3. SUMÁRIO
INSTITUCIONAL 4
Carta do CEO 4
Conselho Administrativo 6
Estrutura Executiva 7
Carta do Presidente 8
CERTIFICAÇÕES 9
Certificações em 2021 10
Desafios para o futuro do ambiente construído 12
Proposta de valor para o ambiente construído 14
Oportunidades compartilhadas 16
LEED 18
GBC Casa & Condomínio 22
GBC Zero Energy 24
ODS e os Green Buildings 30
GBC LIFE 34
MEMBROS 36
Novos Membros 38
EVENTO 44
Greenbuilding Brasil 44
CURSOS 47
Programa Nacional de Educação 47
NA MÍDIA 49
4. 4
INSTITUCIONAL
CARTA DO CEO
O movimento de green building vive um grande momento.
Inicialmente, trabalhamos para quebrar a barreira da percepção
do custo adicional, a compreensão do ciclo de vida da edificação
e o fortalecimento da comunicação entre os profissionais.
Desafios que podemos classificar como superados.
Atualmente, comprovamos resiliência no enfrentamento
dos recentes desafios e seguimos crescendo com solidez.
Acumulamos crescimento de 45% em 2019, seguido de
28% em 2020, quando registramos 155 empreendimentos
nas certificações LEED, GBC ZERO ENERGY, GBC
CASA&CONDOMÍNIO e LIFE. Já em 2021, registramos 158 novos
empreendimentos e certificamos 92.
Também celebramos a parceria com o GRESB (Global ESG
Benchmark for Real Estate), fortalecendo o movimento de
green building como prerrogativa das corporações, investidores
e instituições financeiras que desejam demonstrar aderência
aos aspectos de responsabilidade social, ambiental e boa
governança.
Globalmente, o rating ESG do GRESB envolve mais de 1.500
portfólios, mais de 100.000 ativos que correspondem a
praticamente 5 trilhões de dólares. Nossas certificações
conduzem os portfólios de edificações a adquirirem as
melhores posições no rating.
De fato, o movimento é global, as parcerias são robustas e
mantemos a nossa vontade de continuar dando passos largos.
Promovemos inteligência e colaboração. Imaginem profissionais
com conhecimento, preferências e experiências por vezes
diametralmente distintas. Mas que, quando concordam com
o nobre objetivo de uma edificação eficiente, saudável e
sustentável, trabalham coletivamente pautados na técnica, são
conduzidos por rotinas e hábitos, e unificam seus interesses em
prol de uma bela obra green building.
Mantemos no Brasil vários tipos de certificação, para poder
atender prédios corporativos, residenciais, industriais, de
logística, institucionais, caso do Crematório Campo Grande,
certificado LEED Platinum, nível alcançado por apenas 5%
dos projetos no mundo. E conseguimos ótimos resultados na
condução do movimento de green building para as cidades do
interior.
Neste sentido, cito a liderança do Grupo Madero que em
breve completará mais de 100 edificações LEED, em diversas
cidades brasileiras; o Sicredi Evolução que celebrou a primeira
certificação em João Pessoa e anunciou um plano de expansão
que levará o green building a cidades do interior da Paraíba e do
Piauí; a Cidade dos Lagos, em Guarapuava, PR e o Viva Park, em
Porto Belo, SC, certificados LEED Communities; a sede da AMIC
certificada LEED Platinum em Cascavel, PR; a Prologis LEED
Platinum em São João do Meriti, RJ; além de novos registros nas
cidades de Ribeirão Preto, SP; Eusébio, CE; Pouso Alegre, MG e
muitas outras.
O green building também aumentou sua participação em
edificações destinadas ao varejo. Lojas como a Prada e Chanel
passaram a certificar suas instalações, assim como alguns
Shopping Centers buscando a certificação LEED O+M (operação
e manutenção).
Para os próximos anos, o envolvimento do varejo será maior,
5. 5
teremos a retomada de projetos corporativos, crescimento no
segmento residencial e projetos buscando a certificação LEED
Communities (bairros). No LEED Communities é como se o
incorporador estivesse investindo em educação na origem do
empreendimento, formando a cultura da sustentabilidade. A
harmonia entre o ambiental, o social e o econômico.
Recentemente, celebramos a certificação GBC CONDOMÍNIO
do Ed. ROC Batel, Curitiba - PR (Construtora Laguna), Ed.
Arbo Cabral, Curitiba - PR (MDGP) e o Ed. Myrá, Alphaville - SP
(Construtora MPD). Empreendimentos que reduzem uma média
de 20% de energia (PBE Edifica), de até 45% em água e cerca de
90% dos resíduos desviados de aterro sanitário, além de melhor
desempenho em conforto, saúde e bem-estar.
O movimento ainda ganhou relevância nas discussões de
políticas públicas para nortear os desafios climáticos. Além da
participação do GBC Brasil na definição dos projetos expostos
no “Built Environment Pavilion” no COP 26 (Glasgow) das Nações
Unidas, certificamos 6 empreendimentos GBC ZERO ENERGY,
sendo 2 campi universitários da UNIVALI em Tijucas e Piçarras,
SC, e 4 escolas do Ensino Adventista no Paraná, que registrou
30 novas escolas em 2021. Também cresce o número de
Membros concluindo seus processos de Declaração Ambiental
de Produto, onde tomo a liberdade de citar a Santa Luzia, Tigre
ADS e Arcelor Mittal. Parceiros como o Sinduscon SP, CBCS e
Ministério de Minas e Energia que avançam no oferecimento
de ferramentas gratuitas para estudos de avaliação de ciclo de
vida e inventário de emissões na construção civil. E lançamos
o Programa “Small Act, Big Impact", idealizado pela equipe de
facilites da Shell, que visa reconhecer as lideranças que operam
e administram as edificações focadas na implementação de
inovação e procedimentos que reduzem as emissões de gases
ao mesmo tempo que reduzem despesas.
Internamente, continuamos motivados nas oportunidades
de disseminação da informação: foram diversas matérias nos
principais veículos de mídia do país (TV, rádio, jornais e revistas),
e a nossa conferência anual Greenbuilding Brasil contou com a
participação de 9.500 profissionais de 28 países. Certamente,
um dos maiores públicos de todos os eventos de green building
realizados nos 70 países onde temos presença física. Decidimos
trabalhar com o conceito “edificando ideais humanos”, como
forma de provocar uma reflexão contínua.
Não obstante, nas oscilações a que todos nós estamos sujeitos,
identificamos como norte profissional no movimento de
green building o serviço coletivo, a colaboração, a ética, a
ressignificação do belo, aspectos condizentes com os espaços
que criamos, onde valorizamos as relações humanas ao
promover eficiência, conforto e sustentabilidade.
Estamos em evidência em ESG no mundo financeiro,
compromisso de grandes corporações, acompanhando a
tendência de os consumidores manifestarem suas preferências
na direção do que o movimento de green building oferece. Não
podemos relaxar em períodos de fartura! Precisamos continuar
focados e criativos, pois as expectativas em cima do movimento
aumentarão.
Felipe Faria
CEO, Green Building Council Brasil
INSTITUCIONAL
Felipe Faria
6. CONSELHO ADMINISTRATIVO
Paulo Perez
Diretor
Saint Gobain
Roberto Aflalo
Sócio-Diretor
Aflalo/Gasperini
Robert Harley
Presidente
JHSF Malls
Virgínia Sodré
Sócia-Diretora
InfinityTech
Adriano Sartori
Vice-Presidente
CBRE
Ednelson Ivantes
Diretor Executivo
Plaenge Industrial
Carlos Betancourt
Presidente
BRESCO
Manoel Gameiro
Diretor Comercial
Ecoquest
Angelo Derenze
Diretor Geral
Shopping D&D
Guilherme Bertani
CEO
Docol
Celina Antunes
CEO América do Sul
Cushman & Wakefield
Paulo Mancio
Vice-Presidente Sênior
Accor
Raul Penteado
Presidente
Conselho GBC Brasil
Presidente RSMF
José Moulin Netto
Vice-Presidente
Conselho GBC Brasil
CEO NEXTA
7. ESTRUTURA EXECUTIVA
Felipe Faria
CEO
Enzo Tessitore
Head de Marcom
Maria Kerheart
Estagiária de
Comunicação
Diego Salmazo
Gerente Comercial
Maíra Macedo
Gerente de Projetos
e Certificações
Eric Sanchez
Press Officer
Sandrino Beltrane
Head de
Desenvolvimento
de Mercado GBCI
Cézar Velazquez
Diretor Administrativo
e Financeiro
8. 8
INSTITUCIONAL
Acredito que devemos celebrar as conquistas do movimento de
green buiding, principalmente os resultados dos últimos anos,
quando fomos resilientes a uma série de desafios oriundos
da pandemia. Além de aumentar o número de projetos e o
impacto das nossas atividades, ampliamos os segmentos de
atuação e a presença do green building no país. Aqui ressalto
a interiorização do movimento, com certificações em diversas
cidades brasileiras.
Pois o mais importante é que não se trata de cumprir metas
para ganhar o jogo, precisamos estar constantemente atentos
e nos provocando para o aprimoramento de atividades,
tecnologias, desempenho e soluções.
Um dos pontos que destaco foi a criação do LIFE. Após um
processo de revisão estratégica, identificamos a necessidade
de construir melhores canais de comunicação do movimento
de green building com a sociedade civil para aumentar
significativamente a nossa presença no mercado.
Discutindo com outros GBCs do mundo inteiro, dentro do
projeto global do World Green Building Better Place for People,
levantamos dados importantes sobre nossa influência na
saúde das pessoas, de acordo com algumas características dos
espaços construídos.
E o GBC Brasil saiu na frente em transformar os estudos
científicos em atividades, em ações planejadas sobre o tema.
Estudo das Nações Unidas diz que 30% dos edifícios no mundo
sofrem da síndrome do edifício doente, caracterizado por
diversos sintomas, desde dores de cabeça, náusea, sonolência,
olhos secos e até ataques de asma, que acontecem quando o
ambiente está com baixa qualidade do ar.
No quesito acústico, níveis elevados de poluição sonora causam
problemas de hipertensão, stress e acidentes vasculares, e
em crianças pode afetar o desenvolvimento cognitivo. Já o
desconforto luminoso, como viver em um lar escuro, pode
piorar muito as condições de saúde.
Diante de todos esses estudos científicos, ao assumir o desafio
de realizar o sonho de famílias, assumimos, como arquitetos, a
responsabilidade de contribuir não somente com a realização
de sonhos, mas com a saúde pública e a edificação de lares que
valorizam as relações humanas que ocorrem nestes espaços.
Então criamos este guia prático, que é a certificação LIFE, com
uma série de recomendações do que é possível melhorar na
reforma de um apartamento ou uma casa.
O LIFE está dividido em 6 categorias: conforto, uso eficiente dos
recursos naturais, qualidade interna do ar, materiais, “saúde e
bem-estar” e responsabilidade social.
Em cada uma dessas categorias, listamos uma série de práticas
que, quando cumpridas, podem somar 100 pontos. Para
conseguir a certificação é preciso alcançar, no mínimo, 50
pontos.
Em termos de valores, a certificação é quase simbólica. E o mais
interessante é que o processo da certificação é convidativo
para os arquitetos de interiores e designers participarem mais
ativamente do movimento de green building.
É uma forma que encontramos de engajar, dialogar e atuar com
todo o segmento de profissionais da área da construção.
Estamos certos da importância da iniciativa e de seus efeitos
ampliados,com a interação com fornecedores de soluções,
tecnologias e materiais deste ramo.
Esta é a característica principal do Green Building Council –
aumentar e aumentar, a cada dia, a forte rede colaborativa que
atua em prol do movimento brasileiro de green buildings. E da
sustentabilidade.
Como costumo dizer, sustentabilidade é um caminho que não
tem linha de chegada.
Raul Penteado
Presidente do Conselho de Administração do GBC Brasil
CARTA DO PRESIDENTE
Raul Penteado
9. Construa melhor
com o LEED
O LEED é o principal sistema de gerenciamento de desempenho e projeto de construções
sustentáveis do mundo. Ele oferece uma estrutura abrangente para projeto, construção,
operações e desempenho de edifícios verdes.
gbcbrasil.org.br/LEED
SESC Birigui | LEED Gold | fotografia: Nelson Kon
11. Um crescente corpo de evidências sugere que ativos
construídos sustentáveis oferecem oportunidades
financeiras preferenciais no contexto atual.
À medida que a urgência das mudanças climáticas
está se tornando mais clara, a sustentabilidade
está sendo integrada em todos os cantos da
economia. Isso inclui finanças, política e compras
de bens de consumo, além de imóveis que
também estão, em muitos mercados, na mesma
trajetória. Regulamentação, tendências financeiras
e expectativas crescentes de responsabilidade
corporativa estão consolidando os argumentos para
a sustentabilidade no ambiente construído, tanto no
contexto atual quanto no futuro.
Condomínio São Luiz, LEED Gold 2021 | Foto: Renato Navarro
HÁ UMA INFINIDADE DE IMPERATIVOS ECONÔMICOS E
OPORTUNIDADES PARA INVESTIR, DESENVOLVER, PROJETAR,
CONSTRUIR OU OCUPAR EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS.
12. 12
DESAFIOS PARA O FUTURO
CERTIFICAÇÕES
1. Poluição do ar, solo, água e ruído da
extração de matérias-primas, danificando
os ecossistemas e prejudicando a
biodiversidade.
2. Violações de direitos humanos
e trabalho forçado na cadeia de
suprimentos de materiais.
3. Risco de violações do bem-estar do
trabalhador no processo de construção.
4. Resíduos da construção, operação e
fim de vida do ambiente construído, além
do uso insustentável de materiais virgens.
5. O ambiente construído pode aumentar
as desigualdades.
6. Com a mudança climática não
mitigada, o aquecimento global pode
chegar a 5° Celsius até o final do século,
causando eventos climáticos extremos,
como incêndios florestais, ondas de calor
e inundações.
7. Danos a edifícios e infraestrutura,
com maior risco de ativos ociosos e
prêmios de seguro mais altos para os
proprietários.
8. A saúde, o bem-estar e o conforto dos
ocupantes são mais difíceis de alcançar,
e cada vez pior, em um mundo em
aquecimento com maior risco de eventos
climáticos extremos.
9. Proteção dos direitos humanos e da
saúde na cadeia de suprimentos de
materiais.
10. Proteger e aprimorar o bem-estar e
direitos do trabalhador.
11. Materiais e recursos usados em um
sistema circular, reduzindo o desperdício
e regenerando a economia.
12. Acesso à infraestrutura verde
com regeneração do capital natural e
biodiversidade no ambiente construído.
13. O ambiente construído pode reduzir
as desigualdades nas comunidades e
aumentar o valor social.
13. 13
DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
CERTIFICAÇÕES
15. Mesmo com mudanças climáticas
inevitáveis, a saúde e o conforto
dos ocupantes são mais fáceis de
manter com menos eventos climáticos
extremos.
16. O ambiente construído operando
como parte da economia circular - com
edifícios tratados como bancos de
materiais, com materiais e resíduos de
demolição e reforma usados em outros
projetos.
14. Os impactos inevitáveis das
mudanças climáticas são preparados
por meio de medidas de resiliência em
nível de construção e infraestrutura.
Pessoas e ativos são protegidos contra
estresse e danos durante eventos
climáticos extremos.
14. 14
CERTIFICAÇÕES
A PROPOSTA DE VALOR PARA O AMBIENTE
CONSTRUÍDO SUSTENTÁVEL
A consciência do valor social – que inclui intervenções ambientais,
econômicas e comunitárias para melhorar nossa qualidade de
vida – está aumentando em todo o setor imobiliário. Embora
os impactos sociais e ambientais ainda não estejam sendo
amplamente capturados no valor dos ativos, a ação está sendo
conduzida por meio de líderes em toda a cadeia de valor – de
organizações do setor financeiro, público e privado em todas as
regiões.
Um estudo desenvolvido pelo World Green Building Council
apresenta as forças para a ampliação dos green buildings no
contexto das tendências de mercado, atuais e futuras. Esses
são os dois fatores que definem os argumentos econômicos,
incluindo política, finanças sustentáveis e risco e reputação
corporativos; mais as forças convincentes por trás do aumento do
valor social – desde as consequências da pandemia até a urgência
de ação sobre a crise climática e questões ambientais e sociais
mais amplas.
Considerar a proposta de valor mais ampla – abrangendo ação
climática e valor social com benefícios financeiros e mitigação
de riscos – fortalece o argumento para um ambiente construído
sustentável.
Mudanças em políticas
públicas federais e
municipais.
Novas regulamentações
financeiras, como a
precificação do carbono.
Crescimento do mercado
financeiro sustentável
e relatórios ESG
(Environmental, Social and
Governance).
O impacto da COVID-19.
Aumento da conscientização
no setor privado
e crescimento da
responsabilidade social
corporativa.
Incentivos públicos, incluindo
políticas e aquisições.
Maior acesso a investimentos.
Reputação corporativa.
Valorização do ativo.
Investimento resiliente
e diminuição do risco
imobiliário.
Menor custo operacional
e maior retorno sob o
investimento.
Menor custo construtivo
e oportunidades de
circularidade.
Menor custo de seguros.
Maior produtividade do
ocupante no setor comercial.
Saúde e bem-estar a nível do
edifício.
Benefícios para a
comunidade, incluindo
empregos, resiliência e
equidade.
Proteger pessoas na cadeia
de suprimentos de materiais
e da construção, incluindo
bem-estar de trabalhadores
da construção, direitos
humanos.
Em um cenário de mudança climática de 3 graus, os edifícios
sustentáveis apresentam um forte argumento em termos de benefícios
para os ocupantes, mitigação de riscos e valores de ativos.
Em um cenário de mudança climática de 1,5 grau, custos, finanças e
reputação são impulsionadores mais fortes.
Em um mundo insalubre e desigual, edifícios sustentáveis apresentam
um forte argumento por meio de benefícios para os ocupantes, redução
de custos e riscos. Em um futuro mais saudável e equitativo, custos,
valores de ativos, reputação do investidor e o papel mais amplo dos
negócios são temas-chave na proposta de valor.
15. SETE FORMAS DE IDENTIFICAR VALOR NO
AMBIENTE CONSTRUÍDO SUSTENTÁVEL
Devido aos seus impactos, a indústria do ambiente construído é
fundamental para alcançar um futuro mais sustentável.
Estima-se que nas próximas quatro décadas, a área construída
global de edifícios dobrará, adicionando o equivalente a uma
cidade do tamanho de Paris a cada semana na construção de
novos edifícios. A maior parte desse crescimento ocorrerá no
setor residencial em mercados emergentes, incluindo África, Leste
e Sul Asiáticos e Pacífico. Além disso, há um déficit mundial de
330 milhões de residências, que deverá crescer para 440 milhões
até 2025, inclusive em regiões como América Latina, Oriente
Médio e África.
Não podemos enfrentar as alterações climáticas sem abordar os
edifícios, que respondem por cerca de 40% das emissões, além
do fato de que as nossas cidades acolhem a maioria da nossa
população.
Mudar de combustíveis fósseis para fontes de energia limpa,
otimizar o consumo de recursos e priorizar retrofits de eficiência
energética pode fornecer aos governos e proprietários uma
oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a resiliência das
comunidades.
O ambiente construído representa uma das maiores
oportunidades globais de investimento da próxima década,
um caminho para melhorar o desenvolvimento sustentável e
a qualidade de vida humana e – se abordado corretamente –
reduzir as emissões e combater a crise climática.
16. 16
AÇÃO CLIMÁTICA NA INTERSECÇÃO DOS EDIFÍCIOS E DA
INFRAESTRUTURA
1. Oportunidades de descarbonização
- Eletrificação de edifícios alinhados com a aquisição de energias
renováveis.
- Eletrificação do transporte público e veículos particulares
alinhados com a contratação de energia renovável.
- Edifícios e mobilidade que apoiam a mudança modal para
opções de emissões zero, como transporte ativo.
2. Emissões incorporadas
- Seleção de materiais e extração de recursos.
- Redução de emissões na fase de construção.
3. Resiliência
- Redes descentralizadas.
- Diversidade de modal de transporte.
SAÚDE E BEM-ESTAR NA INTERSECÇÃO DOS EDIFÍCIOS E
DA INFRAESTRUTURA
1. Qualidade do ar
- Juntos, a eletrificação de edifícios e transporte podem remover
os combustíveis fósseis da geração de energia.
- Eletrificar o transporte público e veículos particulares reduz o
consumo de combustíveis fósseis.
- Redução da poluição na fase de construção.
2. Vida ativa
- Edifícios e infraestrutura que suportam o aumento da atividade
dos ocupantes e da comunidade local.
3. Saúde mental e biofilia
- Infraestrutura verde e natureza nas cidades.
MATERIAIS E CIRCULARIDADE NA INTERSECÇÃO DOS
EDIFÍCIOS E DA INFRAESTRUTURA
1. Materiais de construção duráveis
- Cadeias de fornecimento de concreto, aço, alumínio, betume e
vidro compartilhadas.
2. Circularidade nas utilidades públicas
- Fluxos de resíduos da construção e oportunidades de
transformar resíduos em energia ou biogás e sistemas térmicos
compartilhados.
- Sistemas de transformação de resíduos para proteínas.
3. Produtos como serviço
- A mobilidade como serviço permite a transição do modelo de
propriedade para um uso circular dos produtos.
- Infraestrutura verde e edifícios nas cidades.
Há uma oportunidade substancial de apoiar a indústria na resposta às metas climáticas com diretrizes para
o ambiente construído que incluem edifícios e infraestrutura. Um ambiente construído mais sustentável
representa ativos de melhor qualidade, mantidos em alto padrão, proporcionando um melhor investimento
que oferece economias ao longo do ciclo de vida.
OPORTUNIDADES COMPARTILHADAS
EDIFÍCIOS E INFRAESTRUTURA
CERTIFICAÇÕES
17. Mitigação de carbono
Os setores não podem se descarbonizar por conta própria.
Por exemplo: edifícios não podem se tornar net zero se não
forem suportados por uma rede descarbonizada, enquanto a
infraestrutura não pode fornecer energia zero carbono se não
houver demanda.
Resiliência
Enfrentar a resiliência aos impactos climáticos e outros ambientes
construídos e estresses da sociedade no nível de ativos
individuais por si só não garantirá uma comunidade resiliente
que forneça valor social para todas as pessoas se a infraestrutura
também não estiver sendo considerada.
Saúde e bem-estar
Saúde, qualidade do ar, equidade e biofilia são definitivamente
abordadas em nível da construção, mas não obteremos
resultados significativos se a infraestrutura não facilitar o
transporte zero carbono e fornecer infraestrutura social verde e
equitativa.
Materiais e circularidade
Como ambos os setores contam com cadeias de suprimentos
semelhantes, eles compartilham sinergias e oportunidades de
reutilização de materiais para alimentar uma economia circular.
Compras públicas
Ambos os setores interagem com governos, infraestrutura e
edifícios públicos. Os governos devem ser capazes de entregar
projetos públicos para infraestrutura horizontal e vertical que
atendam às metas climáticas e de sustentabilidade. Eles também
devem ter acesso à metodologia certa, benchmark e ferramentas
de verificação para agir em escala.
Edifício Adalmiro Dellape Baptista | LEED Platinum 2021
Foto: Sérgio Souza
CERTIFICAÇÕES
20. 1º LUGAR: ESTADOS UNIDOS
1.05 Bilhões de m²
74.080 Projetos
2º LUGAR: CANADÁ
128.5 Milhões de m²
7.271 Projetos
3º LUGAR: CHINA
340.87 Milhões de m²
6.624 Projetos
4º LUGAR: ÍNDIA
220.53 Milhões de m²
3.758 Projetos
5º LUGAR: BRASIL
47.09 Milhões de m²
1.721 Projetos
6º LUGAR: EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
61.73 Milhões de m²
1.250 Projetos
EUA & CANADÁ
1.245 BM
81.352 Projetos
AMÉRICA LATINA
& CARIBE
124.89 MM
5.268 Projetos
EUROPA
198.38 MM
7.807 Projetos
21. LEED NO
MUNDO
7º LUGAR: MÉXICO
35.54 Milhões de m²
1.244 Projetos
8º LUGAR: ESPANHA
35.54 Milhões de m²
1.012 Projetos
9º LUGAR: TURQUIA
40.49 Milhões de m²
1.002 Projetos
10º LUGAR: ALEMANHA
29.61 Milhões de m²
997 Projetos
*área bruta em bilhões e milhões de metros quadrados (BM/MM)
ATÉ DEZEMBRO 2021
PACÍFICO
1.54 MM
135 Projetos
ÁFRICA
4.19 MM
194 Projetos
LESTE ASIÁTICO
474.58 MM
9.924 Projetos
SUL ASIÁTICO
239.71 MM
4.735 Projetos
ORIENTE MÉDIO &
NORTE DA ÁFRICA
115.50 MM
2.527 Projetos
22. 22
114Projetos Ativos 10Certificados via Arc
EM 2021
projeto em destaque: Pátio Victor Malzoni | São Paulo, SP | LEED Platinum 2021
foto: Guilherme Botti
*: Distrito Federal
SP 29
RJ 3
CE/PR 1
TOP 5 UF
PR 296
SP 276
RJ 95
SC 94
RS 23
TOP 5 UF
856Projetos Ativos 34Certificados via Arc
NO TOTAL
SP 72
RJ 24
PE 7
MG 3
AC/BA/SC 2
TOP 5 UF
SP 10
TOP 5 UF
10
3
95
1
29
276
1
296
1
10
12
2
2
1
23
94
15*
9
1
1
1
5 1
9
2
2
72
3
2
2
24
7
10
2
23. Desempenho medido
Uma única e simples plataforma que integra diferentes programas e referenciais,
proporcionando a todos os edifícios e comunidades a possibilidade de criarem conexões,
realizarem benchmark em escala local e internacional, gerenciarem desempenho em
tempo real, mensurarem melhorias, obterem a certificação LEED e proporcionar uma
melhor qualidade de vida às pessoas.
arcskoru.com
24. 24
16Registros 8Certificados
EM 2021
5
1
1
7
1
1
PR 7
SP 5
MG/RJ/RS/SC 1
TOP 5 UF
SP 5
PR 3
UF
5
3
108Registros 29Certificados
NO TOTAL
16
8
1
1
1
2
SP 16
PR 8
SC 2
GO/MS/RS 1
TOP 5 UF
SP 45
PR 25
RJ 11
RS 7
SC 6
TOP 5 UF
projeto em destaque: Myrá Alphaville | Barueri, SP | GBC Condomínio Verde 2021
*: Distrito Federal
1
1
4
3
2*
45
25
7
2
1
6
11
28. O pavilhão virtual Build Better Now foi aberto ao público durante
a COP26, apresentando dezessete projetos sustentáveis que
demonstram as oportunidades do ambiente construído para
enfrentar a crise climática.
COP26
BUILD BETTER NOW
29. 29
[2] Fotografia: Corazza
[1] Fotografia: Ivar Kvaal
O pavilhão virtual Build Better Now foi aberto ao público durante
a COP26, apresentando dezessete projetos sustentáveis
que
demonstram as oportunidades do ambiente construído para
enfrentar a crise climática.
A iniciativa, dirigida pelo UK Green Building Council, surge como
um apelo global à ação climática, destacando o compromisso da
indústria da construção com a prática sustentável em nível mundial.
No encontro, a COP26 dedicou um dia a edifícios e cidades.
O pavilhão virtual apresenta uma série de espaços de exposição em
forma de cúpula apresentando projetos exemplares selecionados
a partir de uma chamada internacional. Uma instalação 3D central
destaca o potencial de implementação de uma economia circular,
ilustrando oportunidades de reutilização e reciclagem no ambiente
construído. Paralelamente à exposição, o pavilhão também sediou
uma série de palestras, keynotes e tours, conscientizando sobre a
relação entre o ambiente construído e as mudanças climáticas.
"Estivemos reunidos na COP26 para destacar o ambiente construído
como uma solução para as mudanças climáticas. Este foi o momento de
maior visibilidade e coordenação que a indústria já teve em uma cúpula
climática desse calibre. O Build Better Now nos oferece a oportunidade
de aprender como as práticas de construção sustentável estão
impactando positivamente a vida das pessoas. Devemos garantir que
o mundo ouça os passos necessários para criar edifícios sustentáveis,
o que significa construir e reformar considerando o carbono no ciclo
de vida das edificações, adotando uma economia circular e criando
edifícios saudáveis, centrados nas pessoas e resilientes aos efeitos
das mudanças climáticas. - Cristina Gamboa, CEO do World Green
Building Council.
Os projetos selecionados têm um impacto tangível em seu contexto
e apresentam soluções escaláveis
e replicáveis
para questões como
recursos naturais, adaptação ao clima e resiliência.
Os projetos destacados envolvem uma variedade de temas, como
materiais sustentáveis, energia renovável, materiais locais ou
proteção da natureza.
Entre os projetos estão o Sara Cultural Center da White Arkitekter
na Suécia, um dos edifícios de madeira mais altos do mundo [1],
o Powerhouse Brattørkaia, do Snohetta, um edifício de escritórios
que produz mais energia do que consome, na Noruega. A TECLA
Sustainable Home de Mario Cucinella Architects, uma estrutura de
argila impressa em 3D na Itália [2]. O Instituto Favela da Paz, uma
ecovila urbana no Brasil e a Modulus Homes no Paquistão.
PAVILHÃO BUILD BETTER NOW
DA COP26 EXIBE PROJETOS
SUSTENTÁVEIS PIONEIROS
CERTIFICAÇÕES
30. 30
Um dos 17 projetos de sustentabilidade selecionados para o
pavilhão Build Better Now que representou o Brasil na COP26 em
novembro de 2021 em Glasgow (Escócia) foi o Instituto Favela da
Paz, que fica no Jardim Nakamura, periferia da zona sul de São
Paulo.
“É o único de uma comunidade que estará no Pavilhão do Built
Environment. O Favela da Paz é hoje autossuficiente em energia, além de
realizar outras tantas atividades relevantes”, disse Felipe Faria, CEO do
Green Building Council Brasil.
O projeto é idealizado pelo morador do bairro, Fábio Miranda, e
as atividades de sustentabilidade atendem de 10.000 a 15.000
moradores da comunidade por ano. Uma das ações promovidas
na comunidade que fez o instituto chegar à COP26, é o
reaproveitamento de matéria orgânica para se transformar em gás
de cozinha. O sistema funciona da seguinte maneira: os restos de
alimentos, que seriam jogados fora em um lixo convencional, vão
para um biodigestor, onde é triturada toda matéria orgânica, que
sofre um processo de fermentação e se transforma em gás metano
(biogás), que é usado como gás de cozinha.
Outra construção de destaque feita pelo instituto é um estúdio
de música com 70% de sua construção através de material
reaproveitado e sistema de ventilação cruzado, que torna
desnecessário o uso de ar condicionado. Além disso, o instituto
conta com plantação de comida orgânica e uso de painéis
fotovoltaicos que geram energia elétrica para cerca de 7 famílias do
Jardim Nakamura.
Hoje, o Brasil é o 5º país com mais certificações Leed (Leadership
in Energy and Environmental Design) no mundo, que é emitida pelo
Green Building e atesta que aquela obra é sustentável. O país fica
atrás dos Estados Unidos, China, Índia e Canadá.
Segundo Felipe Faria, o modelo de negócio do Green Building vem
ganhando a confiança do mercado financeiro através da resiliência
às crises devido à sua sustentabilidade. Ele ressalta ainda que cerca
de 80% dos custos de um prédio (onde estão a maior parte das
certificações LEED), são de manutenção, que vão durar toda vida útil
daquele empreendimento.
Além disso, Faria afirma que os custos para implementar os itens
que dão sustentabilidade àquele empreendimento impactam no
máximo em 4% o valor da obra.
INSTITUTO DA ZONA SUL DE SÃO
PAULO NA CONFERÊNCIA DO CLIMA
COMO MODELO DE SUSTENTABILIDADE
31. 31
O Brasil se manteve por mais um ano na 4ª posição do ranking internacional
LEED (sem considerar os EUA), atrás do Canadá, China e Índia. O ranking
anual destaca os lugares que estão dando passos significativo s nos projetos,
construção e desempenho de edifícios sustentáveis.
SOMENTE AS MELHORES OPÇÕES CRESCEM NA CRISE
Os green buildings cresceram porque são essenciais, diferenciados, porque
alocam os recursos com maestria, aumentam a produtividade e investem em
funcionários. Green Buildings otimizam os canais de comunicação interno e
protegem a saúde e conforto dos ocupantes.
32. 32
Os edifícios são responsáveis por 38% das emissões globais de
carbono relacionadas à energia e 50% de todos os materiais
extraídos. Quatro bilhões de pessoas são vulneráveis aos riscos
climáticos e 91% das pessoas em todo o mundo vivem em áreas
com ar poluído.
Até 2050, o estoque imobiliário mundial dobrará, aumentando
significativamente o impacto do nosso setor. Sua demanda por
recursos naturais acelera as mudanças climáticas e edifícios
ineficientes e insalubres estão afetando nossos meios de
subsistência.
Para fechar as lacunas ambientais, sociais e econômicas, e proteger
nosso planeta, pessoas e economias, devemos adotar uma
abordagem holística de sustentabilidade. Devemos trabalhar em
direção a mudanças sistêmicas que forneçam soluções robustas
para as mudanças climáticas, que melhorem a saúde, a equidade e
impulsionem uma economia circular e regenerativa.
Construindo Resiliência às Mudanças Climáticas
Um ambiente construído resiliente combate as mudanças climáticas,
permitindo energia limpa e acessível. Também acelera a adaptação e
mitigação dos impactos das mudanças climáticas em nossas regiões
e comunidades mais vulneráveis.
Construindo Resiliência para as Pessoas
As dimensões sociais de um ambiente construído resiliente
podem proteger as comunidades do futuro, abordando questões
de equidade e justiça climática. Eles podem fornecer ambientes
saudáveis e acesso mais justo a infraestruturas sociais vitais, como
escolas, hospitais e espaços verdes.
Construindo Resiliência para as Economias
Um ambiente construído resiliente gera empregos verdes e apoia
a regeneração de recursos e sistemas naturais, proporcionando
benefícios socioeconômicos por meio de uma economia circular
próspera.
COMO EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS ESTÃO CONSTRUINDO
RESILIÊNCIA PARA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS, PARA AS
PESSOAS E PARA A ECONOMIA
33.
34. Edifícios e cidades sustentáveis promovem a
saúde humana incentivando estilos de vida
saudáveis, protegendo as pessoas de danos ao
longo do ciclo de vida da construção.
Edifícios sustentáveis podem proteger nossos
recursos hídricos, aumentando a eficiência hídri-
ca e reduzindo o desperdício, além de melhorar
a qualidade da água e o saneamento.
Edifícios sustentáveis fornecem acesso a energia
confiável e limpa, priorizando a eficiência en-
ergética e fontes de energia com baixo ou zero
carbono.
A construção de edifícios e infraestrutura
sustentáveis pode gerar empregos, requalificar
e aprimorar os trabalhadores, permitindo uma
transição justa para uma economia de baixo
carbono.
35. Edifícios sustentáveis protegem a saúde humana
e promovem qualidade de vida ao longo do ciclo
de vida do edifício, desde emprego de quali-
dade e direitos humanos para trabalhadores da
construção, materiais sustentáveis, até eliminar
a pobreza energética e garantir acessibilidade e
conforto em edifícios operacionais.
Cidades sustentáveis proporcionam acesso a
moradia e infraestrutura pública de alta quali-
dade a todos os cidadãos, promovendo desen-
volvimento social, ambiental e econômico.
Edifícios sustentáveis são edifícios circulares
que otimizam o uso de recursos, evitam o envio
de resíduos para aterros sanitários e apoiam a
regeneração de recursos e sistemas naturais.
Edifícios sustentáveis apoiam a energia limpa
usada com eficiência. Cidades sustentáveis tra-
balham ao lado de edifícios para descarbonizar
recursos públicos e infraestrutura, além de
incorporar mecanismos à prova de futuro para
melhorar a resiliência e a adaptação às futuras
mudanças climáticas.
Edifícios sustentáveis fornecem acesso à nature-
za para todos e permitem soluções baseadas na
natureza que aumentam a resiliência e apoiam a
biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
Edifícios e recursos aprimorados são criados por
meio de parcerias que o comparitlhamento de
conhecimento e a economias a economia nos
pilares da sustentabilidade - planeta, planeta.
Edifícios e cidades sustentáveis fornecem
infraestrutura urbana e regional equitativa e de
alta qualidade que promove o desenvolvimento
econômico, o bem-estar humano e uma oper-
ação mais limpa como parte de uma economia
circular.
36. Conforto, Saúde e Bem-Estar para Interiores Residenciais.
O melhor e mais saudável lugar que temos é a nossa casa.
GBC LIFE
37. 37
Dentro de um processo de projeto, de planejamento de um ambiente, alguns elementos que eu chamo
de fundamentos precisam estar sempre presentes. A preocupação com a iluminação natural, com a
ventilação natural, flexibilidade dos ambientes, principalmente em ambientes muito pequenos onde você
precisa tirar partido de design e de pequenos espaços para perfazer várias funções simultâneas. Obvia-
mente que algum contato com a natureza, as questões que têm a ver com o conforto ambiental. Por ex-
emplo, o conforto acústico dentro de um ambiente urbano é sempre um problema para a concentração.
A insolação excessiva, ou o frio excessivo, umidade excessiva, essas questões precisam ser endereçadas
logo no início do projeto para que se tenha estes fundamentos claros e dentro do processo do andamen-
to da proposta como um todo.
Roberto Aflalo, Sócio-proprietário Aflalo/Gasperini
A acústica é um tema importante no ambiente de escritório e em qualquer ambiente de trabalho, além
das casas. Muitas pessoas estão sofrendo com o tema, principalmente trabalhando de casa. Se na
construção isso já estivesse sido previsto de alguma forma seria uma maneira de minimizar os impactos
negativos de muito ruído. Eu acho as certificações de extrema relevância. Elas são relevantes porque
elas parametrizam para todo mundo, não só para as pessoas técnicas, mas para todo mundo elementos
que são intangíveis. Nem todas as pessoas estão a par de todos os elementos que compõe um ambiente
sustentável.
Sérgio Athié, Sócio-fundador Athié Wohnrath
Eu procuro muito valorizar as indústrias e as empresas que já tenham isso implementado. Eu dou muito
mais valor para as empresas que tenham esse cuidado com o meio ambiente do que aquelas que real-
mente não dão muita importância. Isso para mim não faz muito sentido. Com isso o cliente só ganha, o
patrimônio dele valoriza e é claro, a gente tem um resultado de projeto visando já realmente o futuro.
Vivian Coser, CEO Vivian Coser Arquitetos Associados
Evidentemente, a valorização do seu imóvel. Uma vez que você tem um produto certificado, você tem um
produto diferenciado dos outros apartamentos do seu prédio, das casas da sua redondeza, quer dizer,
um produto certificado é um produto reconhecido. Vale muito a pena como uma valorização de seu
imóvel.
João Armentano, sócio-proprietário João Armentano Arquitetura e Construção
E o papel do GBC nisso é extremamente importante, porque ele qualifica isso e te avisa, que o seu
edifício pode ter condições melhores não só para atender este cotidiano de vida, mas também para
suprir problemas que são causados por um planejamento não coerente, não constante. Mostrando que
a qualidade de um ambiente auxilia não só na nossa saúde física mas cria condições favoráveis para que
você atinja patamares de qualidade de vida maior.
Siegbert Zanettini, Sócio-fundador Zanettini Arquitetura
Esta atuação envolvendo todos os players, construtores, fornecedores, projetistas, certificadores, é muito
importante para criar um mindset coletivo no sentido de fazer com que nossa indústria se modernize.
Este é o aspecto fundamental que percebemos na atuação do GBC.
Milton Meyer, Presidente MPD Engenharia
CERTIFICAÇÕES
38. Com seu ousado
compromisso
com edifícios
mais saudáveis,
eficientes e
sustentáveis
para todos,
os membros
do GBC Brasil
estão criando
um legado
duradouro para
as gerações
futuras e para o
nosso planeta.
39. INTELIGÊNCIA DE MERCADO
Os membros do GBC ganham acesso a inteligência de mercado
proporcionando conhecimento aprimorado, para a tomada das
melhores decisões. Isto inclui acesso à experiência e melhores
práticas, eventos, treinamentos e relacionamento com aqueles
que estão na vanguarda do movimento.
NEGÓCIOS
Ao se tornar membro do GBC, você conhecerá uma ampla rede de
empresas e profissionais comprometidos com a sustentabilidade.
Isto oferece diversas oportunidades para o desenvolvimento de
novas parcerias.
CRESCIMENTO DE MERCADO
Os membros do GBC podem contribuir no desenvolvimento de
iniciativas e políticas públicas para o avanço da construção
sustentável a nível local e nacional. Tal envolvimento é crucial para
o crescimento dos projetos e negócios pautados nas práticas de
construções sustentáveis.
DEMONSTRE SUA LIDERANÇA
Membros do GBC evidenciam o propósito de sua empresa em
consonância com as práticas e princípios inerentes ao movimento
de green buildings e fortalecem sua marca.
ALINHAMENTO COM O ACORDO DE PARIS
Como membro do GBC, você apoiará iniciativas alinhadas com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Acordo
do Clima.
40. 40
(1) Construtora | (2) Distribuidor de Materiais e Equipamentos |
(3) Escritório Profissional | (4) Imobiliária e Administradora | (5)
Incorporadora | (6) Organização Sem Fins Lucrativos | (7) Prestador de
Serviços | (8) Produtor de Materiais e Equipamentos | (9) Produtor e
Distribuidor de Materiais e Equipamentos
ESTADO COM NOVOS MEMBROS EM 2021
* DF
1
3
1
3
6
39
8
2
* 1
1
4
2
LOCALIZAÇÃO E SEGMENTO DE ATUAÇÃO
71
Escritório Profissional (20)
Produtor de Materiais e Equipamentos (10)
Produtor e Distribuidor de Materiais (2)
Construtora (17)
Incorporador (3)
Distribuidor de Materiais e Equipamentos (1)
Organização Sem Fins Lucrativos (1)
Prestador de Serviços (15)
Imobiliária e Administradora (2)
NOVOS MEMBROS EM 2021
MEMBROS
(1)
(5)
(2)
(6)
(3)
(7)
(4)
(8)
(9)
AM BA CE DF MG MT PE PR RJ RS SC SP
1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 6
1
1
2
1
7
1
10
1
3
3
2
1
1
1
1
1 3
1 1
1
1
41. CLUBE DE
BENEFÍCIOS
GBC BRASIL
FAÇA PARTE DA REDE DE NETWORKING DO GBC
BRASIL PARA PROFISSIONAIS
MEMBROS
Cortesias anuais
para os cursos
do GBC
Eventos de
networking
exclusivos
Perfil
profissional no
site do GBC
Brasil
44. "Se as pessoas pudessem olhar mais para o próximo e não só para elas
mesmas, estaríamos em um outro estágio da sustentabilidade. Por quê?
Porque a sustentabilidade não é só para si. Se não fizermos em conjunto,
todos em uníssono buscarmos este caminho, este caminho não vai existir.
Não adianta eu me fechar na minha casa, fazer a casa totalmente verde, que
só funciona pra mim, e quando sair na rua encontrar pessoas fazendo tudo
errado. Se você não faz olhando o outro, você não vai fazer nada, e não vai
fazer nunca. E a sustentabilidade traz muito isso, o bem comum. Se as pessoas
continuarem a ser egotistas e só olharem para si, isso não vai acontecer."
Celina Antunes
CEO América Latina, Cushman & Wakefield
46. 46
As construções sustentáveis no Brasil crescem a cada ano. Em 2020, apesar
da epidemia, o aumento foi de 28% e este ritmo deve se manter neste
ano. Neste contexto, realizamos em novembro a Conferência Internacional
2021. Realizada de forma virtual, foram 15 dias ininterruptos de palestras
técnicas, máster series, entrevistas com especialistas e outras atividades.
Tivemos muito a celebrar, mas também muito para informar e
compartilhar. Além dos ótimos números de crescimento observados a
cada ano, a conferência ocorre num momento de excelentes notícias para
o movimento. O aumento da procura pelas certificações no segmento
residencial, em grandes condomínios e bairros, a nova certificação para
interiores e a interiorização do movimento.
Este último ano também tem sido de consolidação de outros projetos e
ações do GBC, caso das edificações autossuficientes em água e energia
e discussão e aplicação de políticas públicas nesta área. Além da parte
técnica do setor, que tem no movimento green building um fator de busca
de excelência. Todos estes assuntos foram tratados durante o evento.
Concomitantemente com a nossa influência, cresce nossa
responsabilidade. Comprovadamente, os green buildings melhoram
o conforto, saúde e bem-estar nos ambientes construídos. Direta e/
ou indiretamente, contribuem na valorização das relações humanas de
convívio, aprendizado, criação, entretenimento ou serviço que ocorrem
nestes espaços projetados. Refletindo sobre esta responsabilidade, o tema
da Greenbuilding Brasil 2021 foi Edificando Ideais Humanos.
O tema foi desenvolvido na sessão de abertura pela professora de
Filosofia Lucia Helena Galvão, autora de 6 livros e de mais de 800 palestras
publicadas e com 77 milhões de visualizações no canal Nova Acrópole
Brasil. A sessão de abertura teve ainda o Arquiteto Musical, com o
compositor Roberto Menescal, um dos criadores da Bossa Nova.
Outro importante assunto do evento foi a chamada indústria ESG (criar,
operar e investir em melhores empresas). Em matéria de mercado
imobiliário, o green building é o caminho para o desenvolvimento
e operação dos ativos no quesito ambiental e social. E ambos os
movimentos caminham para um processo de formação profissional, onde
gradativamente, ideais relacionados à nossa natureza humana estão sendo
edificados.
9.425
P A R T I C I P A N T E S
28
P A Í S E S
EDIFICANDO IDEAIS HUMANOS
50
HORAS DE
CONTEÚDO
ORIGINAL
111
PALESTRANTES
TODOS
OS ESTADOS
BRASILEIROS
+ DF
350
INTERAÇÕES
NAS SESSÕES
EDUCACIONAIS
500K
IMPACTADOS
NAS MÍDIAS
SOCIAIS
200
HORAS DE
CONTEÚDO
ADICIONAL
GRATUITO
47. EVENTOS
Professora de filosofia da organização Nova Acrópole do Brasil, onde atua há 32 anos ministran-
do aulas e palestras sobre temas diversos ligados à Filosofia à maneira Clássica.Possui mais de
800 palestras publicadas na internet (canal do Youtube da Nova Acrópole Brasil, canal com mais
de 800 mil inscritos e 77 milhões de visualizações, e plataforma Acrópole Play).Autora de seis liv-
ros (Canções para Despertar Sophia, Sonhos trilhando o tempo, O Aroma do Lótus, Observações
matinais - versão brasileira e portuguesa, Instantes de um tempo interior e Para entender o Cai-
balion), prefaciou ainda diversas obras de destaque como “A Guerra da Arte” de Steven Pressfield
e “Luz no caminho” de Mabel Collins. Escreveu ainda letras de músicas, como Prudência, cantada
por Zizi Possi, e dois roteiros para teatro, dentre eles a obra “Blavatsky”, estrelada por Beth
Zalcman.É palestrante profissional, tanto no Brasil quanto no exterior, ministrando palestras em
empresas e órgãos públicos. Seus cursos sobre administração do tempo e técnicas de estudo já
foram realizados por mais de vinte mil alunos.
Roberto Menescal é considerado no meio musical o compositor vivo que mais representa a bossa
nova. Menescal tenta perpetuar a boa música, ensinando e estimulando gente de talento, ciente
de que está iniciando um novo ciclo e atento ao que está vindo nessa transformação musical. Sua
placidez filosófica destoa um pouco do poder de análise que comanda suas decisões e escolhe
seus caminhos na vida. A serenidade que parece envolvê-lo, transparece nas palavras e nos
gestos do artista. E a paz de coração é sua meta. Começou a trilhar um caminho descobrindo
o respeito e a compaixão que pode ter consigo mesmo. Acreditando que o mar, as plantas, os
animais e as pessoas devem ser observados com atenção e humildade. Percebe que a felicidade
é bem mais curtida na intimidade com a família, amigos, plantas, animais de estimação e seus
sons. Sem preconceitos e aberto ao novo, Menescal é flexível e definitivamente jovem.
Mediada pela jornalista Marina Machado, a sessão de abertura trouxe reflexões sobre o movimento de green buildings no Brasil, o
conceito “Edificando Ideais Humanos, o processo de interiorização do movimento de green buildings, segmento residencial e pro-
jetos LEED Communities. Falamos também sobre a importância do Movimento de Green Buildings no contexto global de mudanças
climáticas. Projetos globais do World Green Building Council. Liderança dos GBCs nas reuniões do G20. Lançamento da campanha
"Small Act, Big Impact” e Projetos GBC Brasil Zero Energy e GBC LIFE. A sessão de abertura teve participação de:
Raul Penteado, Presidente do Conselho de Administração do GBC Brasil | Felipe Faria, CEO do GBC Brasil | Peter Templeton,
Presidente e CEO do US Green Building Council | André Marin, Diretor de Incorporação da Construtora Laguna| João Bezerra,
Presidente do Sicredi Evolução | Vilso Dubena, Sócio-Diretor do Cidade dos Lagos | Thassanee Wanik, Fundadora do GBC
Brasil | Cristina Gamboa, CEO do WorldGBC | Marco Mari, Presidente do GBC Itália | Alyse Grumbles, Global Environment
and Sustainability Lead | Carlos Mattar, Diretor Executivo Comercial para Produtos da Construção, Saint-Gobain | Fábio
Miranda, Co-fundador do Instituto Favela da Paz | Graziela Gonzaga, Cientista Ambiental na Worley | Carolina Learth, Head de
Sustentabilidade no Santander | Robson Bhering, Head de Negócios Imobiliários no Santander | Thomas Gomes, Sócio-Diretor da
MDGP | Michel Farah, Presidente da Farah Services | Ana Rocha, Presidente na ProActive Consultoria | João Casari, Especificador
Técnico na Saint-Gobain | Vivian Coser, CEO da Vivian Coser Arquitetos Associados | Marina Machado, Jornalista.
PROGRAMA DE ABERTURA
KEYNOTE SPEAKERS
ROBERTO MENESCAL O Arquiteto Musical
LUCIA HELENA GALVÃO Edificando Ideais Humanos
49. 49
Os últimos anos evidenciaram a necessidade e busca por conforto, saúde, bem-estar e sustentabilidade nos espaços construídos,
tanto em edifícios comerciais, que aos poucos passaram a ser reocupados, quanto em nossas residências, que tomaram - de forma
temporária ou permanente - o lugar dos locais de trabalho e aprendizado. Esta nova necessidade foi também percebida como uma
nova demanda, trazendo novas oportunidades e frentes de trabalho.
LEED O+M V4.1 E PLATAFORMA ARC
Discutir os processos, normas técnicas e as ações estratégicas para o sucesso da
certificação. Apresentar a plataforma Arc e demonstrar como ela pode auxiliar na
definição de metas de desempenho de edifícios, implementação de estratégias para
o alcance destas metas, rastrear os dados de desempenho e traduzi-los em uma
pontuação tangível, bem como a gerenciar o desempenho da edificação em um portfólio
mundial.
MATERIAIS SUSTENTÁVEIS
Durante o curso você irá aprender os conceitos e normas que definem os pré-requisitos
e créditos, bem como o desempenho exigido na categoria de Materiais e Recursos das
certificações LEED e GBC CASA & CONDOMÍNIO. Aprenda também a direcionar pesquisas
e desenvolver soluções que contribuem para os projetos que buscam as certificações,
bem como a correta comunicação destes diferenciais.
O curso também esclarece a questão da rotulagem ambiental de produtos e análise de
ciclo de vida, fornecendo as ferramentas de análise crítica para melhor especificação de
materiais e produtos.
SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA
Qual é o maior desafio da humanidade, neste admirável mundo novo em um pequeno
planeta? A tecnologia vem mudando nosso mundo rapidamente. Hoje temos um cenário
muito complexo, e super conectado. Tudo se liga a tudo, e simultaneamente. Tornou-se
chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade. Este é o
mundo em que vivemos hoje, na parte tecnológica. Mas e a nossa humanidade, como
está? Como estamos vivendo hoje, em função de toda esta transformação?
O curso traz reflexões sobre o estado do mundo contemporâneo e como a
sustentabilidade corporativa pode ser abordada.
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
50. 50
PLATAFORMA ONLINE DE EDUCAÇÃO
ACREDITAÇÃO
LEED GA
8 horas
nível introdutório
4 meses de acesso
CONFORTO, SAÚDE E BEM-
ESTAR NAS EDIFICAÇÕES
18 horas
nível avançado
6 meses de acesso
GBC CASA
& CONDOMÍNIO
5 horas
nível intermediário
4 meses de acesso
CURSOS
GBC LIFE
2 horas
nível introdutório
4 meses de acesso
GBC ZERO ENERGY
3 horas
nível intermediário
4 meses de acesso
LEED BD+C
5 horas
nível avançado
4 meses de acesso
LEED O+M V4.1 E
PLATAFORMA ARC
5 horas
nível avançado
4 meses de acesso
MATERIAIS
SUSTENTÁVEIS
5 horas
nível intermediário
4 meses de acesso
SUSTENTABILIDADE
CORPORATIVA
2 horas
nível introdutório
4 meses de acesso