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Redação - Relato Pessoal

  • 1. Redação - Relato PessoalRedação - Relato Pessoal E. E. Antonio Pinto PereiraE. E. Antonio Pinto Pereira Língua PortuguesaLíngua Portuguesa Prof.ª Ana Maria RamiresProf.ª Ana Maria Ramires
  • 2. RELATORELATO o O gênero relato, ouO gênero relato, ou “relato pessoal”,“relato pessoal”, faz parte dofaz parte do domínio social da comunicação. Podendo ser oral oudomínio social da comunicação. Podendo ser oral ou escrito, ele parte do princípio de que há umescrito, ele parte do princípio de que há um emissor e um interlocutoremissor e um interlocutor.. o Nesse gênero, relatamos, basicamente,Nesse gênero, relatamos, basicamente, experiências vividas no passado – que pode serexperiências vividas no passado – que pode ser ontem, mês passado, ou há três anos – contanto queontem, mês passado, ou há três anos – contanto que seja no passado. Para isso, os verbos devem serseja no passado. Para isso, os verbos devem ser empregados no pretérito.empregados no pretérito.
  • 3. o Se, noSe, no relatorelato, “contamos” algo que ocorreu no passado, qual, “contamos” algo que ocorreu no passado, qual é a maior diferença dele para o gênero narrativo? A respostaé a maior diferença dele para o gênero narrativo? A resposta vem em duas partes:vem em duas partes: Além de, noAlém de, no ggênero narrativoênero narrativo, ser possível escrever no, ser possível escrever no presente (contar uma ficção dizendo: “O menino chega e entrapresente (contar uma ficção dizendo: “O menino chega e entra em seu quarto. Ele fecha a porta e percebe que algo estáem seu quarto. Ele fecha a porta e percebe que algo está diferente.”), odiferente.”), o relatorelato sempre prioriza as ações.sempre prioriza as ações. É possível falar sobre sentimentos e sensações, mas oÉ possível falar sobre sentimentos e sensações, mas o objetivo principal é informar com foco nas ações especificas deobjetivo principal é informar com foco nas ações especificas de um episódio relevante para o protagonista!um episódio relevante para o protagonista!
  • 4. A DIFERENÇA ENTRE RELATO ORAL E RELATO ESCRITOA DIFERENÇA ENTRE RELATO ORAL E RELATO ESCRITO o O primeiro é marcado por oralidades, interrupções naO primeiro é marcado por oralidades, interrupções na fala, gírias e entoação. Afinal, nofala, gírias e entoação. Afinal, no Relato oralRelato oral, a conversa, a conversa entre emissor e interlocutor pode ser interrompida aentre emissor e interlocutor pode ser interrompida a qualquer momento.qualquer momento. o Já noJá no Relato escritoRelato escrito, existe uma articulação mais, existe uma articulação mais organizada, para demonstrar a sequência de fatos, umaorganizada, para demonstrar a sequência de fatos, uma vez que o texto escrito possibilita certo planejamento porvez que o texto escrito possibilita certo planejamento por parte do autor.parte do autor.
  • 5. COMO TRANSFORMAR A TRANSCRIÇÃO DE UM RELATO ORAL EM ESCRITO Para isso, siga o seguinte roteiro:Para isso, siga o seguinte roteiro: 1)1)Eliminar reticências, que indicam pausas na fala.Eliminar reticências, que indicam pausas na fala. 2) Eliminar gírias.2) Eliminar gírias. 3) Transformar marcas de oralidade (como “né”, “aí”, “daí”),3) Transformar marcas de oralidade (como “né”, “aí”, “daí”), em sinônimos da norma culta, como “além disso”, “emem sinônimos da norma culta, como “além disso”, “em consequência disso”, e etc.consequência disso”, e etc. 4) Usar pontos finais e vírgulas, para evitar períodos muito4) Usar pontos finais e vírgulas, para evitar períodos muito longos e, assim, uma leitura cansativalongos e, assim, uma leitura cansativa..
  • 6. RELATORELATO Relato é um texto em que se explana aquilo que se observa em relação a alguma coisa ou a alguém. Tem como característica a descrição pessoal, que deve ser a mais fiel possível aos fatos e onde devem ser evitadas interpretações pessoais tendenciosas ou não compatíveis com os fatos.
  • 7. ““Não tomei cuidado e perdi uma vista, mas isso me ajudou a ver tudoNão tomei cuidado e perdi uma vista, mas isso me ajudou a ver tudo mais claro...” Alex Gadd, 52, Pikeville, Tenesseemais claro...” Alex Gadd, 52, Pikeville, Tenessee   Estava carregando a camionete para ir ao mercado de usadosEstava carregando a camionete para ir ao mercado de usados quando o gancho de uma das cordas elásticas de bungee-jump se torceuquando o gancho de uma das cordas elásticas de bungee-jump se torceu e atingiu o meu olho esquerdo. A dor foi como se uma espada em brasae atingiu o meu olho esquerdo. A dor foi como se uma espada em brasa atravessasse minha cabeça. Caí de quatro, e quando vi algo que pareciaatravessasse minha cabeça. Caí de quatro, e quando vi algo que parecia gelatina e sangue pingar no chão, soube que era grave.gelatina e sangue pingar no chão, soube que era grave. Levaram-me para um centro oftalmológico especial. Os médicosLevaram-me para um centro oftalmológico especial. Os médicos operaram várias vezes, mas não conseguiram salvar meu olho. Quandooperaram várias vezes, mas não conseguiram salvar meu olho. Quando me deram a notícia, quis morrer. Eu era divorciado e imaginei que mulherme deram a notícia, quis morrer. Eu era divorciado e imaginei que mulher nenhuma ia querer se relacionar comigo. Tudo o que restava do meu olhonenhuma ia querer se relacionar comigo. Tudo o que restava do meu olho era o branco, e meu rosto estava inchado e machucado.era o branco, e meu rosto estava inchado e machucado.  
  • 8.                       Mesmo depois que passei a usar uma prótese, não conseguia me livrarMesmo depois que passei a usar uma prótese, não conseguia me livrar da depressão. Para piorar, perdi o emprego de motorista do Departamentoda depressão. Para piorar, perdi o emprego de motorista do Departamento de Serviços Infantis do Tennessee, porque ficaram com medo de que eu nãode Serviços Infantis do Tennessee, porque ficaram com medo de que eu não fosse mais capaz de dirigir. Mas, certa manhã, acordei com a TV ligada e láfosse mais capaz de dirigir. Mas, certa manhã, acordei com a TV ligada e lá estava uma moça de 16 anos, que sofrera queimaduras graves no rosto, nasestava uma moça de 16 anos, que sofrera queimaduras graves no rosto, nas mãos e nas pernas, e estava reaprendendo a andar. Tinha um sorriso emãos e nas pernas, e estava reaprendendo a andar. Tinha um sorriso e parecia olhar diretamente para mim quando disse: “A gente não deve desistirparecia olhar diretamente para mim quando disse: “A gente não deve desistir nunca.” Naquele momento, pensei: foi só um olho. Posso superar. E superei.nunca.” Naquele momento, pensei: foi só um olho. Posso superar. E superei. Já faz 12 anos desde o acidente e agora faço tudo o que costumavaJá faz 12 anos desde o acidente e agora faço tudo o que costumava fazer. As mulheres ainda gostam de mim e ninguém percebe que uso prótesefazer. As mulheres ainda gostam de mim e ninguém percebe que uso prótese de olho, porque a nova é excelente. E embora não tenha recuperado o antigode olho, porque a nova é excelente. E embora não tenha recuperado o antigo emprego, consegui tirar uma nova carteira de motorista e nunca arranhei umemprego, consegui tirar uma nova carteira de motorista e nunca arranhei um para-choque sequer, com mais de um milhão de quilômetros rodados.para-choque sequer, com mais de um milhão de quilômetros rodados. Certa vez, li a história de um homem que se sentia mal porque nãoCerta vez, li a história de um homem que se sentia mal porque não tinha sapatos, até que encontrou um homem que não tinha pés. Por maistinha sapatos, até que encontrou um homem que não tinha pés. Por mais devastador que seja o nosso problema, sempre há alguém em situação pior.devastador que seja o nosso problema, sempre há alguém em situação pior.
  • 9. ““Não consegui realizar o meu sonho, mas desde então realizei outrasNão consegui realizar o meu sonho, mas desde então realizei outras coisas...” Daryl Nelson, 36, Brooklyn, Nova Yorkcoisas...” Daryl Nelson, 36, Brooklyn, Nova York   Um convite para gravar um disco: aconteceu comigo e com o meu melhorUm convite para gravar um disco: aconteceu comigo e com o meu melhor amigo, quando éramos calouros na Universidade do Estado da Virgínia eamigo, quando éramos calouros na Universidade do Estado da Virgínia e tocávamos num grupo de hip-hop chamado BizzrXtreemz. Soubemos que Clivetocávamos num grupo de hip-hop chamado BizzrXtreemz. Soubemos que Clive Davis, fundador e presidente da Arista Records, aprovara pessoalmente oDavis, fundador e presidente da Arista Records, aprovara pessoalmente o contrato. No verão de 1994, largamos a faculdade e fomos para Nova York.contrato. No verão de 1994, largamos a faculdade e fomos para Nova York. Tínhamos 21 anos e estávamos no caminho certo.Tínhamos 21 anos e estávamos no caminho certo. Para nos concentrarmos na música, contratamos um agente e lhe demos 5Para nos concentrarmos na música, contratamos um agente e lhe demos 5 mil dólares de adiantamento. Mas, certo dia, quando chegamos ao estúdio,mil dólares de adiantamento. Mas, certo dia, quando chegamos ao estúdio, disseram que não podíamos mais gravar porque eles não tinham recebido. Odisseram que não podíamos mais gravar porque eles não tinham recebido. O nosso agente era um picareta. Sem dinheiro, tentamos gravar algumasnosso agente era um picareta. Sem dinheiro, tentamos gravar algumas músicas, mas a qualidade ficou horrível. O chefe do departamento musical damúsicas, mas a qualidade ficou horrível. O chefe do departamento musical da Arista detestou e perdemos o contrato.Arista detestou e perdemos o contrato. Seis meses depois, tudo acabara. Lembro-me de que fiquei sentado meioSeis meses depois, tudo acabara. Lembro-me de que fiquei sentado meio tonto, debaixo de uma ponte, com bêbados e sem-teto. Nada me prepararatonto, debaixo de uma ponte, com bêbados e sem-teto. Nada me preparara para o fracasso. Eu achava que era predestinado.para o fracasso. Eu achava que era predestinado.
  • 10. É claro que não desistimos logo. Fizemos outros demos e os distribuímos,É claro que não desistimos logo. Fizemos outros demos e os distribuímos, mas dali a pouco tivemos de arranjar emprego para sobreviver. A música nuncamas dali a pouco tivemos de arranjar emprego para sobreviver. A música nunca nos deixou; só virou uma parte menor da nossa vida.nos deixou; só virou uma parte menor da nossa vida. Hoje sou coordenador de um sindicato, o último da longa série deHoje sou coordenador de um sindicato, o último da longa série de empregos no ramo de atendimento ao cliente que tive nesses 15 anos, desdeempregos no ramo de atendimento ao cliente que tive nesses 15 anos, desde aquele verão. O meu parceiro e eu rompemos faz alguns anos e lancei algumasaquele verão. O meu parceiro e eu rompemos faz alguns anos e lancei algumas músicas solo, com o nome de River Nelson, por uma pequena gravadora demúsicas solo, com o nome de River Nelson, por uma pequena gravadora de Londres. Mas não persigo mais o mesmo sonho. Chega uma hora em que temosLondres. Mas não persigo mais o mesmo sonho. Chega uma hora em que temos de reavaliar nossas aspirações e descartar o que é ambicioso demais ou o quede reavaliar nossas aspirações e descartar o que é ambicioso demais ou o que não tem mais nada a ver com a realidade. No entanto, ao mesmo tempo,não tem mais nada a ver com a realidade. No entanto, ao mesmo tempo, guardamos as coisas mais valiosas, que para mim foram a flexibilidade, aguardamos as coisas mais valiosas, que para mim foram a flexibilidade, a perseverança e a capacidade de concentração que adquiri. Quando vemos asperseverança e a capacidade de concentração que adquiri. Quando vemos as coisas assim, descobrimos que o pote de ouro, na verdade, é a busca pelo potecoisas assim, descobrimos que o pote de ouro, na verdade, é a busca pelo pote de ouro.de ouro. Ainda faço músicas, mas hoje só por prazer. Redirecionei toda a minhaAinda faço músicas, mas hoje só por prazer. Redirecionei toda a minha energia para outras coisas criativas. E esse foi um novo começo. Aindaenergia para outras coisas criativas. E esse foi um novo começo. Ainda mantenho parte do sonho original, mas agora recebi também todas essasmantenho parte do sonho original, mas agora recebi também todas essas outras bênçãos.outras bênçãos.