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GREENBUILDING
BRASIL 2014:
POSIÇÃO DO BRASIL
CONSOLIDA-SE NO
CENÁRIO MUNDIAL
Centro Empresarial Senado:
arquitetura que revitaliza o entorno.
GBCBRASIL
REVISTA
C O N S T R U I N D O U M F U T U R O S U S T E N T Á V E LANO1 / Nº2 / 2014
Processo integrado reforça
multidisciplinaridade
Parque da Cidade busca
selo LEED ND em prol do
compromisso com a cidade
Apoio Institucional Apoio de mídia Realização OrganizaçãoApoio Especial
2015
11 a 13 de agosto de 2015
Transamerica Expo Center | São Paulo-SP6ªEDIÇÃO
Água Qualidade Produto Energia Arquitetura
& Projetos
opção2opção3opção1
www.expogbcbrasil.org.br
Água Qualidade Materiais Energia
Arquitetura
e Projetos
A FEIRA DE NEGÓCIOS DA
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
Garanta seu espaço, contate nossa equipe comercial:
David Reyes
+55 11 3893-1309 | david.reyes@clarionevents.com
revistagbcbrasil.com.br
©BiancaWendhausen
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MEMBROS DO CONSELHO
Manoel Gameiro - Trane - Presidente
José Moulin Netto - Vice presidente
José Cattel - Alcoa
Celina Antunes - Cushman & Wakefield
Mark Pitt - Sherwin Williams
Rafael Rossi - Rossi Residencial
Hugo Rosa - Método
Carmen Birindelli - WTorre
Daniela de Fiori - Walmart
Convidada: Thassanee Wanick
CONSELHO FISCAL
Renato Alahmar - 3M
Guido Petinelli
DIRETOR GERENTE
Felipe Faria
EDITORA VIDA IMOBILIÁRIA BRASIL
DIRETOR EXECUTIVO
Luiz Sampaio
lsampaio@vidaimobiliaria.com.br
JORNALISTA
Bruna Dalto - MTb 72943
revistagbc@gbcbrasil.org.br
COMERCIAL
comercial@vidaimobiliaria.com.br
FINANCEIRO
Ana Maria Carvalho
acarvalho@vidaimobiliaria.com.br
DESIGN GRÁFICO E EDITORIAL
Yellow Group
REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO
VIDA IMOBILIÁRIA BRASIL
Rua Apotribu, 139 – conj 93
Saúde - São Paulo - SP
CEP 04302-000
Tel/Fax: 11 3565-0536
www.vidaimobiliaria.com.br
O ano termina ainda sob a repercussão do enorme su-
cesso que foi o 5º Expo Greenbuilding, consolidando-
-se como o fundamental evento do setor da constru-
ção sustentável em nosso país. Por este motivo, esta
edição é dedicada aos conteúdos e informações mais
relevantes difundidas no evento.
Diante dos desafios constantes do mercado sus-
tentável, estaremos acompanhando mais de perto a
trajetória das empresas, as propostas e estudos dos
consultores e fomentando a troca constante de infor-
mação, levando a todos os nossos leitores e assinan-
tes um conteúdo de qualidade e confiável.
Para 2015, o que se espera é a constante busca pela
causa sustentável e a consolidação da posição do
Brasil no cenário global das certificações.
E também fortalecer a proposta da revista GBC Brasil
como referência dentro desse mercado.
Boa leitura a todos!
Um ano de grande
força no setor
LUIZ SAMPAIO
DIRETOR EXECUTIVO
Vida Imobiliária Brasil
4 dez/14 rev/gbc/br
índice
EDITORIAL....................................................> 3
COLUNA GBC...............................................> 6
	 GREEN PAGES
	 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO...........> 8
INOVAÇÃO...................................................> 12
PROJETOS EM DESTAQUE..........................> 16
	 CAPA
	 GREENBUILDING BRASIL 2014.................> 22
EXPO GBC 2014 ..........................................> 32
GREEN CHOICE AWARDS ..........................> 36
PROCESSO INTEGRADO.............................> 38
ND/URBANISMO..........................................> 42
REFERENCIAL GBC BRASIL CASA...............> 46
TENDÊNCIAS................................................> 52
ECONOMIA..................................................> 54
	 GUIA DE MATERIAIS......................> 58
PLATAFORMA..............................................> 64
DEPOIMENTOS........................................> 66
©Trane 2014.Todos os direitos reservados. ATrane pertence à família de marcas da Ingersoll Rand, incluindo Club Car®, Ingersoll Rand® eThermoKing®. A Ingersoll Rand é um líder mundial na criação e sustentação de ambientes seguros, confortáveis e eficientes
Esperamos a sua visita na Expo Greenbuilding Brasil, que será realizada de 5 a 7 de agosto no
Transamerica Expo Center em São Paulo - SP. O nosso stand está localizado na rua B, número 7.
Venha conhecer as inovações daTrane.
Desenvolvidoporyoucanmkt.com
Primeiro e único do mundo a receber o registro de
Declaração de Produto Ambiental (Environmental
Product Declaration), em linha com os requisitos da
norma ISO 14025.
Tal registro qualifica o resfriador a obter crédito material e
de recursos para otimização e divulgação do produto na
construção conforme a versão 4 da certificação LEED®
(Leadership in Energy and Environmental Design).
Extremamente rigorosa, a avaliação do ciclo de vida
realizada conforme os padrões ISO considera todas as
fases do resfriador, incluindo a produção inicial das
matérias-primas - como o cobre e o aço -, o consumo de
energia durante sua vida útil média de acordo com o Air
Conditioning, Heating and Refrigeration Institute (AHRI)
e a recuperação de metais ao final da vida útil do
equipamento.
EarthWise™ CenTraVac™
Resfriador Centrífugo
Primeiro resfriador com declaração
de produto ambiental.
6 dez/14 rev/gbc/br
coluna gbc
A
5º edição do Greenbuilding Brasil Conferência
Internacional e Expo consolidou a Organização,
nossos Membros e parceiros como uma das prin-
cipais lideranças do movimento global de constru-
ção sustentável.
Foram 4500 visitantes, que vieram de praticamente to-
dos Estados do país, além de 36 delegações estrangeiras.
Nossa nova plataforma global de definição do conteúdo
técnico educacional, “Call for Proposal”, reuniu cerca de
160 propostas vindas de todas regiões do mundo. Em 2014
foram 141 palestrantes, sendo 50 internacionais.
A combinação entre atração das grandes marcas,
presença no mercado em relação aos principais empre-
endimentos e geração de negócios, bem como o rígido e
competitivo processo de definição de conteúdo garantiram
o alto nível técnico e profissional do Greenbuilding Brasil.
Profissionais renomados e com larga experiência foram pa-
lestrantes, expositores e participantes da 5º edição.
As soluções expostas, os temas discutidos e as con-
quistas celebradas evidenciam nosso alinhamento com os
anseios de nossa sociedade no que tange a elevação do
padrão técnico do mercado, a maximização do planejamen-
to de modo a alcançar eficiência em sentido amplo, a qua-
lidade ambiental interna sendo fortemente discutida em es-
colas e hospitais por auxiliar na capacidade de aprendizado
de alunos e recuperação de pacientes, nosso movimento
ingressando fortemente na questão da edificação inserida
em um contexto de planejamento urbano onde transporte,
segurança, bem estar e qualidade de vida são prioridades.
Do ponto de vista organizacional, o GBC Brasil orgu-
lha-se e agradece imensamente a participação de todos
nossos expositores por liderarem o desenvolvimento da
economia verde do nosso setor, em especial aos nossos
patrocinadores, a saber: Chevrolet, Daikin, Midea Carrier,
Deca, CBA Votorantim Metais, Docol, Trane, Bayer, Bosch,
Citibank, CTE, Cushman & Wakefield, Gerdau, Libercon,
Otec, Otis, Shaw Contract Group e Tarket.
A equipe do GBC Brasil, parceiros e empresas asso-
ciadas espera encontrar todos na próxima edição da Con-
ferência Internacional e Expo, Greenbuilding Brasil nos dias
11 a 13 de Agosto de 2015.
Participação de delegações e números gerais da
5ª edição do Greenbuilding Brasil, conferem ao
GBC Brasil uma forte liderança no cenário inter-
nacional da construção sustentável.
Consolidação de
uma marca
FELIPE FARIA,
DIRETOR
Green Building Council Brasil
8 dez/14 rev/gbc/br
inovação
GREEN PAGES
8 dez/14 rev/gbc/brdez/14
Fernando
Henrique
Cardoso
ENTREVISTA
O sociólogo, cientista político, filósofo, professor
universitário e ex-presidente da república,
Fernando Henrique Cardoso, foi o keynote speaker
do 5º Greenbuilding Brasil, e através de sua
vasta experiência como estadista brindou a todos
os presentes na cerimônia de abertura com as
convicções que nortearam seu período como chefe
de estado, em que confrontou as principais nações
do mundo desenvolvido no momento em que se
discutiam as questões relacionadas ao aquecimento
global colocando frente a frente o posicionamento
dos países emergentes e das nações desenvolvidas.
Nesta entrevista exclusiva, Fernando Henrique
Cardoso reafirma a atualidade destas discussões e a
importância do movimento sustentável liderado em
nosso país pelo Green Building Council Brasil.
revistagbcbrasil.com.br 9dez/14
inovação
revistagbcbrasil.com.br 9dez/14
10 dez/14 rev/gbc/br
inovação
GREEN PAGES
10 dez/14 rev/gbc/br
a ver com os meios de transporte rápidos e
com a velocidade da informação do que ti-
nha a velha sociedade industrial. Nas novas,
a qualidade de vida pesa mais que o produti-
vismo, os serviços se expandem mais rapida-
mente do que as fábricas, estas são “limpas”
ecologicamente e os cidadãos, sendo consu-
midores, exigem qualidade em tudo, incluin-
do no meio ambiente e na sustentabilidade a
longo prazo das condições saudáveis de vida
no planeta.
Conhecendo a máquina pública Brasilei-
ra e acompanhando o descrédito político
frente inúmeros escândalos de corrup-
ção, por vezes atribuídos a razões sistê-
micas, quais mudanças políticas estru-
turais devem ser consideradas para que
os diferentes níveis de Governo possam
maximizar esforços e se apresentarem
capazes de acelerar o desenvolvimento
da chamada economia verde, alinhando
desenvolvimento econômico com redu-
ção dos recursos naturais, mitigações
dos impactos sócio ambientais, melhoria
da qualidade de vida e bem estar?
FHC. A mais urgente é a reforma política, que
implica em mais informação e mais trans-
parência. Para me limitar a poucos pontos:
proibir que partidos que não atinjam um por-
centual mínimo de votos tenham acesso aos
recursos do Tesouro (Fundo Partidário) e re-
presentação própria no Congresso; proibição
de alianças entre partidos nas eleições de de-
putados e vereadores; financiamento privado
restrito às pessoas físicas ou a empresas,
mas com limite baixo (um milhão de reais, se
tanto, por empresa) com proibição de doar a
mais de um candidato majoritário ou a mais
de um partido nas eleições proporcionais;
restrição do marquietismo na propaganda
gratuita pela TV. Com um Congresso mais
representativo será mais fácil exigir legislação
que proteja o meio ambiente, que cuide das
pessoas e sobretudo que transforme a pres-
tação de serviços pela exigência de qualida-
de profissional dos funcionários públicos, em
lugar do atual sistema de apadrinhamento e
nomeação de militantes para cargos que vão
ser importantes nos serviços sociais dos go-
vernos (educação, saúde, trânsito, etc...)
Diversas edificações existentes que pas-
saram por reformas visando certificação
de construção sustentável conseguiram,
com baixos investimentos, reduzir cerca
de 20% o consumo de energia e 30% o
consumo de água. Diante a grande opor-
tunidade das reduções, as taxas de "pay
back" são de curto prazo. Eficiência ener-
gética e uso racional de água despon-
tam como um negócio rentável e alinha-
do com as necessidades do país. Cabe
somente ao Governo estimular a prática
da reforma nas edificações com foco em
eficiência? As Instituições Financeiras
devem auxiliar de forma mais agressiva
neste processo de reforma?
FHC. Sem que o poder público participe, re-
gulamentando e incentivando a construção
verde, o setor privado, por si só, será insu-
ficiente para uma evolução mais rápida na
matéria. Mas isso não pode ser escusa para
que as instituições financeiras deixem de
auxiliar este processo fundamental de mu-
dança na direção de construções mais afins
com a melhoria da qualidade delas e de sua
sustentabilidade ecológica.
Atualmente milhares de Organizações
sem Fins Lucrativos militam na área da
sustentabilidade, buscando transforma-
ções sistêmicas no que tange as ativida-
des de mercado, ações públicas ou práti-
cas de consumo, equilibrando os aspec-
tos sociais, ambientais e econômicos. A
que o Sr. credita o surgimento e a força
destes movimentos?
FHC. Estes movimentos são típicos das so-
ciedades contemporâneas que se organizam
“em redes”: associações voluntárias, ong’s,
grupos de internet etc. Elas têm a ver com a
diminuição da capacidade do poder público
de atender às demandas sociais, que são
crescentes, e têm a ver também com o fato de
vivermos em uma sociedade do conhecimen-
to, ativada pelo desenvolvimento tecnológico
e pela ampliação das informações via internet.
Já temos discussões na ONU acerca do
PIB Verde, considerando vertentes so-
ciais, ambientais e econômicas para sua
mensuração, certo que, crescimento do
PIB sem melhoria de serviços públicos
e qualidade de vida não é sinônimo de
avanço. A receita gerada pela contrata-
ção de segurança privado, por falta de
segurança pública nas cidades, deixará
de ser um número bem visto na mensu-
ração do PIB, ao contrário da compra de
painéis fotovoltaicos para geração de
energia renovável. Estamos iniciando
uma nova "revolução industrial"?
FHC. Sem dúvida a “revolução industrial” típi-
ca do século XIX, a da máquina a vapor e etc,
pertence ao passado. As sociedades do co-
nhecimento contemporâneas têm muito mais
revistagbcbrasil.com.br 11dez/14
inovação
revistagbcbrasil.com.br 11dez/14
O Sr. participou como "Keynote Speaker" da 5º edição do Greenbuilding Brasil, onde
as principais lideranças da indústria nacional e internacional de green building es-
tavam presentes e ovacionaram de forma eloquente sua explanação. Como foi esta
experiência junto à comunidade de green building e qual a importância das atividades
do Green Building Council Brasil para o país?
FHC. Para mim foi muito prazeroso ver que a comunidade empresarial prestigia o Green Building
Council do Brasil e que este é uma alavanca importante para que possamos ingressar, de fato, no
rol dos países que pertencem ao que se chama de sociedades não só modernas, mas contempo-
râneas, que querem ver o PIB crescendo, mas, sobretudo, querem que a maioria seja incluída no
desenvolvimento do país e se beneficie de uma qualidade de vida melhor.
12 dez/14 rev/gbc/br
inovação
Primeiro EcoCommercial Building
da América Latina conquista
LEED-NC Platinum
Projeto já existente em seis países traz ao Brasil novo conceito em
construção sustentável para edifícios comerciais
revistagbcbrasil.com.br 13dez/14
inovação
A
pós dois anos de estudos de viabilidade a Bayer Mate-
rial Science, uma das divisões de negócios do Grupo
Bayer lançou o primeiro EcoCommercial Building (ECB)
da América Latina. Inaugurado em São Paulo, o edifício
foi criado para conscientizar o mercado da construção
civil sobre os diferentes materiais e tecnologias disponíveis em prol
da sustentabilidade.
Nele, será possível transferir a energia solar não utilizada no edifício
para outros prédios localizados dentro da sede da empresa. Com um
modelo de construção industrializado, que gera economia significa-
tiva de mão-de-obra, além de garantir maior agilidade e um amplo
conjunto de soluções que diminuem o uso de equipamentos elétri-
cos, como isolamento térmico  e elementos de entrada de luz natural,
o impacto no custo foi equivalente ao de uma obra tradicional de
mesma proporção.
Eco Commercial Building: Programa Global da Bayer para desenvol-
vimento de edifícios sustentáveis adaptados ao clima de cada região
do planeta.
•	 ECB BÉLGICA (2009) – Eficiência energética 40% - Geotermia
+ Solar
•	 ECB ALEMANHA (2009) – Autossuficiente – Geotermia + Solar
•	 ECB EUA (2010) – Autossuficiente - Solar captada nas fachadas
e teto
•	 ECB ÍNDIA (2011) – Autossuficiente – Maior pontuação LEED no
Mundo (Platinum)
•	 ECB CHINA (2013) – Autossuficiente – Energia solar
•	 ECB BRASIL (2014) - Autossuficiente – Energia Solar+ Tec. pas-
siva + Clima brasileiro
14 dez/14 rev/gbc/br
inovação
Ao levar em consideração as particularidades do local onde o edifício
foi erguido, na sede da Bayer, houve uma queda significativa no custo
de operação do prédio, que consome muito menos energia e água,
além de ter uma maior durabilidade para uso em função dos materiais
utilizados. Itens como ventilação, iluminação natural, aproveitamento
de água da chuva, utilização da energia solar e até a temperatura
também foram implantados com máxima importância.
“A soma disso ressultou em um prédio com alta eficiência energética e
98% de insumos produzidos por empresas locais”, comenta Fernando
Resende, Head do EcoCommercial Building no Brasil. “Consideran-
do as megatendências previstas para as próximas décadas, edifícios
como este podem se tornar soluções de médio a longo prazo para
esta questão, pois são capazes de economizar até 100% de energia,
como já acontece em outros ECB no mundo”, reforça.
Para viabilizar a construção do ECB e de prédios sustentáveis para
o mercado de construção em geral no Brasil, a Bayer conta com o
apoio de 13 empresas parceiras, que fazem parte de um grupo de
mais de 90 companhias no mundo todo. Cada uma, dentro de sua ex-
pertise, contribui significativamente para a realização de tais projetos.
Principais características do ECB Brasil
•	 Início operação: Fevereiro 2014
•	 Concepção sistêmica: planejamento + tecnologias + operação
•	 Integração com o clima para melhores resultados
•	 Baixa emissão de carbono
•	 Tecnologias disponíveis no Brasil
•	 Custo final competitivo
•	 Alta eficiência uso da água > 50%
•	 Qualidade nos ambientes internos
•	 Materiais duráveis
•	 Alta eficiência energética > 70%
•	 Avanço energético anual simulado positivo: excedente retorna
para o site
•	 Energia solar
•	 Certificação LEED-NC Platinum
•	 Desempenho em tempo real: energia, água e emissões
•	 Soluções baseadas em tecnologias e expertise de parceiros do
Programa ECB
Confira abaixo os principais detalhes aplicados pelo Programa Eco-
Commercial Building no Brasil:
Energia e conforto
· Bayer Material Science
As coberturas e as fachadas do EcoCommercial Building são feitas
com chapas de policarbonato Makrolon® de alto desempenho. O
material permite que a luz natural seja aproveitada, retendo até 50%
do calor, com baixíssimo peso, o que reduz custos com estruturas.
Painéis com núcleo de poliuretano (PU) garantem o isolamento térmi-
co do edifício, reduzindo até 90% o calor transmitido por coberturas
e paredes. Além disso, a tecnologia diminui significativamente a es-
pessura de isolamento e possibilita grande velocidade de execução.
Para tornar o ambiente mais saudável e aumentar a durabilidade do
prédio foram aplicadas tecnologias de PU a base de água em tintas,
adesivos e selantes.
· Parceiro: Thermopol
Isolamento térmico em spray de secagem rápida. O material é aplica-
do em  coberturas e fachadas existentes para garantir maior conforto
térmico e menor consumo de energia, sem interromper a operação
do edifício.
· Parceiro: Schneider Electric
Sistemas de automação e controle – em tempo real – a fim de ga-
rantir menor consumo de energia, melhor aproveitamento de luz e
revistagbcbrasil.com.br 15dez/14
inovação
ventilação natural. Além de tecnologia para
utilização de energia solar.
· Parceiro: Bosch
Sistemas de aquecimento de água solar e a
gás, ferramentas elétricas, que trazem mais
produtividade. Soluções focadas em seguran-
ça, que vão desde o controle de acesso até
o monitoramento e proteção contra incêndio.
Acessibilidade
· Parceiro: Andaluz Acessibilidade e
Acesso
Adequação e sinalização para pessoas com
deficiências físicas e visuais.
Materiais Sustentáveis
· Parceiro: Artecola
Selantes, espumas de fixação, adesivos e
impermeabilizantes – da linha AFIX – que
contém baixo teor de COV (Compostos Or-
gânicos Voláteis), seguindo o conceito de
reciclar, reduzir e reutilizar.
· Parceiro: Grupo FCC
Argamassa DunDun: material polimérico es-
pecialmente desenvolvido para o assenta-
mento de tijolos ou blocos na construção de
paredes com aplicação direta em bisnaga,
sem a necessidade de adição de outro ma-
terial. O produto, à base de água, tem baixa
emissão de COV e também contribui para o
aumento da produtividade na obra em até
três vezes.
· Parceiro: Henkel
Linha de adesivos à base de poliureta-
no: Loctite PURBOND®
 para colagem dos
elementos estruturais do forro do edifício.
Livre de formaldeído, o adesivo também é
isento de solventes e, consequentemente,
inodoro.
Linha de selantes com tecnologia Flextec®
:
Cascola Flextec FT 101 para juntas de dila-
tação e acabamento de louças sanitárias.
Livre de solventes orgânicos, possui tecnolo-
gia exclusiva que sela, une, fixa e preenche
a maioria dos materiais. É certificado com o
Selo SustentaX, que atesta a qualidade do
produto para construções verdes.
· Parceiro: NS Brazil
Ampla linha de pisos, resinas, impermea-
bilizantes e revestimentos, com baixo teor
de COV.
Tratamento e reuso de água
· Parceiro: Aquabrasilis
Tratamento da água da chuva utilizada no es-
pelho d’água localizado no edifício, e bacias
sanitárias – que totalizam 33% de economia
no consumo de água geral.
 Consultoria
· Parceiro: Command Commissioning
Consultoria em comissionamento do edifício,
item necessário para a certificação LEED (Le-
adership in Energy and Environmental De-
sign). A empresa colabora para que todos os
requisitos de sustentabilidade e operação do
edifício projetados sejam implementados.
· Parceiro: Cushman&Wakefield 
Consultoria responsável pelo processo de
certificação LEED, concedido pelo USGBC,
através do GBCI (Green Building Certification
Institute).
O LEED faz parte de um sistema internacional
de certificação e orientação ambiental para
edificações, utilizado em 143 países. A certifi-
cação incentiva a transformação dos projetos,
obra e operação das edificações, sempre com
foco na sustentabilidade de suas atuações.
· Parceiro: Loeb Capote
Responsável pelo projeto de arquitetura do
edifício. O escritório desenvolveu o conceito
com o que há de mais moderno em termos de
construções sustentáveis, sem deixar de lado
a estética e o conforto de seus ocupantes.
· Parceiro: TÜV Rheiland
Serviços de consultoria em construção sus-
tentável, envolvendo comissionamento técni-
co de edifícios e certificações diversas.
16 dez/14 rev/gbc/br
projeto em destaque
rev/gbc/brago/1416
Colégio Positivo:
LEED for Schools - Gold
O LEEd certificou, no dia 11 de junho,
a primeira escola nível ouro no Brasil,
o Colégio Positivo Internacional
projeto em destaque
revistagbcbrasil.com.br 17dez/14
projeto em destaque
I
naugurado em 2013, o Colégio possui 7.000 m², compostos por
dois blocos de dois pavimentos e está localizado em Curitiba/
PR. Sua construção já era pautada com critérios sustentáveis,
com ênfase no aproveitamento de iluminação natural e ventila-
ção natural, contudo não havia interesse na certificação. “Quan-
do fomos contratados, o design da escola já estava concluído. A
primeira coisa que notei no projeto foi a arquitetura excepcional. A
iluminação natural já tinha sido cuidadosamente considerada e já
havia ventilação cruzada nas salas de aula”, contou Guido Petinelli,
diretor Geral da consultoria Petinelli. “Sugerimos a oportunidade de
conquistar o LEED e eles estavam abertos para a oportunidade. O
desafio era fazê-lo sem incrementar o investimento pré-estabelecido.
E nós conseguimos”, completou.
Um dos principais diferenciais nas salas de aula do Colégio Positi-
vo Internacional é o conforto térmico experimentado, mesmo sem a
presença de ar condicionado. Isso é proporcionado pela ventilação
natural cruzada, com a presença de amplas janelas e porta em lados
opostos das salas, além de vidro laminado nas janelas, capaz de per-
mitir a entrada de luz, mas não de calor. Outro ponto que permite o
conforto térmico é o telhado branco de todo o prédio, que reflete os
raios solares e evita as chamadas ilhas de calor.
Iluminação
Através de estudos luminotécnicos detalhados, foi possível reduzir o
número de luminárias por sala, de 12 para 9. Para não comprometer
o nível de iluminância, foram especificadas luminárias mais eficientes.
Seu custo mais elevado é compensado pela redução da quantida-
de de equipamentos instalados. De acordo com Petinelli foi possível
reduzir cerca de US$ 600 por sala de aula, num total de 25 salas e
investir esse dinheiro em outras partes do edifício.
Ao utilizar equipamentos eficientes, especificar superfícies claras e di-
mensionar o sistema corretamente foi possível reduzir em 42% a potên-
cia do sistema de iluminação. A densidade de potência de iluminação
(DPI) das salas de aula do Colégio Internacional (8,43 W/m2
) é a metade
da potência das demais escolas existentes no Grupo Positivo (17,3 W/
m2
).
A iluminação de todas as salas, corredores, banheiros e escritórios, é
controlada através de sensores de presença. A economia de energia,
que era da ordem de 42% devido à redução de potencial de iluminação,
melhorou para 48% com a adição dos sensores de presença.
Preocupação com a água
•	 Arejadores foram instalados nas bicas das torneiras, misturando
ar à água e diminuindo a evasão: 1,8 litro por minuto em vez dos
seis litros por minuto de uma torneira comum. 
•	 A água da chuva é reaproveitada, sendo armazenadas em três
reservas com capacidade para 5 mil litros cada.
•	 O paisagismo foi pensado para evitar ao máximo a irrigação arti-
ficial, contando apenas com plantas nativas do Paraná. Quando
a irrigação é necessária, são usadas as águas pluviais armaze-
nadas nas reservas.
18 dez/14 rev/gbc/br
projeto em destaque
planejamento das entidades públicas que
muitas vezes não sabem o que fazer.
“Somente a partir de o fato estar consuma-
do é que o poder público entende os erros
e acertos da revitalização dos entorno”, afir-
ma o arquiteto Edo Rocha. “O importante é
que as cidades ou bairros tenham um projeto
inicial feito por um urbanista que crie as di-
retrizes para implantação correta das vias e
dos serviços públicos necessários e que va-
Arquitetura que revitaliza o entorno:
Centro Empresarial Senado
U
m empreendimento bem suce-
dido muda por consequência
seu entorno. Porém nem sem-
pre o incorporador ou o arqui-
teto consegue interferir nestas
consequências em função das várias restri-
ções da legislação. O poder público e tam-
bém os incorporadores, muitas vezes, não
conseguem ver ou antever estas interferên-
cias e só conseguem identificar os benefícios
quando a ocupação muitas vezes é pressio-
nada pelo mercado. São Paulo é um exemplo
típico de uma enorme variedade de situações
como estas onde o mercado força a mudan-
ça do zoneamento.
A maioria dos projetos urbanos de uma ci-
dade é feita com um zoneamento preliminar
sem atualização. O mercado é quem dita as
regras do desenvolvimento e muitos bairros
entram em decadência por falta de visão e
revistagbcbrasil.com.br 19dez/14
projeto em destaque
lorizem e criem núcleos de interesse e crescimento sustentável do
entorno”, completou.
Segundo Rocha, existem vários pontos importantes para aproveitar o
melhor de um terreno para valorização dos investimentos:
- Conhecer as restrições legais, qual o potencial construtivo e que
limites são impostos pela legislação e pela prefeitura;
- Saber qual é a vocação do terreno tanto pelas restrições de uso im-
postas pela prefeitura/zoneamento como pelas opções das vocações
que o terreno tem em relação ao mercado;
- Compreender as características físicas do solo e do subsolo, orien-
tação e localização, sendo esta, muitas vezes, um fator determinante
da vocação do terreno;
- Entender qual é o produto que o incorporador quer e como adaptá-
-lo ao terreno ou qual é a melhor proposta de produto arquitetônico a
ser projetado e construído.
 
CENTRO EMPRESARIAL SENADO PETROBRAS
O CES foi um projeto que compreendeu todas as dificuldades da legis-
lação e limites de sua construção tornando-se um projeto que tirou o
maior proveito do seu terreno.
O seu entorno estava em uma área antiga sem a menor potencialidade
de revitalização e em decadência urbana histórica: o famoso bairro da
Lapa, no Rio de Janeiro/RJ.
O projeto é do escritório Edo Rocha Arquitetura e
a construção da WTorre Engenharia e Construção.
As empresas
Edo Rocha Arquiteturas
Fundada em 1974
Mais de 1000 projetos realizados
Mais de 15.500.000 m² projetados entre arquitetura e
arquitetura de interiores
Pioneira no desenvolvimento de arquitetura corporativa
de interiores no Brasil
Certificação Leed em mais de 726.000 m² pelo GBC Brasil
75 % de fidelização dos clientes
WTorre S.A.
Fundada em 1981
10 milhões m² construídos
Mais de 507.000 m² certificados pelo USGBC e mais de 406.000 m²
em processo de certificação
Atua nas áreas de engenharia e construção, propriedades comerciais,
desenvolvimento imobiliário, centros logísticos, shoppings centers,
entretenimento e infraestrutura.
20 dez/14 rev/gbc/br
projeto em destaque
“O Projeto do Edifício Senado no centro da Lapa no Rio de Janeiro
não é apenas uma obra de arquitetura, mas uma interferência, uma
mudança e um exemplo fantástico de como se recuperar áreas urbanas
degradadas dando a elas uma nova vida, uma nova vocação.”
Edo Rocha
Características do projeto arquitetônico
Com a evolução dos negócios do pré-sal, a Petrobras necessitava
de um espaço maior para a sua sede. A premissa básica era cons-
truir torres com o maior potencial de tamanho de laje e maior perí-
metro possível. Devido às limitações impostas pelo zoneamento, a
solução foi colocar o conjunto em diagonal, evitando o paralelismo
às ruas e permitindo a refletividade do entorno. O projeto criou um
prisma envidraçado, com lajes de 5,2 mil m² divididos entre os
dois blocos.
Área do terreno: 17.550,54 m²
Área Construída: 184.035,00 m²
Jardim Burle Marx
Área locável:
Bloco A – 53.916,25 m²
Bloco B– 41.257,38 m²
Total - 95.173,63 m²
Área de Laje: 2.560m² por bloco
Total - 5.120m²
O projeto de renovação urbano no entorno do C.E.S. é uma atitu-
de que não só renovou e conservou bens históricos como revitali-
zou o equipamento urbano, criando ainda um grande reservatório
de retenção e macrodrenagem. Este sistema é um dos equipa-
mentos que evitará as enchentes e dará segurança ao bairro e
ao entorno. Outras grandes mudanças também foram levadas em
consideração:
•	 Recuperação e nova vocação urbana;
•	 Preservação valor histórico da região;
•	 Valorização econômica do bairro;
•	 Revitalização do comércio e serviços;
•	 Valorização ao patrimônio e a cultura.
Já em seu entorno foram implantadas melhorias urbanas como:
•	 A restauração dos imóveis da Garagem Poula e Solar do Mar-
ques do Lavradio;
•	 A qualificação da segurança na ligação da Rua dos Inválidos ao
Campo de Santana;
•	 Plantação de 1.600 árvores em uma área pobre em espaços verdes.
O Átrio - Com 929 metros quadrados de área
construída, o átrio é o grande protagonista.
Para ele se voltam as fachadas internas dos
edifícios, a cobertura de vidro e três passa-
relas, promovendo a interface dos diferentes
elementos arquitetônicos.
Fachada Ventilada - Por uma questão de
eficiência energética, determinou-se o isola-
mento entre o pilar e toda a área de fachada,
e a estrutura do prédio. É praticamente um
isolamento térmico para evitar o aquecimento
do pilar e, consequentemente, da estrutura.
Parte dos pilares estruturais fica aparente,
tanto nas fachadas externas como internas,
compondo frisos revestidos com painéis de
alumínio composto que marcam o edifício
verticalmente. Para garantir a eficiência tér-
mica das fachadas externas utilizou-se a
composição de vidro, painéis de alumínio
composto e painéis cerâmicos para fachada
ventilada.
Uso racional de energia - A redução do
consumo de energia pode se dar através de
sistemas muito simples como utilização de
iluminação natural, sensores de presença e
sensores fotovoltaicos para iluminação e au-
tomação, além de sistemas mais complexos
de monitoramento, controle de ar-condicio-
nado e geradores em horários de pico.
Iluminação Natural - A orientação do pré-
dio é fator preponderante para a equação do
consumo de energia e uso correto da ilumina-
ção natural. O uso de átrios internos e maior
perímetro permite maior quantidade de luz
natural. E uso de vidros laminados com baixa
reflexão oferece maior economia energética.
revistagbcbrasil.com.br 21dez/14
projeto em destaque
Teto Verde - O sistema de telhado verde
funciona como um jardim em tapete, e sua
tecnologia está no avançado substrato, muito
leve e durável (taxa de decomposição de 1%
ao ano) que reproduz em poucos centímetros
a espessura de metros de terra convencional.
Permite gramados de livre pisoteio, paisagis-
mo, hortas, arbustos e árvores - sem restrição
de uso e espécies.
Premiações:
•	 Fiabci Prix D’excellence 2014
•	 Prêmio Master Imobiliário 2013
•	 Ademi Rj - Wtorre Engenharia
•	 X Grande Prêmio Arquitetura
Corporativa 2013
•	 Highly Commended Bloomberg 2010
Certificação:
LEED for Core and Shell – v2
Prata
Pontos atingidos 			 32
Espaço sustentável		 09
Eficiência de água			 03
Energia e atmosfera		 06
Materiais e recursos		 06
Qualidade ambiental interna	 03
Inovação e Processo		 05
Total				32
22 dez/14 rev/gbc/br
CAPA
O Greenbuilding Brasil –
Conferência Internacional
e Expo – é considerado o
maior evento de constru-
ção sustentável da América
Latina e foi realizado no
Transamérica Expo Center,
em São Paulo/SP, nos dias
5, 6 e 7 de agosto.
CAPA
revistagbcbrasil.com.br 23dez/14
CAPA
E
m sua quinta edição, o evento su-
perou as expectativas, recebendo
cerca de 4.500 visitantes, entre
profissionais e congressistas de
32 países que puderam assistir
palestras e interagir com grandes nomes do
mercado sustentável, capacitar-se profissio-
nalmente nos cursos e sessões educacionais
realizadas ao longo do evento e conhecer as
novidades dos 63 expositores. A abertura do
evento se deu com a participação do ex-pre-
sidente da república, Fernando Henrique Car-
doso, que possui grande engajamento com
questões relacionadas à sustentabilidade ao
longo de sua carreira. Na ocasião, o político
falou sobre o cenário atual do mercado das
construções sustentáveis no país e tocou em
pontos como as projeções para o desenvolvi-
mento social, político e socioeconômico foca-
das no assunto. “Hoje, mais do que nunca, a
construtora e o cliente final enxergam a vanta-
gem de se projetar e adquirir um imóvel com
selo verde. Mais do que pensar em econo-
mizar, esses indivíduos estão preocupados
com o bem-estar do meio ambiente, algo que
não se percebia antigamente”, declarou FHC.
Felipe Faria, diretor da Green Building Coun-
cil Brasil, acredita que o evento ocorreu em
um momento importante no que diz respeito
ao desenvolvimento do segmento no Brasil.
“A realização do evento ocorre logo após a
consolidação do Brasil como um dos líde-
res em matéria de certificação em constru-
ção sustentável, sendo que chama atenção
a diversidade de tipologias de edificações,
são escolas, restaurantes, hospitais, plantas
industriais, data centers, lojas de varejo, es-
tádios, edificações existentes, ou seja, hoje
o movimento se expande não estando restri-
to aos edifícios comerciais de alto padrão”,
afirmou. Após a solenidade, Felipe Faria, em
companhia de Fernando Henrique Cardoso e
conselheiros do Green Building Council, fize-
ram o “corte da faixa” que simbolizou, oficial-
mente, o início da 5ª Greenbuilding Brasil. A
Exposição contou com a presença das prin-
cipais marcas que despontam em matéria de
produtos, serviços e experiência destinada a
indústria da construção sustentável. Os visi-
tantes tiveram a oportunidade de conhecer
as empresas que, através de suas soluções
se destacam por alinharem desenvolvimento
econômico com redução do uso de recursos
naturais, mitigação dos impactos socioam-
bientais, melhoria da qualidade de vida e
bem estar.
Greenbuilding Brasil
consolida-se como
o mais importante
evento do setor na
América Latina
24 dez/14 rev/gbc/br
CAPA
Vocês representam esta consciência
viva de que é possível construir bem,
ganhar dinheiro e ao mesmo tempo
passar deste processo mais geral que
é passar da quantidade para a qua-
lidade e oferecer melhor perspectiva
de vida e qualidade.
Fernando Henrique Cardoso,
ex-presidente da República
“ “
revistagbcbrasil.com.br 25dez/14
CAPA
Segundo o diretor comercial da Midea Car-
rier, Marcos Torrado, participar da feira foi
uma excelente oportunidade para mostrar
o comprometimento da empresa em bus-
car soluções sustentáveis para o setor de
climatização. "Afinal, mais de 40% do con-
sumo de energia em edificações pode es-
tar relacionado ao sistema de climatização,
principalmente, refrigeração e aquecimento",
disse. Torrado explicou que a escolha de um
sistema correto, ou seja, bem dimensionado,
energeticamente eficiente e atento ao trata-
mento do ar pode render até 30 pontos para
a classificação. "A Carrier é a única marca do
Brasil autorizada pelo GBC a emitir certifica-
dos LEED 101, treinamento fundamental para
aqueles que querem aprender os conceitos
básicos sobre edificações sustentáveis, com
a certificação ambiental LEED", complemen-
ta. Durante o evento, a Midea apresentou no
estande seu mais recente lançamento, o VRF
da série V5X. O produto é uma solução de
alta eficiência para grandes empreendimen-
tos e construções verdes. A união de tecno-
logias avançadas torna o equipamento capaz
de reduzir até 15% de energia, se comparado
com modelos anteriores. De acordo com o
gerente de Marketing de Produto da Midea
Carrier, Rodrigo Teixeira, a chegada do novo
sistema traduz o empenho da companhia pe-
las melhores práticas do setor, visando uma
integração cada vez maior de tecnologias
que contribuam para ações sustentáveis.
Também foram exibidos produtos da linha
VRF, soluções de ponta para aplicações co-
merciais com ampla faixa de operação, troca-
dor de calor de alto desempenho e também
instalação e manutenção fáceis. Outro desta-
que é o MDV+4W, da Midea, que utiliza larga
faixa de operação térmica que resulta em fun-
cionamento estável e seguro na climatização
de grandes empreendimentos comerciais. O
equipamento refrigera ambientes na faixa de
-5o
C a 48o
C ou aquecer entre 20o
C e 27o
C.
26 dez/14 rev/gbc/br
CAPA
Programa de Conferências
Reconhecido como o principal espaço voltado à discussão da construção sustentável
na América Latina, o Greenbuilding Brasil realizou o seu tradicional programa de confe-
rências em paralelo à exposição. Na ocasião, mais de 1.000 congressistas e 141 pales-
trantes (dos quais 50 estrangeiros) tiveram a oportunidade de discutir temas importantes,
como por exemplo, as edificações sustentáveis e sua operação; códigos, normas e selos
para edifícios sustentáveis; a gestão do uso da água como ferramenta para a redução
da pegada hídrica; entre outros. Além de cases bem-sucedidos, como as “Favelas como
modelos de sustentabilidade LEED – O caso do Vale Encantado”, que ilustrou a forma
pela qual uma abordagem baseada na metodologia LEED pode ser utilizada para me-
lhorar as situações de vivência e economia de favelas; e o “Edifício ECB Brasil Bayer
- Concepção integrada para autossuficiência em energia”, que mostrou as vantagens e
inovações dentro de um edifício sustentável construído na sede da Bayer. Além disso,
a apresentação dos projetos do Referencial GBC Brasil, iniciativa do GBC Brasil, que
nesta edição premiou dois projetos dos 9 projetos pilotos que atingiram os pré-requisitos
para construção sustentável em projetos residenciais e visitas técnicas foram realizadas
durante a programação completa do evento.
revistagbcbrasil.com.br 27dez/14
CAPA
28 dez/14 rev/gbc/br
CAPA
Já a General Motors, além de comprovada
responsabilidade em matéria de construção
sustentável frente a certificação LEED Gold de
sua nova fábrica de Joinville, destacando-se
a tecnologia de painéis solares para geração
de energia e aquecimento de água, reduzindo
28,1 ton de CO2/ano, e o sistema de osmose
reversa para o tratamento de 22,9 milhões de
litros de água por ano, a GM também levou a
Expo sua expertise e tecnologia de carro elé-
trico, expondo aos presentes o Volt.
revistagbcbrasil.com.br 29dez/14
CAPA
Produtos como o VRV Inova, da Daikin, pro-
porcionam incrível economia de energia
quando comparados com sistemas conven-
cionais, com isso este equipamento diminui
o custo operacional dos empreendimentos.
Outro ponto favorável é que a eficiência ener-
gética deste equipamento atende aos crité-
rios do crédito de Energia e Atmosfera do
LEED. O novo VRV Inova, com módulos de
até 22HP em uma única unidade e os mais
altos índices de eficiência do mercado, que
traz novidades no inovador sistema de res-
friamento das placas eletrônicas através do
gás refrigerante, serpentina em formato G
com 3 filas e 50% maior área de troca que
os modelos anteriores. O VRV Fit veio para o
GBC Expo com a menor área de piso do mer-
cado, favorecendo empreendimentos que
dispõem de pouca área útil para instalação
do condicionador de ar.
30 dez/14 rev/gbc/br
CAPA
Não adianta a gente criar um
ambiente sustentável, com uma
série de qualidades e especificações
e que depois o usuário final não se
apropria delas, então a certificação
cuida de tudo isso, porque você tem
a certeza de que os produtos que
você está utilizando, são produtos de
origem controlada, que o processo de
obra também foi controlado, e que
as pessoas que vão utilizar também
controlem.
Moema Wertheimer - Diretora da
Moema Arquitetura e Engenharia
Um evento como o Greenbuilding
é de enorme importância porque
muitas pessoas se envolvem no
movimento que está gerando um
melhor futuro e mudando o valor
das pessoas que estão envolvidas
com a indústria da construção
para mitigar os efeitos da mudança
climática, mas sobre tudo garantir
que tenhamos a biodiversidade que
temos hoje, também no futuro.
Cristina Gamboa - CEO da Green
Building Council Colômbia
O trabalho que nós, arquitetos,
empenhamos em nosso dia a dia,
de incentivar, recomendar tec-
nologias a quem constrói é um
trabalho de ‘formiguinha’. Por isso
é fundamental eventos como a 5ª
Greenbuilding Brasil, para ajudar
a engrossar o nosso coro de forma
mais abrangente.
Beatriz Ansay - Mais Valor
Arquitetura
É extremamente importante que,
em uma conferência como esta, pos-
samos definir as formas de trabalhar
com o governo, onde você pode trazer
diferentes agentes do mercado, para
juntos trabalharem. Os Green Buil-
ding Councils podem ser um bom
caminho para isso.
Arab Hoballah - Chefe Consumo
e Produção Sustentáveis UNEP –
ONU
Participamos, em Agosto último,
da 5a EXPO GBC Brasil, em SP.
O evento confirmou o clamor
mundial pelo cuidado com o
meio-ambiente, que transcende
o mundo da construção civil, e
chega no limite da mudança de
cultura como alavanca capaz de
frear a destruição do já desgasta-
do planeta e seus recursos. Tive a
oportunidade de fazer anotações
das palestras do congresso e resu-
mir seu conteúdo, enviando aos
colegas arquitetos mais próximos.
Edson Lima, Lima & Lima
Arquitetos
No momento em que o merca-
do passa a ver uma valorização
diferente do prédio inteligente que
poupa daquele que não poupa. Aí
você vai ter progresso. É o que está
acontecendo no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso,
ex-presidente da República
Depoimentos
“ “
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“ “
CAPA
revistagbcbrasil.com.br 31dez/14
CAPA
Assim como nas edições
anteriores, a estrutura dos
estandes e a escolha dos
temas e palestrantes foram
determinantes para o suces-
so do evento.
Juliana Reinhard - Trane
do Brasil
Todas as palestras em que
estivemos presentes estavam
lotadas. Isso sem falar no
público que esteve presente em
nosso estande, daqui do Brasil
e do exterior, com o interesse
de conhecer nossos lançamen-
tos e fazer negócios.
Rafael Zan – Deca
O público, não só os meus clientes,
mas as pessoas com quem conversei
aqui no evento possuem consciên-
cia da importância da causa verde,
da necessidade de incluir este tipo
de construção no Brasil. Além de
benefícios, financeiramente falan-
do, uma edificação feita à base de
EPS, por exemplo, é construída
muito mais rápida do que um pro-
jeto de alvenaria.
Sadi Lima Júnior - Construtiva
do Brasil
O principal chamariz do nosso
negócio é ser eficiente, em todos
os sentidos, inclusive no campo
da sustentabilidade. Se conseguir-
mos inserir os nossos serviços em
empresas que possuem esta men-
talidade, como as que estão aqui
presentes, o ciclo se completa, e
para nós é uma satisfação.
Sidnei Santos - Biópoles Eco
Parece que foi ontem que fun-
damos essa ONG, contudo já se
passaram sete anos... Naquela
época imaginávamos que a
ONG teria um futuro muito
promissor, entretanto nem o
maior dos sonhadores poderia
imaginar a nossa atual veloci-
dade de crescimento.
Manoel Gameiro - Presidente
do Conselho do GBC Brasil
O movimento de Green Buil-
ding funciona muito bem por
que é guiado pelas forças de
mercado, que oferecem oportu-
nidades diversas para as pessoas
envolvidas.
Thomas Mueller – CEO Green
Building Council Canadá
Vamos passar da quantidade
para a qualidade e isto ocor-
rerá no momento da cons-
cientização crescente. Esta
consciência virá. Os países que
conseguirem avançar mais
nisso serão os vencedores do
futuro. E vejo que está plateia
mostra isso, no caso do Brasil
esta mudança foi rápida.
Fernando Henrique Cardoso,
ex-presidente da República
“ “
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“ “
CAPA
32 dez/14 rev/gbc/br
expo gbc 2014
Como foi a sua experiência durante a Conferência Internacional
2014 Greenbuilding Brasil e Expo? Você acha que o evento sa-
tisfaz as expectativas dos Delegados do World GBC?
O evento mais do que correspondeu às expectativas: a sessão de
abertura com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi verda-
deiramente impressionante, como foi o amplo leque de sessões inte-
ressantes que foram todas visitadas. Os nossos anfitriões do Green
Building Council Brasil destacaram-se na criação de um evento me-
morável e inspirador.
Um dos slogans do Greenbuilding Brasil é "o lugar para apren-
der e ensinar", uma vez que a maioria dos participantes, pales-
trantes e conferencistas têm um grande conhecimento sobre
os edifícios verdes e indústria da construção. Qual é a sua im-
pressão sobre os profissionais da construção sustentável no
Brasil?
O setor da construção no Brasil tem um enorme potencial: é vibran-
te, está se desenvolvendo muito rapidamente, e em um mercado tão
dinâmico existe uma verdadeira agitação para a construção susten-
tável.
Em entrevista à Revista GBC
Brasil, Johannes Kreissig
fala sobre a experiência dele
no 5º Greenbuilding Brasil.
Kreissig é membro fundador
do DGNB (Conselho Alemão
de Construção Sustentável),
membro do conselho e di-
retor executivo da DGNB.
Além disso, é membro do
Conselho Internacional do
DGNB e membro do círculo
interno do WorldGBC.
Johannes
Kreissig,
DGNB
ENTREVISTA
revistagbcbrasil.com.br 33dez/14
expo gbc 2014
Durante a Sessão de Abertura o GBC Brasil anunciou algumas
conquistas em relação ao movimento de construção verde no
Brasil. Algumas dos gráficos do estudo de mercado mostram
que cerca de 10% do PIB da Construção Civil Nacional em 2013
buscava a certificação, mas em termos de volume de constru-
ção o percentual de participação de construção verde ainda é
baixo. Ela mostra que as transformações foram feitas de cima
para baixo. Como poderíamos fazer isso também acontecer de
baixo para cima?
Como em todos os lugares, precisamos chegar a um amplo leque
de interessados e obter as mensagens através de uma forma que to-
dos possam facilmente entender e colocar em prática. As discussões
da sustentabilidade devem tocar a todos: políticos, profissionais de
construção, os proprietários do edifício, estudantes, alunos, trabalha-
dores de escritório, e as famílias em casa. Se conseguirmos alcançar
este ponto de vista, podemos realmente mudar a forma como as pes-
soas pensam sobre o ambiente construído, as decisões que tomam
sobre isso, e a qualidade que eles esperam. As iniciativas voluntárias,
como a Certificação do DGBN (Conselho Alemão de Construção Sus-
tentável) trabalham junto com regulamentação legal para transformar
o mundo em que vivemos. É realmente uma combinação de baixo
para cima, de cima para baixo e tudo mais!
Como o DGNB opera na Alemanha?
Para promover a sustentabilidade e difundir o conhecimento, os prin-
cipais especialistas de várias disciplinas dentro da construção e da
indústria imobiliária se uniram para fundar o Conselho Alemão de
Construção Sustentável (DGNB) no Verão de 2007. Nós desenvolve-
mos o sistema de certificação DGNB, a fim de promover ativamen-
te a construção sustentável. O sistema descreve e avalia edifícios e
bairros eficientes em recursos, economicamente sustentáveis e eco-
logicamente amigáveis, que oferecem aos seus usuários um nível de
conforto ideal e uma elevada qualidade de vida. Além disso, o Con-
selho dedica-se a promover a construção sustentável através da par-
tilha de conhecimentos valiosos, fornecendo treinamento específico
e sensibilização da opinião pública sobre esta importante questão.
Com uma adesão crescente de atualmente 1.200 empresas, o DGNB
é a plataforma central da Alemanha para a construção sustentável - o
que torna o parceiro ideal para o crescente mercado da construção
sustentável.
Você era um dos cinco palestrantes no Greenbuilding Brasil di-
rigindo a sessão sobre o Sistema DGNB. Conte-nos sobre cer-
tificação DGNB.
O Sistema DGNB pode ser aplicado a novos edifícios, edifícios exis-
tentes ou projetos de remodelação, em edifícios individuais ou bairros
inteiros, e aborda os seis aspectos-chave da construção sustentável:
o ambiente, a economia, os aspectos socioculturais e funcionais, tec-
nologia, processo e local. Princípio central do Sistema DGNB é que
34 dez/14 rev/gbc/br
expo gbc 2014
são orientados para o custo de funcionamento mais baixo possível,
incluindo a demanda de energia, manutenção e substituições. To-
mando todo o ciclo de vida em conta, o sistema DGNB fornece a to-
das estas partes interessadas um instrumento de tomada de decisão
para alcançar o melhor resultado global
Como pode um sistema de classificação garantir que ele mede
o que realmente importa considerando os aspectos econômi-
cos, sociais e ambientais?
O Sistema DGNB, seus critérios e valores de referência são baseados
na experiência de mais de 500 especialistas, e todos estes aspectos
estão interligados. Qualquer decisão individual em projeto, constru-
ção e operação do projeto é avaliada em termos dos seis temas:
ecologia, economia, o sociocultural e funcional, técnica, processo e
qualidade site. Isto significa que o desempenho contra um critério
está relacionado, e influencia o desempenho contra outros critérios.
Por esta razão, o objetivo não é atingir 100% de conformidade com
os critérios DGNB (na verdade isso é quase impossível), mas para
alcançar o melhor equilíbrio global em termos de sustentabilidade.
É possível registrar um projeto brasileiro na certificação DGNB?
Como pode um profissional brasileiro se tornar um consultor
ou auditor DGNB? Existe alguma agenda DGNB no Brasil em
termos de cursos e seminários para quem gostaria de ter mais
informações?
Sim, é possível registrar um projeto em qualquer lugar do mundo,
incluindo o Brasil. Nós desenvolvemos uma versão internacional do
sistema DGNB que leva em conta as normas internacionais e dos
processos. Este sistema internacional constitui a base para uma
maior adaptação às condições específicas de cada país. A susten-
ele não aloca os créditos para medidas individuais, mas sim estabele-
ce um mecanismo para medir o grau em que foram cumpridas as me-
tas de desempenho que contribuem para a sustentabilidade global
do edifício. Trata-se de metas, e não de medidas. Essa abordagem
faz com que o sistema seja flexível, inovador e, em última análise,
“à prova de futuro”. O Sistema DGNB compreende uma gama de
diferentes esquemas de certificação de diferentes usos do edifício.
Certificados DGNB são concedidos em ouro, prata ou bronze, de-
pendendo do grau em que as exigências sejam cumpridas. O DGNB
assim destaca edifícios e bairros que demonstram um importante
compromisso com o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade.
Você pode encontrar mais informações sobre o Sistema DGNB em
nosso site www.dgnb-system.com.
Como um sistema de classificação pode nos ajudar a alavancar
a consciência e experiência da construção verde consideran-
do todas as fases de um edifício que englobam planejamento,
construção, operação, manutenção e toda sua vida útil? Como
isso funciona na certificação DGNB?
O sistema de classificação torna a sustentabilidade do ambiente
construído facilmente evidente e mensurável. Os investidores, players
do mercado e os próprios usuários podem usá-lo como uma ferra-
menta para medir a qualidade em todas as fases do ciclo de vida
do edifício, desde a sua concepção e construção por meio de sua
operação e utilizar até ao fim da sua vida. Em cada fase, a qualidade
é descrita em termos precisos, permitindo a comparação com outros
edifícios e o estado atual da técnica. Por exemplo, os custos de cons-
trução ao longo de toda a questão do ciclo de vida para cada parte
interessada envolvida. Os investidores estão interessados no projeto
e os custos de construção, enquanto que os usuários ou operadores
revistagbcbrasil.com.br 35dez/14
expo gbc 2014
tabilidade só pode ser definida e medida no contexto das condições
locais específicas, tais como o clima local, a disponibilidade local de
recursos e aspectos culturais ou sociais. Ao mesmo tempo, as metas
de desempenho claras permitem que projetos possam ser compara-
dos, mesmo que as medidas sejam muito diferentes. Considerando
que o nível de entrada pode variar significativamente devido à regula-
ção e construção da cultura local, um padrão-ouro é sempre igual a
um padrão-ouro, em qualquer lugar do mundo. Estamos trabalhando
em conjunto com especialistas no Brasil para integrar contexto local
para o sistema DGNB e criar um sistema nacional para o Brasil.
No início de 2015, estaremos oferecendo treinamento para especia-
listas no setor da construção para se qualificar como Consultores
DGNB. Eles vão aprender mais sobre as seis qualidades da constru-
ção sustentável e, uma vez qualificados, ganhar uma licença para re-
alizar auditorias de projetos e apresentar projetos para a certificação.
Você pode encontrar mais detalhes, seguindo o link para o nosso site:
www.dgnb-system.de/en/southamerica.
Você recomenda a Greenbuilding Brasil Expo e Conferência In-
ternacional?
Absolutamente, foi realmente um grande prazer fazer parte da comu-
nidade mundial para a construção sustentável. Esperamos ver muito
mais eventos tão bons como este em todo o mundo em 2015. Estou
ansioso para estar novamente lá!
INFORMAÇÕES:
DGNB Academia Treinamento Consultores em São
Paulo.
Data do Treinamento: Início de 2015.
Local: São Paulo, SP
Contato: DGNB GmbH, Daniela Merkenich,
d.merkenich@dgnb.de, www.dgnb-system.com
DIRETÓRIO QR
Estas empresas participam ati-
vamente da construção de um
futuro sustentável
tel. (11) 3492.2618
wilson.artes@superig.com.br
http://wilsonartes.carbonmade.com
Wilson Hiroshi Matsumoto
Design Gráfico - Ilustração
VL Indústria : redesenho de logotipo 24.06.2009
36 dez/14 rev/gbc/br
expo gbc 2014
N
a 5ª edição do Greenbuilding Brasil – Conferência In-
ternacional e Expo – o GBC Brasil criou o Green Choice
Award com o objetivo de homenagear personalidades
e empresas que tenham se destacado neste cenário e
que investem em inovações e soluções voltadas aos
impactos socioambientais e reconhecer a comunicação e seus veícu-
los em movimentos de transformação com foco em sustentabilidade.
Em sua primeira edição, a premiação reuniu formadores de opi-
nião, palestrantes da 5º edição da Greenbuilding Brasil, conferen-
cistas, convidados especiais, bem como líderes de diversos GBC´s
que estiveram presentes no congresso mundial do World Green
Building Council.
GBC Brasil promove o
1º Green Choice Awards
Os homenageados foram as mídias oficiais da Greenbuilding Brasil: as
rádios Estadão e Eldorado e a CNNi, que reiteraram o apoio ao movi-
mento internacional de Green Building, alinhado a diversas ações com
foco em responsabilidade social e ambiental, que há anos são bases e
norteiam o planejamento das atividades das respectivas mídias.
Na oportunidade, também foram homenageados o cantor Tony Garri-
do e o portal Universo Jatobá.
Agradecimentos especiais foram dados a Midea Carrier, Trane, Re-
master, Furukawa, LCP e a Concresteel por patrocinarem a festa e
propiciar o momento de homenagens e networking aos líderes da in-
dústria da construção sustentável.
CNNi - Shasta Darlington (Correspondente Internacional) Rádio Estadão - Paulina Chamorro (Editora/Apresenta-
dora da Rádio Eldorado/Estadão), Acácio Luiz Costa
(Diretor Executivo Rádio Eldorado/Estadão) e Roberto
Gazzi dos Santos (Diretor de Desenvolvimento Editorial
do Grupo Estado)
revistagbcbrasil.com.br 37dez/14
expo gbc 2014
“Homenageamos todos os palestran-
tes, sendo 50 internacionais. Além
de homenagear todas as mídias que
nos apoiaram para promover este
evento. Para nós, que estamos em
desenvolvimento e transformação, a
comunicação é primordial. É o item
principal quando se quer passar uma
mensagem e informação, ainda mais
quando se trata de um assunto tão re-
levante para nossas cidades, que é a
sustentabilidade” Felipe Faria – Dire-
tor do GBC Brasil.
“Estou muito orgulhosa e acredito
que todos os membros responsáveis
pelo sucesso do GBC compartilham
deste sentimento. Sabemos que nosso
movimento de transformação depen-
de do desenvolvimento de uma forte
rede ou canais de comunicação a pú-
blicos diversos, e isto seria construído
com seriedade e eficácia de nossas
atividades, bem como com o suporte
de importantes veículos de mídia, que
compartilham de nossos objetivos. De
fato o GBC Brasil está com as grandes
marcas. Estamos no caminho certo”.
Thassanee Wanick – Diplomata e
Fundadora do GBC Brasil.
Toni Garrido - Cantor (Vocalista - Cidade Negra) Portal Universo Jatobá - Carolina Pain (Jornalista do Por-
tal), representando Rosana Jatobá
38 dez/14 rev/gbc/br
A
nova versão do LEED v4 entrará em vigor a partir de
junho/2015 para elevar os padrões técnicos do mercado de
construção sustentável e suas modificações estruturais e de
processos serão obrigatórias para todos os novos projetos
que desejarem conquistar a certificação LEED.
Além das mudanças em espaços sustentáveis, no uso eficiente da
água, nas questões de energia e atmosfera e materiais e recursos,
também há na questão de sinergia: crédito específico para pontuar os
projetos nos quais a equipe responsável pela concepção do projeto
demonstra conhecer profundamente acerca do processo integrado
na concepção do projeto.
Durante o Greenbuilding Brasil, o tema “Processo Integrado: Reque-
rimentos para o LEED V4 e Aplicação Prática” foi abordado pelas só-
cias Rosana Corrêa e Danielle Garcia da Casa do Futuro, empresa
focada em tecnologia e sustentabilidade na construção civil, tendo
como princípios básicos no processo de projeto integrado:
• Equipe multidisciplinar integrada - Coesão de habilidades, conheci-
mentos e perspectivas essenciais para assegurar que todos os recur-
sos estão sendo utilizados da melhor maneira possível;
•Escopo,metaseobjetivosbemdefinidos–Visãocompartilhadadoalcance
das metas de desempenho para que haja planejamento certo para tal;
• Comunicação aberta e efetiva – Confiança e propriedade aos par-
ticipantes em relação ao processo, reduzindo conflitos e permitindo
benefícios de cada contribuição individual ao projeto;
• Inovação e síntese – Criatividade e a aceitação de novos conceitos
e ideias são fundamentais;
• Tomada de decisão sistemática – É importante para cada profissio-
nal entender seu papel e suas responsabilidades e como as decisões
serão tomadas;
• Processo interativo e ciclos de avaliação de desempenho – A filo-
sofia de aprendizagem e melhoramento contínuo é imperativa para o
sucesso do processo integrado.
Parte deste processo são as charrettes, evento ou workshop de longa
duração (para o LEED, mínimo de 4 horas) no qual os participantes
além de serem apresentados ao processo integrado, são encoraja-
dos a participar efetivamente do projeto, compartilhando e adquirindo
conhecimento e contribuindo para estabelecer as metas em prol do
objetivo maior do projeto, atendendo as expectativas do cliente.
Processo integrado reforça
multidisciplinaridade no LEED v4
Quadro comparativo
Processo de Projeto Convencional
•Envolve os membros das equipes somente quando necessário
•Menos tempo, energia e colaboração aplicadas nos estágios iniciais
•Mais decisões tomadas por menos pessoas
•Processo linear e sistemas frequentemente pensados de forma isolada
•Otimização restrita
•Enfatiza os custos iniciais
•Tipicamente o processo termina junto com a construção
Processo de Projeto Integrado
•Inclusivo desde o início
•Mais tempo e energia investidos nas primeiras fases do projeto
•Decisões tomadas por uma equipe ampla
•Processo iterativo e sinergias entre os sistemas
•Permite completa otimização
•Avaliação do custo do ciclo de vida
•Processo contínuo durante a pós-ocupação
processo integrado
revistagbcbrasil.com.br 39dez/14
A Certificação LEED® V4 passa, pela primeira vez, a abordar esta
metodologia de projeto como critério obrigatório para Healthcare e
opcional para:
•New Construction (1 ponto);
•Core & Shell (1 ponto);
•Schools (1 ponto);
•Retail (1 ponto) e ID+C Retail (2 pontos);
•Data Centers (1 ponto);
•Warehouses & Distribution Centers (1 ponto);
•Hospitality (1 ponto) e ID+C Hospitality (2 pontos);
•Healthcare (1 ponto);
•ID+C: Commercial Interiors (2 pontos).
Como exemplo foi considerado a construção de uma maquete de um
estádio de futebol com os seguintes recursos:
Ferramentas – uso comum: Barbante, Fita adesiva, Tesoura, cola.
Materiais – uso por disciplina: Base de isopor, Canudos, Copos, Pa-
litos, Clipes, Cartolina, Bexigas e Elásticos.
No projeto convencional, com duração de 20 minutos, a obra teve
como objetivo atender o prazo estipulado e utilizar somente os recur-
sos disponíveis. Na equipe, cada grupo foi composto por três discipli-
nas: Paisagismo, Pavimentações e Equipamentos Urbanos; Estrutura
e Arquitetura; e Energias Renováveis, sendo indicada a escolha de
um líder. Como metodologia, 15 minutos deveriam ser usados com o
planejamento inicial e com cada equipe desenvolvendo sua parte, em
mesas separadas do restante do grupo, os cinco minutos restantes
foram para a compatibilização.
Já num projeto integrado, com duração de 25 minutos, o objetivo
adquire três novos itens: possível Desmontagem, entrada de luz e
ventilação natural e maximização de áreas verdes. A estrutura das
equipes se mantém, contudo, a metodologia é cinco minutos para
o planejamento e 20 minutos para o Grupo, composto pelas mes-
mas disciplinas, desenvolver o modelo de maneira integrada e parti-
cipativa, na mesma mesa. Além disso, foi permitido haver trocas ou
“empréstimos” recursos que sobraram, sendo convertidos em bônus
para o grupo.
“A proposta da dinâmica foi fantástica, pois foi uma forma de
integrar um público tão diversificado, foi lúdica, uma proposta
bacana. Foram nítidas a vantagens de trabalhar com um
planejamento integrado, conversar faz toda a diferença.”
Cláudia Onishi
Gestão Ambiental
processo integrado
40 dez/14 rev/gbc/br
Como foi a experiência da Casa do Fu-
turo como palestrante e expositora da 5ª
edição do Greenbuilding Brasil?
A Casa do Futuro tem participado como ex-
positora e palestrante desde a primeira edi-
ção em 2010. Em 2014, efetivamos nossa
4ª participação como expositores e perce-
bemos uma evolução e amadurecimento do
evento e seu público. Para a nossa empresa,
a experiência tem trazido maior visibilidade e
solidificação da nossa marca, o que nos tor-
na mais fortes e competitivos no mercado.
Consideramos o desafio da palestra maior
neste ano, já que o processo de seleção das
palestras foi realizado de forma mais profis-
sional e rigorosa. As palestras escolhidas
foram àquelas finalistas de um processo de
seleção que recebeu centenas de propostas.
Desta forma, a responsabilidade de apresen-
tar um conteúdo interessante, útil e inovador
foi significativamente maior. Ter conseguido o
sucesso da seção e tantas opiniões positivas
foi realmente uma conquista gratificante.
Como o tema foi desenvolvido durante
a palestra? Quais eram os objetivos de
aprendizado da palestra?
Desde o surgimento deste tema, a nossa inten-
ção foi a aplicação de um exercício prático que
ilustrasse de maneira mais clara as vantagens
do desenvolvimento de projetos integrados em
relação à metodologia convencional. O gran-
de desafio seria conseguir passar o conteúdo
teórico inicial e ainda realizar um workshop si-
mulando as duas metodologias e suas diferen-
ças em um espaço de 120 minutos. Estamos
falando de resumir em 40 ou 50 minutos um
processo que, na realidade, leva meses.
Após a apresentação do conteúdo explicativo
sobre Processos Integrados, o exercício prá-
tico se desenvolveu através da construção de
maquetes – arenas esportivas. A sala, ao con-
trário do modelo convencional, com cadeiras
dispostas lado a lado, contava com grandes
mesas para grupos de até 10 participantes.
Na primeira parte do exercício, os grupos
receberam determinada quantidade e varie-
dade de materiais e explicações sobre metas
gerais a serem alcançadas. Dentro de um
espaço de tempo, construíram as maquetes
sob a metodologia convencional de trabalho.
Na segunda parte da dinâmica, as equipes
receberam a mesma quantidade de material
e, no mesmo intervalo de tempo, a maquete
seria construída de acordo com o processo
de projeto integrado. O objetivo da seção foi
alcançado com sucesso, uma vez que ficou
claro para os participantes que a metodolo-
gia integrada de projetos propicia uma signi-
ficativa melhoria em todos os resultados dos
projetos. Estes resultados foram evidencia-
dos nas próprias maquetes.
Considerando o cenário brasileiro, quais
são as dificuldades da implementação
da nova metodologia para a Certificação
LEED na V4?
A falta de percepção da importância das eta-
pas iniciais de planejamento dos projetos, as
deficiências relacionadas ao gerenciamento
dos projetos, a ausência do pensamento a mé-
dio e longo prazos e a fraca noção da impor-
tância de um projeto bem definido e pensado.
Considerando as dimensões: ambiental,
social e econômica, qual o impacto do
processo de integração dos projetos sob
estas perspectivas?
Na dimensão ambiental, os projetos integra-
dos sempre trazem metas ousadas relacio-
nadas à eficiência, flexibilidade, utilização de
recursos, desempenho e redução de impac-
tos. Levando se em consideração que estas
metas são freqüentemente alcançadas e mui-
tas vezes superadas, projetos integrados são
sempre acompanhados por um excelente de-
sempenho ambiental.
O aperfeiçoamento das relações entre os
profissionais envolvidos é a maior vantagem
na esfera social. A relação colaborativa e co-
letiva estabelecida neste tipo de projeto muda
drasticamente e positivamente as relações de
trabalho convencionais.
A amarração contratual de responsabilida-
Entrevista com Rosana Corrêa,
Casa do Futuro
processo integrado
revistagbcbrasil.com.br 41dez/14
des sobre a divisão de resultados e riscos
garante o sucesso econômico de projetos
integrados. Metas relacionadas ao custo de
implantação das soluções (obras) e também
ao desempenho destas soluções (pós-obra)
são estabelecidas e acompanhadas de ma-
neira muito eficiente e estruturada. Podemos
afirmar que projetos desenvolvidos sob esta
metodologia somente terão seus orçamen-
tos estourados se esta for uma vontade de
seu patrocinador. Estudos realizados por
nós estimam que, para alcançar uma redu-
ção de 20% do custo das obras, que é bem
razoável em projetos integrados, podemos
aumentar em até 400% o valor investido na
etapa de projetos. Se forem contabilizadas
as reduções dos custos operacionais da edi-
ficação, que são responsáveis por 85% de
seus custos totais ao longo de seu ciclo de
vida, o aumento de 400% dos valores dedi-
cados às etapas de planejamento e projeto
ainda são um excelente investimento. Na
dimensão econômica, projetos integrados
realmente trazem excelentes resultados que
também são mensuráveis devido à própria
característica da metodologia.
Ainda com relação ao aspecto econô-
mico, em termos percentuais, qual a di-
ferença orçamentária de um projeto in-
tegrado para um projeto convencional e
qual o retorno financeiro?
“A proposta foi interessante, foi uma quebra de paradigma,
onde só uma pessoa fala. É muito mais fácil absorver o tema
através de práticas manuais, você tem mais interação com as
pessoas e consegue consolidar o tema.”
Mark Lacerda
Coca Cola
Um acréscimo de aproximadamente 30%
pode ser considerado para a etapa de pro-
jetos quando comparamos a metodologia
convencional à integrada. Como explicado
acima, este acréscimo é totalmente aceitá-
vel quando alcançados os objetivos de re-
dução de custo inicial das obras. O retorno
financeiro não se dá somente através da
redução de custos relacionados à implanta-
ção das soluções, mas também através da
redução de perdas, atrasos ou retrabalhos.
Característica interessante da metodologia é
que este retorno financeiro e outras metas
dos projetos são definidos e acordados jun-
to ao cliente e equipes de trabalho nas fases
mais iniciais. Não são números inesperados
a serem medidos ou levantados no final das
obras, mas sim, antes do início do desenvol-
vimento dos projetos.
Você pode citar alguns exemplos práticos
reais de projetos nacionais ou internacio-
nais nos quais foram utilizados o Projeto
Integrado?
No Brasil, não temos exemplos de projetos que
tenham aplicado a metodologia na íntegra.
Estamos tendo agora as primeiras solicita-
ções para este tipo de acompanhamento.
Nos EUA, temos diversos exemplos:
•	Cathedral Hill Hospital - San Francisco,
California
•	MERCY Master Plan Facility Remodel - Lo-
rain, Ohio - Centro Médico
•	Lawrence & Schiller Remodel - Sioux Falls,
South Dakota - Escritórios
•	Walter Cronkite School of Journalism - Pho-
enix, Arizona - Educação
Que mensagem você gostaria de transmi-
tir para Incorporadoras e Construtoras?
Podemos apresentar exemplos e números
que comprovam o valor e rentabilidade do
investimento na melhoria dos atuais pro-
cessos de gestão de projeto. A indústria da
construção civil é uma das que apresenta os
piores números de produtividade, os quais
não estão somente relacionados aos cantei-
ros de obras, mas também às fases de pla-
nejamento e desenvolvimento de projetos,
reduzindo substancialmente as margens de
lucratividade. Estas estão diretamente rela-
cionadas às deficiências na gestão e me-
todologia inadequada ao desenvolvimento
eficaz de projetos.
É surpreendente verificar que os responsá-
veis por novos projetos não tenham ainda
percebido esta grave deficiência do merca-
do e não busquem alternativas que já são
aplicadas com sucesso, trazendo benefícios
extremamente valiosos, para qualquer tipo
de empreendimento e empresas a eles re-
lacionadas.
processo integrado
42 dez/14 rev/gbc/br
nd/urbanismo
Parque da Cidade busca
selo LEED ND em prol do
compromisso com a cidade
O
Parque da Cidade, da Odebrecht Realizações
Imobiliárias, está localizado na zona Sul da ca-
pital paulista, exatamente entre a Av. Marginal
Pinheiros e a Av. Chucri Zaidan, e possui um
conjunto inédito de soluções sustentáveis que o
torna apto a buscar diferentes certificações verdes, entre elas
o LEED ND.
Vários fatores convergiram para que o Parque da Cidade fosse de-
senvolvido na Zona Sul da capital paulista. Um deles é a dimensão do
terreno, que propicia o desenvolvimento de um empreendimento com
©CarlosGueller
revistagbcbrasil.com.br 43dez/14
nd/urbanismo
preocupação com o crescimento sustentável e compromisso com
a promoção do desenvolvimento humano, econômico e cultural,
privilegiando os usuários internos, assim como também a comu-
nidade local”.
Principais soluções sustentáveis do projeto:
•	 Neutralização de gases de efeito estufa, previsto para 35 anos;
•	 Ativação econômica do site, através de cafés e quiosques;
•	 Eficiência energética, com previsão de economia de 20%;
•	 Gestão de água, com a previsão de economia de 50%;
•	 Sistema de irrigação automatizado para as áreas verdes, com esta-
ção meteorológica no site;
•	 Otimização de transporte e acessos, com sistemas de carpooling,
carsharing, bikesharing e carregadores para carros elétricos;
•	 Infraestrutura completa para o ciclista;
•	 Central de gerenciamento de resíduos com a reutilização de 50%
dos resíduos gerados (orgânico e recicláveis);
•	 Sistema automatizado de coleta de resíduos sólidos à vácuo;
•	 Feira orgânica;
•	 ICT - Sistema de Informação e Educação;
•	 Certificação do empreendimento LEED ND, assim como de todas
as edificações;
•	 Um dos 18 participantes no mundo do C40 Climate Positive Deve-
lopment Program, iniciativa do grupo C40 Cities em parceria com a
Fundação Clinton e com o USGBC.
Situação atual
O Parque da Cidade, que está em fase de construção, compreen-
de 10 edificações – cinco torres corporativas, uma torre de salas co-
merciais, dois edifícios residenciais, um shopping e um hotel – e tem
previsão de conclusão total para 2019. Atualmente está em fase final
uma torre corporativa e a torre office (escritórios), previstas para se-
rem entregues em setembro de 2015. Paralelamente, já foi dado início
na construção de mais uma torre corporativa, do shopping e do hotel,
que serão entregues no segundo semestre de 2016. “Dentro de seu
escopo total, pode-se afirmar que o Parque da Cidade está com 18%
de suas obras já realizadas”, afirma Saulo.  
todas as especificidades do Parque da Cidade. Ao mesmo tempo, a
localização do terreno também proporciona uma série de soluções,
especialmente ligadas à mobilidade, como fácil acesso aos meios de
transporte público e infraestrutura completa para a utilização de bici-
cletas, tendo em vista que a região está inserida no contexto da Ope-
ração Urbana Água Espraiada, que estabelece uma série de obras
estruturais para adequar o local ao adensamento da região. 
“A expectativa é que o empreendimento seja indutor de um novo
modelo de urbanização para a região e para a cidade. E, o mais im-
portante, é que a Odebrecht Realizações Imobiliárias entendia que
neste terreno deveríamos desenvolver o empreendimento mais sus-
tentável da América Latina, entregando um marco para a cidade de
São Paulo”, afirma Saulo Nunes, diretor de Incorporação do Parque
da Cidade/Odebrecht Realizações Imobiliárias
O empreendimento possui um terreno com aproximadamente 84 mil
m². Deste total, 62 mil m² serão totalmente abertos ao público, sendo
que 22 mil m² são de área verde.
 Segundo Saulo, “O Parque da Cidade traduz o que a OR en-
tende por sustentabilidade, pois conjuga preservação ambiental,
“A Odebrecht Realizações Imobiliárias, um dos membros
fundadores do GBC Brasil, reconhece a importância da atuação
desse órgão a partir da disseminação das certificações LEED,
sendo este um fator crucial para o desenvolvimento da cultura da
sustentabilidade no mercado imobiliário do País”
Saulo Nunes
©CarlosGueller
44 dez/14 rev/gbc/br
nd/urbanismo
Um dos selos existentes é o LEED ND, for Neighborhood Develop-
ment (LEED para Desenvolvimento de Bairros). Diferente de outras
opções, ele considera para avaliação o entorno dos edifícios e a vi-
zinhança: integra princípios de crescimento planejado e inteligente,
urbanismo sustentável e edificações verdes, por meio de diferentes
tipologias de edificações e mistura de usos dos espaços urbanos.
Ou seja, ele valida o empreendimento da maneira mais abrangente
possível, incentivando a utilização de meios de transporte públicos e
criação de áreas de lazer.
Em sua classificação, o LEED ND tem como nível máximo a certifica-
ção Platinum, chegando até a 110 pontos, conforme exemplo abaixo:
LEED ND - Total de pontos possíveis 110
Localização inteligente e articulação 27
Bairro padrão e design 44
Infra-estrutura e edifícios verdes 29
Inovação e design processo 06
Prioridade Regional 04
			
As Classificações
Certified 40+ pontos
Silver 50+ pontos
Gold 60+ pontos
Platinum 80+ pontos
Localização inteligente e articulação
Encoraja as comunidades a considerar localização, alternativas de
transporte e preservação de áreas sensíveis e, ao mesmo tempo, de-
sencoraja a expansão.
Bairro padrão e design 
Enfatiza vibrantes comunidades equitativas que são saudáveis​​, tran-
quilas e de uso misto.
Infra-estrutura e edifícios verdes 	
Promove a concepção e construção de edifícios e infra-estruturas que
reduzem a energia e uso da água, ao promover a utilização mais sus-
tentável dos materiais, reutilização das estruturas existentes e históri-
cas, e outras melhores práticas sustentáveis.
Pontos bônus
Inovação e design processo	
Reconhece desempenho exemplar e inovador que ultrapassam os
créditos existentes no sistema de classificação, bem como o valor da
inclusão de um profissional credenciado na equipe de projeto.
Prioridade Regional
Incentiva projetos para se concentrar em ganhar créditos de importân-
cia ao meio ambiente local do projeto.
Segundo Hamoda Youssef, do Qatar Green Building Council, e Eman
Sabour, da Universidade do Qatar, presentes no Greenbuilding Brasil
2014, se partes de uma cidade não são sustentáveis​​, então esta mes-
ma cidade não poderá contribuir para sustentabilidade global. Para
que o desenvolvimento ocorra na escala do bairro, a ferramenta de
avaliação sustentável tem de lidar com edifícios e instalações de toda
a vizinhança.
Também enfatizaram apontamentos de melhoria rumo a um modelo co-
mum no que diz respeito ao contexto internacional do LEED ND, são eles:
•	 Re-aceitação de uso misto e cidade compacta.
•	 Reafirmando o espaço urbano como ponto de entrada altamente
eficaz para melhorar o funcionamento de uma cidade.
•	 Praticantes urbanos devem passar de intervenções setoriais para
aqueles que tratam a cidade como um todo.
•	 Planejamento e desenho urbano definem a estrutura espacial crítica
•	 Conscientização do uso da terra através de códigos de planeja-
mento e construção é essencial.
•	 As cidades devem promover o desenvolvimento endógeno.
•	 Especialmente os mais pobres e mais vulneráveis ​​devem perma-
necer como os principais beneficiários.
Cenário Internacional
  Registrados Certificados
África 4 0
Ásia 30 12
União Européia 11 1
América Latina 9 1
Oriente Médio 10 0
Estados Unidos 135 21
China 25 9
Canadá 17 2
Brasil 5 1
México 4 0
Malasia 4 3
 
Existem muitos sistemas de classificação em todo o mundo para edifícios
sustentáveis​​e alguns deles estão se concentrando em nível urbano e regional,
avaliando vizinhanças urbanas
revistagbcbrasil.com.br 45dez/14
inovação
46 dez/14 rev/gbc/br
REFERENCIALGBCCASABRASIL®
A
ssim como as obras comerciais procuram obter selos ver-
des, as obras residenciais também iniciaram a busca por
estratégias de sustentabilidade, focando no maior volume
construtivo do país – casas e edifícios residenciais.
Com o intuito de fornecer ferramentas necessárias para
projetar, construir e operar residências e edifícios residenciais que
possuam alto desempenho e práticas sustentáveis, o Green Building
Council Brasil criou o Referencial GBC Brasil Casa®
, que aborda e
avalia diferentes questões de sustentabilidade em projetos de resi-
dências.
Foi com a ajuda voluntária de mais de 200 profissionais do setor que
esta iniciativa se tornou realidade. A organização dos comitês téc-
nicos teve início em meados de 2011, com a criação de grupos de
discussões, que abordavam as distintas áreas de sustentabilidade de
uma construção.
Dimensões avaliadas Pontuação máxima
Implantação 25
Uso racional de água 12
Energia e atmosfera 28
Materiais e recursos 15
Qualidade ambiental interna 15
Requisitos sociais 3
Inovação e Projeto 10
Créditos Regionais 2
O Referencial Casa®
é voltado para:
•	 Arquitetos e engenheiros que buscam um diferencial no mercado
ao desenvolver projetos de alta eficiência, com comprovação de
uma auditoria de terceira parte;
•	 Proprietários que entendem a importância de se construir de for-
ma mais eficiente, econômica e sustentável e buscam a eficiên-
cia de recursos e residências mais saudáveis;
•	 Investidores que irão construir e revender a residência com valor
agregado ao seu produto;
•	 E todas as pessoas que possuem interesse no mercado da
construção civil sustentável e podem contribuir de alguma forma
ao desenvolvimento e estabelecimento deste mercado no país.
Objetivos:
•	 Capacitar e qualificar profissionais por meio de conceitos de ar-
quitetura sustentável que são facilmente aplicadas a projetos e
obras.
•	 Disseminar os conceitos de sustentabilidade para o mercado da
construção civil residencial, para poder criar uma visão mais crí-
tica e objetiva sobre o tema.
•	 Construir casas com melhor desempenho energético, com con-
sumos mais eficientes e que reduza o impacto no meio ambiente
utilizando menos recursos naturais. Evitar o desperdício de ma-
teriais não reutilizados, melhorando o planejamento das cons-
truções, de forma a reduzir a perda financeira de obras comuns.
•	 Fomentar incentivos fiscais e políticas públicas para a construção
de residências sustentáveis, que atendam a todos os padrões de
construção, incluindo políticas nos diversos âmbitos de governo.
•	 Elevar o padrão técnico do mercado residencial, tanto para
profissionais, quanto para o desenvolvimento de novos pro-
dutos e tecnologias sustentáveis, incentivando a pesquisa
nesta área.
•	 Combater a informalidade do mercado da construção civil sus-
tentável Brasileira, formalizando contratações de operários, ga-
rantindo obras de melhor qualidade e com menor risco.
Referencial GBC Brasil Casa®
vem consolidando a tendência
de sustentabilidade em
projetos residenciais
revistagbcbrasil.com.br 47dez/14
referencial GBC CASA brasil®
A fase piloto consistiu em avaliar na prática toda a teoria desenvolvi-
da, ou seja, acompanhar a construção de 9 casas que são os pilotos
deste trabalho. Foram inscritos mais de 30 projetos em apenas 1 mês.
Os parâmetros de escolha dos projetos pilotos variaram entre suas lo-
calizações em diferentes regiões do Brasil, climas distintos, diferentes
tipologias construtivas, padrões econômicos e padrões construtivos.
Atualmente, o Referencial Casa®
está aberto para inscrições de qual-
quer residência que queira certificar seu projeto sob os parâmetros de
sustentabilidade definidos.
Projetos já certificados
Dois projetos do Referencial Casa®
já foram certificados. Trata-se do
Apartamento Sustentável e da Vila Maresias.
APARTAMENTO SUSTENTÁVEL
OURO
Implantação 						20
Uso Racional da Água 					 04
Energia e Atmosfera 					13
Materiais e Recursos 					04
Qualidade Ambiental Interna 				 12
Requisitos Sociais 					00
Inovação e Projeto 					06
Créditos Regionais 					01
Total de Pontos 					60
“A certificação tem uma importância enorme, pois é validada por uma
auditoria de 3ª parte. Para o consumidor é uma garantia saber o que
está contratando ou o que estará comprando”, afirma Paola Figueire-
do, diretora do Grupo Sustentax.
Segundo ela, inúmeras ações que não estavam contempladas, tive-
ram que ser atendidas. Como a necessidade de medição individual
de água, a análise de radônio, a busca de materiais com análise de
ciclo de vida (Declarações Ambientais de Produtos), atendimento ao
Procel Edifica e teste de acústica.
O Apartamento Sustentável, único piloto localizado na capital
paulista, obteve certificação Ouro pelo Referencial GBC Brasil
Casa®
. Apesar de diversas dificuldades encontradas no cami-
nho, conseguiu implantar diretrizes de sustentabilidade em uma
cobertura que possuía mais de 20 anos de uso. Toda a parte
elétrica e hidráulica do apartamento foi refeita, e ligada em um
quadro de automação operado pelo próprio proprietário. Todos
os eletrodomésticos possuem Etiqueta Procel nível A e na cober-
tura foram plantadas diversas hortaliças comestíveis e alimentos
orgânicos (tratados sem nenhum produto químico). Além disso,
foram feitos dois workshops para o público, mostrando o concei-
to da reforma do edifício e sua aplicabilidade para outros apar-
tamentos.
VILA MARESIAS
PRATA
Implantação 						14
Uso Racional da Água 					 06
Energia e Atmosfera 					15
Materiais e Recursos 					04
Qualidade Ambiental Interna				06	
Requisitos Sociais 					02
Inovação e Projeto 					07
Créditos Regionais 					01
Total de Pontos 					55
48 dez/14 rev/gbc/br
REFERENCIALGBCCASABRASIL®
“Localizada em um terreno em frente à praia de Maresias, no litoral
norte de São Paulo, a Vila Maresias pode ser considerada uma das
maiores residências da fase piloto. Os quase 3.500 m² de paredes fo-
ram erguidos em apenas oito meses graças à tecnologia dos Painéis
de Argamassa Armada com miolo de Poliestireno Expandido (EPS).
O material possui um excelente isolamento térmico e acústico, funda-
mentais para se proteger das ações climáticas da região. A residência
conseguiu reduzir em 37% seu consumo energético com a instalação
de 12 placas fotovoltaicas e painéis de aquecimento de água na co-
bertura. Além disso, foram implantadas diversas medidas de redução
de consumos durante a obra, como captação pluvial e treinamentos
aos operários e funcionários” Lourdes Printes, da LCP Engenharia &
Construções.
Projetos pilotos ainda não certificados
•	 Casa da Chapada – Chapada dos Guimarães/MT
“É uma casa simples de 170 metros quadrados, que utilizou bloco ce-
râmico e laje de EPS, forro de madeira e outros materiais da região da
Chapada. Buscamos iluminação natural, utilização de aquecimento so-
lar, utilização de água com medição setorizada, chuveiros com controle
de vazão, entre muitas outras estratégias. Porem, tudo isso não tem
nada de novo, basta pensar e fazer um bom projeto para poder ter uma
casa certificada” Daniel Apolônio, Eng. Elétrico e Proprietário.
eólica) e para tratamento de 100% do esgoto local. Diversas outras
atividades desta residência tiveram que ser 100% radicais para pro-
teger o sensível ambiente em que se localiza e não interferir de forma
irreversível no local. A casa é inteira feita com estruturas de madeira e
100% da madeira é certificada FSC.” Lair Reis, Studio MK27.
•	 Residência Sustentável – Brasília/DF
“Nosso foco foi tentar desenvolver um projeto que fosse eficiente do
ponto de vista do uso de energia. Previa construir uma casa para a
condição climática de Brasília e que não fosse necessária a utilização
do ar condicionado. A casa está localizada em um condomínio resi-
dencial que oferece uma série de benefícios, que nos ajudam com
relação à pontuação no Referencial. Desde o início trabalhamos para
resolver a questão da insolação e do conforto térmico. Toda a casa
é coberta com um telhado verde que possui um sistema de armaze-
•	 Catuçaba Ecovila – São Luiz do Paraitinga/SP
“São 11 lotes de 30 mil metros quadrados. Um deles é a nossa casa,
há 1.150 metros de altitude. Como primeiro objetivo queríamos pre-
servar as vistas tanto dos usuários quanto das pessoas que estiverem
em outros lotes. A casa tem área de 250m² e, por estar localizada
em um local isolado da cidade, foram instalados sistemas para gera-
ção de 100% da energia (instalação de placas fotovoltaicas e turbina
revistagbcbrasil.com.br 49dez/14
referencial GBC CASA brasil®
namento de água, aumentando ainda mais o isolamento térmico e
favorecendo a questão da envoltória. Todo paisagismo e o projeto
de irrigação foi pensado para ter o menor consumo de água possível.
Toda a água é tratada na própria residência, onde 100% do esgo-
to é reaproveitado, existe a captação pluvial e o consumo de água
é bastante reduzido devido aos equipamentos eficientes. Adotamos
soluções na área de inovação como a instalação de um sistema de
aspiração central para melhorar a qualidade do ar interno” Lamberto
Ricarte, Proprietário.
•	 Casa Madagascar – Brasília/DF
“Esta é minha residência que possui três pavimentos, sendo um no
subsolo. Os quartos ficam no piso intermediário, no terceiro pavimen-
to estão localizadas a sala, a cozinha e área de lazer. Queríamos que
o terreno fosse utilizado e alterado minimamente pela construção,
desta forma, tudo o que foi retirado do local, foi devolvido posterior-
mente, como por exemplo, as diversas pedras encontradas na super-
fície e nas escavações. Implantamos coleta de água de chuva, pois
na época de seca no planalto central podemos ficar com até seis
meses sem chuva. Durante a obra, tivemos alguns problemas com a
mão-de-obra local, mas que depois de resolvidos, valeram o resulta-
do.” Henrique Bezerra, Bauau Arquitetura e Design.
•	 Casa Doke – Sumaré/SP
“O Referencial é uma forma de ampliar a consciência de quem constrói,
reforma e compra a sua casa, pois mostra que é possível ser sustentável com
pequenas inciativas dentro da própria residência. Esse selo é uma revolução
no mercado residencial, pois além de se tornar referência, mostra que
finalmente o Brasil está pronto para seguir essa tendência irremediável que é
a de uma arquitetura consciente e responsável”
Luciana Teixeira,
coordenadora da Rede Habitat.
“Nós tínhamos como premissa inicial reproduzir uma obra sustentá-
vel, mantendo a relação de bem estar e praticidade da residência.
Como esta é uma residência investimento (para a venda posterior-
mente), pretendíamos construir uma casa que pudesse oferecer e
receber o uso comum de forma interessante e acolhedora. Desta
50 dez/14 rev/gbc/br
REFERENCIALGBCCASABRASIL®
forma, a casa toda foi implantada no térreo e o subsolo foi utiliza-
do como área técnica. Ou seja, esta é uma residência inteiramen-
te acessível para pessoas com necessidades físicas e famílias que
queiram ter uma convivência mais humana e próxima.” Ricardo
Doke, Doke.
•	 Gadia House – Barretos/SP
•	 Casa Eudoxia – Campinas/SP
“Conforme a aplicação do Referencial foi acontecendo, pude-
mos ir amadurecendo as ideias de sustentabilidade e estabe-
lecer melhor as diretrizes a serem aplicadas. Pretendemos que
a residência seja 90% sustentável em termos de energia, para
isso, realizamos a simulação energética da residência e pude-
mos comprovar que as soluções de arquitetura passiva implan-
tadas desde o início, estavam sendo bastante eficientes para a
redução do consumo energético total. Ela também utiliza muitos
materiais com conteúdo pré e pós- reciclável. Temos um contro-
le muito bom no item de gerenciamento de resíduos e estamos
conseguindo reciclar/reutilizar 100% dos resíduos gerados. Para
nos ajudar, contratamos uma empresa de logística, que separa
e envia para a empresa que recicla os materiais específicos. Na
parte de água, temos recuperação de água de chuva para ser
utilizada nos banheiros e na irrigação do jardim.” Ângela Macke,
Manati Engenharia e Consultoria Ambiental.
“Oprincipalmercadodeconstruçãociviléoresidencialeestemercadoestava
necessitadodeumacertificaçãoefetiva,comcritériosabrangentes,quetivesse
referênciasnacionaiseinternacionais,utilizando-secomobaseasnormasbrasileiras.”
Maria Carolina Fujihara,
Coordenadora técnica do projeto Referencial Casa®
.
“Topografia plana e de fácil acesso. O barracão de obras, feito
com tijolo de demolição e assentado com barro, de fácil mon-
tagem, desmontagem e transporte; foi totalmente reutilizado de
outra obra. A residência construída com EPS considerou todas
as premissas climáticas do local e o material ajuda a reduzir
o calor do exterior e manter o clima interno ameno. Incluímos
captação de água de chuva e armazenamento para 20 mil li-
tros de água. Todas as tubulações hidráulicas utilizam plásticos
não agressivos ao meio ambiente (como PEX e PPR), incluindo
o aquecimento de água para a piscina.” Bia Gadia, Gadia Arqui-
tetura e Proprietária.
revistagbcbrasil.com.br 51dez/14
referencial GBC CASA brasil®
•	 Baixa tarifa de água
O consumo de agua da área comum como: chuveiros, torneiras, e
captação pluvial, podem ser reutilizados para lavagens em geral, irri-
gação de jardim e nas bacias sanitárias de vestiários.
•	 Baixa taxa de luz
O sistema de aquecimento solar para os chuveiros e as janelas Full
Wall permitem iluminação integral e redução de até 33% na conta de
luz condominial. Com a energia captada sem acumulação é possível
iluminar o subsolo, onde fica a garagem.
•	 Gestão de condomínio
Após a entrega, o Terra Mundi terá 2 anos de consultoria de gestão
de condomínio assegurados pela NewInc. Focado em uma adminis-
tração autossustentável, o condomínio alcança mais economia, reuti-
lizando recursos naturais. Isso garante mais qualidade de vida e uma
administração a custos baixos.
•	 Acessibilidade
100% de acessibilidade nos apartamentos e em toda a área comum.
É mais respeito e qualidade na vida não apenas de portadores de ne-
cessidades especiais, mas também de idosos e temporários.
Primeiro edifício residencial
O primeiro projeto piloto registrado para o Referencial GBC Brasil
Casa®
para Edifícios
Residenciais é o Terra Mundi Jardim América, localizado em Goiânia/GO.
Uma das ferramentas que balizaram a definição do conceito do
condomínio Terra Mundi foram os itens descritos no Referencial
Casa®
. Mas o intuito não era obter apenas uma certificação, e sim
seguir os padrões reconhecidos por estes selos, e assim conduzir
a implantação de um projeto que atendesse ao máximo os requi-
sitos de sustentabilidade de construções. “Toda a estrutura con-
ceitual do selo já fazia parte de nosso planejamento em termos de
projeto, execução, entrega final e pós-entrega do empreendimento.
Com isso, firmamos um contrato de pleito ao selo piloto, e esta-
mos na fase inicial de compatibilização dos requisitos e créditos
necessários para a obtenção do mesmo”, afirma Claudio Carvalho,
diretor da NewInc. 
Características sustentáveis
•	 Taxa de condomínio reduzida
Devido ao menor consumo de água e energia das áreas comuns, as
contas do condomínio podem ser reduzidas em até 50%. Além disso,
todo o lixo reciclado é vendido, gerando receita para o condomínio.
Estão abertas as inscrições para projetos pilotos de
edifícios residenciais!
Devido ao grande sucesso da certificação para casas, e da
crescente demanda para certificação de condomínios hori-
zontais e verticais residenciais, o GBC Brasil inicia a fase piloto
para condomínios residenciais, que irá avaliar projeto e obra
para esta tipologia. Para maiores informações sobre inscrição
de pilotos, contate a organização.
Revista GBC Brasil | 2ª Edição | 2014
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  • 1. GREENBUILDING BRASIL 2014: POSIÇÃO DO BRASIL CONSOLIDA-SE NO CENÁRIO MUNDIAL Centro Empresarial Senado: arquitetura que revitaliza o entorno. GBCBRASIL REVISTA C O N S T R U I N D O U M F U T U R O S U S T E N T Á V E LANO1 / Nº2 / 2014 Processo integrado reforça multidisciplinaridade Parque da Cidade busca selo LEED ND em prol do compromisso com a cidade
  • 2. Apoio Institucional Apoio de mídia Realização OrganizaçãoApoio Especial 2015 11 a 13 de agosto de 2015 Transamerica Expo Center | São Paulo-SP6ªEDIÇÃO Água Qualidade Produto Energia Arquitetura & Projetos opção2opção3opção1 www.expogbcbrasil.org.br Água Qualidade Materiais Energia Arquitetura e Projetos A FEIRA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Garanta seu espaço, contate nossa equipe comercial: David Reyes +55 11 3893-1309 | david.reyes@clarionevents.com
  • 3. revistagbcbrasil.com.br ©BiancaWendhausen CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MEMBROS DO CONSELHO Manoel Gameiro - Trane - Presidente José Moulin Netto - Vice presidente José Cattel - Alcoa Celina Antunes - Cushman & Wakefield Mark Pitt - Sherwin Williams Rafael Rossi - Rossi Residencial Hugo Rosa - Método Carmen Birindelli - WTorre Daniela de Fiori - Walmart Convidada: Thassanee Wanick CONSELHO FISCAL Renato Alahmar - 3M Guido Petinelli DIRETOR GERENTE Felipe Faria EDITORA VIDA IMOBILIÁRIA BRASIL DIRETOR EXECUTIVO Luiz Sampaio lsampaio@vidaimobiliaria.com.br JORNALISTA Bruna Dalto - MTb 72943 revistagbc@gbcbrasil.org.br COMERCIAL comercial@vidaimobiliaria.com.br FINANCEIRO Ana Maria Carvalho acarvalho@vidaimobiliaria.com.br DESIGN GRÁFICO E EDITORIAL Yellow Group REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO VIDA IMOBILIÁRIA BRASIL Rua Apotribu, 139 – conj 93 Saúde - São Paulo - SP CEP 04302-000 Tel/Fax: 11 3565-0536 www.vidaimobiliaria.com.br O ano termina ainda sob a repercussão do enorme su- cesso que foi o 5º Expo Greenbuilding, consolidando- -se como o fundamental evento do setor da constru- ção sustentável em nosso país. Por este motivo, esta edição é dedicada aos conteúdos e informações mais relevantes difundidas no evento. Diante dos desafios constantes do mercado sus- tentável, estaremos acompanhando mais de perto a trajetória das empresas, as propostas e estudos dos consultores e fomentando a troca constante de infor- mação, levando a todos os nossos leitores e assinan- tes um conteúdo de qualidade e confiável. Para 2015, o que se espera é a constante busca pela causa sustentável e a consolidação da posição do Brasil no cenário global das certificações. E também fortalecer a proposta da revista GBC Brasil como referência dentro desse mercado. Boa leitura a todos! Um ano de grande força no setor LUIZ SAMPAIO DIRETOR EXECUTIVO Vida Imobiliária Brasil
  • 4. 4 dez/14 rev/gbc/br índice EDITORIAL....................................................> 3 COLUNA GBC...............................................> 6 GREEN PAGES FERNANDO HENRIQUE CARDOSO...........> 8 INOVAÇÃO...................................................> 12 PROJETOS EM DESTAQUE..........................> 16 CAPA GREENBUILDING BRASIL 2014.................> 22 EXPO GBC 2014 ..........................................> 32 GREEN CHOICE AWARDS ..........................> 36 PROCESSO INTEGRADO.............................> 38 ND/URBANISMO..........................................> 42 REFERENCIAL GBC BRASIL CASA...............> 46 TENDÊNCIAS................................................> 52 ECONOMIA..................................................> 54 GUIA DE MATERIAIS......................> 58 PLATAFORMA..............................................> 64 DEPOIMENTOS........................................> 66
  • 5. ©Trane 2014.Todos os direitos reservados. ATrane pertence à família de marcas da Ingersoll Rand, incluindo Club Car®, Ingersoll Rand® eThermoKing®. A Ingersoll Rand é um líder mundial na criação e sustentação de ambientes seguros, confortáveis e eficientes Esperamos a sua visita na Expo Greenbuilding Brasil, que será realizada de 5 a 7 de agosto no Transamerica Expo Center em São Paulo - SP. O nosso stand está localizado na rua B, número 7. Venha conhecer as inovações daTrane. Desenvolvidoporyoucanmkt.com Primeiro e único do mundo a receber o registro de Declaração de Produto Ambiental (Environmental Product Declaration), em linha com os requisitos da norma ISO 14025. Tal registro qualifica o resfriador a obter crédito material e de recursos para otimização e divulgação do produto na construção conforme a versão 4 da certificação LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design). Extremamente rigorosa, a avaliação do ciclo de vida realizada conforme os padrões ISO considera todas as fases do resfriador, incluindo a produção inicial das matérias-primas - como o cobre e o aço -, o consumo de energia durante sua vida útil média de acordo com o Air Conditioning, Heating and Refrigeration Institute (AHRI) e a recuperação de metais ao final da vida útil do equipamento. EarthWise™ CenTraVac™ Resfriador Centrífugo Primeiro resfriador com declaração de produto ambiental.
  • 6. 6 dez/14 rev/gbc/br coluna gbc A 5º edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo consolidou a Organização, nossos Membros e parceiros como uma das prin- cipais lideranças do movimento global de constru- ção sustentável. Foram 4500 visitantes, que vieram de praticamente to- dos Estados do país, além de 36 delegações estrangeiras. Nossa nova plataforma global de definição do conteúdo técnico educacional, “Call for Proposal”, reuniu cerca de 160 propostas vindas de todas regiões do mundo. Em 2014 foram 141 palestrantes, sendo 50 internacionais. A combinação entre atração das grandes marcas, presença no mercado em relação aos principais empre- endimentos e geração de negócios, bem como o rígido e competitivo processo de definição de conteúdo garantiram o alto nível técnico e profissional do Greenbuilding Brasil. Profissionais renomados e com larga experiência foram pa- lestrantes, expositores e participantes da 5º edição. As soluções expostas, os temas discutidos e as con- quistas celebradas evidenciam nosso alinhamento com os anseios de nossa sociedade no que tange a elevação do padrão técnico do mercado, a maximização do planejamen- to de modo a alcançar eficiência em sentido amplo, a qua- lidade ambiental interna sendo fortemente discutida em es- colas e hospitais por auxiliar na capacidade de aprendizado de alunos e recuperação de pacientes, nosso movimento ingressando fortemente na questão da edificação inserida em um contexto de planejamento urbano onde transporte, segurança, bem estar e qualidade de vida são prioridades. Do ponto de vista organizacional, o GBC Brasil orgu- lha-se e agradece imensamente a participação de todos nossos expositores por liderarem o desenvolvimento da economia verde do nosso setor, em especial aos nossos patrocinadores, a saber: Chevrolet, Daikin, Midea Carrier, Deca, CBA Votorantim Metais, Docol, Trane, Bayer, Bosch, Citibank, CTE, Cushman & Wakefield, Gerdau, Libercon, Otec, Otis, Shaw Contract Group e Tarket. A equipe do GBC Brasil, parceiros e empresas asso- ciadas espera encontrar todos na próxima edição da Con- ferência Internacional e Expo, Greenbuilding Brasil nos dias 11 a 13 de Agosto de 2015. Participação de delegações e números gerais da 5ª edição do Greenbuilding Brasil, conferem ao GBC Brasil uma forte liderança no cenário inter- nacional da construção sustentável. Consolidação de uma marca FELIPE FARIA, DIRETOR Green Building Council Brasil
  • 7.
  • 8. 8 dez/14 rev/gbc/br inovação GREEN PAGES 8 dez/14 rev/gbc/brdez/14 Fernando Henrique Cardoso ENTREVISTA O sociólogo, cientista político, filósofo, professor universitário e ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, foi o keynote speaker do 5º Greenbuilding Brasil, e através de sua vasta experiência como estadista brindou a todos os presentes na cerimônia de abertura com as convicções que nortearam seu período como chefe de estado, em que confrontou as principais nações do mundo desenvolvido no momento em que se discutiam as questões relacionadas ao aquecimento global colocando frente a frente o posicionamento dos países emergentes e das nações desenvolvidas. Nesta entrevista exclusiva, Fernando Henrique Cardoso reafirma a atualidade destas discussões e a importância do movimento sustentável liderado em nosso país pelo Green Building Council Brasil.
  • 10. 10 dez/14 rev/gbc/br inovação GREEN PAGES 10 dez/14 rev/gbc/br a ver com os meios de transporte rápidos e com a velocidade da informação do que ti- nha a velha sociedade industrial. Nas novas, a qualidade de vida pesa mais que o produti- vismo, os serviços se expandem mais rapida- mente do que as fábricas, estas são “limpas” ecologicamente e os cidadãos, sendo consu- midores, exigem qualidade em tudo, incluin- do no meio ambiente e na sustentabilidade a longo prazo das condições saudáveis de vida no planeta. Conhecendo a máquina pública Brasilei- ra e acompanhando o descrédito político frente inúmeros escândalos de corrup- ção, por vezes atribuídos a razões sistê- micas, quais mudanças políticas estru- turais devem ser consideradas para que os diferentes níveis de Governo possam maximizar esforços e se apresentarem capazes de acelerar o desenvolvimento da chamada economia verde, alinhando desenvolvimento econômico com redu- ção dos recursos naturais, mitigações dos impactos sócio ambientais, melhoria da qualidade de vida e bem estar? FHC. A mais urgente é a reforma política, que implica em mais informação e mais trans- parência. Para me limitar a poucos pontos: proibir que partidos que não atinjam um por- centual mínimo de votos tenham acesso aos recursos do Tesouro (Fundo Partidário) e re- presentação própria no Congresso; proibição de alianças entre partidos nas eleições de de- putados e vereadores; financiamento privado restrito às pessoas físicas ou a empresas, mas com limite baixo (um milhão de reais, se tanto, por empresa) com proibição de doar a mais de um candidato majoritário ou a mais de um partido nas eleições proporcionais; restrição do marquietismo na propaganda gratuita pela TV. Com um Congresso mais representativo será mais fácil exigir legislação que proteja o meio ambiente, que cuide das pessoas e sobretudo que transforme a pres- tação de serviços pela exigência de qualida- de profissional dos funcionários públicos, em lugar do atual sistema de apadrinhamento e nomeação de militantes para cargos que vão ser importantes nos serviços sociais dos go- vernos (educação, saúde, trânsito, etc...) Diversas edificações existentes que pas- saram por reformas visando certificação de construção sustentável conseguiram, com baixos investimentos, reduzir cerca de 20% o consumo de energia e 30% o consumo de água. Diante a grande opor- tunidade das reduções, as taxas de "pay back" são de curto prazo. Eficiência ener- gética e uso racional de água despon- tam como um negócio rentável e alinha- do com as necessidades do país. Cabe somente ao Governo estimular a prática da reforma nas edificações com foco em eficiência? As Instituições Financeiras devem auxiliar de forma mais agressiva neste processo de reforma? FHC. Sem que o poder público participe, re- gulamentando e incentivando a construção verde, o setor privado, por si só, será insu- ficiente para uma evolução mais rápida na matéria. Mas isso não pode ser escusa para que as instituições financeiras deixem de auxiliar este processo fundamental de mu- dança na direção de construções mais afins com a melhoria da qualidade delas e de sua sustentabilidade ecológica. Atualmente milhares de Organizações sem Fins Lucrativos militam na área da sustentabilidade, buscando transforma- ções sistêmicas no que tange as ativida- des de mercado, ações públicas ou práti- cas de consumo, equilibrando os aspec- tos sociais, ambientais e econômicos. A que o Sr. credita o surgimento e a força destes movimentos? FHC. Estes movimentos são típicos das so- ciedades contemporâneas que se organizam “em redes”: associações voluntárias, ong’s, grupos de internet etc. Elas têm a ver com a diminuição da capacidade do poder público de atender às demandas sociais, que são crescentes, e têm a ver também com o fato de vivermos em uma sociedade do conhecimen- to, ativada pelo desenvolvimento tecnológico e pela ampliação das informações via internet. Já temos discussões na ONU acerca do PIB Verde, considerando vertentes so- ciais, ambientais e econômicas para sua mensuração, certo que, crescimento do PIB sem melhoria de serviços públicos e qualidade de vida não é sinônimo de avanço. A receita gerada pela contrata- ção de segurança privado, por falta de segurança pública nas cidades, deixará de ser um número bem visto na mensu- ração do PIB, ao contrário da compra de painéis fotovoltaicos para geração de energia renovável. Estamos iniciando uma nova "revolução industrial"? FHC. Sem dúvida a “revolução industrial” típi- ca do século XIX, a da máquina a vapor e etc, pertence ao passado. As sociedades do co- nhecimento contemporâneas têm muito mais
  • 11. revistagbcbrasil.com.br 11dez/14 inovação revistagbcbrasil.com.br 11dez/14 O Sr. participou como "Keynote Speaker" da 5º edição do Greenbuilding Brasil, onde as principais lideranças da indústria nacional e internacional de green building es- tavam presentes e ovacionaram de forma eloquente sua explanação. Como foi esta experiência junto à comunidade de green building e qual a importância das atividades do Green Building Council Brasil para o país? FHC. Para mim foi muito prazeroso ver que a comunidade empresarial prestigia o Green Building Council do Brasil e que este é uma alavanca importante para que possamos ingressar, de fato, no rol dos países que pertencem ao que se chama de sociedades não só modernas, mas contempo- râneas, que querem ver o PIB crescendo, mas, sobretudo, querem que a maioria seja incluída no desenvolvimento do país e se beneficie de uma qualidade de vida melhor.
  • 12. 12 dez/14 rev/gbc/br inovação Primeiro EcoCommercial Building da América Latina conquista LEED-NC Platinum Projeto já existente em seis países traz ao Brasil novo conceito em construção sustentável para edifícios comerciais
  • 13. revistagbcbrasil.com.br 13dez/14 inovação A pós dois anos de estudos de viabilidade a Bayer Mate- rial Science, uma das divisões de negócios do Grupo Bayer lançou o primeiro EcoCommercial Building (ECB) da América Latina. Inaugurado em São Paulo, o edifício foi criado para conscientizar o mercado da construção civil sobre os diferentes materiais e tecnologias disponíveis em prol da sustentabilidade. Nele, será possível transferir a energia solar não utilizada no edifício para outros prédios localizados dentro da sede da empresa. Com um modelo de construção industrializado, que gera economia significa- tiva de mão-de-obra, além de garantir maior agilidade e um amplo conjunto de soluções que diminuem o uso de equipamentos elétri- cos, como isolamento térmico  e elementos de entrada de luz natural, o impacto no custo foi equivalente ao de uma obra tradicional de mesma proporção. Eco Commercial Building: Programa Global da Bayer para desenvol- vimento de edifícios sustentáveis adaptados ao clima de cada região do planeta. • ECB BÉLGICA (2009) – Eficiência energética 40% - Geotermia + Solar • ECB ALEMANHA (2009) – Autossuficiente – Geotermia + Solar • ECB EUA (2010) – Autossuficiente - Solar captada nas fachadas e teto • ECB ÍNDIA (2011) – Autossuficiente – Maior pontuação LEED no Mundo (Platinum) • ECB CHINA (2013) – Autossuficiente – Energia solar • ECB BRASIL (2014) - Autossuficiente – Energia Solar+ Tec. pas- siva + Clima brasileiro
  • 14. 14 dez/14 rev/gbc/br inovação Ao levar em consideração as particularidades do local onde o edifício foi erguido, na sede da Bayer, houve uma queda significativa no custo de operação do prédio, que consome muito menos energia e água, além de ter uma maior durabilidade para uso em função dos materiais utilizados. Itens como ventilação, iluminação natural, aproveitamento de água da chuva, utilização da energia solar e até a temperatura também foram implantados com máxima importância. “A soma disso ressultou em um prédio com alta eficiência energética e 98% de insumos produzidos por empresas locais”, comenta Fernando Resende, Head do EcoCommercial Building no Brasil. “Consideran- do as megatendências previstas para as próximas décadas, edifícios como este podem se tornar soluções de médio a longo prazo para esta questão, pois são capazes de economizar até 100% de energia, como já acontece em outros ECB no mundo”, reforça. Para viabilizar a construção do ECB e de prédios sustentáveis para o mercado de construção em geral no Brasil, a Bayer conta com o apoio de 13 empresas parceiras, que fazem parte de um grupo de mais de 90 companhias no mundo todo. Cada uma, dentro de sua ex- pertise, contribui significativamente para a realização de tais projetos. Principais características do ECB Brasil • Início operação: Fevereiro 2014 • Concepção sistêmica: planejamento + tecnologias + operação • Integração com o clima para melhores resultados • Baixa emissão de carbono • Tecnologias disponíveis no Brasil • Custo final competitivo • Alta eficiência uso da água > 50% • Qualidade nos ambientes internos • Materiais duráveis • Alta eficiência energética > 70% • Avanço energético anual simulado positivo: excedente retorna para o site • Energia solar • Certificação LEED-NC Platinum • Desempenho em tempo real: energia, água e emissões • Soluções baseadas em tecnologias e expertise de parceiros do Programa ECB Confira abaixo os principais detalhes aplicados pelo Programa Eco- Commercial Building no Brasil: Energia e conforto · Bayer Material Science As coberturas e as fachadas do EcoCommercial Building são feitas com chapas de policarbonato Makrolon® de alto desempenho. O material permite que a luz natural seja aproveitada, retendo até 50% do calor, com baixíssimo peso, o que reduz custos com estruturas. Painéis com núcleo de poliuretano (PU) garantem o isolamento térmi- co do edifício, reduzindo até 90% o calor transmitido por coberturas e paredes. Além disso, a tecnologia diminui significativamente a es- pessura de isolamento e possibilita grande velocidade de execução. Para tornar o ambiente mais saudável e aumentar a durabilidade do prédio foram aplicadas tecnologias de PU a base de água em tintas, adesivos e selantes. · Parceiro: Thermopol Isolamento térmico em spray de secagem rápida. O material é aplica- do em  coberturas e fachadas existentes para garantir maior conforto térmico e menor consumo de energia, sem interromper a operação do edifício. · Parceiro: Schneider Electric Sistemas de automação e controle – em tempo real – a fim de ga- rantir menor consumo de energia, melhor aproveitamento de luz e
  • 15. revistagbcbrasil.com.br 15dez/14 inovação ventilação natural. Além de tecnologia para utilização de energia solar. · Parceiro: Bosch Sistemas de aquecimento de água solar e a gás, ferramentas elétricas, que trazem mais produtividade. Soluções focadas em seguran- ça, que vão desde o controle de acesso até o monitoramento e proteção contra incêndio. Acessibilidade · Parceiro: Andaluz Acessibilidade e Acesso Adequação e sinalização para pessoas com deficiências físicas e visuais. Materiais Sustentáveis · Parceiro: Artecola Selantes, espumas de fixação, adesivos e impermeabilizantes – da linha AFIX – que contém baixo teor de COV (Compostos Or- gânicos Voláteis), seguindo o conceito de reciclar, reduzir e reutilizar. · Parceiro: Grupo FCC Argamassa DunDun: material polimérico es- pecialmente desenvolvido para o assenta- mento de tijolos ou blocos na construção de paredes com aplicação direta em bisnaga, sem a necessidade de adição de outro ma- terial. O produto, à base de água, tem baixa emissão de COV e também contribui para o aumento da produtividade na obra em até três vezes. · Parceiro: Henkel Linha de adesivos à base de poliureta- no: Loctite PURBOND®  para colagem dos elementos estruturais do forro do edifício. Livre de formaldeído, o adesivo também é isento de solventes e, consequentemente, inodoro. Linha de selantes com tecnologia Flextec® : Cascola Flextec FT 101 para juntas de dila- tação e acabamento de louças sanitárias. Livre de solventes orgânicos, possui tecnolo- gia exclusiva que sela, une, fixa e preenche a maioria dos materiais. É certificado com o Selo SustentaX, que atesta a qualidade do produto para construções verdes. · Parceiro: NS Brazil Ampla linha de pisos, resinas, impermea- bilizantes e revestimentos, com baixo teor de COV. Tratamento e reuso de água · Parceiro: Aquabrasilis Tratamento da água da chuva utilizada no es- pelho d’água localizado no edifício, e bacias sanitárias – que totalizam 33% de economia no consumo de água geral.  Consultoria · Parceiro: Command Commissioning Consultoria em comissionamento do edifício, item necessário para a certificação LEED (Le- adership in Energy and Environmental De- sign). A empresa colabora para que todos os requisitos de sustentabilidade e operação do edifício projetados sejam implementados. · Parceiro: Cushman&Wakefield  Consultoria responsável pelo processo de certificação LEED, concedido pelo USGBC, através do GBCI (Green Building Certification Institute). O LEED faz parte de um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países. A certifi- cação incentiva a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações. · Parceiro: Loeb Capote Responsável pelo projeto de arquitetura do edifício. O escritório desenvolveu o conceito com o que há de mais moderno em termos de construções sustentáveis, sem deixar de lado a estética e o conforto de seus ocupantes. · Parceiro: TÜV Rheiland Serviços de consultoria em construção sus- tentável, envolvendo comissionamento técni- co de edifícios e certificações diversas.
  • 16. 16 dez/14 rev/gbc/br projeto em destaque rev/gbc/brago/1416 Colégio Positivo: LEED for Schools - Gold O LEEd certificou, no dia 11 de junho, a primeira escola nível ouro no Brasil, o Colégio Positivo Internacional projeto em destaque
  • 17. revistagbcbrasil.com.br 17dez/14 projeto em destaque I naugurado em 2013, o Colégio possui 7.000 m², compostos por dois blocos de dois pavimentos e está localizado em Curitiba/ PR. Sua construção já era pautada com critérios sustentáveis, com ênfase no aproveitamento de iluminação natural e ventila- ção natural, contudo não havia interesse na certificação. “Quan- do fomos contratados, o design da escola já estava concluído. A primeira coisa que notei no projeto foi a arquitetura excepcional. A iluminação natural já tinha sido cuidadosamente considerada e já havia ventilação cruzada nas salas de aula”, contou Guido Petinelli, diretor Geral da consultoria Petinelli. “Sugerimos a oportunidade de conquistar o LEED e eles estavam abertos para a oportunidade. O desafio era fazê-lo sem incrementar o investimento pré-estabelecido. E nós conseguimos”, completou. Um dos principais diferenciais nas salas de aula do Colégio Positi- vo Internacional é o conforto térmico experimentado, mesmo sem a presença de ar condicionado. Isso é proporcionado pela ventilação natural cruzada, com a presença de amplas janelas e porta em lados opostos das salas, além de vidro laminado nas janelas, capaz de per- mitir a entrada de luz, mas não de calor. Outro ponto que permite o conforto térmico é o telhado branco de todo o prédio, que reflete os raios solares e evita as chamadas ilhas de calor. Iluminação Através de estudos luminotécnicos detalhados, foi possível reduzir o número de luminárias por sala, de 12 para 9. Para não comprometer o nível de iluminância, foram especificadas luminárias mais eficientes. Seu custo mais elevado é compensado pela redução da quantida- de de equipamentos instalados. De acordo com Petinelli foi possível reduzir cerca de US$ 600 por sala de aula, num total de 25 salas e investir esse dinheiro em outras partes do edifício. Ao utilizar equipamentos eficientes, especificar superfícies claras e di- mensionar o sistema corretamente foi possível reduzir em 42% a potên- cia do sistema de iluminação. A densidade de potência de iluminação (DPI) das salas de aula do Colégio Internacional (8,43 W/m2 ) é a metade da potência das demais escolas existentes no Grupo Positivo (17,3 W/ m2 ). A iluminação de todas as salas, corredores, banheiros e escritórios, é controlada através de sensores de presença. A economia de energia, que era da ordem de 42% devido à redução de potencial de iluminação, melhorou para 48% com a adição dos sensores de presença. Preocupação com a água • Arejadores foram instalados nas bicas das torneiras, misturando ar à água e diminuindo a evasão: 1,8 litro por minuto em vez dos seis litros por minuto de uma torneira comum.  • A água da chuva é reaproveitada, sendo armazenadas em três reservas com capacidade para 5 mil litros cada. • O paisagismo foi pensado para evitar ao máximo a irrigação arti- ficial, contando apenas com plantas nativas do Paraná. Quando a irrigação é necessária, são usadas as águas pluviais armaze- nadas nas reservas.
  • 18. 18 dez/14 rev/gbc/br projeto em destaque planejamento das entidades públicas que muitas vezes não sabem o que fazer. “Somente a partir de o fato estar consuma- do é que o poder público entende os erros e acertos da revitalização dos entorno”, afir- ma o arquiteto Edo Rocha. “O importante é que as cidades ou bairros tenham um projeto inicial feito por um urbanista que crie as di- retrizes para implantação correta das vias e dos serviços públicos necessários e que va- Arquitetura que revitaliza o entorno: Centro Empresarial Senado U m empreendimento bem suce- dido muda por consequência seu entorno. Porém nem sem- pre o incorporador ou o arqui- teto consegue interferir nestas consequências em função das várias restri- ções da legislação. O poder público e tam- bém os incorporadores, muitas vezes, não conseguem ver ou antever estas interferên- cias e só conseguem identificar os benefícios quando a ocupação muitas vezes é pressio- nada pelo mercado. São Paulo é um exemplo típico de uma enorme variedade de situações como estas onde o mercado força a mudan- ça do zoneamento. A maioria dos projetos urbanos de uma ci- dade é feita com um zoneamento preliminar sem atualização. O mercado é quem dita as regras do desenvolvimento e muitos bairros entram em decadência por falta de visão e
  • 19. revistagbcbrasil.com.br 19dez/14 projeto em destaque lorizem e criem núcleos de interesse e crescimento sustentável do entorno”, completou. Segundo Rocha, existem vários pontos importantes para aproveitar o melhor de um terreno para valorização dos investimentos: - Conhecer as restrições legais, qual o potencial construtivo e que limites são impostos pela legislação e pela prefeitura; - Saber qual é a vocação do terreno tanto pelas restrições de uso im- postas pela prefeitura/zoneamento como pelas opções das vocações que o terreno tem em relação ao mercado; - Compreender as características físicas do solo e do subsolo, orien- tação e localização, sendo esta, muitas vezes, um fator determinante da vocação do terreno; - Entender qual é o produto que o incorporador quer e como adaptá- -lo ao terreno ou qual é a melhor proposta de produto arquitetônico a ser projetado e construído.   CENTRO EMPRESARIAL SENADO PETROBRAS O CES foi um projeto que compreendeu todas as dificuldades da legis- lação e limites de sua construção tornando-se um projeto que tirou o maior proveito do seu terreno. O seu entorno estava em uma área antiga sem a menor potencialidade de revitalização e em decadência urbana histórica: o famoso bairro da Lapa, no Rio de Janeiro/RJ. O projeto é do escritório Edo Rocha Arquitetura e a construção da WTorre Engenharia e Construção. As empresas Edo Rocha Arquiteturas Fundada em 1974 Mais de 1000 projetos realizados Mais de 15.500.000 m² projetados entre arquitetura e arquitetura de interiores Pioneira no desenvolvimento de arquitetura corporativa de interiores no Brasil Certificação Leed em mais de 726.000 m² pelo GBC Brasil 75 % de fidelização dos clientes WTorre S.A. Fundada em 1981 10 milhões m² construídos Mais de 507.000 m² certificados pelo USGBC e mais de 406.000 m² em processo de certificação Atua nas áreas de engenharia e construção, propriedades comerciais, desenvolvimento imobiliário, centros logísticos, shoppings centers, entretenimento e infraestrutura.
  • 20. 20 dez/14 rev/gbc/br projeto em destaque “O Projeto do Edifício Senado no centro da Lapa no Rio de Janeiro não é apenas uma obra de arquitetura, mas uma interferência, uma mudança e um exemplo fantástico de como se recuperar áreas urbanas degradadas dando a elas uma nova vida, uma nova vocação.” Edo Rocha Características do projeto arquitetônico Com a evolução dos negócios do pré-sal, a Petrobras necessitava de um espaço maior para a sua sede. A premissa básica era cons- truir torres com o maior potencial de tamanho de laje e maior perí- metro possível. Devido às limitações impostas pelo zoneamento, a solução foi colocar o conjunto em diagonal, evitando o paralelismo às ruas e permitindo a refletividade do entorno. O projeto criou um prisma envidraçado, com lajes de 5,2 mil m² divididos entre os dois blocos. Área do terreno: 17.550,54 m² Área Construída: 184.035,00 m² Jardim Burle Marx Área locável: Bloco A – 53.916,25 m² Bloco B– 41.257,38 m² Total - 95.173,63 m² Área de Laje: 2.560m² por bloco Total - 5.120m² O projeto de renovação urbano no entorno do C.E.S. é uma atitu- de que não só renovou e conservou bens históricos como revitali- zou o equipamento urbano, criando ainda um grande reservatório de retenção e macrodrenagem. Este sistema é um dos equipa- mentos que evitará as enchentes e dará segurança ao bairro e ao entorno. Outras grandes mudanças também foram levadas em consideração: • Recuperação e nova vocação urbana; • Preservação valor histórico da região; • Valorização econômica do bairro; • Revitalização do comércio e serviços; • Valorização ao patrimônio e a cultura. Já em seu entorno foram implantadas melhorias urbanas como: • A restauração dos imóveis da Garagem Poula e Solar do Mar- ques do Lavradio; • A qualificação da segurança na ligação da Rua dos Inválidos ao Campo de Santana; • Plantação de 1.600 árvores em uma área pobre em espaços verdes. O Átrio - Com 929 metros quadrados de área construída, o átrio é o grande protagonista. Para ele se voltam as fachadas internas dos edifícios, a cobertura de vidro e três passa- relas, promovendo a interface dos diferentes elementos arquitetônicos. Fachada Ventilada - Por uma questão de eficiência energética, determinou-se o isola- mento entre o pilar e toda a área de fachada, e a estrutura do prédio. É praticamente um isolamento térmico para evitar o aquecimento do pilar e, consequentemente, da estrutura. Parte dos pilares estruturais fica aparente, tanto nas fachadas externas como internas, compondo frisos revestidos com painéis de alumínio composto que marcam o edifício verticalmente. Para garantir a eficiência tér- mica das fachadas externas utilizou-se a composição de vidro, painéis de alumínio composto e painéis cerâmicos para fachada ventilada. Uso racional de energia - A redução do consumo de energia pode se dar através de sistemas muito simples como utilização de iluminação natural, sensores de presença e sensores fotovoltaicos para iluminação e au- tomação, além de sistemas mais complexos de monitoramento, controle de ar-condicio- nado e geradores em horários de pico. Iluminação Natural - A orientação do pré- dio é fator preponderante para a equação do consumo de energia e uso correto da ilumina- ção natural. O uso de átrios internos e maior perímetro permite maior quantidade de luz natural. E uso de vidros laminados com baixa reflexão oferece maior economia energética.
  • 21. revistagbcbrasil.com.br 21dez/14 projeto em destaque Teto Verde - O sistema de telhado verde funciona como um jardim em tapete, e sua tecnologia está no avançado substrato, muito leve e durável (taxa de decomposição de 1% ao ano) que reproduz em poucos centímetros a espessura de metros de terra convencional. Permite gramados de livre pisoteio, paisagis- mo, hortas, arbustos e árvores - sem restrição de uso e espécies. Premiações: • Fiabci Prix D’excellence 2014 • Prêmio Master Imobiliário 2013 • Ademi Rj - Wtorre Engenharia • X Grande Prêmio Arquitetura Corporativa 2013 • Highly Commended Bloomberg 2010 Certificação: LEED for Core and Shell – v2 Prata Pontos atingidos 32 Espaço sustentável 09 Eficiência de água 03 Energia e atmosfera 06 Materiais e recursos 06 Qualidade ambiental interna 03 Inovação e Processo 05 Total 32
  • 22. 22 dez/14 rev/gbc/br CAPA O Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – é considerado o maior evento de constru- ção sustentável da América Latina e foi realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo/SP, nos dias 5, 6 e 7 de agosto. CAPA
  • 23. revistagbcbrasil.com.br 23dez/14 CAPA E m sua quinta edição, o evento su- perou as expectativas, recebendo cerca de 4.500 visitantes, entre profissionais e congressistas de 32 países que puderam assistir palestras e interagir com grandes nomes do mercado sustentável, capacitar-se profissio- nalmente nos cursos e sessões educacionais realizadas ao longo do evento e conhecer as novidades dos 63 expositores. A abertura do evento se deu com a participação do ex-pre- sidente da república, Fernando Henrique Car- doso, que possui grande engajamento com questões relacionadas à sustentabilidade ao longo de sua carreira. Na ocasião, o político falou sobre o cenário atual do mercado das construções sustentáveis no país e tocou em pontos como as projeções para o desenvolvi- mento social, político e socioeconômico foca- das no assunto. “Hoje, mais do que nunca, a construtora e o cliente final enxergam a vanta- gem de se projetar e adquirir um imóvel com selo verde. Mais do que pensar em econo- mizar, esses indivíduos estão preocupados com o bem-estar do meio ambiente, algo que não se percebia antigamente”, declarou FHC. Felipe Faria, diretor da Green Building Coun- cil Brasil, acredita que o evento ocorreu em um momento importante no que diz respeito ao desenvolvimento do segmento no Brasil. “A realização do evento ocorre logo após a consolidação do Brasil como um dos líde- res em matéria de certificação em constru- ção sustentável, sendo que chama atenção a diversidade de tipologias de edificações, são escolas, restaurantes, hospitais, plantas industriais, data centers, lojas de varejo, es- tádios, edificações existentes, ou seja, hoje o movimento se expande não estando restri- to aos edifícios comerciais de alto padrão”, afirmou. Após a solenidade, Felipe Faria, em companhia de Fernando Henrique Cardoso e conselheiros do Green Building Council, fize- ram o “corte da faixa” que simbolizou, oficial- mente, o início da 5ª Greenbuilding Brasil. A Exposição contou com a presença das prin- cipais marcas que despontam em matéria de produtos, serviços e experiência destinada a indústria da construção sustentável. Os visi- tantes tiveram a oportunidade de conhecer as empresas que, através de suas soluções se destacam por alinharem desenvolvimento econômico com redução do uso de recursos naturais, mitigação dos impactos socioam- bientais, melhoria da qualidade de vida e bem estar. Greenbuilding Brasil consolida-se como o mais importante evento do setor na América Latina
  • 24. 24 dez/14 rev/gbc/br CAPA Vocês representam esta consciência viva de que é possível construir bem, ganhar dinheiro e ao mesmo tempo passar deste processo mais geral que é passar da quantidade para a qua- lidade e oferecer melhor perspectiva de vida e qualidade. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República “ “
  • 25. revistagbcbrasil.com.br 25dez/14 CAPA Segundo o diretor comercial da Midea Car- rier, Marcos Torrado, participar da feira foi uma excelente oportunidade para mostrar o comprometimento da empresa em bus- car soluções sustentáveis para o setor de climatização. "Afinal, mais de 40% do con- sumo de energia em edificações pode es- tar relacionado ao sistema de climatização, principalmente, refrigeração e aquecimento", disse. Torrado explicou que a escolha de um sistema correto, ou seja, bem dimensionado, energeticamente eficiente e atento ao trata- mento do ar pode render até 30 pontos para a classificação. "A Carrier é a única marca do Brasil autorizada pelo GBC a emitir certifica- dos LEED 101, treinamento fundamental para aqueles que querem aprender os conceitos básicos sobre edificações sustentáveis, com a certificação ambiental LEED", complemen- ta. Durante o evento, a Midea apresentou no estande seu mais recente lançamento, o VRF da série V5X. O produto é uma solução de alta eficiência para grandes empreendimen- tos e construções verdes. A união de tecno- logias avançadas torna o equipamento capaz de reduzir até 15% de energia, se comparado com modelos anteriores. De acordo com o gerente de Marketing de Produto da Midea Carrier, Rodrigo Teixeira, a chegada do novo sistema traduz o empenho da companhia pe- las melhores práticas do setor, visando uma integração cada vez maior de tecnologias que contribuam para ações sustentáveis. Também foram exibidos produtos da linha VRF, soluções de ponta para aplicações co- merciais com ampla faixa de operação, troca- dor de calor de alto desempenho e também instalação e manutenção fáceis. Outro desta- que é o MDV+4W, da Midea, que utiliza larga faixa de operação térmica que resulta em fun- cionamento estável e seguro na climatização de grandes empreendimentos comerciais. O equipamento refrigera ambientes na faixa de -5o C a 48o C ou aquecer entre 20o C e 27o C.
  • 26. 26 dez/14 rev/gbc/br CAPA Programa de Conferências Reconhecido como o principal espaço voltado à discussão da construção sustentável na América Latina, o Greenbuilding Brasil realizou o seu tradicional programa de confe- rências em paralelo à exposição. Na ocasião, mais de 1.000 congressistas e 141 pales- trantes (dos quais 50 estrangeiros) tiveram a oportunidade de discutir temas importantes, como por exemplo, as edificações sustentáveis e sua operação; códigos, normas e selos para edifícios sustentáveis; a gestão do uso da água como ferramenta para a redução da pegada hídrica; entre outros. Além de cases bem-sucedidos, como as “Favelas como modelos de sustentabilidade LEED – O caso do Vale Encantado”, que ilustrou a forma pela qual uma abordagem baseada na metodologia LEED pode ser utilizada para me- lhorar as situações de vivência e economia de favelas; e o “Edifício ECB Brasil Bayer - Concepção integrada para autossuficiência em energia”, que mostrou as vantagens e inovações dentro de um edifício sustentável construído na sede da Bayer. Além disso, a apresentação dos projetos do Referencial GBC Brasil, iniciativa do GBC Brasil, que nesta edição premiou dois projetos dos 9 projetos pilotos que atingiram os pré-requisitos para construção sustentável em projetos residenciais e visitas técnicas foram realizadas durante a programação completa do evento.
  • 28. 28 dez/14 rev/gbc/br CAPA Já a General Motors, além de comprovada responsabilidade em matéria de construção sustentável frente a certificação LEED Gold de sua nova fábrica de Joinville, destacando-se a tecnologia de painéis solares para geração de energia e aquecimento de água, reduzindo 28,1 ton de CO2/ano, e o sistema de osmose reversa para o tratamento de 22,9 milhões de litros de água por ano, a GM também levou a Expo sua expertise e tecnologia de carro elé- trico, expondo aos presentes o Volt.
  • 29. revistagbcbrasil.com.br 29dez/14 CAPA Produtos como o VRV Inova, da Daikin, pro- porcionam incrível economia de energia quando comparados com sistemas conven- cionais, com isso este equipamento diminui o custo operacional dos empreendimentos. Outro ponto favorável é que a eficiência ener- gética deste equipamento atende aos crité- rios do crédito de Energia e Atmosfera do LEED. O novo VRV Inova, com módulos de até 22HP em uma única unidade e os mais altos índices de eficiência do mercado, que traz novidades no inovador sistema de res- friamento das placas eletrônicas através do gás refrigerante, serpentina em formato G com 3 filas e 50% maior área de troca que os modelos anteriores. O VRV Fit veio para o GBC Expo com a menor área de piso do mer- cado, favorecendo empreendimentos que dispõem de pouca área útil para instalação do condicionador de ar.
  • 30. 30 dez/14 rev/gbc/br CAPA Não adianta a gente criar um ambiente sustentável, com uma série de qualidades e especificações e que depois o usuário final não se apropria delas, então a certificação cuida de tudo isso, porque você tem a certeza de que os produtos que você está utilizando, são produtos de origem controlada, que o processo de obra também foi controlado, e que as pessoas que vão utilizar também controlem. Moema Wertheimer - Diretora da Moema Arquitetura e Engenharia Um evento como o Greenbuilding é de enorme importância porque muitas pessoas se envolvem no movimento que está gerando um melhor futuro e mudando o valor das pessoas que estão envolvidas com a indústria da construção para mitigar os efeitos da mudança climática, mas sobre tudo garantir que tenhamos a biodiversidade que temos hoje, também no futuro. Cristina Gamboa - CEO da Green Building Council Colômbia O trabalho que nós, arquitetos, empenhamos em nosso dia a dia, de incentivar, recomendar tec- nologias a quem constrói é um trabalho de ‘formiguinha’. Por isso é fundamental eventos como a 5ª Greenbuilding Brasil, para ajudar a engrossar o nosso coro de forma mais abrangente. Beatriz Ansay - Mais Valor Arquitetura É extremamente importante que, em uma conferência como esta, pos- samos definir as formas de trabalhar com o governo, onde você pode trazer diferentes agentes do mercado, para juntos trabalharem. Os Green Buil- ding Councils podem ser um bom caminho para isso. Arab Hoballah - Chefe Consumo e Produção Sustentáveis UNEP – ONU Participamos, em Agosto último, da 5a EXPO GBC Brasil, em SP. O evento confirmou o clamor mundial pelo cuidado com o meio-ambiente, que transcende o mundo da construção civil, e chega no limite da mudança de cultura como alavanca capaz de frear a destruição do já desgasta- do planeta e seus recursos. Tive a oportunidade de fazer anotações das palestras do congresso e resu- mir seu conteúdo, enviando aos colegas arquitetos mais próximos. Edson Lima, Lima & Lima Arquitetos No momento em que o merca- do passa a ver uma valorização diferente do prédio inteligente que poupa daquele que não poupa. Aí você vai ter progresso. É o que está acontecendo no Brasil. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República Depoimentos “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ CAPA
  • 31. revistagbcbrasil.com.br 31dez/14 CAPA Assim como nas edições anteriores, a estrutura dos estandes e a escolha dos temas e palestrantes foram determinantes para o suces- so do evento. Juliana Reinhard - Trane do Brasil Todas as palestras em que estivemos presentes estavam lotadas. Isso sem falar no público que esteve presente em nosso estande, daqui do Brasil e do exterior, com o interesse de conhecer nossos lançamen- tos e fazer negócios. Rafael Zan – Deca O público, não só os meus clientes, mas as pessoas com quem conversei aqui no evento possuem consciên- cia da importância da causa verde, da necessidade de incluir este tipo de construção no Brasil. Além de benefícios, financeiramente falan- do, uma edificação feita à base de EPS, por exemplo, é construída muito mais rápida do que um pro- jeto de alvenaria. Sadi Lima Júnior - Construtiva do Brasil O principal chamariz do nosso negócio é ser eficiente, em todos os sentidos, inclusive no campo da sustentabilidade. Se conseguir- mos inserir os nossos serviços em empresas que possuem esta men- talidade, como as que estão aqui presentes, o ciclo se completa, e para nós é uma satisfação. Sidnei Santos - Biópoles Eco Parece que foi ontem que fun- damos essa ONG, contudo já se passaram sete anos... Naquela época imaginávamos que a ONG teria um futuro muito promissor, entretanto nem o maior dos sonhadores poderia imaginar a nossa atual veloci- dade de crescimento. Manoel Gameiro - Presidente do Conselho do GBC Brasil O movimento de Green Buil- ding funciona muito bem por que é guiado pelas forças de mercado, que oferecem oportu- nidades diversas para as pessoas envolvidas. Thomas Mueller – CEO Green Building Council Canadá Vamos passar da quantidade para a qualidade e isto ocor- rerá no momento da cons- cientização crescente. Esta consciência virá. Os países que conseguirem avançar mais nisso serão os vencedores do futuro. E vejo que está plateia mostra isso, no caso do Brasil esta mudança foi rápida. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ “ CAPA
  • 32. 32 dez/14 rev/gbc/br expo gbc 2014 Como foi a sua experiência durante a Conferência Internacional 2014 Greenbuilding Brasil e Expo? Você acha que o evento sa- tisfaz as expectativas dos Delegados do World GBC? O evento mais do que correspondeu às expectativas: a sessão de abertura com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi verda- deiramente impressionante, como foi o amplo leque de sessões inte- ressantes que foram todas visitadas. Os nossos anfitriões do Green Building Council Brasil destacaram-se na criação de um evento me- morável e inspirador. Um dos slogans do Greenbuilding Brasil é "o lugar para apren- der e ensinar", uma vez que a maioria dos participantes, pales- trantes e conferencistas têm um grande conhecimento sobre os edifícios verdes e indústria da construção. Qual é a sua im- pressão sobre os profissionais da construção sustentável no Brasil? O setor da construção no Brasil tem um enorme potencial: é vibran- te, está se desenvolvendo muito rapidamente, e em um mercado tão dinâmico existe uma verdadeira agitação para a construção susten- tável. Em entrevista à Revista GBC Brasil, Johannes Kreissig fala sobre a experiência dele no 5º Greenbuilding Brasil. Kreissig é membro fundador do DGNB (Conselho Alemão de Construção Sustentável), membro do conselho e di- retor executivo da DGNB. Além disso, é membro do Conselho Internacional do DGNB e membro do círculo interno do WorldGBC. Johannes Kreissig, DGNB ENTREVISTA
  • 33. revistagbcbrasil.com.br 33dez/14 expo gbc 2014 Durante a Sessão de Abertura o GBC Brasil anunciou algumas conquistas em relação ao movimento de construção verde no Brasil. Algumas dos gráficos do estudo de mercado mostram que cerca de 10% do PIB da Construção Civil Nacional em 2013 buscava a certificação, mas em termos de volume de constru- ção o percentual de participação de construção verde ainda é baixo. Ela mostra que as transformações foram feitas de cima para baixo. Como poderíamos fazer isso também acontecer de baixo para cima? Como em todos os lugares, precisamos chegar a um amplo leque de interessados e obter as mensagens através de uma forma que to- dos possam facilmente entender e colocar em prática. As discussões da sustentabilidade devem tocar a todos: políticos, profissionais de construção, os proprietários do edifício, estudantes, alunos, trabalha- dores de escritório, e as famílias em casa. Se conseguirmos alcançar este ponto de vista, podemos realmente mudar a forma como as pes- soas pensam sobre o ambiente construído, as decisões que tomam sobre isso, e a qualidade que eles esperam. As iniciativas voluntárias, como a Certificação do DGBN (Conselho Alemão de Construção Sus- tentável) trabalham junto com regulamentação legal para transformar o mundo em que vivemos. É realmente uma combinação de baixo para cima, de cima para baixo e tudo mais! Como o DGNB opera na Alemanha? Para promover a sustentabilidade e difundir o conhecimento, os prin- cipais especialistas de várias disciplinas dentro da construção e da indústria imobiliária se uniram para fundar o Conselho Alemão de Construção Sustentável (DGNB) no Verão de 2007. Nós desenvolve- mos o sistema de certificação DGNB, a fim de promover ativamen- te a construção sustentável. O sistema descreve e avalia edifícios e bairros eficientes em recursos, economicamente sustentáveis e eco- logicamente amigáveis, que oferecem aos seus usuários um nível de conforto ideal e uma elevada qualidade de vida. Além disso, o Con- selho dedica-se a promover a construção sustentável através da par- tilha de conhecimentos valiosos, fornecendo treinamento específico e sensibilização da opinião pública sobre esta importante questão. Com uma adesão crescente de atualmente 1.200 empresas, o DGNB é a plataforma central da Alemanha para a construção sustentável - o que torna o parceiro ideal para o crescente mercado da construção sustentável. Você era um dos cinco palestrantes no Greenbuilding Brasil di- rigindo a sessão sobre o Sistema DGNB. Conte-nos sobre cer- tificação DGNB. O Sistema DGNB pode ser aplicado a novos edifícios, edifícios exis- tentes ou projetos de remodelação, em edifícios individuais ou bairros inteiros, e aborda os seis aspectos-chave da construção sustentável: o ambiente, a economia, os aspectos socioculturais e funcionais, tec- nologia, processo e local. Princípio central do Sistema DGNB é que
  • 34. 34 dez/14 rev/gbc/br expo gbc 2014 são orientados para o custo de funcionamento mais baixo possível, incluindo a demanda de energia, manutenção e substituições. To- mando todo o ciclo de vida em conta, o sistema DGNB fornece a to- das estas partes interessadas um instrumento de tomada de decisão para alcançar o melhor resultado global Como pode um sistema de classificação garantir que ele mede o que realmente importa considerando os aspectos econômi- cos, sociais e ambientais? O Sistema DGNB, seus critérios e valores de referência são baseados na experiência de mais de 500 especialistas, e todos estes aspectos estão interligados. Qualquer decisão individual em projeto, constru- ção e operação do projeto é avaliada em termos dos seis temas: ecologia, economia, o sociocultural e funcional, técnica, processo e qualidade site. Isto significa que o desempenho contra um critério está relacionado, e influencia o desempenho contra outros critérios. Por esta razão, o objetivo não é atingir 100% de conformidade com os critérios DGNB (na verdade isso é quase impossível), mas para alcançar o melhor equilíbrio global em termos de sustentabilidade. É possível registrar um projeto brasileiro na certificação DGNB? Como pode um profissional brasileiro se tornar um consultor ou auditor DGNB? Existe alguma agenda DGNB no Brasil em termos de cursos e seminários para quem gostaria de ter mais informações? Sim, é possível registrar um projeto em qualquer lugar do mundo, incluindo o Brasil. Nós desenvolvemos uma versão internacional do sistema DGNB que leva em conta as normas internacionais e dos processos. Este sistema internacional constitui a base para uma maior adaptação às condições específicas de cada país. A susten- ele não aloca os créditos para medidas individuais, mas sim estabele- ce um mecanismo para medir o grau em que foram cumpridas as me- tas de desempenho que contribuem para a sustentabilidade global do edifício. Trata-se de metas, e não de medidas. Essa abordagem faz com que o sistema seja flexível, inovador e, em última análise, “à prova de futuro”. O Sistema DGNB compreende uma gama de diferentes esquemas de certificação de diferentes usos do edifício. Certificados DGNB são concedidos em ouro, prata ou bronze, de- pendendo do grau em que as exigências sejam cumpridas. O DGNB assim destaca edifícios e bairros que demonstram um importante compromisso com o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade. Você pode encontrar mais informações sobre o Sistema DGNB em nosso site www.dgnb-system.com. Como um sistema de classificação pode nos ajudar a alavancar a consciência e experiência da construção verde consideran- do todas as fases de um edifício que englobam planejamento, construção, operação, manutenção e toda sua vida útil? Como isso funciona na certificação DGNB? O sistema de classificação torna a sustentabilidade do ambiente construído facilmente evidente e mensurável. Os investidores, players do mercado e os próprios usuários podem usá-lo como uma ferra- menta para medir a qualidade em todas as fases do ciclo de vida do edifício, desde a sua concepção e construção por meio de sua operação e utilizar até ao fim da sua vida. Em cada fase, a qualidade é descrita em termos precisos, permitindo a comparação com outros edifícios e o estado atual da técnica. Por exemplo, os custos de cons- trução ao longo de toda a questão do ciclo de vida para cada parte interessada envolvida. Os investidores estão interessados no projeto e os custos de construção, enquanto que os usuários ou operadores
  • 35. revistagbcbrasil.com.br 35dez/14 expo gbc 2014 tabilidade só pode ser definida e medida no contexto das condições locais específicas, tais como o clima local, a disponibilidade local de recursos e aspectos culturais ou sociais. Ao mesmo tempo, as metas de desempenho claras permitem que projetos possam ser compara- dos, mesmo que as medidas sejam muito diferentes. Considerando que o nível de entrada pode variar significativamente devido à regula- ção e construção da cultura local, um padrão-ouro é sempre igual a um padrão-ouro, em qualquer lugar do mundo. Estamos trabalhando em conjunto com especialistas no Brasil para integrar contexto local para o sistema DGNB e criar um sistema nacional para o Brasil. No início de 2015, estaremos oferecendo treinamento para especia- listas no setor da construção para se qualificar como Consultores DGNB. Eles vão aprender mais sobre as seis qualidades da constru- ção sustentável e, uma vez qualificados, ganhar uma licença para re- alizar auditorias de projetos e apresentar projetos para a certificação. Você pode encontrar mais detalhes, seguindo o link para o nosso site: www.dgnb-system.de/en/southamerica. Você recomenda a Greenbuilding Brasil Expo e Conferência In- ternacional? Absolutamente, foi realmente um grande prazer fazer parte da comu- nidade mundial para a construção sustentável. Esperamos ver muito mais eventos tão bons como este em todo o mundo em 2015. Estou ansioso para estar novamente lá! INFORMAÇÕES: DGNB Academia Treinamento Consultores em São Paulo. Data do Treinamento: Início de 2015. Local: São Paulo, SP Contato: DGNB GmbH, Daniela Merkenich, d.merkenich@dgnb.de, www.dgnb-system.com DIRETÓRIO QR Estas empresas participam ati- vamente da construção de um futuro sustentável tel. (11) 3492.2618 wilson.artes@superig.com.br http://wilsonartes.carbonmade.com Wilson Hiroshi Matsumoto Design Gráfico - Ilustração VL Indústria : redesenho de logotipo 24.06.2009
  • 36. 36 dez/14 rev/gbc/br expo gbc 2014 N a 5ª edição do Greenbuilding Brasil – Conferência In- ternacional e Expo – o GBC Brasil criou o Green Choice Award com o objetivo de homenagear personalidades e empresas que tenham se destacado neste cenário e que investem em inovações e soluções voltadas aos impactos socioambientais e reconhecer a comunicação e seus veícu- los em movimentos de transformação com foco em sustentabilidade. Em sua primeira edição, a premiação reuniu formadores de opi- nião, palestrantes da 5º edição da Greenbuilding Brasil, conferen- cistas, convidados especiais, bem como líderes de diversos GBC´s que estiveram presentes no congresso mundial do World Green Building Council. GBC Brasil promove o 1º Green Choice Awards Os homenageados foram as mídias oficiais da Greenbuilding Brasil: as rádios Estadão e Eldorado e a CNNi, que reiteraram o apoio ao movi- mento internacional de Green Building, alinhado a diversas ações com foco em responsabilidade social e ambiental, que há anos são bases e norteiam o planejamento das atividades das respectivas mídias. Na oportunidade, também foram homenageados o cantor Tony Garri- do e o portal Universo Jatobá. Agradecimentos especiais foram dados a Midea Carrier, Trane, Re- master, Furukawa, LCP e a Concresteel por patrocinarem a festa e propiciar o momento de homenagens e networking aos líderes da in- dústria da construção sustentável. CNNi - Shasta Darlington (Correspondente Internacional) Rádio Estadão - Paulina Chamorro (Editora/Apresenta- dora da Rádio Eldorado/Estadão), Acácio Luiz Costa (Diretor Executivo Rádio Eldorado/Estadão) e Roberto Gazzi dos Santos (Diretor de Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado)
  • 37. revistagbcbrasil.com.br 37dez/14 expo gbc 2014 “Homenageamos todos os palestran- tes, sendo 50 internacionais. Além de homenagear todas as mídias que nos apoiaram para promover este evento. Para nós, que estamos em desenvolvimento e transformação, a comunicação é primordial. É o item principal quando se quer passar uma mensagem e informação, ainda mais quando se trata de um assunto tão re- levante para nossas cidades, que é a sustentabilidade” Felipe Faria – Dire- tor do GBC Brasil. “Estou muito orgulhosa e acredito que todos os membros responsáveis pelo sucesso do GBC compartilham deste sentimento. Sabemos que nosso movimento de transformação depen- de do desenvolvimento de uma forte rede ou canais de comunicação a pú- blicos diversos, e isto seria construído com seriedade e eficácia de nossas atividades, bem como com o suporte de importantes veículos de mídia, que compartilham de nossos objetivos. De fato o GBC Brasil está com as grandes marcas. Estamos no caminho certo”. Thassanee Wanick – Diplomata e Fundadora do GBC Brasil. Toni Garrido - Cantor (Vocalista - Cidade Negra) Portal Universo Jatobá - Carolina Pain (Jornalista do Por- tal), representando Rosana Jatobá
  • 38. 38 dez/14 rev/gbc/br A nova versão do LEED v4 entrará em vigor a partir de junho/2015 para elevar os padrões técnicos do mercado de construção sustentável e suas modificações estruturais e de processos serão obrigatórias para todos os novos projetos que desejarem conquistar a certificação LEED. Além das mudanças em espaços sustentáveis, no uso eficiente da água, nas questões de energia e atmosfera e materiais e recursos, também há na questão de sinergia: crédito específico para pontuar os projetos nos quais a equipe responsável pela concepção do projeto demonstra conhecer profundamente acerca do processo integrado na concepção do projeto. Durante o Greenbuilding Brasil, o tema “Processo Integrado: Reque- rimentos para o LEED V4 e Aplicação Prática” foi abordado pelas só- cias Rosana Corrêa e Danielle Garcia da Casa do Futuro, empresa focada em tecnologia e sustentabilidade na construção civil, tendo como princípios básicos no processo de projeto integrado: • Equipe multidisciplinar integrada - Coesão de habilidades, conheci- mentos e perspectivas essenciais para assegurar que todos os recur- sos estão sendo utilizados da melhor maneira possível; •Escopo,metaseobjetivosbemdefinidos–Visãocompartilhadadoalcance das metas de desempenho para que haja planejamento certo para tal; • Comunicação aberta e efetiva – Confiança e propriedade aos par- ticipantes em relação ao processo, reduzindo conflitos e permitindo benefícios de cada contribuição individual ao projeto; • Inovação e síntese – Criatividade e a aceitação de novos conceitos e ideias são fundamentais; • Tomada de decisão sistemática – É importante para cada profissio- nal entender seu papel e suas responsabilidades e como as decisões serão tomadas; • Processo interativo e ciclos de avaliação de desempenho – A filo- sofia de aprendizagem e melhoramento contínuo é imperativa para o sucesso do processo integrado. Parte deste processo são as charrettes, evento ou workshop de longa duração (para o LEED, mínimo de 4 horas) no qual os participantes além de serem apresentados ao processo integrado, são encoraja- dos a participar efetivamente do projeto, compartilhando e adquirindo conhecimento e contribuindo para estabelecer as metas em prol do objetivo maior do projeto, atendendo as expectativas do cliente. Processo integrado reforça multidisciplinaridade no LEED v4 Quadro comparativo Processo de Projeto Convencional •Envolve os membros das equipes somente quando necessário •Menos tempo, energia e colaboração aplicadas nos estágios iniciais •Mais decisões tomadas por menos pessoas •Processo linear e sistemas frequentemente pensados de forma isolada •Otimização restrita •Enfatiza os custos iniciais •Tipicamente o processo termina junto com a construção Processo de Projeto Integrado •Inclusivo desde o início •Mais tempo e energia investidos nas primeiras fases do projeto •Decisões tomadas por uma equipe ampla •Processo iterativo e sinergias entre os sistemas •Permite completa otimização •Avaliação do custo do ciclo de vida •Processo contínuo durante a pós-ocupação processo integrado
  • 39. revistagbcbrasil.com.br 39dez/14 A Certificação LEED® V4 passa, pela primeira vez, a abordar esta metodologia de projeto como critério obrigatório para Healthcare e opcional para: •New Construction (1 ponto); •Core & Shell (1 ponto); •Schools (1 ponto); •Retail (1 ponto) e ID+C Retail (2 pontos); •Data Centers (1 ponto); •Warehouses & Distribution Centers (1 ponto); •Hospitality (1 ponto) e ID+C Hospitality (2 pontos); •Healthcare (1 ponto); •ID+C: Commercial Interiors (2 pontos). Como exemplo foi considerado a construção de uma maquete de um estádio de futebol com os seguintes recursos: Ferramentas – uso comum: Barbante, Fita adesiva, Tesoura, cola. Materiais – uso por disciplina: Base de isopor, Canudos, Copos, Pa- litos, Clipes, Cartolina, Bexigas e Elásticos. No projeto convencional, com duração de 20 minutos, a obra teve como objetivo atender o prazo estipulado e utilizar somente os recur- sos disponíveis. Na equipe, cada grupo foi composto por três discipli- nas: Paisagismo, Pavimentações e Equipamentos Urbanos; Estrutura e Arquitetura; e Energias Renováveis, sendo indicada a escolha de um líder. Como metodologia, 15 minutos deveriam ser usados com o planejamento inicial e com cada equipe desenvolvendo sua parte, em mesas separadas do restante do grupo, os cinco minutos restantes foram para a compatibilização. Já num projeto integrado, com duração de 25 minutos, o objetivo adquire três novos itens: possível Desmontagem, entrada de luz e ventilação natural e maximização de áreas verdes. A estrutura das equipes se mantém, contudo, a metodologia é cinco minutos para o planejamento e 20 minutos para o Grupo, composto pelas mes- mas disciplinas, desenvolver o modelo de maneira integrada e parti- cipativa, na mesma mesa. Além disso, foi permitido haver trocas ou “empréstimos” recursos que sobraram, sendo convertidos em bônus para o grupo. “A proposta da dinâmica foi fantástica, pois foi uma forma de integrar um público tão diversificado, foi lúdica, uma proposta bacana. Foram nítidas a vantagens de trabalhar com um planejamento integrado, conversar faz toda a diferença.” Cláudia Onishi Gestão Ambiental processo integrado
  • 40. 40 dez/14 rev/gbc/br Como foi a experiência da Casa do Fu- turo como palestrante e expositora da 5ª edição do Greenbuilding Brasil? A Casa do Futuro tem participado como ex- positora e palestrante desde a primeira edi- ção em 2010. Em 2014, efetivamos nossa 4ª participação como expositores e perce- bemos uma evolução e amadurecimento do evento e seu público. Para a nossa empresa, a experiência tem trazido maior visibilidade e solidificação da nossa marca, o que nos tor- na mais fortes e competitivos no mercado. Consideramos o desafio da palestra maior neste ano, já que o processo de seleção das palestras foi realizado de forma mais profis- sional e rigorosa. As palestras escolhidas foram àquelas finalistas de um processo de seleção que recebeu centenas de propostas. Desta forma, a responsabilidade de apresen- tar um conteúdo interessante, útil e inovador foi significativamente maior. Ter conseguido o sucesso da seção e tantas opiniões positivas foi realmente uma conquista gratificante. Como o tema foi desenvolvido durante a palestra? Quais eram os objetivos de aprendizado da palestra? Desde o surgimento deste tema, a nossa inten- ção foi a aplicação de um exercício prático que ilustrasse de maneira mais clara as vantagens do desenvolvimento de projetos integrados em relação à metodologia convencional. O gran- de desafio seria conseguir passar o conteúdo teórico inicial e ainda realizar um workshop si- mulando as duas metodologias e suas diferen- ças em um espaço de 120 minutos. Estamos falando de resumir em 40 ou 50 minutos um processo que, na realidade, leva meses. Após a apresentação do conteúdo explicativo sobre Processos Integrados, o exercício prá- tico se desenvolveu através da construção de maquetes – arenas esportivas. A sala, ao con- trário do modelo convencional, com cadeiras dispostas lado a lado, contava com grandes mesas para grupos de até 10 participantes. Na primeira parte do exercício, os grupos receberam determinada quantidade e varie- dade de materiais e explicações sobre metas gerais a serem alcançadas. Dentro de um espaço de tempo, construíram as maquetes sob a metodologia convencional de trabalho. Na segunda parte da dinâmica, as equipes receberam a mesma quantidade de material e, no mesmo intervalo de tempo, a maquete seria construída de acordo com o processo de projeto integrado. O objetivo da seção foi alcançado com sucesso, uma vez que ficou claro para os participantes que a metodolo- gia integrada de projetos propicia uma signi- ficativa melhoria em todos os resultados dos projetos. Estes resultados foram evidencia- dos nas próprias maquetes. Considerando o cenário brasileiro, quais são as dificuldades da implementação da nova metodologia para a Certificação LEED na V4? A falta de percepção da importância das eta- pas iniciais de planejamento dos projetos, as deficiências relacionadas ao gerenciamento dos projetos, a ausência do pensamento a mé- dio e longo prazos e a fraca noção da impor- tância de um projeto bem definido e pensado. Considerando as dimensões: ambiental, social e econômica, qual o impacto do processo de integração dos projetos sob estas perspectivas? Na dimensão ambiental, os projetos integra- dos sempre trazem metas ousadas relacio- nadas à eficiência, flexibilidade, utilização de recursos, desempenho e redução de impac- tos. Levando se em consideração que estas metas são freqüentemente alcançadas e mui- tas vezes superadas, projetos integrados são sempre acompanhados por um excelente de- sempenho ambiental. O aperfeiçoamento das relações entre os profissionais envolvidos é a maior vantagem na esfera social. A relação colaborativa e co- letiva estabelecida neste tipo de projeto muda drasticamente e positivamente as relações de trabalho convencionais. A amarração contratual de responsabilida- Entrevista com Rosana Corrêa, Casa do Futuro processo integrado
  • 41. revistagbcbrasil.com.br 41dez/14 des sobre a divisão de resultados e riscos garante o sucesso econômico de projetos integrados. Metas relacionadas ao custo de implantação das soluções (obras) e também ao desempenho destas soluções (pós-obra) são estabelecidas e acompanhadas de ma- neira muito eficiente e estruturada. Podemos afirmar que projetos desenvolvidos sob esta metodologia somente terão seus orçamen- tos estourados se esta for uma vontade de seu patrocinador. Estudos realizados por nós estimam que, para alcançar uma redu- ção de 20% do custo das obras, que é bem razoável em projetos integrados, podemos aumentar em até 400% o valor investido na etapa de projetos. Se forem contabilizadas as reduções dos custos operacionais da edi- ficação, que são responsáveis por 85% de seus custos totais ao longo de seu ciclo de vida, o aumento de 400% dos valores dedi- cados às etapas de planejamento e projeto ainda são um excelente investimento. Na dimensão econômica, projetos integrados realmente trazem excelentes resultados que também são mensuráveis devido à própria característica da metodologia. Ainda com relação ao aspecto econô- mico, em termos percentuais, qual a di- ferença orçamentária de um projeto in- tegrado para um projeto convencional e qual o retorno financeiro? “A proposta foi interessante, foi uma quebra de paradigma, onde só uma pessoa fala. É muito mais fácil absorver o tema através de práticas manuais, você tem mais interação com as pessoas e consegue consolidar o tema.” Mark Lacerda Coca Cola Um acréscimo de aproximadamente 30% pode ser considerado para a etapa de pro- jetos quando comparamos a metodologia convencional à integrada. Como explicado acima, este acréscimo é totalmente aceitá- vel quando alcançados os objetivos de re- dução de custo inicial das obras. O retorno financeiro não se dá somente através da redução de custos relacionados à implanta- ção das soluções, mas também através da redução de perdas, atrasos ou retrabalhos. Característica interessante da metodologia é que este retorno financeiro e outras metas dos projetos são definidos e acordados jun- to ao cliente e equipes de trabalho nas fases mais iniciais. Não são números inesperados a serem medidos ou levantados no final das obras, mas sim, antes do início do desenvol- vimento dos projetos. Você pode citar alguns exemplos práticos reais de projetos nacionais ou internacio- nais nos quais foram utilizados o Projeto Integrado? No Brasil, não temos exemplos de projetos que tenham aplicado a metodologia na íntegra. Estamos tendo agora as primeiras solicita- ções para este tipo de acompanhamento. Nos EUA, temos diversos exemplos: • Cathedral Hill Hospital - San Francisco, California • MERCY Master Plan Facility Remodel - Lo- rain, Ohio - Centro Médico • Lawrence & Schiller Remodel - Sioux Falls, South Dakota - Escritórios • Walter Cronkite School of Journalism - Pho- enix, Arizona - Educação Que mensagem você gostaria de transmi- tir para Incorporadoras e Construtoras? Podemos apresentar exemplos e números que comprovam o valor e rentabilidade do investimento na melhoria dos atuais pro- cessos de gestão de projeto. A indústria da construção civil é uma das que apresenta os piores números de produtividade, os quais não estão somente relacionados aos cantei- ros de obras, mas também às fases de pla- nejamento e desenvolvimento de projetos, reduzindo substancialmente as margens de lucratividade. Estas estão diretamente rela- cionadas às deficiências na gestão e me- todologia inadequada ao desenvolvimento eficaz de projetos. É surpreendente verificar que os responsá- veis por novos projetos não tenham ainda percebido esta grave deficiência do merca- do e não busquem alternativas que já são aplicadas com sucesso, trazendo benefícios extremamente valiosos, para qualquer tipo de empreendimento e empresas a eles re- lacionadas. processo integrado
  • 42. 42 dez/14 rev/gbc/br nd/urbanismo Parque da Cidade busca selo LEED ND em prol do compromisso com a cidade O Parque da Cidade, da Odebrecht Realizações Imobiliárias, está localizado na zona Sul da ca- pital paulista, exatamente entre a Av. Marginal Pinheiros e a Av. Chucri Zaidan, e possui um conjunto inédito de soluções sustentáveis que o torna apto a buscar diferentes certificações verdes, entre elas o LEED ND. Vários fatores convergiram para que o Parque da Cidade fosse de- senvolvido na Zona Sul da capital paulista. Um deles é a dimensão do terreno, que propicia o desenvolvimento de um empreendimento com ©CarlosGueller
  • 43. revistagbcbrasil.com.br 43dez/14 nd/urbanismo preocupação com o crescimento sustentável e compromisso com a promoção do desenvolvimento humano, econômico e cultural, privilegiando os usuários internos, assim como também a comu- nidade local”. Principais soluções sustentáveis do projeto: • Neutralização de gases de efeito estufa, previsto para 35 anos; • Ativação econômica do site, através de cafés e quiosques; • Eficiência energética, com previsão de economia de 20%; • Gestão de água, com a previsão de economia de 50%; • Sistema de irrigação automatizado para as áreas verdes, com esta- ção meteorológica no site; • Otimização de transporte e acessos, com sistemas de carpooling, carsharing, bikesharing e carregadores para carros elétricos; • Infraestrutura completa para o ciclista; • Central de gerenciamento de resíduos com a reutilização de 50% dos resíduos gerados (orgânico e recicláveis); • Sistema automatizado de coleta de resíduos sólidos à vácuo; • Feira orgânica; • ICT - Sistema de Informação e Educação; • Certificação do empreendimento LEED ND, assim como de todas as edificações; • Um dos 18 participantes no mundo do C40 Climate Positive Deve- lopment Program, iniciativa do grupo C40 Cities em parceria com a Fundação Clinton e com o USGBC. Situação atual O Parque da Cidade, que está em fase de construção, compreen- de 10 edificações – cinco torres corporativas, uma torre de salas co- merciais, dois edifícios residenciais, um shopping e um hotel – e tem previsão de conclusão total para 2019. Atualmente está em fase final uma torre corporativa e a torre office (escritórios), previstas para se- rem entregues em setembro de 2015. Paralelamente, já foi dado início na construção de mais uma torre corporativa, do shopping e do hotel, que serão entregues no segundo semestre de 2016. “Dentro de seu escopo total, pode-se afirmar que o Parque da Cidade está com 18% de suas obras já realizadas”, afirma Saulo.   todas as especificidades do Parque da Cidade. Ao mesmo tempo, a localização do terreno também proporciona uma série de soluções, especialmente ligadas à mobilidade, como fácil acesso aos meios de transporte público e infraestrutura completa para a utilização de bici- cletas, tendo em vista que a região está inserida no contexto da Ope- ração Urbana Água Espraiada, que estabelece uma série de obras estruturais para adequar o local ao adensamento da região.  “A expectativa é que o empreendimento seja indutor de um novo modelo de urbanização para a região e para a cidade. E, o mais im- portante, é que a Odebrecht Realizações Imobiliárias entendia que neste terreno deveríamos desenvolver o empreendimento mais sus- tentável da América Latina, entregando um marco para a cidade de São Paulo”, afirma Saulo Nunes, diretor de Incorporação do Parque da Cidade/Odebrecht Realizações Imobiliárias O empreendimento possui um terreno com aproximadamente 84 mil m². Deste total, 62 mil m² serão totalmente abertos ao público, sendo que 22 mil m² são de área verde.  Segundo Saulo, “O Parque da Cidade traduz o que a OR en- tende por sustentabilidade, pois conjuga preservação ambiental, “A Odebrecht Realizações Imobiliárias, um dos membros fundadores do GBC Brasil, reconhece a importância da atuação desse órgão a partir da disseminação das certificações LEED, sendo este um fator crucial para o desenvolvimento da cultura da sustentabilidade no mercado imobiliário do País” Saulo Nunes ©CarlosGueller
  • 44. 44 dez/14 rev/gbc/br nd/urbanismo Um dos selos existentes é o LEED ND, for Neighborhood Develop- ment (LEED para Desenvolvimento de Bairros). Diferente de outras opções, ele considera para avaliação o entorno dos edifícios e a vi- zinhança: integra princípios de crescimento planejado e inteligente, urbanismo sustentável e edificações verdes, por meio de diferentes tipologias de edificações e mistura de usos dos espaços urbanos. Ou seja, ele valida o empreendimento da maneira mais abrangente possível, incentivando a utilização de meios de transporte públicos e criação de áreas de lazer. Em sua classificação, o LEED ND tem como nível máximo a certifica- ção Platinum, chegando até a 110 pontos, conforme exemplo abaixo: LEED ND - Total de pontos possíveis 110 Localização inteligente e articulação 27 Bairro padrão e design 44 Infra-estrutura e edifícios verdes 29 Inovação e design processo 06 Prioridade Regional 04 As Classificações Certified 40+ pontos Silver 50+ pontos Gold 60+ pontos Platinum 80+ pontos Localização inteligente e articulação Encoraja as comunidades a considerar localização, alternativas de transporte e preservação de áreas sensíveis e, ao mesmo tempo, de- sencoraja a expansão. Bairro padrão e design  Enfatiza vibrantes comunidades equitativas que são saudáveis​​, tran- quilas e de uso misto. Infra-estrutura e edifícios verdes Promove a concepção e construção de edifícios e infra-estruturas que reduzem a energia e uso da água, ao promover a utilização mais sus- tentável dos materiais, reutilização das estruturas existentes e históri- cas, e outras melhores práticas sustentáveis. Pontos bônus Inovação e design processo Reconhece desempenho exemplar e inovador que ultrapassam os créditos existentes no sistema de classificação, bem como o valor da inclusão de um profissional credenciado na equipe de projeto. Prioridade Regional Incentiva projetos para se concentrar em ganhar créditos de importân- cia ao meio ambiente local do projeto. Segundo Hamoda Youssef, do Qatar Green Building Council, e Eman Sabour, da Universidade do Qatar, presentes no Greenbuilding Brasil 2014, se partes de uma cidade não são sustentáveis​​, então esta mes- ma cidade não poderá contribuir para sustentabilidade global. Para que o desenvolvimento ocorra na escala do bairro, a ferramenta de avaliação sustentável tem de lidar com edifícios e instalações de toda a vizinhança. Também enfatizaram apontamentos de melhoria rumo a um modelo co- mum no que diz respeito ao contexto internacional do LEED ND, são eles: • Re-aceitação de uso misto e cidade compacta. • Reafirmando o espaço urbano como ponto de entrada altamente eficaz para melhorar o funcionamento de uma cidade. • Praticantes urbanos devem passar de intervenções setoriais para aqueles que tratam a cidade como um todo. • Planejamento e desenho urbano definem a estrutura espacial crítica • Conscientização do uso da terra através de códigos de planeja- mento e construção é essencial. • As cidades devem promover o desenvolvimento endógeno. • Especialmente os mais pobres e mais vulneráveis ​​devem perma- necer como os principais beneficiários. Cenário Internacional   Registrados Certificados África 4 0 Ásia 30 12 União Européia 11 1 América Latina 9 1 Oriente Médio 10 0 Estados Unidos 135 21 China 25 9 Canadá 17 2 Brasil 5 1 México 4 0 Malasia 4 3   Existem muitos sistemas de classificação em todo o mundo para edifícios sustentáveis​​e alguns deles estão se concentrando em nível urbano e regional, avaliando vizinhanças urbanas
  • 46. 46 dez/14 rev/gbc/br REFERENCIALGBCCASABRASIL® A ssim como as obras comerciais procuram obter selos ver- des, as obras residenciais também iniciaram a busca por estratégias de sustentabilidade, focando no maior volume construtivo do país – casas e edifícios residenciais. Com o intuito de fornecer ferramentas necessárias para projetar, construir e operar residências e edifícios residenciais que possuam alto desempenho e práticas sustentáveis, o Green Building Council Brasil criou o Referencial GBC Brasil Casa® , que aborda e avalia diferentes questões de sustentabilidade em projetos de resi- dências. Foi com a ajuda voluntária de mais de 200 profissionais do setor que esta iniciativa se tornou realidade. A organização dos comitês téc- nicos teve início em meados de 2011, com a criação de grupos de discussões, que abordavam as distintas áreas de sustentabilidade de uma construção. Dimensões avaliadas Pontuação máxima Implantação 25 Uso racional de água 12 Energia e atmosfera 28 Materiais e recursos 15 Qualidade ambiental interna 15 Requisitos sociais 3 Inovação e Projeto 10 Créditos Regionais 2 O Referencial Casa® é voltado para: • Arquitetos e engenheiros que buscam um diferencial no mercado ao desenvolver projetos de alta eficiência, com comprovação de uma auditoria de terceira parte; • Proprietários que entendem a importância de se construir de for- ma mais eficiente, econômica e sustentável e buscam a eficiên- cia de recursos e residências mais saudáveis; • Investidores que irão construir e revender a residência com valor agregado ao seu produto; • E todas as pessoas que possuem interesse no mercado da construção civil sustentável e podem contribuir de alguma forma ao desenvolvimento e estabelecimento deste mercado no país. Objetivos: • Capacitar e qualificar profissionais por meio de conceitos de ar- quitetura sustentável que são facilmente aplicadas a projetos e obras. • Disseminar os conceitos de sustentabilidade para o mercado da construção civil residencial, para poder criar uma visão mais crí- tica e objetiva sobre o tema. • Construir casas com melhor desempenho energético, com con- sumos mais eficientes e que reduza o impacto no meio ambiente utilizando menos recursos naturais. Evitar o desperdício de ma- teriais não reutilizados, melhorando o planejamento das cons- truções, de forma a reduzir a perda financeira de obras comuns. • Fomentar incentivos fiscais e políticas públicas para a construção de residências sustentáveis, que atendam a todos os padrões de construção, incluindo políticas nos diversos âmbitos de governo. • Elevar o padrão técnico do mercado residencial, tanto para profissionais, quanto para o desenvolvimento de novos pro- dutos e tecnologias sustentáveis, incentivando a pesquisa nesta área. • Combater a informalidade do mercado da construção civil sus- tentável Brasileira, formalizando contratações de operários, ga- rantindo obras de melhor qualidade e com menor risco. Referencial GBC Brasil Casa® vem consolidando a tendência de sustentabilidade em projetos residenciais
  • 47. revistagbcbrasil.com.br 47dez/14 referencial GBC CASA brasil® A fase piloto consistiu em avaliar na prática toda a teoria desenvolvi- da, ou seja, acompanhar a construção de 9 casas que são os pilotos deste trabalho. Foram inscritos mais de 30 projetos em apenas 1 mês. Os parâmetros de escolha dos projetos pilotos variaram entre suas lo- calizações em diferentes regiões do Brasil, climas distintos, diferentes tipologias construtivas, padrões econômicos e padrões construtivos. Atualmente, o Referencial Casa® está aberto para inscrições de qual- quer residência que queira certificar seu projeto sob os parâmetros de sustentabilidade definidos. Projetos já certificados Dois projetos do Referencial Casa® já foram certificados. Trata-se do Apartamento Sustentável e da Vila Maresias. APARTAMENTO SUSTENTÁVEL OURO Implantação 20 Uso Racional da Água 04 Energia e Atmosfera 13 Materiais e Recursos 04 Qualidade Ambiental Interna 12 Requisitos Sociais 00 Inovação e Projeto 06 Créditos Regionais 01 Total de Pontos 60 “A certificação tem uma importância enorme, pois é validada por uma auditoria de 3ª parte. Para o consumidor é uma garantia saber o que está contratando ou o que estará comprando”, afirma Paola Figueire- do, diretora do Grupo Sustentax. Segundo ela, inúmeras ações que não estavam contempladas, tive- ram que ser atendidas. Como a necessidade de medição individual de água, a análise de radônio, a busca de materiais com análise de ciclo de vida (Declarações Ambientais de Produtos), atendimento ao Procel Edifica e teste de acústica. O Apartamento Sustentável, único piloto localizado na capital paulista, obteve certificação Ouro pelo Referencial GBC Brasil Casa® . Apesar de diversas dificuldades encontradas no cami- nho, conseguiu implantar diretrizes de sustentabilidade em uma cobertura que possuía mais de 20 anos de uso. Toda a parte elétrica e hidráulica do apartamento foi refeita, e ligada em um quadro de automação operado pelo próprio proprietário. Todos os eletrodomésticos possuem Etiqueta Procel nível A e na cober- tura foram plantadas diversas hortaliças comestíveis e alimentos orgânicos (tratados sem nenhum produto químico). Além disso, foram feitos dois workshops para o público, mostrando o concei- to da reforma do edifício e sua aplicabilidade para outros apar- tamentos. VILA MARESIAS PRATA Implantação 14 Uso Racional da Água 06 Energia e Atmosfera 15 Materiais e Recursos 04 Qualidade Ambiental Interna 06 Requisitos Sociais 02 Inovação e Projeto 07 Créditos Regionais 01 Total de Pontos 55
  • 48. 48 dez/14 rev/gbc/br REFERENCIALGBCCASABRASIL® “Localizada em um terreno em frente à praia de Maresias, no litoral norte de São Paulo, a Vila Maresias pode ser considerada uma das maiores residências da fase piloto. Os quase 3.500 m² de paredes fo- ram erguidos em apenas oito meses graças à tecnologia dos Painéis de Argamassa Armada com miolo de Poliestireno Expandido (EPS). O material possui um excelente isolamento térmico e acústico, funda- mentais para se proteger das ações climáticas da região. A residência conseguiu reduzir em 37% seu consumo energético com a instalação de 12 placas fotovoltaicas e painéis de aquecimento de água na co- bertura. Além disso, foram implantadas diversas medidas de redução de consumos durante a obra, como captação pluvial e treinamentos aos operários e funcionários” Lourdes Printes, da LCP Engenharia & Construções. Projetos pilotos ainda não certificados • Casa da Chapada – Chapada dos Guimarães/MT “É uma casa simples de 170 metros quadrados, que utilizou bloco ce- râmico e laje de EPS, forro de madeira e outros materiais da região da Chapada. Buscamos iluminação natural, utilização de aquecimento so- lar, utilização de água com medição setorizada, chuveiros com controle de vazão, entre muitas outras estratégias. Porem, tudo isso não tem nada de novo, basta pensar e fazer um bom projeto para poder ter uma casa certificada” Daniel Apolônio, Eng. Elétrico e Proprietário. eólica) e para tratamento de 100% do esgoto local. Diversas outras atividades desta residência tiveram que ser 100% radicais para pro- teger o sensível ambiente em que se localiza e não interferir de forma irreversível no local. A casa é inteira feita com estruturas de madeira e 100% da madeira é certificada FSC.” Lair Reis, Studio MK27. • Residência Sustentável – Brasília/DF “Nosso foco foi tentar desenvolver um projeto que fosse eficiente do ponto de vista do uso de energia. Previa construir uma casa para a condição climática de Brasília e que não fosse necessária a utilização do ar condicionado. A casa está localizada em um condomínio resi- dencial que oferece uma série de benefícios, que nos ajudam com relação à pontuação no Referencial. Desde o início trabalhamos para resolver a questão da insolação e do conforto térmico. Toda a casa é coberta com um telhado verde que possui um sistema de armaze- • Catuçaba Ecovila – São Luiz do Paraitinga/SP “São 11 lotes de 30 mil metros quadrados. Um deles é a nossa casa, há 1.150 metros de altitude. Como primeiro objetivo queríamos pre- servar as vistas tanto dos usuários quanto das pessoas que estiverem em outros lotes. A casa tem área de 250m² e, por estar localizada em um local isolado da cidade, foram instalados sistemas para gera- ção de 100% da energia (instalação de placas fotovoltaicas e turbina
  • 49. revistagbcbrasil.com.br 49dez/14 referencial GBC CASA brasil® namento de água, aumentando ainda mais o isolamento térmico e favorecendo a questão da envoltória. Todo paisagismo e o projeto de irrigação foi pensado para ter o menor consumo de água possível. Toda a água é tratada na própria residência, onde 100% do esgo- to é reaproveitado, existe a captação pluvial e o consumo de água é bastante reduzido devido aos equipamentos eficientes. Adotamos soluções na área de inovação como a instalação de um sistema de aspiração central para melhorar a qualidade do ar interno” Lamberto Ricarte, Proprietário. • Casa Madagascar – Brasília/DF “Esta é minha residência que possui três pavimentos, sendo um no subsolo. Os quartos ficam no piso intermediário, no terceiro pavimen- to estão localizadas a sala, a cozinha e área de lazer. Queríamos que o terreno fosse utilizado e alterado minimamente pela construção, desta forma, tudo o que foi retirado do local, foi devolvido posterior- mente, como por exemplo, as diversas pedras encontradas na super- fície e nas escavações. Implantamos coleta de água de chuva, pois na época de seca no planalto central podemos ficar com até seis meses sem chuva. Durante a obra, tivemos alguns problemas com a mão-de-obra local, mas que depois de resolvidos, valeram o resulta- do.” Henrique Bezerra, Bauau Arquitetura e Design. • Casa Doke – Sumaré/SP “O Referencial é uma forma de ampliar a consciência de quem constrói, reforma e compra a sua casa, pois mostra que é possível ser sustentável com pequenas inciativas dentro da própria residência. Esse selo é uma revolução no mercado residencial, pois além de se tornar referência, mostra que finalmente o Brasil está pronto para seguir essa tendência irremediável que é a de uma arquitetura consciente e responsável” Luciana Teixeira, coordenadora da Rede Habitat. “Nós tínhamos como premissa inicial reproduzir uma obra sustentá- vel, mantendo a relação de bem estar e praticidade da residência. Como esta é uma residência investimento (para a venda posterior- mente), pretendíamos construir uma casa que pudesse oferecer e receber o uso comum de forma interessante e acolhedora. Desta
  • 50. 50 dez/14 rev/gbc/br REFERENCIALGBCCASABRASIL® forma, a casa toda foi implantada no térreo e o subsolo foi utiliza- do como área técnica. Ou seja, esta é uma residência inteiramen- te acessível para pessoas com necessidades físicas e famílias que queiram ter uma convivência mais humana e próxima.” Ricardo Doke, Doke. • Gadia House – Barretos/SP • Casa Eudoxia – Campinas/SP “Conforme a aplicação do Referencial foi acontecendo, pude- mos ir amadurecendo as ideias de sustentabilidade e estabe- lecer melhor as diretrizes a serem aplicadas. Pretendemos que a residência seja 90% sustentável em termos de energia, para isso, realizamos a simulação energética da residência e pude- mos comprovar que as soluções de arquitetura passiva implan- tadas desde o início, estavam sendo bastante eficientes para a redução do consumo energético total. Ela também utiliza muitos materiais com conteúdo pré e pós- reciclável. Temos um contro- le muito bom no item de gerenciamento de resíduos e estamos conseguindo reciclar/reutilizar 100% dos resíduos gerados. Para nos ajudar, contratamos uma empresa de logística, que separa e envia para a empresa que recicla os materiais específicos. Na parte de água, temos recuperação de água de chuva para ser utilizada nos banheiros e na irrigação do jardim.” Ângela Macke, Manati Engenharia e Consultoria Ambiental. “Oprincipalmercadodeconstruçãociviléoresidencialeestemercadoestava necessitadodeumacertificaçãoefetiva,comcritériosabrangentes,quetivesse referênciasnacionaiseinternacionais,utilizando-secomobaseasnormasbrasileiras.” Maria Carolina Fujihara, Coordenadora técnica do projeto Referencial Casa® . “Topografia plana e de fácil acesso. O barracão de obras, feito com tijolo de demolição e assentado com barro, de fácil mon- tagem, desmontagem e transporte; foi totalmente reutilizado de outra obra. A residência construída com EPS considerou todas as premissas climáticas do local e o material ajuda a reduzir o calor do exterior e manter o clima interno ameno. Incluímos captação de água de chuva e armazenamento para 20 mil li- tros de água. Todas as tubulações hidráulicas utilizam plásticos não agressivos ao meio ambiente (como PEX e PPR), incluindo o aquecimento de água para a piscina.” Bia Gadia, Gadia Arqui- tetura e Proprietária.
  • 51. revistagbcbrasil.com.br 51dez/14 referencial GBC CASA brasil® • Baixa tarifa de água O consumo de agua da área comum como: chuveiros, torneiras, e captação pluvial, podem ser reutilizados para lavagens em geral, irri- gação de jardim e nas bacias sanitárias de vestiários. • Baixa taxa de luz O sistema de aquecimento solar para os chuveiros e as janelas Full Wall permitem iluminação integral e redução de até 33% na conta de luz condominial. Com a energia captada sem acumulação é possível iluminar o subsolo, onde fica a garagem. • Gestão de condomínio Após a entrega, o Terra Mundi terá 2 anos de consultoria de gestão de condomínio assegurados pela NewInc. Focado em uma adminis- tração autossustentável, o condomínio alcança mais economia, reuti- lizando recursos naturais. Isso garante mais qualidade de vida e uma administração a custos baixos. • Acessibilidade 100% de acessibilidade nos apartamentos e em toda a área comum. É mais respeito e qualidade na vida não apenas de portadores de ne- cessidades especiais, mas também de idosos e temporários. Primeiro edifício residencial O primeiro projeto piloto registrado para o Referencial GBC Brasil Casa® para Edifícios Residenciais é o Terra Mundi Jardim América, localizado em Goiânia/GO. Uma das ferramentas que balizaram a definição do conceito do condomínio Terra Mundi foram os itens descritos no Referencial Casa® . Mas o intuito não era obter apenas uma certificação, e sim seguir os padrões reconhecidos por estes selos, e assim conduzir a implantação de um projeto que atendesse ao máximo os requi- sitos de sustentabilidade de construções. “Toda a estrutura con- ceitual do selo já fazia parte de nosso planejamento em termos de projeto, execução, entrega final e pós-entrega do empreendimento. Com isso, firmamos um contrato de pleito ao selo piloto, e esta- mos na fase inicial de compatibilização dos requisitos e créditos necessários para a obtenção do mesmo”, afirma Claudio Carvalho, diretor da NewInc.  Características sustentáveis • Taxa de condomínio reduzida Devido ao menor consumo de água e energia das áreas comuns, as contas do condomínio podem ser reduzidas em até 50%. Além disso, todo o lixo reciclado é vendido, gerando receita para o condomínio. Estão abertas as inscrições para projetos pilotos de edifícios residenciais! Devido ao grande sucesso da certificação para casas, e da crescente demanda para certificação de condomínios hori- zontais e verticais residenciais, o GBC Brasil inicia a fase piloto para condomínios residenciais, que irá avaliar projeto e obra para esta tipologia. Para maiores informações sobre inscrição de pilotos, contate a organização.