SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
o
que
muda?
ACORDO
ORTOGRÁFICO
2010
Execução gráfica: Bloco Gráfico, Lda. • Unidade Industrial da Maia
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL CERTIFICADO PELA APCER, COM O N.° 2006/AMB.258
l
LISBOA EDITORA, S.A.
Sede e Direcção Editorial
AV. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1-B
1700-163 LISBOA, PORTUGAL
LINHA DO PROFESSOR
E-MAIL: apoioprof@lisboaeditora.pt
www.lisboaeditora.pt
n.° único 707 22 44 88
Índice
O que é o Acordo Ortográfico de 1990? 3
O que muda e o que não muda, para Portugal,
com o Acordo Ortográfico? 5
1. Alfabeto 5
2. Maiúsculas e minúsculas 6
3. Acentos gráficos 7
4. Sequências consonânticas 9
5. Regras de uso do hífen 12
Conclusão 15
3
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
O que é o Acordo
Ortográfico de 1990?
Até ao início do século XX, a língua portuguesa não obedecia a nenhuma
ortografia oficial. Reinava, pois, a arbitrariedade ortográfica, com a
adoção de vários critérios, uns mais afins à fonética, outros mais simpáticos à
etimologia, sem deixar de haver também casos em que o critério adotado era
pura e simplesmente estético.
Só com a implantação da República, em 1910, parece ter chegado uma
intenção de ordem e de renovação, concretizada no contributo de prestigiados
filólogos de então, os quais se empenharam decididamente na reforma ortográ-
fica da língua. Assim, em 1911, Gonçalves Viana tinha já preparada uma impor-
tante reforma ortográfica para promulgação oficial em Portugal, à revelia do
Brasil, que, apesar do número imensamente superior de falantes da língua, não
foi consultado para tal reforma. Naturalmente, o Brasil não aceitou nem adotou
os preceitos ortográficos portugueses de 1911.
A partir de então, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasi-
leira de Letras levaram a cabo várias iniciativas tendentes a encontrar critérios
verdadeiramente linguísticos para a unificação das duas ortografias vigentes.
Assim, foram várias as iniciativas levadas a cabo, ao longo do tempo,
visando a referida unificação, mas nenhuma acabou por vingar.
Podemos dizer que só em 1971 ocorre algo de importante na perspetiva da
unificação ortográfica entre Portugal e o Brasil. Com efeito, nesta data, é pro-
mulgada no Brasil uma lei que suprime o acento circunflexo usado na distinção
das palavras homógrafas. A mesma lei brasileira determina a supressão dos
acentos circunflexos e dos acentos graves prevalecentes nos vocábulos deriva-
dos com o sufixo -mente (publicamente, unicamente, somente) e com os sufixos
iniciados por -z- (avozinha, pezinho, sozinho), que eram igualmente responsáveis
por uma quantidade razoável de desencontros ortográficos entre o português
de Portugal e o do Brasil.
4
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
Neste contexto de reformulação da acentuação gráfica da língua, Portugal
promulga também, em 1973, um decreto-lei que ratifica estas mesmas regras
de acentuação, dando lugar a um primeiro passo concreto no sentido da unifica-
ção ortográfica. Com esta simples medida resolveram-se cerca de 70% das
divergências ortográficas existentes entre Portugal e o Brasil.
Mas só em 1986 viria a ter lugar, no Rio de Janeiro, uma ampla reunião de
representantes de todos os países de língua oficial portuguesa, incluindo obser-
vadores galegos que manifestavam o desejo de ver o galego assumido no marco
da lusofonia. Esta reunião consagrou um acordo ortográfico extremamente
polémico. De facto, o dito acordo optava por soluções radicais que nenhum país
de língua portuguesa foi capaz de assumir.
É, pois, na onda desta polémica e com o espírito de moderar os excessos e
favorecer um diálogo consentâneo e conclusivo, que, posteriormente, já em
1990, se chega ao Acordo hoje designado por novo Acordo Ortográfico.
Trata-se de um Acordo Ortográfico que, sem dúvida alguma, privilegia a
fonética, aproximando, assim, aquilo que se escreve daquilo que se fala.
Este Acordo é o que agora somos chamados a adotar.
5
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
O que muda e o que não
muda, para Portugal,
com o Acordo Ortográfico?
São introduzidas as letras k, w e y, que passam a integrar oficialmente o
alfabeto da língua portuguesa. Assim, o alfabeto passa a ser constituído
por 26 letras, a saber:
a A á, b B bê, c C cê, d D dê, e E é, f F efe, g G gê ou guê,
h H agá, i I i, j J jota, k K capa ou cá, l L ele, m M eme,
n N ene, o O ó, p P pê, q Q quê, r R erre, s S esse, t T tê,
u U u, v V vê, w W dáblio, x X xis, y Y ípsilon, z Z zê
As letras k, w e y usam-se:
a) Nos antropónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles deri-
vam.
Exemplos:
Darwin – darwinismo
Kant – kantiano
b) Nos topónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles derivam.
Exemplos:
Kosovo – kosovar
Washington – washingtoniano
c) Nas siglas, símbolos e unidades de medida internacionais.
Exemplos:
kg (quilograma), km (quilómetro)
WC (Water Closet), WWW (World Wide Web)
d) Nas palavras de origem estrangeira de uso corrente.
Exemplos:
kart, windsurfista, yoga
1. Alfabeto
6
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
Introduzem-se algumas alterações e estabelecem-se novas sistematiza-
ções no uso de maiúsculas e minúsculas.
2.1. Passam a escrever-se com minúscula
a) Os meses do ano:
janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro,
outubro, novembro, dezembro
b) As estações do ano:
primavera, verão, outono, inverno
c) Os pontos cardeais e colaterais:
norte, sul, este, oeste, nordeste, noroeste, sudeste, sueste,
sudoeste, és-nordeste, és-sudeste, és-sueste,
nor-noroeste, nor-nordeste, oés-noroeste, oés-sudoeste,
su-sudeste, su-sueste, su-sudoeste
Exemplo:
Agora viramos a sul.
d) As designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece
ou se prefere evitar:
fulano, sicrano, beltrano
2.2. Estabelece-se o uso facultativo de minúscula ou de maiúscula
nos seguintes casos
a) Disciplinas escolares, cursos e domínios de saber.
Exemplos:
matemática ou Matemática
português ou Português
2. Maiúsculas e minúsculas
Se estas designações se referirem a uma região, ou quando se usam
as correspondentes abreviaturas, escrevem-se com inicial maiús-
cula. Exemplos:
Ele é um homem do Norte.
Passo sempre as férias no Sul do país.
7
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
b) Nomes de vias, lugares públicos, templos ou edifícios.
Exemplos:
Igreja do Bonfim ou igreja do Bonfim
Rua da Alegria ou rua da Alegria
Torre de Belém ou torre de Belém
c) Formas de tratamento e dignidades.
Exemplos:
Santa Rita ou santa Rita
Senhor Doutor ou senhor doutor
Exmo. Senhor ou exmo. senhor
d) Nomes de livros ou obras, exceto o primeiro elemento e os nomes pró-
prios que se grafam com maiúscula inicial.
Exemplos:
Memorial do Convento ou Memorial do convento
A Última Ceia ou A última ceia
O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro
Suprimem-se alguns acentos gráficos e aponta-se a possibilidade do seu
uso facultativo em certos casos.
3.1. Passam a escrever-se sem acento gráfico
a) As palavras graves com o ditongo tónico oi.
Exemplos:
asteróide → asteroide
bóia → boia
espermatozóide → espermatozoide
heróico → heroico
jibóia → jiboia
jóia → joia
3. Acentos gráficos
É de salientar que já não se acentuavam palavras com idêntico
ditongo tónico oi, como dezoito, comboio, etc.
8
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
b) As formas verbais graves terminadas em eem.
Exemplos:
crêem → creem
dêem → deem
descrêem → descreem
lêem → leem
relêem → releem
revêem → reveem
vêem → veem
c) As palavras graves homógrafas de palavras com vogal tónica aberta ou
fechada.
Exemplos:
pára (forma do verbo parar) → para
para (preposição)
pélo (forma do verbo pelar) → pelo
pêlo (nome) → pelo
pelo (contração)
d) Os verbos arguir e redarguir:
argúis, argúi, argúem → arguis, argui, arguem
redargúis, redargúi, redargúem → redarguis, redargui, redarguem
3.2. Estabelece-se o uso facultativo do acento gráfico nos seguintes
casos
a) Nas formas verbais terminadas em -ámos (pretérito perfeito do indicativo
dos verbos da primeira conjugação).
Exemplos:
andámos ou andamos
falámos ou falamos
passámos ou passamos
b) Na forma do verbo dar (presente do conjuntivo):
dêmos ou demos
c) No nome feminino:
fôrma ou forma
péla (forma do verbo pelar) → pela
péla (nome) → pela
pela (contração)
pêra (nome) → pera
pera (preposição arcaica)
9
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
Mantém-se, no entanto, o acento circunflexo em pôde (3.ª pessoa do
singular do pretérito perfeito do indicativo de poder), para distinguir
esta forma verbal da correspondente forma do presente do indica-
tivo (pode), e em pôr, para estabelecer a diferença gráfica entre esta
forma verbal e a preposição por.
OAcordo Ortográfico prevê a supressão das consoantes mudas ou não
articuladas. Nos casos em que há oscilação da pronúncia, aceitam-se
as duas grafias.
4.1. Consoantes mudas
São suprimidas as consoantes mudas ou não articuladas em determinadas
sequências consonânticas. Mantêm-se as consoantes que se pronunciam, ou
seja, todas aquelas que são articuladas. Assim, há vocábulos com as mesmas
sequências consonânticas cuja ortografia muda e outros cuja ortografia não
muda.
Exemplos:
4. Sequências consonânticas
MUDA:
cc → c
accionar → acionar
coleccionar → colecionar
direccional → direcional
fraccionar → fracionar
leccionar → lecionar
seleccionar → selecionar
NÃO MUDA:
cc = cc
faccioso, ficcional, friccionar, etc.
Porque a consoante se pronuncia.
MUDA:
cç → ç
acção → ação
colecção → coleção
direcção → direção
fracção → fração
injecção → injeção
selecção → seleção
NÃO MUDA:
cç = cç
convicção, ficção, sucção, etc.
Porque a consoante se pronuncia.
10
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
MUDA:
ct → t
actual → atual
adjectivo → adjetivo
colectivo → coletivo
directo → direto
electricidade → eletricidade
objecto → objeto
projecto → projeto
NÃO MUDA:
ct = ct
bactéria, compacto, convicto, facto,
intelectual, néctar, pacto, etc.
Porque a consoante se pronuncia.
MUDA:
pc → c(1)
anticoncepcional → anticoncecional
decepcionar → dececionar
excepcional → excecional
recepcionista → rececionista
NÃO MUDA:
pc = pc
capcioso, egípcio, núpcias, opcional,
etc.
Porque a consoante se pronuncia.
MUDA:
pç → ç(1)
acepção → aceção
adopção → adoção
decepção → deceção
excepção → exceção
intercepção → interceção
recepção → receção
NÃO MUDA:
pç = pç
corrupção, erupção, interrupção,
opção, etc.
Porque a consoante se pronuncia.
MUDA:
pt → t(1)
adoptar → adotar
baptizar → batizar
contraceptivo → contracetivo
Egipto → Egito
óptimo → ótimo
susceptível → suscetível
NÃO MUDA:
pt = pt
adepto, apto, eucalipto, inepto, rapto,
etc.
Porque a consoante se pronuncia.
(1)
Quando a mudança ocorre nas sequências mpc, mpç e mpt, o m passa obviamente a n,
em obediência a outra consabida regra ortográfica.
Exemplos: assumpção → assunção, peremptório → perentório.
11
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
Entre as muitas imprecisões que se têm divulgado, nos últimos tem-
pos, sobre o Acordo Ortográfico, confundindo, por exemplo, o con-
ceito de consoante muda, chegou a constar que se passaria a escre-
ver sem h palavras como habilidade, hálito, harmonia, hematoma,
herbário, herança, hoje, homem, hora, hormona, honestidade, humi-
dade, húmido, humor, etc. Tal não acontecerá. Com efeito, o h não é
exatamente uma consoante nem uma vogal, uma vez que, em portu-
guês, não tem nenhum valor fonético, tratando-se apenas de uma
letra diacrítica, sustentada pela etimologia. Como se sabe, o h ape-
nas tem valor indicativo de pronúncia nos dígrafos ch (chuva), lh
(filho) e nh (manhã). Não vai, pois, desaparecer nenhum h com o
Acordo Ortográfico.
4.2. Dupla grafia
Estabelece-se a aceitação de dupla grafia dos numerosos vocábulos em que
se verifica oscilação de pronúncia, ou seja, nos casos em que a norma culta do
português padrão produz, para o mesmo vocábulo, uma pronúncia em que a
consoante é articulada e outra pronúncia sem registo dessa consoante.
Exemplos:
cetro ou ceptro
dececionar ou decepcionar
infecioso ou infeccioso
inseticida ou insecticida
setor ou sector
Já antes de qualquer Acordo Ortográfico existiam, e existem, muitas
palavras em português com a possibilidade de dupla grafia, sem que
esse facto perturbasse ninguém, nem fosse tido como indicativo de
falta de rigor linguístico. Sempre se disse e se escreveu, e se conti-
nuará a dizer e a escrever, por exemplo, loiça ou louça, loiro ou louro,
toiro ou touro, cadáver ou cadavre, etc.
12
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
Reformulam-se e sistematizam-se as regras de uso do hífen.
5.1. Fica estabelecida a supressão do hífen nos seguintes casos
a) Nas formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver
acompanhado da preposição de.
hei-de → hei de
hás-de → hás de
há-de → há de
heis-de → heis de
hão-de → hão de
5. Regras de uso do hífen
Repare-se que noutras formas de haver com a preposição de já não
se empregava o hífen. Exemplos: havemos de, haverão de, haveríamos
de.
b) Nos compostos em que se perdeu a noção de composição.
Exemplos:
manda-chuva → mandachuva
pára-quedas → paraquedas
c) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina-
dos em vogal e com o segundo elemento começado por r, nos quais se
duplica a consoante.
Exemplos:
anti-religioso → antirreligioso
anti-rugas → antirrugas
contra-regra → contrarregra
d) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina-
dos em vogal e com o segundo elemento começado por s, nos quais se
duplica a consoante.
Exemplos:
contra-senso → contrassenso
mini-saia → minissaia
micro-sistema → microssistema
13
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
e) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina-
dos em vogal e com o segundo elemento começado por vogal diferente.
Exemplos:
auto-estrada → autoestrada
extra-escolar → extraescolar
intra-ósseo → intraósseo
f)Nas palavras formadas com adição do prefixo co-, mesmo quando o
segundo elemento começa por o.
Exemplos:
co-administração → coadministração
co-ocorrência → coocorrência
co-produtor → coprodutor
g) Nas locuções de uso geral.
Exemplos:
cor-de-vinho → cor de vinho
fim-de-semana → fim de semana
No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Porto
Editora, nas palavras formadas pelo prefixo co- em que o segundo
elemento se inicia com a letra h, admite-se dupla grafia, com hífen ou
aglutinada, como acontece em co-herdeiro ou coerdeiro, à semelhança
do que acontece com as palavras formadas pelos prefixos des- e in-
os quais se aglutinam com o segundo elemento sem h (coabitar,
coabitação, desumano, inumano, etc.).
O texto oficial do Acordo Ortográfico dá indicações de conservação do
hífen, que considera consagrado pelo uso, em certas locuções como
cor-de-rosa, faz-de-conta, etc. No entanto, por ser mais claro estabele-
cer que o hífen se conserva apenas nas locuções que designem espé-
cies botânicas ou zoológicas (cf. 5.2. a)), no Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa da Porto Editora optou-se pela sua supressão em
todas as locuções de uso geral.
14
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
ACORDO
ORTOGRÁFICO
5.2. Fica estabelecido o emprego do hífen nos seguintes casos
a) Nos compostos que designam espécies botânicas ou zoológicas.
Exemplos:
andorinha-do-mar, bem-me-quer, couve-flor, feijão-frade
b) Nas palavras formadas com adição dos prefixos circum- e pan-, quando o
segundo elemento começa por vogal, h, m ou n.
Exemplos:
circum-meridiano, circum-navegação, pan-americano, pan-helénico
c) Nas palavras formadas com adição dos prefixos ou falsos prefixos termi-
nados em consoante, quando o elemento seguinte começa por uma con-
soante igual.
Exemplos:
hiper-realista, super-resistente
d) Nas palavras formadas com adição dos prefixos pós-, pré- e pró-.
Exemplos:
pós-graduação, pré-fabricação, pró-europeu
e) Nas palavras formadas com adição dos prefixos ou falsos prefixos termi-
nados em vogal e com o segundo elemento começado pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico, infra-axilar, micro-ondas
f)Nas palavras formadas com adição dos prefixos ab-, ad-, ob-, sob-, sub-
quando o primeiro elemento termina em consoante igual à que inicia o
segundo elemento, ou quando este começa por b ou r, para preservar a
pronúncia do r inicial do segundo elemento e para salvaguardar a devida
lógica de translineação.
Exemplos:
ab-rogar, ad-renal, sub-região
Se o elemento seguinte começa por uma consoante diferente ou por
uma vogal, nunca se usa hífen: hipermercado, superinteressante.
15
BACORT
©
LISBOA
EDITORA
o que muda?
g) Nas palavras compostas por justaposição, que não contêm formas de
ligação e cujos constituintes, por extenso ou reduzidos, mantêm a autono-
mia fonética e conservam o seu próprio acento.
Exemplos:
ano-luz, azul-escuro, guarda-chuva, segunda-feira
h)Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina-
dos em vogal e com o elemento seguinte começado por h.
Exemplos:
anti-hemorrágico, anti-herói
Conclusão
São, assim, claras e facilmente reconhecíveis as situações em que deve-
remos mudar a ortografia que vimos utilizando até hoje. São mudanças
superficiais, meramente gráficas, que não acarretam a menor interferência
semântica ou sintática no uso e ordenamento da nossa língua.
Continuaremos a falar exatamente como falamos e apenas nos casos atrás
explicitados aproximaremos a nossa escrita à fonética que usamos na produção
oral da língua.
Para as crianças que agora começam a aprender a escrever, o presente
Acordo Ortográfico será, certamente, facilitador de uma melhor ortografia. Para
os adultos, que agora devem estar atentos às mudanças necessárias, o pre-
sente Acordo será seguramente uma proposta óbvia e de fácil adoção. De resto,
as alterações produzidas pela aplicação do novo Acordo Ortográfico de 1990
afetam apenas cerca de 2% do léxico da língua.
www.lisboaeditora.pt
Apresentamos um guia explicativo,
de uso prático e funcional,
que condensa as alterações
previstas no Acordo Ortográfico.
Essencial Prático Evidente
o
que
muda?
ACORDO
ORTOGRÁFICO
AMOSTRA NÃO COMERCIALIZÁVEL
Cód. 95228.10

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a O que muda com o Acordo Ortográfico de 1990

Novo Guia Ortografico by FMU
Novo Guia Ortografico by FMUNovo Guia Ortografico by FMU
Novo Guia Ortografico by FMURenata Frota
 
FMU - Guia Ortográfico
FMU - Guia OrtográficoFMU - Guia Ortográfico
FMU - Guia OrtográficoFMU - Oficial
 
Guia Ortografico
Guia OrtograficoGuia Ortografico
Guia OrtograficoDamisa
 
Novoacordoortográfico2
Novoacordoortográfico2Novoacordoortográfico2
Novoacordoortográfico2Maira Griggio
 
2 novo acordo - sílvia
2 novo acordo - sílvia2 novo acordo - sílvia
2 novo acordo - sílviaSadrak Silva
 
O Novo Acordo Ortografico
O Novo Acordo OrtograficoO Novo Acordo Ortografico
O Novo Acordo OrtograficoEvandro Morgado
 
Apostila portugues rgro 1
Apostila portugues rgro 1Apostila portugues rgro 1
Apostila portugues rgro 1fernando lima
 
manual-nova-ortografia
 manual-nova-ortografia manual-nova-ortografia
manual-nova-ortografianoelia bornia
 
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptg
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptgGuia+ortografico museu+da+lingua+ptg
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptgCarolyne Mensen
 
Guia do Acordo Ortográfico
Guia do Acordo OrtográficoGuia do Acordo Ortográfico
Guia do Acordo OrtográficoAna Pereira
 
3ºA Novo Acordo Ortográfico
3ºA Novo Acordo Ortográfico3ºA Novo Acordo Ortográfico
3ºA Novo Acordo Ortográficoabaixinha
 
Ortografia e acentuação gráfica
Ortografia e acentuação gráficaOrtografia e acentuação gráfica
Ortografia e acentuação gráficaAdeildo Júnior
 
Acordo ortográfico
Acordo ortográficoAcordo ortográfico
Acordo ortográficoDina Paulino
 
Acordo ortográfico com bonecos
Acordo ortográfico com bonecosAcordo ortográfico com bonecos
Acordo ortográfico com bonecosAlice Cação
 

Semelhante a O que muda com o Acordo Ortográfico de 1990 (20)

Novo Guia Ortografico by FMU
Novo Guia Ortografico by FMUNovo Guia Ortografico by FMU
Novo Guia Ortografico by FMU
 
FMU - Guia Ortográfico
FMU - Guia OrtográficoFMU - Guia Ortográfico
FMU - Guia Ortográfico
 
Guia Ortografico
Guia OrtograficoGuia Ortografico
Guia Ortografico
 
Resumo novo acordo_ortografico
Resumo novo acordo_ortograficoResumo novo acordo_ortografico
Resumo novo acordo_ortografico
 
Novoacordoortográfico2
Novoacordoortográfico2Novoacordoortográfico2
Novoacordoortográfico2
 
2 novo acordo - sílvia
2 novo acordo - sílvia2 novo acordo - sílvia
2 novo acordo - sílvia
 
O Novo Acordo Ortografico
O Novo Acordo OrtograficoO Novo Acordo Ortografico
O Novo Acordo Ortografico
 
Apostila portugues rgro 1
Apostila portugues rgro 1Apostila portugues rgro 1
Apostila portugues rgro 1
 
manual-nova-ortografia
 manual-nova-ortografia manual-nova-ortografia
manual-nova-ortografia
 
Acordoortogrfico11,pp,2
Acordoortogrfico11,pp,2Acordoortogrfico11,pp,2
Acordoortogrfico11,pp,2
 
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptg
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptgGuia+ortografico museu+da+lingua+ptg
Guia+ortografico museu+da+lingua+ptg
 
Guia do Acordo Ortográfico
Guia do Acordo OrtográficoGuia do Acordo Ortográfico
Guia do Acordo Ortográfico
 
3ºA Novo Acordo Ortográfico
3ºA Novo Acordo Ortográfico3ºA Novo Acordo Ortográfico
3ºA Novo Acordo Ortográfico
 
Ortografia e acentuação gráfica
Ortografia e acentuação gráficaOrtografia e acentuação gráfica
Ortografia e acentuação gráfica
 
Acordo Ortográfico
Acordo OrtográficoAcordo Ortográfico
Acordo Ortográfico
 
Acordo
AcordoAcordo
Acordo
 
Acordo ortográfico
Acordo ortográficoAcordo ortográfico
Acordo ortográfico
 
Acordo or..
Acordo or..Acordo or..
Acordo or..
 
Acordo ortográfico com bonecos
Acordo ortográfico com bonecosAcordo ortográfico com bonecos
Acordo ortográfico com bonecos
 
Acordo or..
Acordo or..Acordo or..
Acordo or..
 

Mais de Sandra Ameixinha

Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docx
Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docxGuião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docx
Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docxSandra Ameixinha
 
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptx
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptxmpag10_ppt_atos_de_fala.pptx
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptxSandra Ameixinha
 
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.pptSandra Ameixinha
 
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção..._Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...Sandra Ameixinha
 
A história do relógio - catarina.docx
A história do relógio - catarina.docxA história do relógio - catarina.docx
A história do relógio - catarina.docxSandra Ameixinha
 

Mais de Sandra Ameixinha (10)

Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docx
Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docxGuião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docx
Guião de interdisciplinaridade - unidade 5 (1).docx
 
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptx
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptxmpag10_ppt_atos_de_fala.pptx
mpag10_ppt_atos_de_fala.pptx
 
Épico- lìrico.docx
Épico- lìrico.docxÉpico- lìrico.docx
Épico- lìrico.docx
 
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
 
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção..._Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...
_Amor de Perdição__ a obra como crónica da mudança social (Teste sem correção...
 
daily routine 2022.docx
daily routine 2022.docxdaily routine 2022.docx
daily routine 2022.docx
 
A história do relógio - catarina.docx
A história do relógio - catarina.docxA história do relógio - catarina.docx
A história do relógio - catarina.docx
 
Colour noddy
Colour noddyColour noddy
Colour noddy
 
Rephrasing
RephrasingRephrasing
Rephrasing
 
Autumn vocabulary 2016
Autumn vocabulary 2016Autumn vocabulary 2016
Autumn vocabulary 2016
 

Último

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 

Último (20)

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 

O que muda com o Acordo Ortográfico de 1990

  • 2. 2010 Execução gráfica: Bloco Gráfico, Lda. • Unidade Industrial da Maia SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL CERTIFICADO PELA APCER, COM O N.° 2006/AMB.258 l LISBOA EDITORA, S.A. Sede e Direcção Editorial AV. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1-B 1700-163 LISBOA, PORTUGAL LINHA DO PROFESSOR E-MAIL: apoioprof@lisboaeditora.pt www.lisboaeditora.pt n.° único 707 22 44 88 Índice O que é o Acordo Ortográfico de 1990? 3 O que muda e o que não muda, para Portugal, com o Acordo Ortográfico? 5 1. Alfabeto 5 2. Maiúsculas e minúsculas 6 3. Acentos gráficos 7 4. Sequências consonânticas 9 5. Regras de uso do hífen 12 Conclusão 15
  • 3. 3 BACORT © LISBOA EDITORA O que é o Acordo Ortográfico de 1990? Até ao início do século XX, a língua portuguesa não obedecia a nenhuma ortografia oficial. Reinava, pois, a arbitrariedade ortográfica, com a adoção de vários critérios, uns mais afins à fonética, outros mais simpáticos à etimologia, sem deixar de haver também casos em que o critério adotado era pura e simplesmente estético. Só com a implantação da República, em 1910, parece ter chegado uma intenção de ordem e de renovação, concretizada no contributo de prestigiados filólogos de então, os quais se empenharam decididamente na reforma ortográ- fica da língua. Assim, em 1911, Gonçalves Viana tinha já preparada uma impor- tante reforma ortográfica para promulgação oficial em Portugal, à revelia do Brasil, que, apesar do número imensamente superior de falantes da língua, não foi consultado para tal reforma. Naturalmente, o Brasil não aceitou nem adotou os preceitos ortográficos portugueses de 1911. A partir de então, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasi- leira de Letras levaram a cabo várias iniciativas tendentes a encontrar critérios verdadeiramente linguísticos para a unificação das duas ortografias vigentes. Assim, foram várias as iniciativas levadas a cabo, ao longo do tempo, visando a referida unificação, mas nenhuma acabou por vingar. Podemos dizer que só em 1971 ocorre algo de importante na perspetiva da unificação ortográfica entre Portugal e o Brasil. Com efeito, nesta data, é pro- mulgada no Brasil uma lei que suprime o acento circunflexo usado na distinção das palavras homógrafas. A mesma lei brasileira determina a supressão dos acentos circunflexos e dos acentos graves prevalecentes nos vocábulos deriva- dos com o sufixo -mente (publicamente, unicamente, somente) e com os sufixos iniciados por -z- (avozinha, pezinho, sozinho), que eram igualmente responsáveis por uma quantidade razoável de desencontros ortográficos entre o português de Portugal e o do Brasil.
  • 4. 4 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO Neste contexto de reformulação da acentuação gráfica da língua, Portugal promulga também, em 1973, um decreto-lei que ratifica estas mesmas regras de acentuação, dando lugar a um primeiro passo concreto no sentido da unifica- ção ortográfica. Com esta simples medida resolveram-se cerca de 70% das divergências ortográficas existentes entre Portugal e o Brasil. Mas só em 1986 viria a ter lugar, no Rio de Janeiro, uma ampla reunião de representantes de todos os países de língua oficial portuguesa, incluindo obser- vadores galegos que manifestavam o desejo de ver o galego assumido no marco da lusofonia. Esta reunião consagrou um acordo ortográfico extremamente polémico. De facto, o dito acordo optava por soluções radicais que nenhum país de língua portuguesa foi capaz de assumir. É, pois, na onda desta polémica e com o espírito de moderar os excessos e favorecer um diálogo consentâneo e conclusivo, que, posteriormente, já em 1990, se chega ao Acordo hoje designado por novo Acordo Ortográfico. Trata-se de um Acordo Ortográfico que, sem dúvida alguma, privilegia a fonética, aproximando, assim, aquilo que se escreve daquilo que se fala. Este Acordo é o que agora somos chamados a adotar.
  • 5. 5 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? O que muda e o que não muda, para Portugal, com o Acordo Ortográfico? São introduzidas as letras k, w e y, que passam a integrar oficialmente o alfabeto da língua portuguesa. Assim, o alfabeto passa a ser constituído por 26 letras, a saber: a A á, b B bê, c C cê, d D dê, e E é, f F efe, g G gê ou guê, h H agá, i I i, j J jota, k K capa ou cá, l L ele, m M eme, n N ene, o O ó, p P pê, q Q quê, r R erre, s S esse, t T tê, u U u, v V vê, w W dáblio, x X xis, y Y ípsilon, z Z zê As letras k, w e y usam-se: a) Nos antropónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles deri- vam. Exemplos: Darwin – darwinismo Kant – kantiano b) Nos topónimos de origem estrangeira e nas palavras que deles derivam. Exemplos: Kosovo – kosovar Washington – washingtoniano c) Nas siglas, símbolos e unidades de medida internacionais. Exemplos: kg (quilograma), km (quilómetro) WC (Water Closet), WWW (World Wide Web) d) Nas palavras de origem estrangeira de uso corrente. Exemplos: kart, windsurfista, yoga 1. Alfabeto
  • 6. 6 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO Introduzem-se algumas alterações e estabelecem-se novas sistematiza- ções no uso de maiúsculas e minúsculas. 2.1. Passam a escrever-se com minúscula a) Os meses do ano: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro b) As estações do ano: primavera, verão, outono, inverno c) Os pontos cardeais e colaterais: norte, sul, este, oeste, nordeste, noroeste, sudeste, sueste, sudoeste, és-nordeste, és-sudeste, és-sueste, nor-noroeste, nor-nordeste, oés-noroeste, oés-sudoeste, su-sudeste, su-sueste, su-sudoeste Exemplo: Agora viramos a sul. d) As designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece ou se prefere evitar: fulano, sicrano, beltrano 2.2. Estabelece-se o uso facultativo de minúscula ou de maiúscula nos seguintes casos a) Disciplinas escolares, cursos e domínios de saber. Exemplos: matemática ou Matemática português ou Português 2. Maiúsculas e minúsculas Se estas designações se referirem a uma região, ou quando se usam as correspondentes abreviaturas, escrevem-se com inicial maiús- cula. Exemplos: Ele é um homem do Norte. Passo sempre as férias no Sul do país.
  • 7. 7 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? b) Nomes de vias, lugares públicos, templos ou edifícios. Exemplos: Igreja do Bonfim ou igreja do Bonfim Rua da Alegria ou rua da Alegria Torre de Belém ou torre de Belém c) Formas de tratamento e dignidades. Exemplos: Santa Rita ou santa Rita Senhor Doutor ou senhor doutor Exmo. Senhor ou exmo. senhor d) Nomes de livros ou obras, exceto o primeiro elemento e os nomes pró- prios que se grafam com maiúscula inicial. Exemplos: Memorial do Convento ou Memorial do convento A Última Ceia ou A última ceia O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro Suprimem-se alguns acentos gráficos e aponta-se a possibilidade do seu uso facultativo em certos casos. 3.1. Passam a escrever-se sem acento gráfico a) As palavras graves com o ditongo tónico oi. Exemplos: asteróide → asteroide bóia → boia espermatozóide → espermatozoide heróico → heroico jibóia → jiboia jóia → joia 3. Acentos gráficos É de salientar que já não se acentuavam palavras com idêntico ditongo tónico oi, como dezoito, comboio, etc.
  • 8. 8 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO b) As formas verbais graves terminadas em eem. Exemplos: crêem → creem dêem → deem descrêem → descreem lêem → leem relêem → releem revêem → reveem vêem → veem c) As palavras graves homógrafas de palavras com vogal tónica aberta ou fechada. Exemplos: pára (forma do verbo parar) → para para (preposição) pélo (forma do verbo pelar) → pelo pêlo (nome) → pelo pelo (contração) d) Os verbos arguir e redarguir: argúis, argúi, argúem → arguis, argui, arguem redargúis, redargúi, redargúem → redarguis, redargui, redarguem 3.2. Estabelece-se o uso facultativo do acento gráfico nos seguintes casos a) Nas formas verbais terminadas em -ámos (pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação). Exemplos: andámos ou andamos falámos ou falamos passámos ou passamos b) Na forma do verbo dar (presente do conjuntivo): dêmos ou demos c) No nome feminino: fôrma ou forma péla (forma do verbo pelar) → pela péla (nome) → pela pela (contração) pêra (nome) → pera pera (preposição arcaica)
  • 9. 9 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? Mantém-se, no entanto, o acento circunflexo em pôde (3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo de poder), para distinguir esta forma verbal da correspondente forma do presente do indica- tivo (pode), e em pôr, para estabelecer a diferença gráfica entre esta forma verbal e a preposição por. OAcordo Ortográfico prevê a supressão das consoantes mudas ou não articuladas. Nos casos em que há oscilação da pronúncia, aceitam-se as duas grafias. 4.1. Consoantes mudas São suprimidas as consoantes mudas ou não articuladas em determinadas sequências consonânticas. Mantêm-se as consoantes que se pronunciam, ou seja, todas aquelas que são articuladas. Assim, há vocábulos com as mesmas sequências consonânticas cuja ortografia muda e outros cuja ortografia não muda. Exemplos: 4. Sequências consonânticas MUDA: cc → c accionar → acionar coleccionar → colecionar direccional → direcional fraccionar → fracionar leccionar → lecionar seleccionar → selecionar NÃO MUDA: cc = cc faccioso, ficcional, friccionar, etc. Porque a consoante se pronuncia. MUDA: cç → ç acção → ação colecção → coleção direcção → direção fracção → fração injecção → injeção selecção → seleção NÃO MUDA: cç = cç convicção, ficção, sucção, etc. Porque a consoante se pronuncia.
  • 10. 10 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO MUDA: ct → t actual → atual adjectivo → adjetivo colectivo → coletivo directo → direto electricidade → eletricidade objecto → objeto projecto → projeto NÃO MUDA: ct = ct bactéria, compacto, convicto, facto, intelectual, néctar, pacto, etc. Porque a consoante se pronuncia. MUDA: pc → c(1) anticoncepcional → anticoncecional decepcionar → dececionar excepcional → excecional recepcionista → rececionista NÃO MUDA: pc = pc capcioso, egípcio, núpcias, opcional, etc. Porque a consoante se pronuncia. MUDA: pç → ç(1) acepção → aceção adopção → adoção decepção → deceção excepção → exceção intercepção → interceção recepção → receção NÃO MUDA: pç = pç corrupção, erupção, interrupção, opção, etc. Porque a consoante se pronuncia. MUDA: pt → t(1) adoptar → adotar baptizar → batizar contraceptivo → contracetivo Egipto → Egito óptimo → ótimo susceptível → suscetível NÃO MUDA: pt = pt adepto, apto, eucalipto, inepto, rapto, etc. Porque a consoante se pronuncia. (1) Quando a mudança ocorre nas sequências mpc, mpç e mpt, o m passa obviamente a n, em obediência a outra consabida regra ortográfica. Exemplos: assumpção → assunção, peremptório → perentório.
  • 11. 11 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? Entre as muitas imprecisões que se têm divulgado, nos últimos tem- pos, sobre o Acordo Ortográfico, confundindo, por exemplo, o con- ceito de consoante muda, chegou a constar que se passaria a escre- ver sem h palavras como habilidade, hálito, harmonia, hematoma, herbário, herança, hoje, homem, hora, hormona, honestidade, humi- dade, húmido, humor, etc. Tal não acontecerá. Com efeito, o h não é exatamente uma consoante nem uma vogal, uma vez que, em portu- guês, não tem nenhum valor fonético, tratando-se apenas de uma letra diacrítica, sustentada pela etimologia. Como se sabe, o h ape- nas tem valor indicativo de pronúncia nos dígrafos ch (chuva), lh (filho) e nh (manhã). Não vai, pois, desaparecer nenhum h com o Acordo Ortográfico. 4.2. Dupla grafia Estabelece-se a aceitação de dupla grafia dos numerosos vocábulos em que se verifica oscilação de pronúncia, ou seja, nos casos em que a norma culta do português padrão produz, para o mesmo vocábulo, uma pronúncia em que a consoante é articulada e outra pronúncia sem registo dessa consoante. Exemplos: cetro ou ceptro dececionar ou decepcionar infecioso ou infeccioso inseticida ou insecticida setor ou sector Já antes de qualquer Acordo Ortográfico existiam, e existem, muitas palavras em português com a possibilidade de dupla grafia, sem que esse facto perturbasse ninguém, nem fosse tido como indicativo de falta de rigor linguístico. Sempre se disse e se escreveu, e se conti- nuará a dizer e a escrever, por exemplo, loiça ou louça, loiro ou louro, toiro ou touro, cadáver ou cadavre, etc.
  • 12. 12 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO Reformulam-se e sistematizam-se as regras de uso do hífen. 5.1. Fica estabelecida a supressão do hífen nos seguintes casos a) Nas formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver acompanhado da preposição de. hei-de → hei de hás-de → hás de há-de → há de heis-de → heis de hão-de → hão de 5. Regras de uso do hífen Repare-se que noutras formas de haver com a preposição de já não se empregava o hífen. Exemplos: havemos de, haverão de, haveríamos de. b) Nos compostos em que se perdeu a noção de composição. Exemplos: manda-chuva → mandachuva pára-quedas → paraquedas c) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina- dos em vogal e com o segundo elemento começado por r, nos quais se duplica a consoante. Exemplos: anti-religioso → antirreligioso anti-rugas → antirrugas contra-regra → contrarregra d) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina- dos em vogal e com o segundo elemento começado por s, nos quais se duplica a consoante. Exemplos: contra-senso → contrassenso mini-saia → minissaia micro-sistema → microssistema
  • 13. 13 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? e) Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina- dos em vogal e com o segundo elemento começado por vogal diferente. Exemplos: auto-estrada → autoestrada extra-escolar → extraescolar intra-ósseo → intraósseo f)Nas palavras formadas com adição do prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento começa por o. Exemplos: co-administração → coadministração co-ocorrência → coocorrência co-produtor → coprodutor g) Nas locuções de uso geral. Exemplos: cor-de-vinho → cor de vinho fim-de-semana → fim de semana No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Porto Editora, nas palavras formadas pelo prefixo co- em que o segundo elemento se inicia com a letra h, admite-se dupla grafia, com hífen ou aglutinada, como acontece em co-herdeiro ou coerdeiro, à semelhança do que acontece com as palavras formadas pelos prefixos des- e in- os quais se aglutinam com o segundo elemento sem h (coabitar, coabitação, desumano, inumano, etc.). O texto oficial do Acordo Ortográfico dá indicações de conservação do hífen, que considera consagrado pelo uso, em certas locuções como cor-de-rosa, faz-de-conta, etc. No entanto, por ser mais claro estabele- cer que o hífen se conserva apenas nas locuções que designem espé- cies botânicas ou zoológicas (cf. 5.2. a)), no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora optou-se pela sua supressão em todas as locuções de uso geral.
  • 14. 14 BACORT © LISBOA EDITORA ACORDO ORTOGRÁFICO 5.2. Fica estabelecido o emprego do hífen nos seguintes casos a) Nos compostos que designam espécies botânicas ou zoológicas. Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, couve-flor, feijão-frade b) Nas palavras formadas com adição dos prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, h, m ou n. Exemplos: circum-meridiano, circum-navegação, pan-americano, pan-helénico c) Nas palavras formadas com adição dos prefixos ou falsos prefixos termi- nados em consoante, quando o elemento seguinte começa por uma con- soante igual. Exemplos: hiper-realista, super-resistente d) Nas palavras formadas com adição dos prefixos pós-, pré- e pró-. Exemplos: pós-graduação, pré-fabricação, pró-europeu e) Nas palavras formadas com adição dos prefixos ou falsos prefixos termi- nados em vogal e com o segundo elemento começado pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico, infra-axilar, micro-ondas f)Nas palavras formadas com adição dos prefixos ab-, ad-, ob-, sob-, sub- quando o primeiro elemento termina em consoante igual à que inicia o segundo elemento, ou quando este começa por b ou r, para preservar a pronúncia do r inicial do segundo elemento e para salvaguardar a devida lógica de translineação. Exemplos: ab-rogar, ad-renal, sub-região Se o elemento seguinte começa por uma consoante diferente ou por uma vogal, nunca se usa hífen: hipermercado, superinteressante.
  • 15. 15 BACORT © LISBOA EDITORA o que muda? g) Nas palavras compostas por justaposição, que não contêm formas de ligação e cujos constituintes, por extenso ou reduzidos, mantêm a autono- mia fonética e conservam o seu próprio acento. Exemplos: ano-luz, azul-escuro, guarda-chuva, segunda-feira h)Nas palavras formadas com adição de prefixos ou falsos prefixos termina- dos em vogal e com o elemento seguinte começado por h. Exemplos: anti-hemorrágico, anti-herói Conclusão São, assim, claras e facilmente reconhecíveis as situações em que deve- remos mudar a ortografia que vimos utilizando até hoje. São mudanças superficiais, meramente gráficas, que não acarretam a menor interferência semântica ou sintática no uso e ordenamento da nossa língua. Continuaremos a falar exatamente como falamos e apenas nos casos atrás explicitados aproximaremos a nossa escrita à fonética que usamos na produção oral da língua. Para as crianças que agora começam a aprender a escrever, o presente Acordo Ortográfico será, certamente, facilitador de uma melhor ortografia. Para os adultos, que agora devem estar atentos às mudanças necessárias, o pre- sente Acordo será seguramente uma proposta óbvia e de fácil adoção. De resto, as alterações produzidas pela aplicação do novo Acordo Ortográfico de 1990 afetam apenas cerca de 2% do léxico da língua.
  • 16. www.lisboaeditora.pt Apresentamos um guia explicativo, de uso prático e funcional, que condensa as alterações previstas no Acordo Ortográfico. Essencial Prático Evidente o que muda? ACORDO ORTOGRÁFICO AMOSTRA NÃO COMERCIALIZÁVEL Cód. 95228.10