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Instituições e Economia:
Algumas Considerações
Sobre a Reforma Trabalhista
André Portela
Fundação Getúlio Vargas
FFHC
30 de Novembro de 2017
Apresentação
1. Instituições e desenvolvimento econômico
2. A regulação trabalhista
3. O mercado de trabalho brasileiro
4. A barganha coletiva no Brasil
5. A reforma trabalhista no Brasil
Instituições e desenvolvimento - North (1991)
• Instituições:
• Restrições criadas pelos homens que estruturam as interações sociais,
políticas e econômicas
• Informais: tabus, tradições, sanções, códigos de conduta, etc.
• Formais: contituição, lei, direitos de propriedade, etc.
• Instituições e restrições econômicas tradicionais definem o campo de escolha
• Portanto, as instituições estabelecem a estrutura de incentivos de uma
economia
• Estabelece ordem e reduz incerteza nas trocas
• Instituições evoluem lentamente, conectando o passado com o futuro
Instituições e desenvolvimento - North (1991)
• As instituições permitem reduzir os custos de transação e produção
num mundo de especialização e divisão do trabalho
• A questão central do desenvolvimento econômico é dar conta da
evolução das instituições que criam ambiente econômico propício ao
crescimento da produtividade
A Regulação Trabalhista
• Por que regulação trabalhista e políticas de proteção ao emprego?
• Proteger o trabalhador de ações arbitrárias do empregador
• Existência de imperfeições no mercado de crédito limita a capacidade do
trabalhador de se assegurar contra a perda do emprego. A regulação pode
oferecer esse seguro
• Existência de informações imperfeitas sobre condições do trabalho, etc.
• A regulação e proteção ao emprego pode promover uma relação estável e
duradoura do emprego ao estimular o investimento da firma no capital
humano do trabalhador e o compromisso do trabalhador com a firma
A Regulação Trabalhista
• Potenciais consequências não desejadas da regulação
• Podem restringir o processo de criação e destruição de empregos e limitar a
capacidade das firmas de explorar novas tecnologias e mercados
• Podem reduzir a capacidade de se realocar o trabalho naqueles setores ou
atividades onde seu uso seria mais produtivo
• Podem levar ao surgimento de parcelas de trabalhadores não protegidos
(e.g., setor informal)
• Podem criar uma estrutura de incentivos que permitam comportamentos
oportunistas
A Regulação Trabalhista
• Dilema da regulação trabalhista:
• Encontrar a combinação ideal entre proteção ao trabalhador e eficiência da
alocação dos fatores produtivos e crescimento da produtividade
• O desenho correto das regras e sua estrutura de incentivos
subjacentes é crucial para o seu bom resultado
Mercado de trabalho brasileiro
Mercado de trabalho brasileiro
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20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
Porcentagem de e ocupados - Brasil 2014
15 anos ou mais
Fonte:PNa=d 2014.
O mercado de trabalho brasileiro
Firmas e Postos de Trabalho - Brasil 2003
Fonte Dados
Proporção:
Trabalhadores informais (sem carteira) PNAD 35%
Empresas informais ECINF & RAIS 69%
Distribuição de tamanho: setor informal
Até 1 empregado ECINF 85%
Até 2 empregados ECINF 96%
Até 4 empregados ECINF 99%
Distribuição de tamanho: setor formal
Até 1 empregado RAIS 30%
Até 3 empregados RAIS 56%
Até 7 empregados RAIS 77%
Até 31 empregados RAIS 95%
Fonte: Ulyssea et al. (2016)
O mercado de trabalho brasileiro
Transição entre os setores e conta-própria entre a primeira e quinta entrevista
para homens de 25 a 55 anos
Quinta entrevista
Primeira
entrevista Formal (%) Informal (%) Conta própria (%) Total
Transição entre 2002 a 2004
Formal 91,72 4,83 3,45 28430
Informal 26,45 52,39 21,16 6797
Conta própria 7,87 12,22 79,9 13107
Total 28906 6536 12892 48334
Transição entre 2011 e 2014
Formal 93,09 3,3 3,6 28245
Informal 33,64 44,02 22,34 3962
Conta própria 10,44 8,48 81,07 9220
Total 28590 3459 9378 41427
Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 2002 a 2004 e 2011 a 2014
Elaboração própria
O mercado de trabalho brasileiro
O mercado de trabalho brasileiro
Fonte: PNAD (2015)
(15 a 64 anos)
O Mercado de Trabalho Brasileiro
0
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20
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1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015
ThousandsUS$(2005)perworkerperyear The Evolution of the Average Labor Productivity
Selected countries: 1950-2011
Japan
Korea
Argentina
Brazil
Chile
China
Source: SAE/PR based on the Penn World Tables.
Labor productivity as GDP/worker (Real GDP at constant 2005 national prices).
Cobertura de Barganha Coletiva – 2014-15
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Ethiopia
Malaysia
Phillippines
Peru
Panama
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Guatamala
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El Salvador
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Honduras
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Denmark
Netherlands
Iceland
Sweden
Finland
Uruguay
Belgium
Austria
France
bargaining coverage
union density
Fonte: The future of work
– good jobs for all, 2017
Pisos Salariais das Convenções Coletivas –
Salariômetro Fipe
Tetos Salariais das Convenções Coletivas –
Salariômetro Fipe
A Reforma Trabalhista no Brasil
• Oportunidade para:
• Promover ganhos entre as partes
• Reduzir custos de transação
• Permitir melhores ajustes de horas trabalhadas e benefícios em situações
choques negativos
• Reduzir incertezas jurídicas
• Alinhar estruturas de incentivos para relações de trabalho duradouras
• Adequar a proteção ao trabalhador às novas formas de relações do trabalho
devido às novas tecnologias
A Reforma Trabalhista
• A CLT garante ao trabalhador
• Benefícios pecuniários regulares (e.g., salário)
• Benefícios não pecuniários regulares (e.g., vale transporte)
• Benefícios pecuniários diferidos no tempo (e.g., FGTS)
• Benefícios não pecuniários diferidos no tempo (e.g., férias remuneradas)
• Mas restringe o seu uso
A Reforma Trabalhista
• Propõe-se ampliar e garantir o espaço de negociação entre as partes
dentro de alguns parâmetros estabelecidos
• Prevalência do negociado sobre o legislado
• Prevalência do acordo coletivo sobre a convenção coletiva
• Abre-se a possibilidade de ganhos mútuos entre as partes
Custo do Trabalho
• Identificar todos os componentes
• CLT
• Acordos e negociações coletivas
• Decisões judiciais
• Classificação dos componentes
• Salário base
• Recebimento do trabalhador
• Compensação dos empregados
• Custo total
• Custo da legislação trabalhista: estimar o custo contrafactual
• Exemplo: 13º salário
Metodologia
• Calcular, sob a ótica da empresa, o custo total para se contratar
e manter um trabalhador adicional.
• 12 meses e 60 meses
• Valores mensalizados
• Para medir o real custo da legislação trabalhista, propõe-se o
cálculo do salário equivalente.
• Salário hipotético mensal que o trabalhador desejaria receber caso
essa fosse sua única fonte de rendimentos e benefícios laborais. Seria a
remuneração que uma empresa deveria pagar pelo trabalho realizado
(sob a ótica do trabalhador), caso não houvesse mais nenhuma
obrigação trabalhista. Portanto, constitui o valor total que o
trabalhador atribui ao seu emprego.
Indústria Têxtil (2012)
Tabela 4 – Componentes do custo do trabalho para as empresas
12 meses 60 meses
Salário mensal bruto 730,00 730,00
I. Salário base 32% 36%
Salário mensal líquido 671,60 671,60
II. Recebimento 11% 9%
13o. Salário 54,62 54,62
Adicional de férias 20,03 20,03
Férias Indenizadas 64,16 11,38
Vale transporte 88,20 88,20
III. Compensação do empregado 18% 18%
FGTS 64,05 64,05
INSS Trabalhador 64,89 64,89
Multa FGTS (40% sobre saldo) 25,11 23,15
Aviso prévio indenizado 54,48 14,34
Benefícios/Negociação Coletiva
Vale alimentação 106,00 106,00
Auxílio creche 12,37 12,37
Cesta básica 43,80 43,80
IV. Demais custos 39% 37%
Impostos/Encargos trabalhistas 12% 12%
INSS Empregador 169,72 160,15
Multa FGTS (10% sobre saldo) 6,28 5,79
Salário educação 21,21 20,02
SAT (2%) 16,97 16,01
INCRA (0,2%) 1,70 1,60
Sistema S (3,1%) 26,31 24,82
Obrigações acessórias 4% 5%
Licença maternidade 17,03 17,03
Quota de deficientes 14,86 14,86
Quota de aprendizes 32,03 32,03
Obrigações de segurança 24,70 24,70
Treinamentos 7% 3%
Treinamento das reposições 100,01 18,42
Ginástica laboral 36,37 33,49
Treinamentos diversos 5,42 5,42
Custos gerenciais 16% 17%
Administração de pessoal 153,61 153,61
Manutenção de refeitório 2,34 2,34
Festas e eventos motivacionais 10,57 10,57
Custo do tempo não trabalhado 159,03 141,46
Proteção Social - -
Total
2.067,44 1.858,89
100% 100%
Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas
12 meses 60 meses
Salário mensal bruto 730 730
Custo Total 2.067,44 1.858,89
Percentual 183% 155%
custo do trabalho
Tabela 6 – Custo da legislação trabalhista no Brasil
Duração do contrato 12 meses 60 meses
Limite da valoração do empregado Mínima Máxima Mínima Máxima
Custo para a empresa
[a] 2.067 2.067 1.859 1.859
Salário equivalente (Valoração do empregado)
[b] 1.158 1.713 964 1.434
Custo da legislação trabalhista (R$)
[c]=[a]-[b] 909 354 895 425
Custo da legislação trabalhista (% do salário
equivalnte)
[c]/[b]
79% 21% 93% 30%
Peso da legislação trabalhista (% do custo total)
[c]/[a] 44% 17% 48% 23%
Fonte: elaboração própria
A Reforma Trabalhista
• Redução do custo de transação
• Homologação facultativa da rescisão
• Extinção do contrato por comum acordo
• Conciliação extra-judicial
• Arbitragem para trabalhadores com salários acima de 2x piso do INSS
• Ajustes de horas trabalhadas e benefícios
• Jornada de tempo parcial
• Banco de horas
• Compensação de jornada
A Reforma Trabalhista
• Redução das incertezas jurídicas
• Lei como fator preponderante na interpretação e na aplicação dos direitos
• Terceirização de qualquer atividade
• Não integração de prêmios na remuneração
• Responsabilidade da empresa sucessora
• Etc.
• Regras para minimizar o uso excessivo da justiça trabalhista
• Gratuidade apenas para os pobres
• Custo de sucumbência
• Litigância de má fé
• Punição a ausência do reclamante
• Etc.
A Reforma Trabalhista
• Regulação das novas formas de trabalho
• Trabalho à distância
• Trabalho intermitente
• Terceirização de qualquer atividade
• Um grande desafio: fim da compulsoriedade da contribuição sindical

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Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve muda - André Portela

  • 1. Instituições e Economia: Algumas Considerações Sobre a Reforma Trabalhista André Portela Fundação Getúlio Vargas FFHC 30 de Novembro de 2017
  • 2. Apresentação 1. Instituições e desenvolvimento econômico 2. A regulação trabalhista 3. O mercado de trabalho brasileiro 4. A barganha coletiva no Brasil 5. A reforma trabalhista no Brasil
  • 3. Instituições e desenvolvimento - North (1991) • Instituições: • Restrições criadas pelos homens que estruturam as interações sociais, políticas e econômicas • Informais: tabus, tradições, sanções, códigos de conduta, etc. • Formais: contituição, lei, direitos de propriedade, etc. • Instituições e restrições econômicas tradicionais definem o campo de escolha • Portanto, as instituições estabelecem a estrutura de incentivos de uma economia • Estabelece ordem e reduz incerteza nas trocas • Instituições evoluem lentamente, conectando o passado com o futuro
  • 4. Instituições e desenvolvimento - North (1991) • As instituições permitem reduzir os custos de transação e produção num mundo de especialização e divisão do trabalho • A questão central do desenvolvimento econômico é dar conta da evolução das instituições que criam ambiente econômico propício ao crescimento da produtividade
  • 5. A Regulação Trabalhista • Por que regulação trabalhista e políticas de proteção ao emprego? • Proteger o trabalhador de ações arbitrárias do empregador • Existência de imperfeições no mercado de crédito limita a capacidade do trabalhador de se assegurar contra a perda do emprego. A regulação pode oferecer esse seguro • Existência de informações imperfeitas sobre condições do trabalho, etc. • A regulação e proteção ao emprego pode promover uma relação estável e duradoura do emprego ao estimular o investimento da firma no capital humano do trabalhador e o compromisso do trabalhador com a firma
  • 6. A Regulação Trabalhista • Potenciais consequências não desejadas da regulação • Podem restringir o processo de criação e destruição de empregos e limitar a capacidade das firmas de explorar novas tecnologias e mercados • Podem reduzir a capacidade de se realocar o trabalho naqueles setores ou atividades onde seu uso seria mais produtivo • Podem levar ao surgimento de parcelas de trabalhadores não protegidos (e.g., setor informal) • Podem criar uma estrutura de incentivos que permitam comportamentos oportunistas
  • 7. A Regulação Trabalhista • Dilema da regulação trabalhista: • Encontrar a combinação ideal entre proteção ao trabalhador e eficiência da alocação dos fatores produtivos e crescimento da produtividade • O desenho correto das regras e sua estrutura de incentivos subjacentes é crucial para o seu bom resultado
  • 8. Mercado de trabalho brasileiro
  • 9. Mercado de trabalho brasileiro 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 Porcentagem de e ocupados - Brasil 2014 15 anos ou mais Fonte:PNa=d 2014.
  • 10. O mercado de trabalho brasileiro Firmas e Postos de Trabalho - Brasil 2003 Fonte Dados Proporção: Trabalhadores informais (sem carteira) PNAD 35% Empresas informais ECINF & RAIS 69% Distribuição de tamanho: setor informal Até 1 empregado ECINF 85% Até 2 empregados ECINF 96% Até 4 empregados ECINF 99% Distribuição de tamanho: setor formal Até 1 empregado RAIS 30% Até 3 empregados RAIS 56% Até 7 empregados RAIS 77% Até 31 empregados RAIS 95% Fonte: Ulyssea et al. (2016)
  • 11. O mercado de trabalho brasileiro Transição entre os setores e conta-própria entre a primeira e quinta entrevista para homens de 25 a 55 anos Quinta entrevista Primeira entrevista Formal (%) Informal (%) Conta própria (%) Total Transição entre 2002 a 2004 Formal 91,72 4,83 3,45 28430 Informal 26,45 52,39 21,16 6797 Conta própria 7,87 12,22 79,9 13107 Total 28906 6536 12892 48334 Transição entre 2011 e 2014 Formal 93,09 3,3 3,6 28245 Informal 33,64 44,02 22,34 3962 Conta própria 10,44 8,48 81,07 9220 Total 28590 3459 9378 41427 Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego (PME), 2002 a 2004 e 2011 a 2014 Elaboração própria
  • 12. O mercado de trabalho brasileiro
  • 13. O mercado de trabalho brasileiro Fonte: PNAD (2015) (15 a 64 anos)
  • 14. O Mercado de Trabalho Brasileiro 0 10 20 30 40 50 60 70 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 ThousandsUS$(2005)perworkerperyear The Evolution of the Average Labor Productivity Selected countries: 1950-2011 Japan Korea Argentina Brazil Chile China Source: SAE/PR based on the Penn World Tables. Labor productivity as GDP/worker (Real GDP at constant 2005 national prices).
  • 15. Cobertura de Barganha Coletiva – 2014-15 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Ethiopia Malaysia Phillippines Peru Panama Paraguay Guatamala Egypt Thailand El Salvador Lesotho Honduras Malawi India Nicaragua Turkey Zimbabwe West Bank and Gaza Belize Lithuania Indonesia Korea USA Mauritius St Vincent Grenadines Mexico Dominican Rep Venezuela Poland Trinidad and Tobago Latvia Viet Nam New Zealand Costa Rica Japan Moldowa Chile Singapore Russian Fed Estonia Hungary Bermuda Hong Kong, China Albania Slovakia Armenia Israel Canada Bulgaria UK South Africa Romania Ireland Zambia China Macedonia Greece Cyprus Czech Rep Switzerland Bosnia Ukraine Serbia Croatia Germany Luxembourg Australia Malta Argentina Slovenia Montenegro Brazil Norway Kazakhstan Portugal Spain Italy Denmark Netherlands Iceland Sweden Finland Uruguay Belgium Austria France bargaining coverage union density Fonte: The future of work – good jobs for all, 2017
  • 16. Pisos Salariais das Convenções Coletivas – Salariômetro Fipe
  • 17. Tetos Salariais das Convenções Coletivas – Salariômetro Fipe
  • 18.
  • 19. A Reforma Trabalhista no Brasil • Oportunidade para: • Promover ganhos entre as partes • Reduzir custos de transação • Permitir melhores ajustes de horas trabalhadas e benefícios em situações choques negativos • Reduzir incertezas jurídicas • Alinhar estruturas de incentivos para relações de trabalho duradouras • Adequar a proteção ao trabalhador às novas formas de relações do trabalho devido às novas tecnologias
  • 20. A Reforma Trabalhista • A CLT garante ao trabalhador • Benefícios pecuniários regulares (e.g., salário) • Benefícios não pecuniários regulares (e.g., vale transporte) • Benefícios pecuniários diferidos no tempo (e.g., FGTS) • Benefícios não pecuniários diferidos no tempo (e.g., férias remuneradas) • Mas restringe o seu uso
  • 21. A Reforma Trabalhista • Propõe-se ampliar e garantir o espaço de negociação entre as partes dentro de alguns parâmetros estabelecidos • Prevalência do negociado sobre o legislado • Prevalência do acordo coletivo sobre a convenção coletiva • Abre-se a possibilidade de ganhos mútuos entre as partes
  • 22. Custo do Trabalho • Identificar todos os componentes • CLT • Acordos e negociações coletivas • Decisões judiciais • Classificação dos componentes • Salário base • Recebimento do trabalhador • Compensação dos empregados • Custo total • Custo da legislação trabalhista: estimar o custo contrafactual • Exemplo: 13º salário
  • 23. Metodologia • Calcular, sob a ótica da empresa, o custo total para se contratar e manter um trabalhador adicional. • 12 meses e 60 meses • Valores mensalizados • Para medir o real custo da legislação trabalhista, propõe-se o cálculo do salário equivalente. • Salário hipotético mensal que o trabalhador desejaria receber caso essa fosse sua única fonte de rendimentos e benefícios laborais. Seria a remuneração que uma empresa deveria pagar pelo trabalho realizado (sob a ótica do trabalhador), caso não houvesse mais nenhuma obrigação trabalhista. Portanto, constitui o valor total que o trabalhador atribui ao seu emprego.
  • 24. Indústria Têxtil (2012) Tabela 4 – Componentes do custo do trabalho para as empresas 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730,00 730,00 I. Salário base 32% 36% Salário mensal líquido 671,60 671,60 II. Recebimento 11% 9% 13o. Salário 54,62 54,62 Adicional de férias 20,03 20,03 Férias Indenizadas 64,16 11,38 Vale transporte 88,20 88,20 III. Compensação do empregado 18% 18% FGTS 64,05 64,05 INSS Trabalhador 64,89 64,89 Multa FGTS (40% sobre saldo) 25,11 23,15 Aviso prévio indenizado 54,48 14,34 Benefícios/Negociação Coletiva Vale alimentação 106,00 106,00 Auxílio creche 12,37 12,37 Cesta básica 43,80 43,80
  • 25. IV. Demais custos 39% 37% Impostos/Encargos trabalhistas 12% 12% INSS Empregador 169,72 160,15 Multa FGTS (10% sobre saldo) 6,28 5,79 Salário educação 21,21 20,02 SAT (2%) 16,97 16,01 INCRA (0,2%) 1,70 1,60 Sistema S (3,1%) 26,31 24,82 Obrigações acessórias 4% 5% Licença maternidade 17,03 17,03 Quota de deficientes 14,86 14,86 Quota de aprendizes 32,03 32,03 Obrigações de segurança 24,70 24,70 Treinamentos 7% 3% Treinamento das reposições 100,01 18,42 Ginástica laboral 36,37 33,49 Treinamentos diversos 5,42 5,42 Custos gerenciais 16% 17% Administração de pessoal 153,61 153,61 Manutenção de refeitório 2,34 2,34 Festas e eventos motivacionais 10,57 10,57 Custo do tempo não trabalhado 159,03 141,46 Proteção Social - - Total 2.067,44 1.858,89 100% 100% Fonte: Elaboração própria com base na legislação vigente e informações de empresas pesquisadas
  • 26. 12 meses 60 meses Salário mensal bruto 730 730 Custo Total 2.067,44 1.858,89 Percentual 183% 155% custo do trabalho
  • 27. Tabela 6 – Custo da legislação trabalhista no Brasil Duração do contrato 12 meses 60 meses Limite da valoração do empregado Mínima Máxima Mínima Máxima Custo para a empresa [a] 2.067 2.067 1.859 1.859 Salário equivalente (Valoração do empregado) [b] 1.158 1.713 964 1.434 Custo da legislação trabalhista (R$) [c]=[a]-[b] 909 354 895 425 Custo da legislação trabalhista (% do salário equivalnte) [c]/[b] 79% 21% 93% 30% Peso da legislação trabalhista (% do custo total) [c]/[a] 44% 17% 48% 23% Fonte: elaboração própria
  • 28. A Reforma Trabalhista • Redução do custo de transação • Homologação facultativa da rescisão • Extinção do contrato por comum acordo • Conciliação extra-judicial • Arbitragem para trabalhadores com salários acima de 2x piso do INSS • Ajustes de horas trabalhadas e benefícios • Jornada de tempo parcial • Banco de horas • Compensação de jornada
  • 29. A Reforma Trabalhista • Redução das incertezas jurídicas • Lei como fator preponderante na interpretação e na aplicação dos direitos • Terceirização de qualquer atividade • Não integração de prêmios na remuneração • Responsabilidade da empresa sucessora • Etc. • Regras para minimizar o uso excessivo da justiça trabalhista • Gratuidade apenas para os pobres • Custo de sucumbência • Litigância de má fé • Punição a ausência do reclamante • Etc.
  • 30. A Reforma Trabalhista • Regulação das novas formas de trabalho • Trabalho à distância • Trabalho intermitente • Terceirização de qualquer atividade • Um grande desafio: fim da compulsoriedade da contribuição sindical