Ap1 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal.pdf

Ciências Morfofuncionais
dos Sistemas Digestório,
Endócrino e Renal
Histologia do sistema digestório
Prof. Dra. Andressa Keiko Matsumoto

• Estudo da histologia do sistema
digestório

Histologia do
sistema digestório

 Lâmina de traqueia esôfago;
 Lâmina de esôfago;
 Lâmina de Intestino delgado;
 Lâmina de Intestino grosso;
 Lâmina de fígado;
 Lâmina de pâncreas.
Desenvolvimento da prática
Fonte: Elaborado pela autora.

Procedimento 01 - Histologia do sistema digestório
LÂMINA DE ESÔFAGO
O esôfago, o primeiro segmento do tubo digestório, se estende da orofaringe até o estômago.
 Possui uma parede muscular (a muscular externa) cuja atividade
peristáltica facilita a passagem para o estômago de um bolo alimentar
sólido.
 No início do esôfago, a muscular externa é constituída por músculo
estriado.
 No terço médio do esôfago, este músculo é gradativamente substituído
por músculo liso, que também está presente nas demais partes do tubo
digestório.
Não apresenta outra função principal além de servir como um canal.

LÂMINA DE ESÔFAGO
As características histológicas mais relevantes do esôfago consistem em:
▶Superfície interna do esôfago revestida por epitélio estratificado pavimentoso.
▶Lâmina própria contendo glândulas esofágicas cardíacas na região distal do órgão,
próxima à região da cárdia do estômago (são glândulas formadas por túbulos
mucosos e longos ductos excretores).
▶Muscular da mucosa formada por fibras musculares lisas orientadas
longitudinalmente, paralelas ao eixo do esôfago.
Quando vazio, o esôfago tem sua mucosa pregueada e o lúmen é reduzido.
A mucosa torna-se lisa e o
lúmen dilatado durante a
passagem do bolo alimentar.

LÂMINA DE ESÔFAGO
As características histológicas mais relevantes do esôfago consistem em:
▶Submucosa com glândulas esofágicas, também denominadas glândulas esofágicas propriamente ditas,
semelhantes às glândulas da lâmina própria, mas concentradas na porção cranial do órgão (vale notar que, além do
duodeno, o esôfago é o único segmento do tubo digestivo que contém glândulas na submucosa).
▶Muscular composta de músculo estriado esquelético no terço superior, músculo liso no terço inferior e ambos os
tipos no terço médio, separados em duas subcamadas diferentes.
▶Adventícia de tecido conjuntivo denso não modelado, que se continua com o
tecido conjuntivo das estruturas vizinhas (um pequeno trecho distal do esôfago,
situado na cavidade abdominal, é recoberto por serosa [peritônio]).

LÂMINA DE TRAQUEIA-ESÔFAGO
Fonte: ABRAHAMSOHN, P. Histologia. 1. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2016.

 Na traqueia observa-se uma estrura em forma de c, seria o anel traqueal, uma
cartilagem hialina que evita o colabamento da traqueia, estando sempre aberta para
passagem do ar.
 Epitélio respiratório, parte que reveste a luz da traqueia, é
epitélio pseudoestratificado, cilíndrico, ciliado e com células
caliciformes (produz muco).
 Umidece e aquece o ar.

Identificar:
 Epitélio pavimentoso estratificado.
 Lâmina própria.
 Muscular da mucosa.
 Glândulas esofágicas na submucosa.
 Músculo estriado esquelético.

Fonte: Algetec

O estômago é um grande órgão oco no qual se identificam três regiões de limites não muito bem definidos:
cárdia, corpo e antro pilórico.
• A função principal do órgão é secretar enzimas digestivas e
ácido clorídrico e iniciar a quebra de moléculas do bolo
alimentar, processo que terá continuação e finalização no
intestino delgado.
• Além disto, há secreção de muco que, juntamente com o
restante da secreção, forma o suco gástrico.

A mucosa apresenta muitas pregas quando o órgão está vazio, as quais se desfazem
quando o órgão se distende.
A lâmina própria, a muscular da mucosa e a submucosa acompanham o esquema geral de
organização do tubo digestivo.
A camada muscular formada por músculo liso é mais complexa,
pois apresenta camadas intermediárias oblíquas, além da
camada muscular interna e externa.

A mucosa gástrica apresenta curtas invaginações
afuniladas de seu epitélio superficial chamadas
fossetas ou fovéolas gástricas.
Nas fossetas, abrem-se glândulas tubulosas
chamadas glândulas gástricas

LÂMINA DE ESTÔMAGO
Visualizar :
 Morfologia geral do corte.

LÂMINA DE INTESTINO DELGADO
O duodeno é o primeiro segmento do intestino delgado e mede aproximadamente 25 cm de comprimento.
Recebe do estômago o bolo alimentar
Recebe enzimas digestórias do estômago, pâncreas e fígado via vesícula biliar.
Em função da alta acidez do conteúdo gástrico, a maior parte do duodeno possui
grandes glândulas submucosas (glândulas de Brünner) que secretam um muco
alcalino que auxilia na neutralização do quimo ácido.

O jejuno, o segundo segmento do intestino delgado, mede aproximadamente 2, 5 metros de comprimento.
Estruturalmente, o jejuno e o íleo são
muito parecidos com o duodeno.
As pregas circulares são mais numerosas na metade distal do duodeno e na
parte proximal do jejuno.
As glândulas de Brünner estão ausentes no jejuno e no íleo. O número destas
glândulas diminui gradativamente até desaparecerem no terço final do duodeno. O
tipo de células epiteliais que reveste as criptas e as vilosidades no jejuno e no íleo,
na sua maior parte, é o mesmo do encontrado no duodeno.

O íleo é o segmento distal e o mais longo do intestino delgado, medindo aproximadamente 3,5 metros de
comprimento.
Em vários aspectos, o íleo é estruturalmente similar às outras
partes do intestino delgado, com a exceção já apresentada:
suas pregas circulares são menores e escassas.
As vilosidades tornam-se mais digitiformes, sendo facilmente identificadas na maioria dos cortes.
Uma característica particular do íleo é a presença de numerosos nódulos
linfáticos compactados, localizados na submucosa e penetrando a mucosa,
conhecidos como nódulos agregados ou placas de Peyer.

 Identificar:
No duodeno:
 Vilosidades (altas);
 Glândulas de Brünner.

No jejuno:
 Vilosidades (altas);
 Ausência de glândulas submucosas.
No íleo:
 Vilosidades (baixas);
 Placas de Peyer;
 Ausência de glândulas submucosas.

Fonte: Algetec

LÂMINA DE INTESTINO GROSSO Funções  a reabsorção de eletrólitos e
água e a eliminação de resíduos da
digestão e outros materiais residuais.
Sua mucosa apresenta
uma superfície
relativamente lisa, com
ausência de pregas
circulares e vilosidades.
O colo é a parte do intestino grosso que se
estende do ceco até o reto.
A espessura da mucosa é amplamente
ocupada por glândulas simples (criptas
de Lieberkühn) que se estendem até a
muscular da mucosa.

LÂMINA DE INTESTINO GROSSO
As glândulas e a superfície luminal do
colo são revestidas por um epitélio
simples cilíndrico, composto de:
• Células caliciformes;
• Absortivas;
• Enteroendócrinas.
Da mesma forma que o intestino delgado, o colo apresenta uma mucosa,
uma submucosa, uma muscular externa e sobre a sua superfície livre
exterior, uma serosa.
O colo é a parte do intestino grosso que se
estende do ceco até o reto.

Apêndice
O apêndice cecal, ou simplesmente apêndice, é uma estrutura em
forma de dedo que se origina no ceco (o ceco é uma bolsa distal à
valva ileocecal, o primeiro segmento do intestino grosso).
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Intestino-gl.svg. Acesso em: 06 jun. 2023.

Apêndice
 O apêndice é um tubo estreito de fundo cego que mede de
2,5 cm a 13 cm de comprimento.
 Como é uma estrutura sacular com fundo cego, o conteúdo
intestinal pode ficar aprisionado ou sequestrado no
apêndice, causando muitas vezes inflamação e infecção.
Fonte: ROSS, M.H. et al. Atlas de histologia descritiva. Porto Alegre: Artmed editora LTDA. p. 2010. 2012.

Procedimento 01 - Solubilidade de proteínas e
desnaturação
LÂMINA DE INTESTINO GROSSO
 Identificar:
 Camada mucosa (epitélio, criptas de
Lieberkühn, lâmina própria);
 Camada submucosa;
 Camada muscular externa.

LÂMINA DE FÍGADO
O fígado representa a maior massa de tecido glandular do
corpo e é o maior órgão interno.
Tem um suprimento sanguíneo incomum, recebendo a maior parte de sangue pela veia porta
hepática, que conduz o sangue venoso do trato gastrintestinal, do pâncreas e do baço.
Se situa diretamente no trajeto que transfere substâncias absorvidas no
intestino ao restante do organismo.
O fígado é o primeiro a ser exposto a substratos metabólicos e nutrientes; ao
mesmo tempo, o fígado é o primeiro órgão a ser exposto a substâncias nocivas e
tóxicas absorvidas no intestino.
Fonte: Elaborado pela autora.

LÂMINA DE PÂNCREAS
Os hepatócitos são células que, entre as inúmeras funções que exercem, armazenam glicogênio e lipídios.
Os espaços entre as placas são ocupados por capilares
sinusoides descontínuos, revestidos por dois tipos celulares:
 Células endoteliais;
 Macrófagos denominados células de Kupffer.
Ambos são inclusões citoplasmáticas, e em preparações de uso rotineiro coradas por H&E
são vistos como áreas mais claras no citoplasma.

LÂMINA DE FÍGADO
Fonte: ROSS, M.H. et al. Atlas de histologia descritiva. Porto Alegre: Artmed editora LTDA. p. 2018. 2012.
Em termos de unidade funcional, a
estrutura do fígado é descrita de três
maneiras: o lóbulo clássico, o lóbulo
portal e o ácino hepático.

LÂMINA DE FÍGADO
Uma série de ductos com aumento gradual em seu diâmetro tem seu início nos
canalículos localizados entre os hepatócitos individuais e termina com o ducto
biliar comum, que leva a bile do fígado e da vesícula biliar ao duodeno.
 Cada célula hepática, ou hepatócito, exibe tanto função exócrina quanto endócrina.
 A secreção exócrina do fígado chama-se bile.

LÂMINA DE FÍGADO
As secreções endócrinas do fígado são liberadas diretamente para o sangue que supre as células hepáticas,
incluindo:
 Albumina;
 α- e β-globulinas não imunes;
 Protrombina;
 Glicoproteínas, inclusive fibronectina.
As unidades funcionais do fígado, descritas como lóbulos ou ácinos, são compostas
de cordões regulares interconectados de hepatócitos, separados entre si pelos
sinusoides sanguíneo.

LÂMINA DE FÍGADO
 Identificar:
 Hepatócitos;
 Fibras reticulares;
 Divisão lobular;
 Células de Kupffer.

O pâncreas é uma glândula alongada que se situa dentro da concavidade em C do duodeno.
É uma glândula mista formada principalmente por um compontente exócrino, consistindo em células
acinosas secretoras serosas, e um componente endócrino, que consiste em agrupamentos de células que
formam as ilhotas de Langerhans (agregados esféricos de células endócrinas).
Compreendem cerca de 1% da glândula.
Uma camada bem delgada de tecido conectivo envolve o órgão, enquanto
septos de tecido conectivo dividem o órgão em lóbulos.

As células acinosas do pâncreas são piramidais e apresentam uma região
basófila muito evidente na sua porção basal devido ao grande acúmulo de
retículo endoplasmático granular nesse local.
▶Possuem núcleos esféricos, como geralmente ocorre em células serosas
Em consequência, observa-se na periferia de cada ácino pancreático um anel azul-arroxeado (após coloração por
H&E), devido à região basófila do conjunto de células que constituem cada ácino.

▶Na região apical das células acumulam-se muitos grânulos de secreção (também denominados
grânulos de zimogênio). Essa região é acidófila e se cora em rosa após H&E.
▶Na região central dos ácinos, frequentemente observam-se núcleos
elípticos de cromatina frouxa pertencentes às células centroacinosas. Estas
são as primeiras células dos ductos intercalares e são características do
pâncreas, não sendo observadas em ácinos serosos de outros locais do
corpo

 Identificar:
 Células acinares;
 Capilares sanguíneos.

• Identificar e compreender a
histologia das estruturas
propostas.

Ap1 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal.pdf

Recomendados

Recomendados

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Ap1 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal.pdf

Semelhante a Ap1 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal.pdf (20)

Último

Último (13)

Ap1 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal.pdf