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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
INTRODUÇÃO
Geralmente a Educação Física na escola é vista como uma disciplina complementar,
como se ela fosse menos importante do que Matemática, História ou Língua Portuguesa.
Será que é verdade?
É preciso compreender que a Educação Física é uma disciplina obrigatória do
currículo escolar e que apresenta características próprias, como veremos a seguir.
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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
O termo Educação Física pressupõe a ideia de controle do corpo ou, ainda, de
controle do físico. Educar, desde o século XVII, é uma ação que está intimamente relacionada
à disciplina corporal: a separação proposta por Descartes, entre corpo e mente, torna-se base
de todo o processo educacional ocidental. Fato bastante visível nas salas de aula: o corpo fica
sentado e parado, sem “atrapalhar” o exercício de raciocínio e de aprendizado feito pela mente.
A princípio, a Educação Física, quando inserida no currículo escolar, era tida como
um momento para a prática da ginástica, com a finalidade de deixar o corpo saudável. Após
muitas reformas na própria ideia de Educação Física, atualmente ela é uma disciplina
complexa que deve, ao mesmo tempo, trabalhar as suas próprias especificidades e se inter-
relacionar com os outros componentes curriculares. Segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na escola
deve ser constituída de três blocos:
Jogos, Ginásticas, Exportes e Lutas Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimentos sobre o corpo
Segundo o documento, essas três partes são relacionadas entre si e podem ou não ser
trabalhadas em uma mesma aula.
O primeiro bloco, “jogos, ginásticas, esportes e lutas”, compreende atividades como
ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol, basquetebol, salto em altura, natação, capoeira
e judô. O segundo bloco abrange atividades relacionadas à expressão corporal, como a dança,
por exemplo. Já o terceiro bloco propõe ensinar ao aluno conceitos básicos sobre o próprio
corpo, que se estendem desde a noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as
diferentes culturas lidam com esse instrumento.
Se analisarmos uma aula em que o professor trabalha apenas os quatro esportes
coletivos (voleibol, basquetebol, futebol e handebol), sob a ótica de uma Educação Física que
visa à reflexão do aluno sobre si e sobre a sociedade em que está inserido, logo perceberemos
o quão pobre se torna a experiência sobre o corpo nessas aulas. Nesse sentido, é fundamental
que a compreensão de si, de sua cultura e de outras culturas seja ampliada, a fim de efetivar a
disciplina de Educação Física como um componente curricular educacional.
A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas têm: o poder
de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada. Esse fato permite uma
liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação – do grupo e do indivíduo – por
parte do professor, que pode ser bastante benéfica ao processo geral educacional do aluno.
Estrutura Curricular da Educação Física
Você já deve ter se perguntado por que as aulas de Matemática, Língua Portuguesa ou
Ciências apresentam uma lógica linear nos conteúdos que são aprendidos na escola, e por que
a Educação Física, ao contrário, costuma repetir os conteúdos ao longo de todo o ensino
fundamental e/ou médio. Em geral, a resposta aparece imediatamente: é porque a Educação
Física não é “matéria” (disciplina).
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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
Esse fato está longe de ser verdade. Ainda que muitos professores de Educação Física
pouco se interessem em abranger todo o conteúdo que deve ser trabalhado na escola, e
costumem apenas trabalhar com esportes coletivos na escola (futebol, voleibol, basquetebol e
handebol), a Educação Física, enquanto disciplina escolar, tem o propósito de trabalhar com
a cultura corporal que o aluno carrega consigo devido à sua vivência, assim como apresentá-
lo a diversas manifestações da cultura corporal.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer o significado de cultura corporal: trata-se,
falando de modo bastante simples, de apresentar significado para quaisquer gestos, atitudes,
movimentos, jogos, danças, esportes e outras manifestações corporais. Nesse sentido, a
intenção da Educação Física é a de fazer com que os alunos compreendam e valorizem as suas
manifestações corporais, assim como se empenhem em valorizar e apreender manifestações
corporais de outras culturas. Durante esse processo de valorizar a própria cultura e outras
culturas por meio do corpo, outro elemento fundamental da educação está em andamento: o
rompimento com o preconceito. Isso porque, à medida que o aluno conhece outras culturas e
reconhece o seu valor, os preconceitos é rompido.
É nesse sentido que o Ministério da Educação dispõe, em documento oficial, todos os
conteúdos que devem ser trabalhados com os alunos durante o ensino fundamental. Como são
muitos os conteúdos, eles foram agrupados em três blocos, cada um com a sua especificidade,
mas com relações entre si:
Exportes, jogos, lutas e ginásticas Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimentos sobre o corpo
O primeiro bloco engloba conhecimentos como esportes individuais e coletivos
(atletismo, vólei, basquete, futebol, xadrez, natação, entre outros); jogos cooperativos e
competitivos (queimada, polícia e ladrão, barra-manteiga, amarelinha, etc.); lutas e artes
marciais (judo, caratê, greco-romana, etc.); e ginásticas, como a sueca, a aeróbica, rítmica
desportiva, artística, entre outras.
O segundo bloco refere-se a atividades artísticas e de dança, como elementos de
expressão corporal, dança de salão, dança livre, dança moderna, entre outras.
O último bloco talvez seja o menos trabalhado pelos professores de Educação Física,
já que ele necessariamente remete a discussões teóricas. Em “conhecimentos sobre o corpo”
devem ser trabalhados elementos de estrutura do corpo humano (anatomia); elementos de
funcionamento interno do corpo humano (fisiologia); compreensão do processo de movimento
do corpo humano (cinesiologia); entendimento sobre a construção cultural do corpo humano
(antropologia); e as relações sociais que se estabelecem a partir desse corpo (sociologia).
Assim, a partir dessa introdução sobre o que a Educação Física deve ensinar, é possível
vislumbrar que essa disciplina é muito mais complexa do que costumamos ver. Diante do
leque de possibilidades de conteúdos apresentado, torna-se triste a visão (infelizmente ainda
comum) de que a Educação Física se restringe à prática de exportes coletivos.
Alguns objetivos da Educação Física Escolar
Os objetivos da educação física escolar contemplam o desenvolvimento motor,
afetivo-social e cognitivo, que podem assumir diferentes relações nos conteúdos, conforme a
4
2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
faixa etária dos alunos. Portanto, espera-se que os alunos por meio da Educação Física Escolar,
possam melhorar, adquirir, ampliar e ter acesso a alguns componentes essenciais da Educação
Física Escolar; são eles:
1) Adquirir conhecimento de como melhorar a qualidade do movimento, conhecendo as
informações essenciais das habilidades motoras básicas e suas combinações, para
aplicá-las na organização espacial e temporal dos diferentes jogos;
2) Ampliar seu repertório motor, demonstrando capacidade de executar as habilidades
básicas de locomoção, manipulação, estabilização e suas combinações;
3) Adquirir conhecimentos acerca das dimensões biológicas, comportamentais e
socioculturais do movimento, suas implicações e os aspetos conceituais inerentes a
ela;
4) Ter acesso à cultura do movimento, conhecendo a história, as regras e as curiosidades
sobre jogos, exportes, atividades rítmicas e expressivas, ginástica e lutas.
Automassagem: Benefício para o Corpo
O ato de massagear a si mesmo é uma ação de conforto pessoal, conforme a
classificação de Desmond Morris, em seu livro “Você”. Ou seja, trata-se de uma ação que
fazemos quase sem perceber: quando tiramos do pé um sapato apertado, quando terminamos
uma prova, quando saímos cansados de uma reunião, invariavelmente apalpamos uma
musculatura tensa na esperança de que o corpo retorne ao estado normal. Isso significa que o
corpo físico sente e sofre as consequências dos nossos problemas psicológicos. Mas o inverso
também é verdadeiro: quando temos algum problema físico, o nosso lado psicológico também
sofre. E a automassagem apresenta benefícios tanto físicos quanto emocionais para o
praticante. Vamos conhecê-los:
 Ativação da circulação sanguínea: melhora da oxigenação do corpo e da eliminação
de impurezas;
 Diminuição das dores musculares: com a aplicação da automassagem ocorre o
relaxamento da musculatura e a consequente redução das dores e dos sintomas do
cansaço (fadiga muscular);
 Alívio das tensões emocionais: a prática diária da automassagem reduz as tensões
ocasionadas pelos problemas diários.
 A aplicação da automassagem depende de o praticante conhecer o ponto que se deseja
tratar e pressionar essa região durante alguns minutos. Uma sugestão prática para a
automassagem é que os pontos mais importantes a serem tratados doem quando
pressionados.
 A seguir serão relacionados alguns pontos que, quando pressionados, tendem a tratar
alguma parte específica do corpo. Para a obtenção de uma prática mais prazerosa,
esfregue bem as mãos para aquecê-las e utilize óleo de massagem.
1) Acalmar a mente: pressionar o polegar entre as sobrancelhas;
2) Relaxar a musculatura e aliviar cólicas: pressionar a parte lateral do pé e da
perna (abaixo do joelho) simultaneamente;
3) Face: a pressão das têmporas auxilia na redução do estresse, alívio de dor de
cabeça e melhora na qualidade do sono;
4) Alívio de dor na coluna cervical: pressionar o lado direito da nuca com dois
dedos da mão esquerda. Repetir com a mão direita no lado esquerdo da nuca;
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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
5) Corpo inteiro: pressionar firmemente o centro da sola do pé, estimulando a
região com os polegares
Autonomia para um estilo de vida
É um fato legítimo as pessoas relacionarem as aulas de Educação Física à prática de
atividade física, muito provavelmente porque é a disciplina que tem como princípio norteador
o corpo em movimento. Vivemos hoje, nas grandes cidades, um momento em que crianças e
adolescentes passam horas presas dentro de casa em virtude da violência urbana, e por isso a
Educação Física ganha nova importância social: estimular a prática da atividade física para
combater o sedentarismo dos tempos modernos.
Como consequência, um dos mais relevantes papéis da Educação Física é, então,
estimular o aluno à prática da atividade física regular, inclusive fora da escola. Assim, essa
disciplina atinge um de seus principais objetivos quando, ao final do ensino médio, o aluno
sai preparado para continuar sozinho a prática de atividade física. Isso chamamos de
“autonomia”.
Esse fator é tão relevante que o principal documento do Ministério da Educação, no
que se refere à nossa disciplina, descreve dessa forma a autonomia como objetivo:
“Assumir uma postura ativa, na prática de atividades físicas, e conscientes da importância
delas na vida do cidadão.”
Continuando a linha de raciocínio, ser preparado para a prática autônoma significa fazer
a prática conscientemente. Para isso, existem alguns elementos que são importantes para que
essa prática seja feita de modo apropriado:
A primeira providência é compreender o que é atividade física: trata-se de qualquer
prática corporal, que feita de modo regular, fornece a sensação de bem-estar e permite a
melhora e/ou manutenção da saúde.
A segunda é compreender que as atividades físicas são classificadas em dois grupos:
o de atividades aeróbias e o das anaeróbias. Atividades anaeróbias são caracterizadas por
serem de curta duração e de alta intensidade, como a musculação, as corridas de curta distância
e as provas de 50m e 100m de natação. Já as aeróbias são aquelas em que a intensidade não é
tão forte e têm duração mais longa. A caminhada, a corrida de longa distância e a maratona
aquática são exemplos desse tipo de atividade. Os dois tipos de atividade são importantes para
o indivíduo porque as atividades aeróbias melhoram as capacidades cardíaca e respiratória,
enquanto as atividades anaeróbias promovem aumento da força e da massa muscular.
Outro fator é que o aluno deve ter consciência de que antes de fazer uma atividade
física, ele deve fazer um aquecimento e, após o término, uma atividade de volta à calma. A
função do aquecimento é “avisar” ao seu corpo que ele irá movimentar-se além do normal, e
isso deve ser feito por meio de atividades moderadas, que devem unir alongamentos e
caminhadas e/ou corridas de baixa intensidade. Essas atividades fazem com que o aluno “fique
com calor”, pois promovem uma pequena aceleração do seu batimento cardíaco. A volta à
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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
calma, por sua vez, tem a função inversa: desacelerar o batimento cardíaco que foi aumentado
durante a prática de exercícios físicos. Devem ser feitas atividades de caminhada leve,
relaxamento e/ou alongamento.
Agora que você já sabe como deve se portar perante o exercício, não há mais desculpas
para o sedentarismo: faça as aulas de Educação Física, vá a um parque aos finais de semana
para jogar bola com seus amigos e leve sua namorada para caminhar pelo seu bairro. Você
terá uma vida muito saudável e prazerosa.
Atividades Físicas durante o inverno
O inverno é uma estação deliciosa para comer: chocolates, fondues, sopas, feijoadas e
massas estão entre as preferências da época. Mas isso não acontece sem motivo. O fato de
sentirmos vontade de ingerir alimentos mais fortes e gordurosos é uma necessidade do corpo
em relação ao frio. Por outro lado, sair da cama mais cedo, nessa época, para praticar atividade
física dá uma preguiça...
É justamente pensando em afastar a preguiça, levando em conta os benefícios da
prática de atividade física durante o inverno, que abordaremos esse assunto.
Em primeiro lugar, é necessário lembrar que a frequência, o volume e a intensidade da
atividade física, que é de seu costume, não deve se alterar durante o inverno. Isso significa
que você deve continuar praticando seus exercícios de costume de três a cinco vezes por
semana; que o exercício deve ocupar entre trinta minutos e uma hora (com exceção de atletas,
em que o tempo da prática de atividade física é maior); e que nesse período de prática você
deve manter a quantidade do exercício que costuma fazer no seu cotidiano.
Os benefícios da atividade física durante o período mais frio do ano não são diferentes
dos benefícios da prática durante as outras estações do ano. O que ocorre é que como a
ingestão calórica aumenta bastante durante o frio, as pessoas tendem a engordar. Assim, ao
deixar de praticar a atividade física, o aumento de peso tende a ser ainda maior.
No mais, aumenta a disposição para as práticas cotidianas; há uma clara sensação de
bem-estar, devido ao aumento de endorfina; há o aumento das capacidades
cardiorrespiratórias do praticante; e a manutenção da força muscular.
No entanto, se por um lado os benefícios da atividade física no inverno são bem
próximos aos do verão, por outro, os cuidados que se deve ter para efetivar a prática são
diferentes. É preciso que o período de aquecimento seja de vinte minutos, em média, além do
alongamento, para prevenir contrações musculares, mais comuns nessa época do ano; o uso
de roupas leves, mas que aquecem o praticante, também merece atenção; não se esquecer da
hidratação do corpo, fundamental em qualquer época do ano, mas ainda mais importante no
inverno, em que o tempo é bastante seco.
7
2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
CONCLUSÃO
Retomo uma afirmação já feita, a de que a Educação Física na escola é um espaço de
aprendizagem e, portanto, de ensino.
Historicamente a Educação Física ocidental moderna tem ensinado O JOGO, A
GINÁSTICA, AS LUTAS, A DANÇA, OS ESPORTES. Poderíamos afirmar então que estes
são conteúdos clássicos.
Permaneceram através do tempo transformando inúmeros de seus aspetos para se
afirmar como elementos da cultura, como linguagem singular do homem no tempo. As
atividades físicas tematizadas pela Educação Física se afirmaram como linguagens e
comunicaram sempre sentidos e significados da passagem do homem pelo mundo. Constituem
assim um património, um patrimônio que deve ser tratado pela escola. E como afirma VAGO,
a contribuição da Educação Física, neste caso, será a de colocar os alunos diante desse
patrimônio da humanidade, que tem sido chamado por alguns autores de “cultura física”
(Betti, 1991), “cultura de movimento (Bracht, 1989) ou “cultura corporal” (Soares, Taffarel,
Varjal, Castellani Filho, Escobar & Bracht, 1992) 20.
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2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 http://blogs.viaeptv.com/blogs/atividadecorporal/tag/objetivos-educacao-fisica-
escolar/
 https://www.google.com/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o+fisica&client=firefox
-a&
 BRACHT,V. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister,
1992.
 DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas, Papirus, 1995.
 HABERMAS, J. Conhecimento e interesse. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987.
 LANGLADE, A. LANGLADE, N.R. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires,
Stadium, s.d.
 Educação física: raízes européias e Brasil. Campinas, Autores Associados, 1994.

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  • 1. 1 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular INTRODUÇÃO Geralmente a Educação Física na escola é vista como uma disciplina complementar, como se ela fosse menos importante do que Matemática, História ou Língua Portuguesa. Será que é verdade? É preciso compreender que a Educação Física é uma disciplina obrigatória do currículo escolar e que apresenta características próprias, como veremos a seguir.
  • 2. 2 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular O termo Educação Física pressupõe a ideia de controle do corpo ou, ainda, de controle do físico. Educar, desde o século XVII, é uma ação que está intimamente relacionada à disciplina corporal: a separação proposta por Descartes, entre corpo e mente, torna-se base de todo o processo educacional ocidental. Fato bastante visível nas salas de aula: o corpo fica sentado e parado, sem “atrapalhar” o exercício de raciocínio e de aprendizado feito pela mente. A princípio, a Educação Física, quando inserida no currículo escolar, era tida como um momento para a prática da ginástica, com a finalidade de deixar o corpo saudável. Após muitas reformas na própria ideia de Educação Física, atualmente ela é uma disciplina complexa que deve, ao mesmo tempo, trabalhar as suas próprias especificidades e se inter- relacionar com os outros componentes curriculares. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na escola deve ser constituída de três blocos: Jogos, Ginásticas, Exportes e Lutas Atividades rítmicas e expressivas Conhecimentos sobre o corpo Segundo o documento, essas três partes são relacionadas entre si e podem ou não ser trabalhadas em uma mesma aula. O primeiro bloco, “jogos, ginásticas, esportes e lutas”, compreende atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol, basquetebol, salto em altura, natação, capoeira e judô. O segundo bloco abrange atividades relacionadas à expressão corporal, como a dança, por exemplo. Já o terceiro bloco propõe ensinar ao aluno conceitos básicos sobre o próprio corpo, que se estendem desde a noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as diferentes culturas lidam com esse instrumento. Se analisarmos uma aula em que o professor trabalha apenas os quatro esportes coletivos (voleibol, basquetebol, futebol e handebol), sob a ótica de uma Educação Física que visa à reflexão do aluno sobre si e sobre a sociedade em que está inserido, logo perceberemos o quão pobre se torna a experiência sobre o corpo nessas aulas. Nesse sentido, é fundamental que a compreensão de si, de sua cultura e de outras culturas seja ampliada, a fim de efetivar a disciplina de Educação Física como um componente curricular educacional. A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas têm: o poder de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada. Esse fato permite uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação – do grupo e do indivíduo – por parte do professor, que pode ser bastante benéfica ao processo geral educacional do aluno. Estrutura Curricular da Educação Física Você já deve ter se perguntado por que as aulas de Matemática, Língua Portuguesa ou Ciências apresentam uma lógica linear nos conteúdos que são aprendidos na escola, e por que a Educação Física, ao contrário, costuma repetir os conteúdos ao longo de todo o ensino fundamental e/ou médio. Em geral, a resposta aparece imediatamente: é porque a Educação Física não é “matéria” (disciplina).
  • 3. 3 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular Esse fato está longe de ser verdade. Ainda que muitos professores de Educação Física pouco se interessem em abranger todo o conteúdo que deve ser trabalhado na escola, e costumem apenas trabalhar com esportes coletivos na escola (futebol, voleibol, basquetebol e handebol), a Educação Física, enquanto disciplina escolar, tem o propósito de trabalhar com a cultura corporal que o aluno carrega consigo devido à sua vivência, assim como apresentá- lo a diversas manifestações da cultura corporal. Em primeiro lugar é preciso esclarecer o significado de cultura corporal: trata-se, falando de modo bastante simples, de apresentar significado para quaisquer gestos, atitudes, movimentos, jogos, danças, esportes e outras manifestações corporais. Nesse sentido, a intenção da Educação Física é a de fazer com que os alunos compreendam e valorizem as suas manifestações corporais, assim como se empenhem em valorizar e apreender manifestações corporais de outras culturas. Durante esse processo de valorizar a própria cultura e outras culturas por meio do corpo, outro elemento fundamental da educação está em andamento: o rompimento com o preconceito. Isso porque, à medida que o aluno conhece outras culturas e reconhece o seu valor, os preconceitos é rompido. É nesse sentido que o Ministério da Educação dispõe, em documento oficial, todos os conteúdos que devem ser trabalhados com os alunos durante o ensino fundamental. Como são muitos os conteúdos, eles foram agrupados em três blocos, cada um com a sua especificidade, mas com relações entre si: Exportes, jogos, lutas e ginásticas Atividades rítmicas e expressivas Conhecimentos sobre o corpo O primeiro bloco engloba conhecimentos como esportes individuais e coletivos (atletismo, vólei, basquete, futebol, xadrez, natação, entre outros); jogos cooperativos e competitivos (queimada, polícia e ladrão, barra-manteiga, amarelinha, etc.); lutas e artes marciais (judo, caratê, greco-romana, etc.); e ginásticas, como a sueca, a aeróbica, rítmica desportiva, artística, entre outras. O segundo bloco refere-se a atividades artísticas e de dança, como elementos de expressão corporal, dança de salão, dança livre, dança moderna, entre outras. O último bloco talvez seja o menos trabalhado pelos professores de Educação Física, já que ele necessariamente remete a discussões teóricas. Em “conhecimentos sobre o corpo” devem ser trabalhados elementos de estrutura do corpo humano (anatomia); elementos de funcionamento interno do corpo humano (fisiologia); compreensão do processo de movimento do corpo humano (cinesiologia); entendimento sobre a construção cultural do corpo humano (antropologia); e as relações sociais que se estabelecem a partir desse corpo (sociologia). Assim, a partir dessa introdução sobre o que a Educação Física deve ensinar, é possível vislumbrar que essa disciplina é muito mais complexa do que costumamos ver. Diante do leque de possibilidades de conteúdos apresentado, torna-se triste a visão (infelizmente ainda comum) de que a Educação Física se restringe à prática de exportes coletivos. Alguns objetivos da Educação Física Escolar Os objetivos da educação física escolar contemplam o desenvolvimento motor, afetivo-social e cognitivo, que podem assumir diferentes relações nos conteúdos, conforme a
  • 4. 4 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular faixa etária dos alunos. Portanto, espera-se que os alunos por meio da Educação Física Escolar, possam melhorar, adquirir, ampliar e ter acesso a alguns componentes essenciais da Educação Física Escolar; são eles: 1) Adquirir conhecimento de como melhorar a qualidade do movimento, conhecendo as informações essenciais das habilidades motoras básicas e suas combinações, para aplicá-las na organização espacial e temporal dos diferentes jogos; 2) Ampliar seu repertório motor, demonstrando capacidade de executar as habilidades básicas de locomoção, manipulação, estabilização e suas combinações; 3) Adquirir conhecimentos acerca das dimensões biológicas, comportamentais e socioculturais do movimento, suas implicações e os aspetos conceituais inerentes a ela; 4) Ter acesso à cultura do movimento, conhecendo a história, as regras e as curiosidades sobre jogos, exportes, atividades rítmicas e expressivas, ginástica e lutas. Automassagem: Benefício para o Corpo O ato de massagear a si mesmo é uma ação de conforto pessoal, conforme a classificação de Desmond Morris, em seu livro “Você”. Ou seja, trata-se de uma ação que fazemos quase sem perceber: quando tiramos do pé um sapato apertado, quando terminamos uma prova, quando saímos cansados de uma reunião, invariavelmente apalpamos uma musculatura tensa na esperança de que o corpo retorne ao estado normal. Isso significa que o corpo físico sente e sofre as consequências dos nossos problemas psicológicos. Mas o inverso também é verdadeiro: quando temos algum problema físico, o nosso lado psicológico também sofre. E a automassagem apresenta benefícios tanto físicos quanto emocionais para o praticante. Vamos conhecê-los:  Ativação da circulação sanguínea: melhora da oxigenação do corpo e da eliminação de impurezas;  Diminuição das dores musculares: com a aplicação da automassagem ocorre o relaxamento da musculatura e a consequente redução das dores e dos sintomas do cansaço (fadiga muscular);  Alívio das tensões emocionais: a prática diária da automassagem reduz as tensões ocasionadas pelos problemas diários.  A aplicação da automassagem depende de o praticante conhecer o ponto que se deseja tratar e pressionar essa região durante alguns minutos. Uma sugestão prática para a automassagem é que os pontos mais importantes a serem tratados doem quando pressionados.  A seguir serão relacionados alguns pontos que, quando pressionados, tendem a tratar alguma parte específica do corpo. Para a obtenção de uma prática mais prazerosa, esfregue bem as mãos para aquecê-las e utilize óleo de massagem. 1) Acalmar a mente: pressionar o polegar entre as sobrancelhas; 2) Relaxar a musculatura e aliviar cólicas: pressionar a parte lateral do pé e da perna (abaixo do joelho) simultaneamente; 3) Face: a pressão das têmporas auxilia na redução do estresse, alívio de dor de cabeça e melhora na qualidade do sono; 4) Alívio de dor na coluna cervical: pressionar o lado direito da nuca com dois dedos da mão esquerda. Repetir com a mão direita no lado esquerdo da nuca;
  • 5. 5 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular 5) Corpo inteiro: pressionar firmemente o centro da sola do pé, estimulando a região com os polegares Autonomia para um estilo de vida É um fato legítimo as pessoas relacionarem as aulas de Educação Física à prática de atividade física, muito provavelmente porque é a disciplina que tem como princípio norteador o corpo em movimento. Vivemos hoje, nas grandes cidades, um momento em que crianças e adolescentes passam horas presas dentro de casa em virtude da violência urbana, e por isso a Educação Física ganha nova importância social: estimular a prática da atividade física para combater o sedentarismo dos tempos modernos. Como consequência, um dos mais relevantes papéis da Educação Física é, então, estimular o aluno à prática da atividade física regular, inclusive fora da escola. Assim, essa disciplina atinge um de seus principais objetivos quando, ao final do ensino médio, o aluno sai preparado para continuar sozinho a prática de atividade física. Isso chamamos de “autonomia”. Esse fator é tão relevante que o principal documento do Ministério da Educação, no que se refere à nossa disciplina, descreve dessa forma a autonomia como objetivo: “Assumir uma postura ativa, na prática de atividades físicas, e conscientes da importância delas na vida do cidadão.” Continuando a linha de raciocínio, ser preparado para a prática autônoma significa fazer a prática conscientemente. Para isso, existem alguns elementos que são importantes para que essa prática seja feita de modo apropriado: A primeira providência é compreender o que é atividade física: trata-se de qualquer prática corporal, que feita de modo regular, fornece a sensação de bem-estar e permite a melhora e/ou manutenção da saúde. A segunda é compreender que as atividades físicas são classificadas em dois grupos: o de atividades aeróbias e o das anaeróbias. Atividades anaeróbias são caracterizadas por serem de curta duração e de alta intensidade, como a musculação, as corridas de curta distância e as provas de 50m e 100m de natação. Já as aeróbias são aquelas em que a intensidade não é tão forte e têm duração mais longa. A caminhada, a corrida de longa distância e a maratona aquática são exemplos desse tipo de atividade. Os dois tipos de atividade são importantes para o indivíduo porque as atividades aeróbias melhoram as capacidades cardíaca e respiratória, enquanto as atividades anaeróbias promovem aumento da força e da massa muscular. Outro fator é que o aluno deve ter consciência de que antes de fazer uma atividade física, ele deve fazer um aquecimento e, após o término, uma atividade de volta à calma. A função do aquecimento é “avisar” ao seu corpo que ele irá movimentar-se além do normal, e isso deve ser feito por meio de atividades moderadas, que devem unir alongamentos e caminhadas e/ou corridas de baixa intensidade. Essas atividades fazem com que o aluno “fique com calor”, pois promovem uma pequena aceleração do seu batimento cardíaco. A volta à
  • 6. 6 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular calma, por sua vez, tem a função inversa: desacelerar o batimento cardíaco que foi aumentado durante a prática de exercícios físicos. Devem ser feitas atividades de caminhada leve, relaxamento e/ou alongamento. Agora que você já sabe como deve se portar perante o exercício, não há mais desculpas para o sedentarismo: faça as aulas de Educação Física, vá a um parque aos finais de semana para jogar bola com seus amigos e leve sua namorada para caminhar pelo seu bairro. Você terá uma vida muito saudável e prazerosa. Atividades Físicas durante o inverno O inverno é uma estação deliciosa para comer: chocolates, fondues, sopas, feijoadas e massas estão entre as preferências da época. Mas isso não acontece sem motivo. O fato de sentirmos vontade de ingerir alimentos mais fortes e gordurosos é uma necessidade do corpo em relação ao frio. Por outro lado, sair da cama mais cedo, nessa época, para praticar atividade física dá uma preguiça... É justamente pensando em afastar a preguiça, levando em conta os benefícios da prática de atividade física durante o inverno, que abordaremos esse assunto. Em primeiro lugar, é necessário lembrar que a frequência, o volume e a intensidade da atividade física, que é de seu costume, não deve se alterar durante o inverno. Isso significa que você deve continuar praticando seus exercícios de costume de três a cinco vezes por semana; que o exercício deve ocupar entre trinta minutos e uma hora (com exceção de atletas, em que o tempo da prática de atividade física é maior); e que nesse período de prática você deve manter a quantidade do exercício que costuma fazer no seu cotidiano. Os benefícios da atividade física durante o período mais frio do ano não são diferentes dos benefícios da prática durante as outras estações do ano. O que ocorre é que como a ingestão calórica aumenta bastante durante o frio, as pessoas tendem a engordar. Assim, ao deixar de praticar a atividade física, o aumento de peso tende a ser ainda maior. No mais, aumenta a disposição para as práticas cotidianas; há uma clara sensação de bem-estar, devido ao aumento de endorfina; há o aumento das capacidades cardiorrespiratórias do praticante; e a manutenção da força muscular. No entanto, se por um lado os benefícios da atividade física no inverno são bem próximos aos do verão, por outro, os cuidados que se deve ter para efetivar a prática são diferentes. É preciso que o período de aquecimento seja de vinte minutos, em média, além do alongamento, para prevenir contrações musculares, mais comuns nessa época do ano; o uso de roupas leves, mas que aquecem o praticante, também merece atenção; não se esquecer da hidratação do corpo, fundamental em qualquer época do ano, mas ainda mais importante no inverno, em que o tempo é bastante seco.
  • 7. 7 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular CONCLUSÃO Retomo uma afirmação já feita, a de que a Educação Física na escola é um espaço de aprendizagem e, portanto, de ensino. Historicamente a Educação Física ocidental moderna tem ensinado O JOGO, A GINÁSTICA, AS LUTAS, A DANÇA, OS ESPORTES. Poderíamos afirmar então que estes são conteúdos clássicos. Permaneceram através do tempo transformando inúmeros de seus aspetos para se afirmar como elementos da cultura, como linguagem singular do homem no tempo. As atividades físicas tematizadas pela Educação Física se afirmaram como linguagens e comunicaram sempre sentidos e significados da passagem do homem pelo mundo. Constituem assim um património, um patrimônio que deve ser tratado pela escola. E como afirma VAGO, a contribuição da Educação Física, neste caso, será a de colocar os alunos diante desse patrimônio da humanidade, que tem sido chamado por alguns autores de “cultura física” (Betti, 1991), “cultura de movimento (Bracht, 1989) ou “cultura corporal” (Soares, Taffarel, Varjal, Castellani Filho, Escobar & Bracht, 1992) 20.
  • 8. 8 2014A Educação Física ComoDisciplinaCurricular REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  http://blogs.viaeptv.com/blogs/atividadecorporal/tag/objetivos-educacao-fisica- escolar/  https://www.google.com/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o+fisica&client=firefox -a&  BRACHT,V. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister, 1992.  DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas, Papirus, 1995.  HABERMAS, J. Conhecimento e interesse. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987.  LANGLADE, A. LANGLADE, N.R. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires, Stadium, s.d.  Educação física: raízes européias e Brasil. Campinas, Autores Associados, 1994.