Este documento fornece um panorama das certificações LEED no Brasil e na região Sul, com foco no crescimento acelerado de edifícios sustentáveis. A região Sul lidera o país em número de certificações Platinum e vem adotando as construções verdes de forma permanente. Além disso, casos de sucesso demonstram como a certificação LEED gera benefícios econômicos e ambientais.
1. NOVEMBRO 2018 > ANO 1
#01
OAvançoda
CertificaçãoLEED
naRegiãoSul
A região mostra sua força e
protagonismo como líder em
certificações LEED Platinum.
>pag.10
TENDÊNCIAS
& DESTAQUES
> pag.14
CASES DE
SUCESSO
> pag.09
ENTREVISTA:
BRUNO ZAFFARI
> pag.30
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 1 25/10/18 17:15
3. 3
NÚMERO DE EDIFÍCIOS CERTIFICADOS LEED NO BRASIL (cumulativo)
Fonte: USGBC (23/04/18)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
41.4%
M
esmo em um cenário de crise, o número de
edifícios certificados LEED (Leadership in
Energy and Environmental Design ou Lideran-
ça em Energia e Design Ambiental) no Brasil
segue em ascensão. Analisando os últimos 5 anos (2013 a
2017) o crescimento médio foi de impressionantes 41,4%
ao ano. Esse resultado foi impulsionado principalmente
pela Região Sul, que cresceu quase o dobro que o resto
do país no mesmo período. Juntos, Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul se destacam não apenas pelo ritmo
acelerado de avanço, mas também por concentrarem o
maior número de edifícios que atingem o mais alto nível
de certificação – o cobiçado LEED Platinum.
Nesse período sentimos uma mudança no comporta-
mento dos nossos clientes. No início, focávamos esfor-
ços na persuasão sobre os benefícios do green building
(construções verdes). Mas recentemente, tanto os clientes
corporativos (aqueles que constroem para ocupar), quanto
os da área de incorporação (que constroem para vender ou
alugar) mostram-se convencidos do valor da certificação
LEED já no primeiro contato.
É possível afirmar que hoje a maioria destes clientes
se recusaria a construir outro edifício convencional, com
crise ou sem crise, e mais: analisando o grau e ritmo de
adoção das “construções verdes” em Curitiba e Porto
Alegre, certamente a mudança é permanente. Isso levanta
uma série de questões: a partir de quando existe essa
curva ascendente de certificações LEED na Região Sul?
De que forma ela se destaca das demais regiões do país?
Para quais tipos de empreendimentos? O que tem muda-
do na percepção de empresários e investidores em relação
às construções sustentáveis? Quais as perspectivas?
Essas são algumas das perguntas que o GB Monitor BR
Sul, realizado pela Petinelli, se propõe a responder. Essa
publicação inédita no Brasil sobre o tema é a primeira de
uma série que visa traçar um retrato e mostrar o pano-
rama das “construções verdes” e da certificação LEED no
Brasil e, mais detalhadamente na Região Sul, a partir de
um compilado dos principais estudos sobre o assunto no
país e no mundo e do testemunho de empresários com
expressividade nacional e regional.
O Sul do Brasil apresenta todos os elementos para se
tornar uma região de destaque global em relação a green
building, por ser uma região relativamente próspera, com
mercados consumidores maduros e mais exigentes, que
estão atentos a tendências globais e abertos a inovação
e tecnologia. Ainda falamos de um nicho, mas esse nicho
cresce em uma velocidade impressionante e por conta
própria, como poderá ser verificado nesse relatório. Além
disso, cada novo green building incentiva o próximo.
Com certeza chegamos e passamos do ponto de inflexão.
Boa leitura!
CARTA DO EDITOR
GUIDO PETINELLI
Sócio diretor da Petinelli e
editor do GB Monitor BR Sul
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 3 25/10/18 17:16
4. 4 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
1.CHINA
*ÁREA: 47,16
PROJETOS: 1.211
7.TAIWAN
*ÁREA: 6,15
PROJETOS: 127
6.CORÉIA
DO SUL
*ÁREA: 6,66
PROJETOS: 106
5.ALEMANHA
*ÁREA: 7,00
PROJETOS: 276
3.ÍNDIA
*ÁREA: 20,28
PROJETOS: 752
10.EMIRADOS
ÁRABES
*ÁREA: 4,41
PROJETOS: 207
8.TURQUIA
*ÁREA: 6,06
PROJETOS: 245
4.BRASIL
*ÁREA: 14,83
PROJETOS: 490
2.CANADÁ
*ÁREA: 40,77
PROJETOS: 2.970
9.MÉXICO
*ÁREA: 5,16
PROJETOS: 305
* Em milhões de metros quadrados
** Fonte: USGBC (31/12/17)
TOP10PAÍSESLEEDfora dos EUA
N
os últimos anos, a certificação LEED
se tornou uma tendência iminente
na construção civil e no meio empre-
sarial brasileiro. O Brasil já possui o
4º maior número de certificações no mundo,
à frente de países como Alemanha, Coréia do
Sul e Emirados Árabes, atrás apenas da China,
Canadá e Índia. Ao todo, o país conta com 490
edifícios certificados e outros 900 a caminho.
Presentes em 21 estados, edifícios LEED são
uma realidade nacional.
LEED
A certificação LEED (Leadership in Energy and
Environmental Design ou Liderança em Energia e
Design Ambiental) foi criada pelo United States Green
Building Council (USGBC) em 1993 com a finalidade
de fomentar e promover práticas de construções
sustentáveis. O sistema estabelece critérios para medir
o desempenho de edificações e recompensa aqueles que
obtêm resultados superiores aos tipicamente praticados
pelo mercado. Quanto melhor o desempenho de um
edifício, maior o seu nível de certificação.
PANORAMA GERAL MUNDIAL
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 4 25/10/18 17:16
6. 6 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
Oimpacto
A NÍVEL DOS EDIFÍCIOS
Economia
comenergia
Economiacomsaúde
emudançasclimáticas
Edifícios LEED
economizam R$ 42,48 por m2
e R$ 17,07 por m2
é ganho
com saúde e produtividade
A NÍVEL BRASIL
R$0,39
Outro
É ECONOMIZADO
COM SAÚDE
R$1,00
Para cada
EM ENERGIA
ECONOMIZADA
Quando comparados com edifícios convencionais, os edifícios LEED
que fizeram parte do estudo economizaram:
ECONOMIATOTAL
gerando um benefício total de
R$ 59,55 de economia por m2
CO2
Economia
comSaúde
eMudanças
Climáticas
Economia
comEnergia
BENEFICIOTOTAL(por m2)
R$
1.291
entre 2000 - 2016ECONOMIZADOS
R$
931 MILHÕES
COM CUSTO
DE ENERGIA
R$
360
MILHÕES COM
BENEFÍCIOS
DE SAÚDE E
MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
R$
41 milhões da redução de
impactos negativos advindos de
mudanças climáticas.
R$
319 milhões da redução
da poluição do ar resultando em menor
numero de visitas a hospitais, dias perdidos
de trabalho, escola, entre outros.
EdifíciosCertificadosLEEDnoBrasil:
Benefícios associados à energia, saúde e mudanças climáticas.
PANORAMA GERAL BRASIL
Fonte: MACNAUGHTON, Piers et al. Energy savings, emission reductions, and health co-benefits of the green building movement; Harvard T.H. Chan School of Public Health, 2018.
MILHÕES
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 6 25/10/18 17:16
8. 8 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
NÍVEIS DE CERTIFICAÇÃO LEED
NÍVEL PONTUAÇÃO
Platinum +80
Ouro 60 - 79
Prata 50 - 59
Certificado 40 - 49
Fonte: USGBC (23/04/18)
PANORAMA GERAL BRASIL
PLATINUM
OURO
PRATA
CERTIFICADO
TRANSFORMAR O MERCADO
A certificação LEED incentiva a adoção
de práticas de construção sustentável pelo
mercado de duas formas: através da definição de
critérios técnicos que possibilitam quantificar o
desempenho de uma edificação. E, reconhecendo
excelência e celebrando publicamente aqueles que
se comprometem a ir além das melhores práticas.
A certificação serve como mecanismo para medir
e recompensar. “Quanto maior o esforço, maior
a recompensa.” É dessa forma que ela atua para
transformar o mercado.
Quanto maior o esforço,
maior a recompensa.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 8 25/10/18 17:16
10. 10 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
Númerosque
impressionam
CRESCIMENTO
O número de edifícios cer-
tificados LEED na Região Sul
cresce duas vezes mais rápido
do que no restante do país.
Nos últimos cinco anos a taxa
média de crescimento anual
nos Estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul
juntos foi de 79,6%, enquanto
no Brasil o aumento foi de
41,4%. O resultado inclusive
superou o do Sudeste, onde o
crescimento médio anual das
“construções verdes” no Rio de
Janeiro foi de 41,5% e em São
Paulo de 33,3%. A Região Sul
conta com 18 cidades que já
possuem edifícios certificados
LEED. Esse número salta para
28 se consideradas as cidades
com edifícios em processo de
certificação. Tendo conquistado
as capitais, a expansão do LEED
ocorre agora no interior dos
estados. »
TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL (2013-17)
Brasil São Paulo Rio de Janeiro SUL
41.4% 33.3% 41.5% 79.6%
1. Fábrica da Coca-Cola
FEMSA, Maringá (PR);
Certificação LEED Prata
(Fábrica) e LEED Ouro
(Edifício Social);
2. Gramado Parks
Buona Vitta Resort Spa,
Gramado (RS); Buscando
certificação LEED Ouro.
PANORAMA GERAL BRASIL > REGIÃO SUL
TOP10CIDADES LEED
(na Região Sul)
CIDADES PROJETOS
1. Curitiba (PR) 22
2. Porto Alegre (RS) 6
3. Gravataí (RS) 5
4. Pinhais (PR) 4
5. Maringá (PR) 3
6. Joinville (SC) 3
7. Florianópolis (SC) 2
8. São Leopoldo (RS) 2
9. Palhoça (SC) 2
10. Quatro Barras (PR) 2
1.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 10 25/10/18 17:17
12. 12 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO
Em 2013 a soma dos edifícios certificados LEED no
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul representava
pouco mais 7% do total no Brasil. Em 5 anos, a participação
de mercado destes estados dobrou, chegando a 14%.
Com 60 edifícios certificados até o final de 2017, a Região
Sul representa o 3º maior mercado para LEED no Brasil,
atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, de
um total de 80 cidades brasileiras que possuem edifícios
LEED, 22,5% delas pertencem à Região Sul. Essa maior
proporção de cidades revela uma maior pulverização da
certificação na região. Enquanto no Sudeste edifícios LEED
estão concentrados principalmente nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro, na Região Sul a tendência é uma
participação das cidades do interior.
PERFIL
Em geral, os edifícios LEED da Região Sul são menores e
concentrados no interior dos estados, portanto, fora das
capitais e municípios das Regiões Metropolitanas. Essas
duas características vão na contramão do identificado no
Sudeste. Enquanto metade (50%) dos edifícios certificados
na Região Sul estão localizados nos municípios do interior
do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Sudeste,
72% deles estão localizados nas capitais dos estados do
Rio de Janeiro e de São Paulo, ou seja, apenas 28% desses
empreendimentos estão no interior. Com 37,170 m2
, edifícios
LEED em São Paulo têm, em média, mais que o dobro de área
construída do que os da Região Sul (14.889 m2
). Além disso,
quase 60% dos edifícios LEED no Sul têm menos de 10.000 m²,
enquanto 25% têm menos de 1.000 m². Já em São Paulo, 40%
das “construções verdes” têm menos de 10.000 m² e apenas
13% têm menos de 1.000 m².
LOCALIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS
CERTIFICADOS LEED (no Brasil)
CERTIFICAÇÃO LEED PARTICIPAÇÃO DE MERCADO
(Região Sul)
Sul Demais regiões
100%
95%
90%
85%
80%
75%
2013 2014 2015 2016 2017
7% 11% 12% 14% 14%
QUANTIDADE DE EDIFÍCIOS
CERTIFICADOS LEED (por área)
BRASIL SÃO PAULO SUL BRASIL SÃO PAULO SUL
34% 28% 50% 42% 40% 57%
Capital Interior < 1.000 m2
1.001 m2
- 10.000 m2
> 10.001 m2
PANORAMA GERAL BRASIL > REGIÃO SUL
1.
Fonte: USGBC (23/04/18) Fonte: USGBC (23/04/18)
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 12 25/10/18 17:17
14. 14 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
A filosofia da Laguna é ser “sempre
diferente” e a incorporadora e cons-
trutora de Curitiba se tornou uma
“trendsetter” na cidade, com empre-
endimentos de alto padrão e design
arrojado. A empresa foi pioneira e
conta com o maior número de edi-
fícios LEED na Região Sul, incluindo
duas certificações que conquistaram
o nível Platinum. A incorporadora
também foi a primeira a lançar um
edifício residencial LEED na região.
Com o objetivo de assegurar os
mais altos níveis de conforto para os
moradores, além de eficiência ener-
gética e qualidade superior em suas
obras, a Laguna vem se destacando
na adoção da certificação em edifícios
residenciais. Para Gabriel Raad, dire-
tor geral da Laguna. “Receber o selo
LEED mostra que a Laguna está acima
dos padrões nacionais. O selo não
define apenas os parâmetros de sus-
tentabilidade da obra, mas também
estabelece métricas de qualidade.
Escolhemos os melhores profissionais
do mercado em arquitetura, design e
engenharia para entregar aos nossos
clientes a qualidade que identifica a
nossa marca”, afirma Raad. Para An-
dré Marin, diretor de incorporação da
construtora, a certificação reconhece
a empresa como referência em sus-
tentabilidade. “A Laguna se preocupa
com essa questão ambiental em
todos os seus empreendimentos,
desde o abastecimento de água até
os resíduos das obras. Nosso objetivo
é sempre aliar a sustentabilidade
econômica e social, sem deixar de
lado a qualidade e conforto. Toda a
sociedade ganha.”
LagunalideracertificaçõesnoSul
Localizado na Visconde de Guarapuava,
em Curitiba, o LLUM é o primeiro edifício
residencial a ser pré-certificado LEED Ouro
no Brasil. O empreendimento de altíssimo
padrão tem 11.000 m2
de área total
construída, distribuídos em 20 andares,
sendo apenas 15 apartamentos – cada um
ocupa um pavimento inteiro. As metragens
variam de 385 a 616 m² de área privativa.
Em 2017 o LLUM também conquistou a
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
(ENCE) do programa Procel Edificações com
avaliação nível A.
DESTAQUE CURITIBA > LAGUNA > IGUAÇÚ 2820 e LLUM
O Iguaçú 2820 (LEED Ouro 2015) é um edifício
de escritórios com lajes corporativas e salas
comerciais com 22 pavimentos e 35.000 m2
de área total construída. Localizado no Bairro
Batel, o empreendimento de alto padrão
também aloja o escritório da Laguna, que
conquistou, em 2016, a certificação LEED
Platinum na categoria “Commercial Interiors”
com 89 pontos, (tornando-se, na época, o
projeto de maior pontuação do Brasil).
Edifício Iguaçú 2820
> LEED Ouro 2015
Escritório Laguna Incorporadora e Construtora
> LEED Platinum 2016
Iguaçú2820
Llum
> Pré-certificado LEED Ouro
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 14 25/10/18 17:17
16. 16 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
CASE #02 SEDE RAC ENGENHARIA
ÁREA: 463 m2
PROJETO: A sede da RAC
Engenharia conquistou a
certificação LEED Platinum
em 2017. O edifício é um dos
primeiros “Zero Energia” e
“Zero Água” no Brasil. O projeto
ganhou o Prêmio Saint Gobain
de Arquitetura Sustentável na
categoria Conforto em 2017.
Primeiroedifícioautossuficiente
emáguaeenergiadoBrasil
A sede da RAC Engenharia, situada em
Curitiba (PR) e inaugurada em 2017, é
o primeiro edifício autossuficiente em
água e energia do Brasil. A edificação
produz toda a energia elétrica que
consome e também capta e trata todo o
esgoto sanitário gerado, bem como torna a
água de chuva potável. O projeto recebeu
a maior pontuação da América Latina
referente a certificação LEED Platinum,
com 97 pontos. E também foi a ganhadora
do 4º Prêmio Saint Gobain de Arquitetura -
Habitat Sustentável.
Uma série de medidas de eficiência ener-
gética foram adotadas a fim de viabilizar
o conceito “Zero Energia”. Investiu-se na
eficiência dos sistemas de ar-condicionado
e iluminação, dimensionados conforme
simulação termoenergética via softwa-
re. Para favorecer a iluminação natural,
adotou-se como solução o uso de brises
(também conhecidos como “quebra-luz”),
a fim de evitar o ganho demasiado de
calor e o ofuscamento nos usuários. Outra
solução foi a instalação de ar-condicionado
eficiente, do tipoVRF. Comparando-se com
um prédio padrão no mercado, o projeto
conta com uma redução de 46% do consu-
mo de ar-condicionado. Para se chegar à
autossuficiência, ou “Zero Energia”, toda a
energia para consumo do prédio é gerada
por painéis fotovoltaicos. Com 19,8 kW de
potência instalada, tem-se a geração anual
de 26.509 kWh. A edificação conta ainda
com ponto de recarga para carro elétrico,
que permite carregar a bateria do veículo
através da energia solar.
Já a principal medida para se chegar à
autossuficiência em água é a captação e
tratamento dos efluentes in loco. Para isso,
a sede da RAC Engenharia conta com uma
estação de tratamento de esgoto própria
e um sistema de captação da água das
chuvas. Esta, após o devido tratamento,
torna-se potável e própria para reutilização
em torneiras e chuveiros.
Para se chegar à
autossuficiência, ou
“Zero Energia”, toda a
energia para consumo
do prédio é gerada por
painéis fotovoltaicos.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 16 25/10/18 17:17
18. 18 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
As certificações na Região Sul conquistam,
em média, 7 pontos a mais que a média
nacional. É justamente no sul que se
encontram os dois empreendimentos com a
maior pontuação LEED no Brasil: o escritório
da Petinelli, em Balneário Camboriú (SC),
com 104 pontos, que se tornou o projeto
com a 3ª maior pontuação LEED no mundo,
e a sede da RAC Engenharia, em Curitiba
(PR), com 97 pontos, que é também o
primeiro edifício Zero Energia e Água da
América Latina, ou seja, autossuficiente em
água e energia, produzindo in loco todos os
recursos que consome.
Platinum
Ouro
Prata
Certificado
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
BRASIL SP RJ SUL ALEMANHA
6% 5% 1% 23% 20%
CERTIFICAÇÃO LEED: PARTICIPAÇÃO
DE MERCADO (Região Sul) Fonte: USGBC (23 Abril 2018)
LEED PLATINUM BRASIL
TOP5maiorespontuaçõesLEEDnomundo
Petinelli Balneário Camboriú (SC); Certificação LEED CI nível Platinum
RANKING
1º 107 The Change Initiative TO Emirados Árabes 2013
2º 105 Pixel Austrália 2012
3º 104 Petinelli Balneáreo Camboriú Brasil 2017
4º 103 eFacility Índia 2017
5º 102 Integral Group Deep Green Office USA 2012
Fonte: USGBC (23 Abril 2018)
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 18 25/10/18 17:17
20. 20 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
SANTA CATARINA
Proporcionalmente, Santa
Catarina tem o maior número
de edifícios LEED Platinum do
Brasil, 44% do total (4 de 9).
Inclui o primeiro edifício
público a obter LEED
Platinum, a Creche Hassis
da Prefeitura Municipal de
Florianópolis.
O Estado também tem
o projeto com a 3ª maior
pontuação LEED do mundo,
o escritório da Petinelli em
Balneário Camboriú.
PARANÁ
O Paraná é o 3º estado
com maior número de certificações
LEED no Brasil.
O Paraná representa 60% do total
de edifícios certificados e detém
metade dos edifícios LEED Platinum
da Região Sul.
Com 22 edifícios certificados,
Curitiba se destaca por ser a cidade
com a maior concentração de
edifícios LEED da Região Sul (36.5%).
O Paraná concentra o maior
número de edifícios Zero Energia
e Água do país; primeiro edifício a
obter a certificação Zero Energy do
GBC Brasil.
Possui empreendimentos buscando
certificação LEED em 14 cidades.
PANORAMA REGIÃO SUL > DESTAQUES ESTADUAIS
Paraná e Santa Catarina abrigam
os dois empreendimentos com a
maior pontuação LEED no país.
1.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 20 25/10/18 17:18
22. 22 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
PASSO D’AREIA
AUXILIADORA
FLORESTAFLORESTA
SÃO JOÃO
INDEPENDÊNCIAINDEPENDÊNCIA
MONT’SERRAT
BELA VISTA
HIGIENÓPOLIS
VILA JARDIMVILA JARDIMVILA JARDIM
PETRÓPOLISPETRÓPOLIS
RIO BRANCO
SANTA CECILIA
MOINHO
DE VENTOS
VILA IPIRANGAVILA IPIRANGA
TRÊS
FIGUEIRAS
1. ESCRITÓRIO PETINELLI
Rua Luzitana
AV.CARLOSGOMES
AV.DOMPREDROIIAV. FARRAPOS
AV.PRES.CASTELOBRANCO
AV. DR. NILO PEÇANHA
RUA ANITA GARIBALDI
AV. PROTÁSIO ALVES
AV. PROTÁSIO ALVES
AV. PLÍNIO BRASIL MILANO
AV. CARLOS GOM
ES
2. PAVEI
4. DELPRO
6. ANITA RESIDENCE
9. CONFIDENCIAL
8. MR. SHAN BUSINESS OFFICES
3. MOOV SMART HOTEL
PORTO
ALEGRE
COUNTRY
CLUB
PARQUE
GERMÂNIA
PRAÇA
PROVÍNCIA
DE SHIGA
5. JBZ
7. BELMONDO INCORPORACOES
N
A Av. Carlos Gomes em Porto Alegre é o principal
eixo de ligação entre o norte e sul da capital gaúcha e
tradicionalmente concentra os maiores edifícios corporativos
da cidade. A região também se destaca pela quantidade de
edifícios buscando a certificação LEED. O forte crescimento
da certificação sinaliza um ponto de inflexão para o mercado
imobiliário da região, estabelecendo o LEED como novo
padrão. Ao todo, ja são 8 empreendimentos, sendo que
o primeiro foi o Ed. Mr. Shan (LEED Platinum, 2016). Com
21.000 m2
de área construída, o edifício João Benjamin
Zaffari será um dos maiores edifícios corporativos AAA de
Porto Alegre (buscando LEED Platinum). O Anita Residence
(buscando LEED Prata), da incorporadora Maiojama, é o
primeiro edifício residencial LEED do Rio Grande do Sul. A
proliferação de edifícios LEED na região ainda inclui o um
hotel, outros edifícios comerciais, empreendimentos de uso
misto e até uma sede corporativa da construtora.
PORTO ALEGRE (RS) > AV. CARLOS GOMES
AvenidadacapitalgaúchaconcentraedifíciosLEED
PANORAMA
EMPREENDIMENTOS
(Av. Carlos Gomes)
ÁREA
(m2
)
NÍVEL DE
CERTIFICAÇÃO
1. Petinelli - Escritório 90 LEED Platinum
2. Pavei - Ed. Comercial 9.300 LEED Ouro*
3. Moov Smart Hotel 6.200 LEED Platinum*
4. Delpro 500 LEED Platinum*
5. JBZ - Ed. Corporativo 21.000 LEED Platinum*
6. Anita Residence 19.000 LEED Prata*
7. Belmondo Incorporacoes 800 LEED Platinum*
8. Mr. Shan - Ed. Corporativo 14.500 LEED Platinum
9. Confidencial 58.000 LEED Ouro*
* Em processo de certificação
1. Escritório Petinelli 2. Pavei 3. Moov Smart Hotel 4. Delpro 5. JBZ 6. Anita Residence 7. Belmondo Incorporações 8. Mr. Shan Business Offices 9. Confidencial
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 22 25/10/18 17:18
24. 24 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
INTERIORIZAÇÃO
Ao longo dos últimos cinco anos, o ritmo da
“interiorização” do LEED aumentou, tanto no que
diz respeito ao crescimento no número de projetos
em estados fora do eixo Rio-São Paulo, quanto em
relação à expansão da certificação para cidades
menores. Esse padrão já identificado no Sul tende
a se repetir em outras regiões do país. O número
de edifícios registrados fora das capitais estaduais
deve crescer impulsionado pela retomada
econômica e pelo amadurecimento dos mercados
locais. Prova disso é a localização dos projetos LEED
registrados, ou seja, que buscam a certificação. Até
abril de 2018, 34% dos edifícios que já receberam
o selo verde estão situados fora das capitais. Esse
número sobe para 41% quando considerados os
edifícios registrados, mesmo na Região Sul, onde
esse movimento de interiorização dos edifícios
certificados LEED é mais acentuado, concentrando
50% das “construções verdes”, a tendência continua
subindo para 55% dos projetos registrados.
TENDÊNCIAS BRASIL
1. W, Porto Alegre (RS); Buscando
certificação LEED Ouro e Prata;
2. Sinduscon Corporate, Curitiba (PR);
Buscando certificação LEED Platinum;
3. ROC, Curitiba (PR); Buscando
certificação GBC Condomínio;
4. Videolar, Triunfo (RS); Buscando
certificação LEED Platinum.
1. 2.
AUTOSSUFICIÊNCIA
A Região Sul também é pioneira e lidera
no país a certificação dos empreendimentos
chamados “Zero Energia”, ou seja,
autossuficientes. Para se enquadrar nessa
categoria de classificação é fundamental
que toda a energia necessária para a
operação seja gerada no próprio edifício, a
partir de fontes renováveis como os painéis
fotovoltaicos. O Sul abriga metade dos
edifícios Zero Energia do país, atuando
como uma verdadeira incubadora para
o desenvolvimento de novas tecnologias,
assim como de vitrine para o mercado.
Provando assim já ser economicamente viável
edificar esses tipos de empreendimentos.
Exemplos incluem a sede da RAC Engenharia
e o edifício comercial Sinduscon Corporate em
Curitiba, a Escola Municipal Creche Hassis em
Florianópolis; a Sede da Delpro Engenharia
em Porto Alegre.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 24 25/10/18 17:18
26. 26 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
2
RETROFIT SUSTENTÁVEL
Nas economias desenvolvidas, pelo menos
metade dos edifícios que serão utilizados em
2050 já foram construídos, é o que revela o estudo
“Ambiente, Edifícios e Mudanças Climáticas”
do Programa das Nações Unidas. Diante desse
cenário, o “retrofit sustentável” aparece como
uma grande oportunidade para incorporadores,
investidores e empresas. Essa prática consiste
na adoção de sistemas e elementos sustentáveis
em empreendimentos já construídos, tornando-
os mais eficientes. Além de fatores ambientais
e sociais, essa adequação cria um diferencial
competitivo para proprietários e investidores,
que desejam atrair e reter bons inquilinos, por
meio do “upgrade” dos seus ativos. O surgimento
de edifícios “Zero Energia” significa uma quebra
de paradigma e expande a busca pelo retrofit.
Algo impensável até pouco tempo, que começa
a se tornar viável e atrair interesse devido a
drástica redução de custos operacionais.
1. C&A Loja Eco, Porto Alegre (RS); Certificação LEED CS nível Certificado.
2. Univali, Biguaçu (SC); Buscando certificação GBC Zero Energy.
TENDÊNCIAS BRASIL
1.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 26 25/10/18 17:18
28. 28 Green Building Monitor by Petinelli | vol. 01 | 2018
“A partir de hoje todos os nossos
prédios serão certificados.” A frase do
Diretor Executivo da Maiojama, Antônio
Pedro Teixeira, define como a empresa se
posicionou em relação à sustentabilidade nos
seus empreendimentos. A Maiojama, uma
das maiores incorporadoras e construtoras
de Porto Alegre, foi pioneira na certificação
LEED no Rio Grande do Sul, lançando em
2015 o primeiro empreendimento multiuso
da região sul a buscar a certificação LEED.
É também a empresa responsável pelo
primeiro empreendimento 100% residencial
a buscar este tipo de certificação no estado.
Para Antônio Pedro “a sustentabilidade
é uma necessidade e não apenas um
diferencial. A busca por empreendimentos
mais eficientes, que reduzem os consumos
de água e energia e forneçam espaços mais
saudáveis e produtivos, sempre foi o foco da
Maiojama e a tradução disso é, sem dúvida,
a certificação LEED.” Ele ainda comenta que
o LEED é um diferencial importante para o
posicionamento da Maiojama no mercado.
“Validar através de um órgão internacional
e isento, que nossas práticas e políticas
atendem à quesitos internacionais de
sustentabilidade demonstra a capacidade
da Maiojama de construir empreendimentos
sustentáveis. Ter esse ‘carimbo’ atesta nosso
compromisso com o cliente final e valida
nosso diferencial no mercado imobiliário.”
Com outros três empreendimentos
LEED já em desenvolvimento, a Maiojama
planeja continuar crescendo o seu portfólio
de edifícios certificados e expandir sua
liderança no segmento.
W
> Pré-certificados Ouro e Prata
OW é um empreendimento
de uso misto de 33.000 m2
,
que contempla 2 torres
residenciais, a torre com
salas comerciais e outra com
lajes corporativas e lojas.
Localizado no coração da Zona
Sul de Porto Alegre, o W é o
primeiro multiuso buscando
a certificação na capital
gaúcha. O empreendimento
foi pré-certificado Ouro (áreas
comerciais) e prata (áreas
residenciais).
DESTAQUE MAIOJAMA (RS) > W e ANITA RESIDENCE
Compromissotorna
LEEDpadrãoparaMaiojama
Ter esse carimbo
atesta nosso
compromisso com o
cliente final e valida
nosso diferencial no
mercado imobiliário.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 28 25/10/18 17:18
31. 31
do projeto para incluir preceitos da certificação e,
por fim, na questão de volume de obra, que acaba
inviabilizando ou dificultando a adoção de certas
tecnologias por limitações de espaço e diluição de
custo.
> GB: Qual a sua avaliação do mercado de
edifícios corporativos em Porto Alegre e das
construções sustentáveis dentro desse contexto?
> BZ - Acreditamos que o mercado já passou
pelo seu pior momento e começa a dar sinais
de recuperação. Sem dúvida, o fato de estarmos
passando pela mais longa recessão da história do
Brasil gerou altos índices de vacância e oscilações
nos valores de vendas e locações. Nesse cenário,
prédios com melhor localização e diferenciais,
como a sustentabilidade, tendem a se recupe-
rar de forma mais rápida. Para o futuro, com a
normalização da situação, a busca por sustenta-
bilidade deve ser cada vez maior, sendo uma das
tendências mais importantes a serem observadas
no comportamento de consumo.
> GB: Em sua opinião, o que o JBZ significa
para Porto Alegre e para o Rio Grande do Sul?
BZ - O que posso dizer é o que pretendíamos
quando definimos o propósito do empreendi-
mento. Pesquisamos muito o mercado e procu-
ramos conhecer e entender a lógica que guiava o
desenho dos projetos corporativos da cidade, para
com base nisso, entender como poderíamos cons-
truir nossa proposta de valor. Além disso, situada
em uma esquina importante da Avenida Carlos
Gomes, maior pólo corporativo de Porto Alegre,
a área trazia uma grande oportunidade, perse.
Estabelecemos então como premissa trazer algo
novo para a cidade, que realmente desafiasse os
padrões. Ao torná-lo também uma homenagem
ao nosso pai, João Benjamin Zaffari, esse desejo
foi potencializado. Esperamos enfim, que o prédio
seja um marco positivo no skyline da cidade, um
lugar inspirador para as pessoas construírem
seus negócios e conquistarem os seus sonhos.
> GB: O LEED figura na sua estratégia de co-
mercialização do JBZ? Em que aspecto?
> BZ - O LEED está presente como um diferencial
de tecnologia e acabamento do prédio, sendo um
referencial importante de inovação trazida pelo
projeto. Além da questão da sustentabilidade em
si, demonstra a preocupação que se teve com a
operação eficiente e manutenção do empreen-
dimento ao longo dos anos. A importância da
certificação não é tão imediata, ainda que ajude
na velocidade de ocupação, mas na retenção de
valor a longo prazo.
> GB: Na sua avaliação, o LEED encareceu a
obra? Em quanto e em que aspectos?
BZ - A certificação em si não foi o fator determi-
nante para o encarecimento da obra. A partir do
momento em que decidimos não apenas buscar
a certificação Platinum, mas fazê-lo nos 89/90
pontos, absorvemos créditos que demandavam
investimentos maiores que o normal, ainda que
não se possa afirmar que o incremento tenha
sido muito significativo.
> GB: Mesmo não precisando dos pontos
associados à geração local de energia renovável
para conquistar o nível LEED Platinum, a
Belmondo decidiu agregar esse diferencial e
fazer o investimento. Por quê?
> BZ - O empreendimento não pode se limitar
à certificação. Sem dúvida, o LEED foi importante
na definição de uma série de equipamentos e
especificação de materiais, mas isso não significa
fazer apenas o mínimo - a geração local de ener-
gia renovável, inclusive, não foi o único crédito
excedente ao mínimo do Platinum. Entendemos
que o investimento fazia sentido e era coerente
com o propósito do projeto e decidimos por agre-
gar mais essa inovação tecnológica.
> GB: Qual a principal lição/aprendizado
que vc tirou da experiência de certificar o JBZ?
> BZ - É fundamental entendermos e planejar-
mos melhor os empreendimentos em toda a sua
vida, da incorporação e construção até a ocu-
pação, operação e manutenção. Assim, teremos
espaços capazes de oferecer mais qualidade de
vida e bem-estar para o seu usuário.
> GB: Que conselhos ou recomendações você
daria para o empresário que está pensando em
construir o seu primeiro edifício LEED?
> BZ - Se for certificar, incorpore o conceito
desde os primeiros rascunhos do projeto, vai
poupar muito trabalho depois. O LEED é mais
que apenas um selo e essa percepção tem que
estar alinhada com os princípios e objetivos
da empresa. Comunique bem a todos sobre a im-
portância do processo e, claro, escolha os parcei-
ros certos para ajudar na implementação
e acompanhamento do trabalho.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 31 25/10/18 17:18
35. 35
PetinelliPortoAlegre(RS)
> LEED Platinum
Com o objetivo de criar um
ambiente que fosse confortável,
saudável e inspirador para
sua equipe, a Petinelli encarou
com criatividade o projeto
do seu escritório de Porto
Alegre. O espaço incorpora
vários conceitosWELL, tais
como iluminação natural
abundante, muita vegetação
e um ambiente de convivência
que pode ser utilizado como
uma área alternativa de
trabalho e reuniões.
Petinelli
BalneárioCamboriú(SC)
> LEED Platinum
Não por acaso, o escritório da Petinelli
em Balneário Camboriú conquistou a
3ª maior pontuação LEED do mundo.
O projeto de interiores impressiona
pelos resultados: 51% de redução
de consumo de água potável, 64%
de redução de consumo de energia
pelo sistema de iluminação e 73% de
redução de consumo de energia pelo
sistema de ar condicionado.
PetinelliCuritiba(PR)
> LEED Platinum
> GBC Zero Energy
O escritório da Petinelli
em Curitiba é um grande
laboratório e showroom para
novos conceitos e tecnologias.
O edifício passou por um “deep
green energy retrofit”para
se tornar autossuficiente em
água e energia e conquistar as
certificações LEED Platinum e
GBC Zero Energy.
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 35 25/10/18 17:19
36. Em operação desde março de 2018, o centro de distribuição da Coca-Cola em Uberlandia (MG)
é o primeiro do grupo a ser Zero Água e Zero Energia. O edifício é autossuficiente, ou seja, gera no
próprio local toda a energia que precisa, trata, reutiliza e infiltra 100% dos efluentes e reaproveita água
da chuva coletada em uma cobertura de mais de 60.000 m2
. Nossos clientes redefinindo o possível.
brand&brand
editorial-green-building-monitor-279x215mm-D.indd 36 25/10/18 17:19