalmente e a carga fique distribuída uniformemente nas cintas de movimentação.
  • 13. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 13 INSPEÇÃO PRÉ OPERACIONAL EM PONTES ROLANTES E TALHAS O trabalhador que opera aparelhos de guindar, profissional ou eventual, deve no início de cada turno, fazer uma inspeção dos equipamentos e ferramentas que irá usar no trabalho. A inspeção divide-se em duas etapas: Visual e operacional Inspeção visual 1. Verifique a localização da chave geral de desligamento de todo o sistema elétrico que energiza o equipamento de guindar. 2. Verifique se existem, na botoeira ou nos disjuntores, etiquetas com proibições de uso dos equipamentos. Estes avisos podem ter sido colocados pelo serviço de manutenção, pelo supervisor ou por outro operador. Se encontrar um desses avisos encerre a inspeção. 3. Inspecione visualmente todos os pontos possíveis de haver avarias, peças soltas ou perdidas. 4. Verifique a corrente ou cabo de aço da talha, observando se existem avarias, torções ou dobras. 5. Inspecione se existe a trava de segurança do gancho e se mesma não apresenta avarias. 6. Verifique se os cabos de aço da talha estão perfeitamente enrolados dentro das ranhuras no tambor de enrolamento. Isto é, não devem estar enrolados uns sobre os outros ou afa stados “saltando” uma ranhura. 7. Verifique se existem os batentes de fim de curso nas extremidades dos trilhos. 8. Verifique as condições de segurança de todas as lingas (cabos de aço, cintas, correntes, etc.) e os acessórios (travessões, balancins, sapatas, cunhas, calços, caibros separadores de cargas, olhais, manilhas, imãs, etc.) que for utilizar nos carregamentos e transporte de cargas. 9. Verifique toda a área de operação do equipamento de guindar, observando se há obstáculos que impeçam o deslocamento das cargas ou do operador. Inspeção operacional 1. Teste os dispositivos de controle verificando:  Se as setas existentes nos botões correspondem aos movimentos da talha, do trole ou da ponte, principalmente os verticais.  Se não estão se prendendo na caixa da botoeira.  Se o botão de emergência está funcionando normalmente. Obs.: Se durante os testes a botoeira transmitir choques elétricos, deve imediatamente encerrar a inspeção. 2. Desloque a talha, sem carga, alguns metros em todas as direções possíveis. Fique atento a movimentos desordenados ou a ruídos que possam significar avarias. 3. Teste o limite superior do gancho da talha verificando o funcionamento da chave limite de fim de curso (micro). 4. Teste o limite inferior do gancho (existem talhas equipadas com chave limite de fim de curso inferior). Se a talha for com cabo de aço e não possuir esta chave, mesmo após o gancho ao encostar no chão, verificar se no tambor permanece pelo menos duas voltas do cabo. Se for observado qualquer anormalidade nos equipamentos inspecionados, o operador deve colocar uma etiqueta informando que o mesmo encontra-se com defeito e imediatamente informar o supervisor.
  • 14. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 14 CUIDADOS NO TRABALHO a) Respeite as outras pessoas. Não coloque ninguém em risco; b) Nunca provoque brincadeiras ou situações difíceis para os que se encontram próximos aos equipamentos em movimento; c) Cuidado com os trabalhadores que estiverem próximos a paredes ou a qualquer objeto fixo, pode não haver condições para que consigam escapar; d) Não movimente cargas que passem acima de outras pessoas; e) Evite que as pessoas parem ou transitem sob qualquer tipo de carga; f) Durante o deslocamento, nos casos de emergência, deverá acionar o alarme sonoro; g) Nunca transporte outras pessoas sobre a estrutura da ponte, acessórios ou carga. O operador será responsabilizado por qualquer lesão que o “carona” venha sofrer em caso de acidente; h) O operador não deve usar roupas largas, cabelos compridos e soltos, adereços ou anéis, devido aos perigos de ferimento como, por exemplo, ficar dependurado ou ser puxado; i) Ao iniciar a elevação de qualquer carga, certifique-se de que os cabos devem estar na vertical para evitar o balanço do material, assim como, para não submeter o equipamento a esforços não permitidos que possam danificá-lo; j) Se o operador não puder observar a carga em todos os movimentos dos aparelhos de guindar, ou dos elementos de levantamento de carga em marcha, ele deverá operar o equipamento com auxílio de sinais de um ajudante; k) Não sobrecarregue a ponte rolante ou os acessórios, colocando cargas que excedam suas capacidades nominais; l) Remova os obstáculos antes de prosseguir no deslocamento. Retire os materiais que podem estorvá-lo, evitando possíveis acidentes; m) Após o uso, o operador deve estacionar a ponte rolante de tal forma a evitar:  Que uma pessoa colida com qualquer parte da talha;  Que veículos, ao se deslocarem por corredores, colidam com partes da talha.
  • 15. SEGURANÇA EM OPERAÇÕES COM PONTE ROLANTE E TALHA ______________________________________________________________________ 15 NR -11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. 11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. 11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. 11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. 11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. 11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. 11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência son ora (buzina). 11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. 11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso. 11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. 11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, o acesso às saídas de emergência. 11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.