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NeuroPsicologia
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
Avaliações psicológica e/ou neuropsicológica
Processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e
interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos,
que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade,
utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos,
técnicas e instrumentos.
Resultados das avaliações devem considerar e analisar os
condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a
finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente
sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que
operam desde a formulação da demanda até a conclusão do
processo de avaliação psicológica.
Resolução CFP N.º 007/2003
Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos
pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a
Resolução CFP º 17/2002.
Objetivos: orientar o profissional psicólogo na confecção de
documentos decorrentes das avaliações psicológicas e/ou
neuropsicológicas para fornecer os subsídios éticos e técnicos
necessários para a elaboração qualificada da comunicação escrita.
CONSIDERANDO que:
 O psicólogo, no seu exercício profissional, tem sido solicitado a
apresentar informações documentais com objetivos diversos;
 A necessidade de referências para subsidiar o psicólogo na
produção qualificada de documentos escritos decorrentes de
avaliação psicológica;
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
 A frequência com que representações éticas são desencadeadas a
partir de queixas que colocam em questão a qualidade dos
documentos escritos, decorrentes de avaliação psicológica,
produzidos pelos psicólogos;
 Os princípios éticos fundamentais que norteiam a atividade
profissional do psicólogo e os dispositivos sobre avaliação
psicológica contidos no Código de Ética Profissional do Psicólogo;
 As implicações sociais decorrentes da finalidade do uso dos
documentos escritos pelos psicólogos a partir de avaliações
psicológicas.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
RESOLUÇÕES:
 Instituir o Manual de Elaboração de Documentos Escritos,
produzidos por psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas
que dispõe sobre os seguintes itens:
I. Princípios norteadores;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.
 Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação
psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
 A não observância da presente norma constitui falta ético-
disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao
exercício profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
sem prejuízo de outros que possam ser argüidos.
Verificar : resolução laudos psicológicos.PDF
I - PRINCÍPIOS NORTEADORES NA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS
 Adoção das técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos,
técnicos e científicos da profissão.
1 – PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA
 Na linguagem escrita, apresentar uma redação bem estruturada e
definida, expressando o que se quer comunicar com ordenação
que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido
pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da
correção gramatical.
 Emprego de frases e termos: compatível com expressões próprias
da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação,
evitando a diversidade de significações da linguagem popular,
considerando a quem o documento será destinado.
 Comunicação: clareza, concisão e harmonia.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS
Informações baseadas na observância dos princípios e dispositivos
do Código de Ética Profissional do Psicólogo:
 Cuidados em relação aos deveres do psicólogo nas suas relações
com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a
justiça e ao alcance das informações; identificando riscos e
compromissos em relação à utilização das informações presentes
nos documentos em sua dimensão de relações de poder.
 Recusar o uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da
experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos
institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos
diferentes modos de subjetivação.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS
1. Princípios éticos
 Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a
própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que
aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o
sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a
manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de
dominação e segregação.
 Realizar prestação de serviço responsável pela execução de
um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o
compromisso social da Psicologia.
 Dessa forma, a demanda, tal como é formulada, deve ser
compreendida como efeito de uma situação de grande
complexidade.
2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS
2. Princípios Técnicos
 O processo de avaliação psicológica deve considerar que as
questões de ordem psicológica têm determinações históricas,
sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos
constitutivos no processo de subjetivação.
 O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica,
não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.
 Basear-se exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas,
testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções
verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas
para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a
respeito da pessoa ou grupo.
 Rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima,
considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer
modalidade de documento.
II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração
2. Atestado psicológico
3. Relatório / laudo psicológico
4. Parecer psicológico
3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO
o Apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições
psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e
culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
o Deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um
instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos,
observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado
em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo
psicólogo.
Finalidade: apresentar os procedimentos e conclusões gerados
pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e
evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem
como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico,
limitando-se a fornecer somente as informações necessárias
relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
Estrutura
o Peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa
detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-
se acessível e compreensível ao destinatário.
o Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das
explicações e/ou conceituação retiradas dos fundamentos teórico-
filosóficos que os sustentam.
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e
conclusão.
1.Identificação
2.Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
1. Identificação
Parte superior do primeiro tópico do documento com a
finalidade de identificar:
• O autor/relator – quem elabora; O interessado – quem solicita;
O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade.
• No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s)
nome(s) do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a avaliação, com a(s)
respectiva(s) inscrição(ões) no Conselho Regional.
2. Descrição da demanda
• Narração das informações referentes à problemática apresentada
e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do
documento.
• Apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o
procedimento adotado.
3. Procedimento
• Apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para
coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas
etc) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa.
• O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a
complexidade do que está sendo demandado.
2. Descrição da demanda
• Narração das informações referentes à problemática apresentada
e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do
documento.
• Apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o
procedimento adotado.
3. Procedimento
• Apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para
coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas
etc) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa.
• O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a
complexidade do que está sendo demandado.
4. Análise
• Exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados
colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua
complexidade.
• Deve-se respeitar a fundamentação teórica que sustenta o
instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as
questões relativas ao sigilo das informações.
• Somente deve ser relatado o que for necessário para o
esclarecimento do encaminhamento, como disposto no Código de
Ética Profissional do Psicólogo.
• Não deve haver afirmações sem sustentação em fatos e/ou
teorias, devendo ter linguagem precisa, especialmente quando se
referir a dados de natureza subjetiva, expressando-se de maneira
clara e exata.
5. Conclusão
• Psicólogo vai expor o resultado e/ou considerações a respeito de
sua investigação a partir das referências que subsidiaram o
trabalho.
• As considerações geradas pelo processo de avaliação psicológica
devem transmitir ao solicitante a análise da demanda em sua
complexidade e do processo de avaliação psicológica como um
todo.
• Importância de sugestões e projetos de trabalho que
contemplem a complexidade das variáveis envolvidas durante
todo o processo.
• Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com
indicação do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o
seu número de inscrição no CRP.
VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS
 Deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos.
Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível,
indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no documento
em função das características avaliadas, das informações obtidas
e dos objetivos da avaliação.
 Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para
a indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado.
GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA
 Documentos escritos e todo o material que os fundamentou: ,
guardados por no mínimo de 5 anos.
 Responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto da
instituição em que ocorreu a avaliação psicológica.
 Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
“Diretrizes para o Uso de Testes: International Test Commission”
PRÁTICAS ADEQUADAS NO USO DOS TESTES
 Avaliar o potencial dos testes em uma situação de avaliação;
 Selecionar testes tecnicamente confiáveis para cada situação;
 Prestar a devida consideração aos vieses culturais;
 Preparar cuidadosamente as sessões de aplicação dos testes;
 Administrar os testes adequadamente;
 Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente;
 Interpretar os resultados dos testes adequadamente;
 Comunicar os resultados de forma clara para as pessoas
envolvidas;
 Revisar a adequação do teste e sua utilização.
Verificar: Diretrizes Testes.PDF
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
“Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente”
Os usuários dos testes devem:
• Seguir cuidadosamente os procedimentos padronizados para as
pontuações;
• Converter adequadamente as pontuações brutas à outros tipos de
escalas pertinentes;
• Escolher o tipo de escala mais pertinente de acordo com o uso
pretendido para as pontuações do teste;
• Verificar a precisão das conversões escalares, assim como
qualquer outro tipo de análise ou tratamento de dados;
• Assegurar-se que não sejam delineadas conclusões errôneas
devido a comparações das pontuações com normas não
pertinentes para os examinandos;
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
“Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente”
Os usuários dos testes devem:
• Quando necessário, calcular as pontuações utilizando fórmulas e
equações padronizadas;
• Utilizar procedimentos que possam identificar possíveis erros nas
pontuações e
• Descrever e identificar claramente na descrição dos resultados, as
normas, os tipos de escalas e fórmulas utilizadas.
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
“Interpretar os resultados dos testes adequadamente”
Os usuários dos testes devem:
 Ter uma boa compreensão das bases teóricas e conceituais do
teste, da documentação técnica e das normas para o uso e a
interpretação das pontuações do teste;
 Ter uma boa compreensão da escala utilizada, das características
das normas ou grupos de comparações, assim como das
limitações das pontuações obtidas;
 Cuidar para que os vieses culturais entre qualquer grupo, na
interpretação dos testes, sejam minimizados;
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
 Evitar generalizações excessivas dos resultados de um teste para
traços ou características da pessoa que não tenham sido medidas
pelo mesmo.
 Interpretar os resultados de modo a considerar as informações
disponíveis sobre o examinando (incluindo idade, sexo,
escolarização, cultura e outras características/ fatores), dando a
devida atenção às limitações técnicas do teste, ao contexto de
avaliação e às necessidades das pessoas ou instituições com
interesses legítimos no resultado do processo de avaliação;
 No momento de interpretar as pontuações, considerar a precisão,
o erro de medida e outros fatores que possam ter alterado os
resultados;
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
 Dar a devida atenção aos dados disponíveis sobre a validade do
constructo medido em relação a outras características
demográficas dos grupos avaliados (por exemplo cultura, idade,
classe social e sexo);
 Utilizar pontuações de corte na interpretação do teste somente
quando existir evidência de validade sobre desempenho a partir
de certos pontos;
 Estar ciente dos estereótipos sociais negativos que podem existir
com relação às pessoas e/ou grupos avaliados ( por exemplo, em
relação ao grupo cultural, idade, classe social, e sexo), evitando
interpretar os testes de forma que se perpetue estereótipos
semelhantes;
Elaboração de Laudo Neuropsicológico
 Levar em consideração qualquer variação individual ou grupal nos
procedimentos padronizados de aplicação do teste e
 Levar em consideração qualquer experiência prévia do examinado
com o teste, em caso de se dispor de dados sobre o efeito desta
experiência em relação ao desempenho no teste.
Laudo Neuropsicológico
Laudo Neuropsicológico
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  • 2. Elaboração de Laudo Neuropsicológico Avaliações psicológica e/ou neuropsicológica Processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. Resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica.
  • 3. Resolução CFP N.º 007/2003 Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002. Objetivos: orientar o profissional psicólogo na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e/ou neuropsicológicas para fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada da comunicação escrita. CONSIDERANDO que:  O psicólogo, no seu exercício profissional, tem sido solicitado a apresentar informações documentais com objetivos diversos;  A necessidade de referências para subsidiar o psicólogo na produção qualificada de documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica;
  • 4. Elaboração de Laudo Neuropsicológico  A frequência com que representações éticas são desencadeadas a partir de queixas que colocam em questão a qualidade dos documentos escritos, decorrentes de avaliação psicológica, produzidos pelos psicólogos;  Os princípios éticos fundamentais que norteiam a atividade profissional do psicólogo e os dispositivos sobre avaliação psicológica contidos no Código de Ética Profissional do Psicólogo;  As implicações sociais decorrentes da finalidade do uso dos documentos escritos pelos psicólogos a partir de avaliações psicológicas.
  • 5. Elaboração de Laudo Neuropsicológico RESOLUÇÕES:  Instituir o Manual de Elaboração de Documentos Escritos, produzidos por psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas que dispõe sobre os seguintes itens: I. Princípios norteadores; II. Modalidades de documentos; III. Conceito / finalidade / estrutura; IV. Validade dos documentos; V. Guarda dos documentos.  Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual.
  • 6. Elaboração de Laudo Neuropsicológico  A não observância da presente norma constitui falta ético- disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser argüidos. Verificar : resolução laudos psicológicos.PDF
  • 7. I - PRINCÍPIOS NORTEADORES NA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS  Adoção das técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos, técnicos e científicos da profissão. 1 – PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA  Na linguagem escrita, apresentar uma redação bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar com ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção gramatical.  Emprego de frases e termos: compatível com expressões próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação, evitando a diversidade de significações da linguagem popular, considerando a quem o documento será destinado.  Comunicação: clareza, concisão e harmonia.
  • 8. Elaboração de Laudo Neuropsicológico 2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS Informações baseadas na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do Psicólogo:  Cuidados em relação aos deveres do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações; identificando riscos e compromissos em relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua dimensão de relações de poder.  Recusar o uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.
  • 9. Elaboração de Laudo Neuropsicológico 2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS 1. Princípios éticos  Sempre que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de dominação e segregação.  Realizar prestação de serviço responsável pela execução de um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso social da Psicologia.  Dessa forma, a demanda, tal como é formulada, deve ser compreendida como efeito de uma situação de grande complexidade.
  • 10. 2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS 2. Princípios Técnicos  O processo de avaliação psicológica deve considerar que as questões de ordem psicológica têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação.  O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.  Basear-se exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo.  Rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima, considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer modalidade de documento.
  • 11. II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS 1. Declaração 2. Atestado psicológico 3. Relatório / laudo psicológico 4. Parecer psicológico 3 – RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO o Apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. o Deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
  • 12. Finalidade: apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição. Estrutura o Peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando- se acessível e compreensível ao destinatário. o Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituação retiradas dos fundamentos teórico- filosóficos que os sustentam.
  • 13. O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens: identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão. 1.Identificação 2.Descrição da demanda 3. Procedimento 4. Análise 5. Conclusão 1. Identificação Parte superior do primeiro tópico do documento com a finalidade de identificar: • O autor/relator – quem elabora; O interessado – quem solicita; O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade. • No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s) nome(s) do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s) inscrição(ões) no Conselho Regional.
  • 14. 2. Descrição da demanda • Narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento. • Apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento adotado. 3. Procedimento • Apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas etc) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. • O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do que está sendo demandado.
  • 15. 2. Descrição da demanda • Narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento. • Apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento adotado. 3. Procedimento • Apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas etc) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. • O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do que está sendo demandado.
  • 16. 4. Análise • Exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua complexidade. • Deve-se respeitar a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as questões relativas ao sigilo das informações. • Somente deve ser relatado o que for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo. • Não deve haver afirmações sem sustentação em fatos e/ou teorias, devendo ter linguagem precisa, especialmente quando se referir a dados de natureza subjetiva, expressando-se de maneira clara e exata.
  • 17. 5. Conclusão • Psicólogo vai expor o resultado e/ou considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que subsidiaram o trabalho. • As considerações geradas pelo processo de avaliação psicológica devem transmitir ao solicitante a análise da demanda em sua complexidade e do processo de avaliação psicológica como um todo. • Importância de sugestões e projetos de trabalho que contemplem a complexidade das variáveis envolvidas durante todo o processo. • Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição no CRP.
  • 18. VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS  Deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no documento em função das características avaliadas, das informações obtidas e dos objetivos da avaliação.  Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado. GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA  Documentos escritos e todo o material que os fundamentou: , guardados por no mínimo de 5 anos.  Responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica.  Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
  • 19. Elaboração de Laudo Neuropsicológico “Diretrizes para o Uso de Testes: International Test Commission” PRÁTICAS ADEQUADAS NO USO DOS TESTES  Avaliar o potencial dos testes em uma situação de avaliação;  Selecionar testes tecnicamente confiáveis para cada situação;  Prestar a devida consideração aos vieses culturais;  Preparar cuidadosamente as sessões de aplicação dos testes;  Administrar os testes adequadamente;  Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente;  Interpretar os resultados dos testes adequadamente;  Comunicar os resultados de forma clara para as pessoas envolvidas;  Revisar a adequação do teste e sua utilização. Verificar: Diretrizes Testes.PDF
  • 20. Elaboração de Laudo Neuropsicológico “Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente” Os usuários dos testes devem: • Seguir cuidadosamente os procedimentos padronizados para as pontuações; • Converter adequadamente as pontuações brutas à outros tipos de escalas pertinentes; • Escolher o tipo de escala mais pertinente de acordo com o uso pretendido para as pontuações do teste; • Verificar a precisão das conversões escalares, assim como qualquer outro tipo de análise ou tratamento de dados; • Assegurar-se que não sejam delineadas conclusões errôneas devido a comparações das pontuações com normas não pertinentes para os examinandos;
  • 21. Elaboração de Laudo Neuropsicológico “Corrigir e analisar os resultados dos testes corretamente” Os usuários dos testes devem: • Quando necessário, calcular as pontuações utilizando fórmulas e equações padronizadas; • Utilizar procedimentos que possam identificar possíveis erros nas pontuações e • Descrever e identificar claramente na descrição dos resultados, as normas, os tipos de escalas e fórmulas utilizadas.
  • 22. Elaboração de Laudo Neuropsicológico “Interpretar os resultados dos testes adequadamente” Os usuários dos testes devem:  Ter uma boa compreensão das bases teóricas e conceituais do teste, da documentação técnica e das normas para o uso e a interpretação das pontuações do teste;  Ter uma boa compreensão da escala utilizada, das características das normas ou grupos de comparações, assim como das limitações das pontuações obtidas;  Cuidar para que os vieses culturais entre qualquer grupo, na interpretação dos testes, sejam minimizados;
  • 23. Elaboração de Laudo Neuropsicológico  Evitar generalizações excessivas dos resultados de um teste para traços ou características da pessoa que não tenham sido medidas pelo mesmo.  Interpretar os resultados de modo a considerar as informações disponíveis sobre o examinando (incluindo idade, sexo, escolarização, cultura e outras características/ fatores), dando a devida atenção às limitações técnicas do teste, ao contexto de avaliação e às necessidades das pessoas ou instituições com interesses legítimos no resultado do processo de avaliação;  No momento de interpretar as pontuações, considerar a precisão, o erro de medida e outros fatores que possam ter alterado os resultados;
  • 24. Elaboração de Laudo Neuropsicológico  Dar a devida atenção aos dados disponíveis sobre a validade do constructo medido em relação a outras características demográficas dos grupos avaliados (por exemplo cultura, idade, classe social e sexo);  Utilizar pontuações de corte na interpretação do teste somente quando existir evidência de validade sobre desempenho a partir de certos pontos;  Estar ciente dos estereótipos sociais negativos que podem existir com relação às pessoas e/ou grupos avaliados ( por exemplo, em relação ao grupo cultural, idade, classe social, e sexo), evitando interpretar os testes de forma que se perpetue estereótipos semelhantes;
  • 25. Elaboração de Laudo Neuropsicológico  Levar em consideração qualquer variação individual ou grupal nos procedimentos padronizados de aplicação do teste e  Levar em consideração qualquer experiência prévia do examinado com o teste, em caso de se dispor de dados sobre o efeito desta experiência em relação ao desempenho no teste.