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Neuropsicologia e especialidades Médicas:
Olhares que se Complementam
Emanuel F. da Conceição António
Neuropsicólogo Especialista
Luanda/2016
Sumário:
 Definição de Neuropsicologia
 Objectivos da Neuropsicologia
 Razões para se solicitar uma AN
 História clínica em Neuropsicologia
 Funções cognitivas avaliadas
 Instrumentos de AN
 Psiquiatria/Neuropsicologia
 Neurologia/Neuropsicologia
 Neurocirurgia/Neuropsicologia
 Pediatria/Neuropsicologia
 Infecciológia/Neuropsicologia
 Reabilitação Neuropsicológica
 Plasticidade neuronal
Neuropsicologia
Psicologia Neurologia
Estuda as relações entre o Cérebro e o
comportamento humano.
Sua principal área de actuação é na compreensão de como lesões, malformações, alterações genéticas
ou qualquer agravo que afecte o sistema nervoso causam défices (alterações) em diversas áreas
do Comportamento e da Cognição humana.
Neuropsicologia X Neurologia do Comportamento
Emoção/Neuroimagiologia
Neurologia do Comportamento = Neuropsicologia
(Benton, Gil)
Alguns Teóricos:
P. Broca C. Wernicke A. Benton A. Lúria
B. Miler A. Damásio M. Lezak
Luria estabeleceu dois objectivos para a Neuropsicologia:
Localizar as lesões cerebrais
responsáveis pelas perturbações
do comportamento para um
diagnóstico preciso
Explicar o funcionamento das
actividades psicológicas
superiores relacionadas com as
partes do cérebro
O exame neuropsicológico ajuda-nos a entender o estado
cognitivo e comportamental do indivíduo, posteriormente
clarificar do ponto de vista clínico, se a patologia ou a
disfuncionalidade cerebral esta a interferir nas chamadas
“funções nervosas complexas” (Memória, Atenção,
Raciocínio, Linguagem …)
Principais razões para se solicitar uma avaliação
neuropsicológica:
Auxílio
diagnóstico
Prognóstico
Orientação
para o
tratamento
Auxílio para
planejamento
da reabilitação
É fundamental que a avaliação
considere, não somente as
áreas comprometidas, como
também as habilidades
preservadas que são
potenciais para reabilitação
(Capovilla, 2007).
História Clínica
Recolha de dados significativos;
Evolução da doença actual;
Aspectos cognitivos e
emocionais associado a doença;
Doenças familiares relevantes;
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realizados;
Prognóstico;
Avaliação;
Reabilitação.
Funções Cognitivas
• Inteligência
• Linguagem
• Atenção
• Memória
• Actividade Perceptiva
• Habilidade Visuo-Espacial
• Apraxia
• Agnosia
• Funções Executivas
Planejamento
Flexibilidade mental
Tomada de decisão
Controle inibitório
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica
• Toulouse Piéron
• Figura Complexa de Rey
• Escala de Memória de Wechsler
• Labirintos de Porteus
• Wisconsin Card Sorting Test
• Bateria de Avaliação Frontal
• Matrizes Progressivas de Raven
• Token Test
• Trail Making Test
• Bateria de avaliação Neuropsicológica do Adulto
Psiquiatria/Neuropsicologia
Bipolares: alterações na atenção sustentada, do
controle inibitório, da capacidade de alternância do
foco atentivo.
Unipolar: alteração na capacidade de sequenciação
visuo-espacial, memória imediata e atenção quando
comparados com indivíduos normais
Flexibilidade mental: é comprometida em uni e
bipolares, com persistência de estratégias
inapropriadas
Acredita-se que alterações neurobiológicas nos diferentes transtornos
neuropsiquiátricos podem provocar manifestações cognitivas e comportamentais
específicas.
Neurologia/Neuropsicologia
Doenças Neurodegenerativas
Alzheimer Parkinson
Doença de
Corpos de Lewy
Demência
Vascular
Demência
frontotemporal
Neurocirurgia/Neuropsicologia
Em Epilepsia (EMLT), a AN é um método consagrado de auxilio ao diagnostico
localizatório, e é mandatória na Avaliação Pré e Pós cirúrgica (Fuentes et al., 2014).
A avaliação diferencia entre
défices cognitivos funcionais ou
lesionais, identifica tmb
às falhas de memória, com o
intuito de perceber se causas
decorrem de descargas
subclínicas, lesão ou pela
medicação.
Autismo
Síndrome
de Down
Paralisia
cerebral
Tumores
cerebrais
Dislexia TDH Epilepsia
Hidrocefalia TCEs
Síndromes
genéticas
Distúrbios de
comportamento
Atraso
cognitivo e
mental;
Pediatria/Neuropsicologia
A epilepsia do lobo frontal
Linguagem Memória Atenção Funções executivas
Suas alterações podem ser confundidas com doenças psiquiátricas, reforçando a importância do
diagnóstico diferencial e da avaliação neuropsicológica.
Infecciológia/Neuropsicologia
A infecciológia tem por missão a prevenção, diagnóstico e tratamento
de doenças infecciosas, tais como:
• Síndromes febris
• Pneumonias agudas da comunidade
• Infecções do sistema nervoso central (meningites, encefalites,
abcessos)
• Zoonoses (brucelose, leptospirose, febre escaro-nodular…)
• Hepatites
• Tuberculose
• Infecção pelo VIH/ SIDA e suas complicações
• Doenças tropicais (malária, dengue...)
Infecção pelo VIH/ SIDA e suas complicações
O que é reabilitação Neuropsicológica?
Wilson (2003) define reabilitação neuropsicológica como o
conjunto de intervenções que tem como objectivo:
Proporcionar ao individuo, vitima de lesão encefálica ou com alguma perturbação psiquiátrica, a
melhoria dos seus processos cognitivos, emocionais e sociais para que este possa alcançar uma
maior independência e qualidade de vida.
Capacidade do cérebro em desenvolver novas conexões
sinápticas entre os neurónios a partir da experiência e do
comportamento do indivíduo.
Através da plasticidade, novos comportamentos são aprendidos e
o desenvolvimento humano torna-se um ato contínuo.
Esse fenómeno parte do princípio de que o cérebro não é
imutável, uma vez que a plasticidade neuronal permite que uma
determinada área SNC possa ser desenvolvida em outro local do
cérebro como resultado da aprendizagem e estimulação.
Plasticidade Neuronal
Dessa forma, é possível buscar alternativas mais eficientes
voltadas para a recuperação de suas funções. Exercícios
específicos, determinados pelo profissional a partir das
habilidades do paciente, leva à plasticidade neuronal.
Muito obrigado pela vossa atenção!
Referências de apoio
Caixeta, et al., (2007). Neuropsicologia dos Transtornos Mentais. São Paulo:
Artes Médicas.
Damásio, A. R (1996). O erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano.
São Paulo: Companhia das Letras.
Ekman e Lundy (2004). Neurociência: Fundamentos para a Reabilitação. Rio de
Janeiro: Elsevier.
Fuentes, D.; Malloy-Diniz L.F.; Camargo, C.H.P.; Cosenza, R.M. (Eds) (2008).
Neuropsicologia – Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed.
Lezak, M.D.; Howieson, D.B.; Loring, D.W. (2004). Neuropsychological
assessment (4 ed.). New York: Oxford University Press .
Luria, A. R. (1981). Fundamentos de Neuropsicologia. São Paulo: EDUSP.
Machado, Ângelo (2005). Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu,
Mäder, M. J. (1996). Avaliação neuropsicológica: Aspectos históricos e situação
atual. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, (3), 12-18.
Marcelli, D. (1998). Manual de psicopatologia da infância de Ajuriaguerra. Porto
Alegre: Artmed.
Pliszka, Steven R (2004). Neurociência para o clínico de saúde mental. Porto
Alegre, Artemed.
Schwartz, James H.; Jessell, Thomas M. Fundamentos da neurociência do
comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

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Neuropsicologia e Especialidades Médicas: Olhares que se complementam

  • 1. Neuropsicologia e especialidades Médicas: Olhares que se Complementam Emanuel F. da Conceição António Neuropsicólogo Especialista Luanda/2016
  • 2. Sumário:  Definição de Neuropsicologia  Objectivos da Neuropsicologia  Razões para se solicitar uma AN  História clínica em Neuropsicologia  Funções cognitivas avaliadas  Instrumentos de AN  Psiquiatria/Neuropsicologia  Neurologia/Neuropsicologia  Neurocirurgia/Neuropsicologia  Pediatria/Neuropsicologia  Infecciológia/Neuropsicologia  Reabilitação Neuropsicológica  Plasticidade neuronal
  • 3. Neuropsicologia Psicologia Neurologia Estuda as relações entre o Cérebro e o comportamento humano. Sua principal área de actuação é na compreensão de como lesões, malformações, alterações genéticas ou qualquer agravo que afecte o sistema nervoso causam défices (alterações) em diversas áreas do Comportamento e da Cognição humana.
  • 4. Neuropsicologia X Neurologia do Comportamento Emoção/Neuroimagiologia Neurologia do Comportamento = Neuropsicologia (Benton, Gil) Alguns Teóricos: P. Broca C. Wernicke A. Benton A. Lúria B. Miler A. Damásio M. Lezak
  • 5. Luria estabeleceu dois objectivos para a Neuropsicologia: Localizar as lesões cerebrais responsáveis pelas perturbações do comportamento para um diagnóstico preciso Explicar o funcionamento das actividades psicológicas superiores relacionadas com as partes do cérebro
  • 6. O exame neuropsicológico ajuda-nos a entender o estado cognitivo e comportamental do indivíduo, posteriormente clarificar do ponto de vista clínico, se a patologia ou a disfuncionalidade cerebral esta a interferir nas chamadas “funções nervosas complexas” (Memória, Atenção, Raciocínio, Linguagem …)
  • 7. Principais razões para se solicitar uma avaliação neuropsicológica: Auxílio diagnóstico Prognóstico Orientação para o tratamento Auxílio para planejamento da reabilitação É fundamental que a avaliação considere, não somente as áreas comprometidas, como também as habilidades preservadas que são potenciais para reabilitação (Capovilla, 2007).
  • 8. História Clínica Recolha de dados significativos; Evolução da doença actual; Aspectos cognitivos e emocionais associado a doença; Doenças familiares relevantes; Exames complementes realizados; Prognóstico; Avaliação; Reabilitação.
  • 9. Funções Cognitivas • Inteligência • Linguagem • Atenção • Memória • Actividade Perceptiva • Habilidade Visuo-Espacial • Apraxia • Agnosia • Funções Executivas Planejamento Flexibilidade mental Tomada de decisão Controle inibitório
  • 10. Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica • Toulouse Piéron • Figura Complexa de Rey • Escala de Memória de Wechsler • Labirintos de Porteus • Wisconsin Card Sorting Test • Bateria de Avaliação Frontal • Matrizes Progressivas de Raven • Token Test • Trail Making Test • Bateria de avaliação Neuropsicológica do Adulto
  • 11. Psiquiatria/Neuropsicologia Bipolares: alterações na atenção sustentada, do controle inibitório, da capacidade de alternância do foco atentivo. Unipolar: alteração na capacidade de sequenciação visuo-espacial, memória imediata e atenção quando comparados com indivíduos normais Flexibilidade mental: é comprometida em uni e bipolares, com persistência de estratégias inapropriadas Acredita-se que alterações neurobiológicas nos diferentes transtornos neuropsiquiátricos podem provocar manifestações cognitivas e comportamentais específicas.
  • 12. Neurologia/Neuropsicologia Doenças Neurodegenerativas Alzheimer Parkinson Doença de Corpos de Lewy Demência Vascular Demência frontotemporal
  • 13. Neurocirurgia/Neuropsicologia Em Epilepsia (EMLT), a AN é um método consagrado de auxilio ao diagnostico localizatório, e é mandatória na Avaliação Pré e Pós cirúrgica (Fuentes et al., 2014). A avaliação diferencia entre défices cognitivos funcionais ou lesionais, identifica tmb às falhas de memória, com o intuito de perceber se causas decorrem de descargas subclínicas, lesão ou pela medicação.
  • 14. Autismo Síndrome de Down Paralisia cerebral Tumores cerebrais Dislexia TDH Epilepsia Hidrocefalia TCEs Síndromes genéticas Distúrbios de comportamento Atraso cognitivo e mental; Pediatria/Neuropsicologia
  • 15. A epilepsia do lobo frontal Linguagem Memória Atenção Funções executivas Suas alterações podem ser confundidas com doenças psiquiátricas, reforçando a importância do diagnóstico diferencial e da avaliação neuropsicológica.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Infecciológia/Neuropsicologia A infecciológia tem por missão a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas, tais como: • Síndromes febris • Pneumonias agudas da comunidade • Infecções do sistema nervoso central (meningites, encefalites, abcessos) • Zoonoses (brucelose, leptospirose, febre escaro-nodular…) • Hepatites • Tuberculose • Infecção pelo VIH/ SIDA e suas complicações • Doenças tropicais (malária, dengue...)
  • 19. Infecção pelo VIH/ SIDA e suas complicações
  • 20. O que é reabilitação Neuropsicológica? Wilson (2003) define reabilitação neuropsicológica como o conjunto de intervenções que tem como objectivo: Proporcionar ao individuo, vitima de lesão encefálica ou com alguma perturbação psiquiátrica, a melhoria dos seus processos cognitivos, emocionais e sociais para que este possa alcançar uma maior independência e qualidade de vida.
  • 21. Capacidade do cérebro em desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurónios a partir da experiência e do comportamento do indivíduo. Através da plasticidade, novos comportamentos são aprendidos e o desenvolvimento humano torna-se um ato contínuo. Esse fenómeno parte do princípio de que o cérebro não é imutável, uma vez que a plasticidade neuronal permite que uma determinada área SNC possa ser desenvolvida em outro local do cérebro como resultado da aprendizagem e estimulação. Plasticidade Neuronal
  • 22. Dessa forma, é possível buscar alternativas mais eficientes voltadas para a recuperação de suas funções. Exercícios específicos, determinados pelo profissional a partir das habilidades do paciente, leva à plasticidade neuronal.
  • 23. Muito obrigado pela vossa atenção!
  • 24. Referências de apoio Caixeta, et al., (2007). Neuropsicologia dos Transtornos Mentais. São Paulo: Artes Médicas. Damásio, A. R (1996). O erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras. Ekman e Lundy (2004). Neurociência: Fundamentos para a Reabilitação. Rio de Janeiro: Elsevier. Fuentes, D.; Malloy-Diniz L.F.; Camargo, C.H.P.; Cosenza, R.M. (Eds) (2008). Neuropsicologia – Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed. Lezak, M.D.; Howieson, D.B.; Loring, D.W. (2004). Neuropsychological assessment (4 ed.). New York: Oxford University Press .
  • 25. Luria, A. R. (1981). Fundamentos de Neuropsicologia. São Paulo: EDUSP. Machado, Ângelo (2005). Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu, Mäder, M. J. (1996). Avaliação neuropsicológica: Aspectos históricos e situação atual. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, (3), 12-18. Marcelli, D. (1998). Manual de psicopatologia da infância de Ajuriaguerra. Porto Alegre: Artmed. Pliszka, Steven R (2004). Neurociência para o clínico de saúde mental. Porto Alegre, Artemed. Schwartz, James H.; Jessell, Thomas M. Fundamentos da neurociência do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

Notas do Editor

  1. Explicar que é a Fase mais importante na consulta de neuropsicologia, pork nos permite colher imformaçoes relevantes pra o auxilio do diagnostico diferencial, e perceber quais as funoes cognitivas xtam intactas e quais as projudicadas, nesta fase o auxilio de um parente proximo é importante principalmente em doente frontalizados ou com alguma perturbaçoes psiquiatria, uma vez que não tenhem conciencialização dos seus defices.
  2. Explicar que são alguns dos intrumentos que utiliza em pratica clínica, a sua utilização ai variar de acordo com o pedido do especialista, E QUE ELeS NÃO TENHEM A FUNÇÃO DE DIAGNOSTICO.
  3. A AV. N. Tem grande relevância como forma de perceber a integridade de áreas vizinhas, traçar um perfil neurocognitivo associado a patologia.
  4. AV N. visa avaliar áreas vizinhas e a integridade da hemisfério contralateral. Posteriormente clarificar se a cirurgia causou danos em áreas que anteriormente estavam intactas. Falar tmb do programa de cirurgia em doentes acordados e sua a importancia.
  5. Explicar o circuito auterado e consequente o surgimento das dificuldades…