O documento discute as causas de conflitos religiosos ao longo da história e no mundo atual. Apresenta exemplos de conflitos entre cristãos e muçulmanos, como na Irlanda do Norte, Palestina e Israel, Índia e Paquistão. Também discute divisões históricas entre sunitas e xiitas no Iraque e entre católicos, luteranos e ortodoxos na Europa. Finalmente, questiona qual a finalidade de tantos conflitos em nome da religião.
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Introdução
Actualmente a maior causa de guerras e conflitos são por causa do assunto
religioso. A cada dia isso vem tomando conta dos assuntos da mídia, livros e até filmes,
professores têm sido procurados pela mídia para esclarecer os conflitos religiosos,
mesmo sendo um tema de grande debate pouco sabe-se o real deles.
Quando tocamos nesse tema o que mais sabe-se e os mais conhecidos pelo mundo
que são:
-Cristianismo x Judaísmo
-Cristianismo X Paganismo
-Catolicismo X Protestantismo
E muitos deles citados dessa forma pouco se reconhece e pouco se sabe, mais se
citarmos alguns factos mais recentes e marcantes como as guerras mundiais, guerra na
Nigéria, atentado de 11 Setembro e outros, e desta forma já passamos a ter uma noção
básica do tema que mais afrente debruçaremos.
Se formos a ver que o mundo actual convive com inúmeros pontos de conflitos
registados nos mais diferentes lugares do planeta, onde apenas dois envolvem a
intervenção de países: os primeiros Estados Unidos e Iraque e o segundo Índia e
Paquistão. Nessas áreas de tensão espalhadas pelo globo as causas principais são
rivalidades étnicas, religiosas e nacionalistas e ainda os casos em que os conflito
envolve disputa entre estados ou mudanças de fronteiras, e vemos que este tema e de
extrema perigosidade.
No nosso pai ate agora não foram registados tais casos, mais para que tal não
aconteça e são tomada algumas providencias tais como seminários como “O fenómeno
religioso em Angola”. Executivo angolano está empenhado em contribuir, a solucionar
esses problemas vindouros, de modo a que possamos encontrar a harmonia desejada e
assumir a nossa angolanidade, e podermos absorver outros valores externos, mas nunca
estes devem afastar-nos da nossa matriz cultural.
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Conflitos religiosos
Uma das acusações mais comuns feitas às religiões é que elas causam mais
violência do que paz. Por essa óptica, o mundo seria um lugar melhor sem elas e suas
rixas. Há alguma verdade nisso. As divisões religiosas atravessam continentes, épocas e
ainda hoje influenciam a política, a economia e as comunidades.
Estes acontecimentos ressuscitaram a inquietante pergunta acerca da relação entre
violência, guerras e religiões. Seriam elas factor de paz ou contribuiriam para agravar
tensões e conflitos, com um componente explosivo, pois falam em nome de Deus e
trabalham com a noção de absoluto inclusive ético?
Este cliché, “guerra de religiões”, passou então a ser usado como chave de leitura
para muitos outros conflitos contemporâneos.
O da Irlanda do Norte, por exemplo, em que distritos de maioria católica desejam
separar-se dos outros de maioria protestante e juntar-se à República da Irlanda, vem
sendo descrito como uma guerra entre “protestantes e católicos”.
O choque “palestino-israelense”, por conta das terras palestinas ocupadas pelo
Estado de Israel, a partir de 1948 e sobretudo depois da guerra dos seis dias, em Junho
de 1967; por conta de 4,5 milhões de refugiados palestinos, com direito a retornarem ao
território de onde foram expulsos; por conta das quase trezentas colónias judaicas
implantadas ilegalmente nas escassas terras palestinas; por conta da difícil repartição da
água, bem essencial, escasso e mais caro do que o petróleo na região; por conta do
impasse sobre Jerusalém, cidade santa para judeus, cristãos e muçulmanos; por conta
enfim da terrível violência mútua, onde o terrorismo virou uma arma contra civis
israelenses, reprimido, por sua vez, com inaudita violência, num verdadeiro terrorismo
de estado, por parte de Israel, tudo isso, é simplificadamente descrito como um embate
entre “judeus” e “muçulmanos”.
Na actual guerra de desgaste entre Índia e Paquistão, pela posse do Cashemira,
região de maioria muçulmana mas sob administração da Índia, numa parte; do Paquistão
noutra, e da China, numa terceira, os oponentes são descritos como “hindus” de um lado
e “muçulmanos” do outro.
Nos sangrentos conflitos na ex-Jugoslávia, e na “limpeza étnica” ali praticada uns
contra os outros, com o fito de criar territórios etnicamente homogéneos, os sérvios
eram, sem mais, identificados como “ortodoxos”; os croatas, como “católicos”; os
kosovares e a maioria dos bósnios, como “muçulmanos”.
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Os conflitos no Sri Lanka, onde a minoria Tamil luta por autonomia na região
norte do país, vêm sendo qualificados como choque entre “budistas” e “hindus”.
Na Indonésia, de modo particular, no Timor Leste, as lutas pela independência da
ex-colónia portuguesa apareciam como confronto entre “muçulmanos” e “católicos”.
Do mesmo modo, no Sudão, a guerra que move o governo de Khartum contra as
populações do sul do país, vem sendo caracterizada como confronto entre
“muçulmanos” e “cristãos”.
Noutros lugares, como na Nigéria, onde oito províncias do norte acabam de
adoptar a “sharia” ou seja, a lei corânica como base da legislação civil penal,
explodiram conflitos entre a maioria muçulmana e as minorias cristãs que se sentem
ameaçadas pelo novo quadro jurídico. Estes e outros embates no Congo, Ruanda,
Burundi, vem sendo descritos, ora como conflitos étnicos, ora como conflitos religiosos
Desta forma vemos que e uma imensidão de consequências causadas pelas
religiões, mais para entendermos melhor temos que debruçar-se nas duas maiores causa
deles,
O Islamismo
O Islão, ou islamismo é a segunda maior religião do mundo. Monoteísta, crença
em um Deus único, surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos
ensinamentos do profeta Maomé (Muhammad) e nas escrituras sagradas do Alcorão, ou
Corão. Muçulmanos são os seguidores do islão.
O islão prega 6 crenças principais:
1. Crença em Alá, deus único existente.
2. Crença nos anjos criados por Alá
3. Crença nos livros sagrados, Tora, Salmos, Evangelho e Alcorão, o principal e
mais completo, que contem colectâneas dos ensinamentos revelados por Alá ao profeta
Maomé.
4. Crença em vários profetas enviados a humanidade para ajudar.
5. Crença no juízo final
6. Crença na predestinação, alá sade de tudo e decide o destino de cada pessoa.
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Qualquer similaridade com o cristianismo não é mera casualidade! Ambas
religiões têm a mesma origem, Adão, Abraão e assim vai. Os cristãos tem a bíblia como
livro sagrado, o profeta principal é Jesus, Deus é único e todo-poderoso, também há o
dia do juízo que define para onde as almas vão levando em consideração as acções em
vida.
O Judaísmo
O judaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo. Originou-se por volta
do século XVIII a.C., quando Deus mandou Abraão procurar a terra prometida. Seu
desenvolvimento ocorreu de forma conjunta ao da civilização hebraica, através de
Moisés, Davi, Salomão etc., sendo que foram esses dois últimos os reis que construíram
o primeiro templo em Jerusalém.
Os judeus acreditam que YHWH (Javé ou Jeová, em português) seja o criador do
universo, um ser omnipresente, omnipotente e omnisciente, que influencia todo o
universo e tem uma relação especial com seu povo. O livro sagrado dos judeus é o Torá
ou Pentateuco, revelado directamente por Deus. Para o judaísmo, o pecado mais mortal
de todos é o da idolatria, ou seja, a prática de adoração a ídolos e imagens.
Os cultos são realizados em templos denominadas sinagogas. Os homens usam
uma pequena touca, denominada kippa, como forma de respeito para com Deus. Os
principais rituais são a circuncisão, realizada em meninos com 8 dias de vida,
representando a marca da aliança entre Deus e Abraão e seus descendentes; e o Bar
Mitzvah (meninos) e a Bat Mitzvah (meninas), que representam o início da vida adulta.
Os livros sagrados dentro do judaísmo não fazem referência à vida após a morte,
no entanto, após o exílio na Babilónia, os judeus assimilaram essa ideia. Na verdade,
essas crenças variam conforme as várias seitas judaicas. A base da religião judaica está
na obediência aos mandamentos divinos estabelecidos nos livros sagrados, uma vez que,
para eles, isso é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor pelo criador.
O judaísmo é a religião monoteísta que possui o menor número de adeptos no
mundo, cerca de 12 a 15 milhões.
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Conflitos e tensões
Debates históricos, guerras, lutas e disputas internas criaram os mapas
contemporâneos do mundo e o fizeram de modo que poucos se deram conta. Por
exemplo, a União Européia, "cristã", surgiu da vivência das invasões muçulmanas nos
séculos 14-17 e da ocupação de parte da Europa oriental pelo islão até o século 20.
Os violentos conflitos no Iraque têm suas raízes na dissidência entre muçulmanos
sunitas e xiitas, no século 7, e lutas no Sudão, Etiópia e Nigéria remontam em certas
áreas ao século 10.
As ideologias e a religião
A religião é frequentemente criticada com o argumento de que a maioria das
guerras surge de tensões e discordâncias confessionais. Isso pode ter sido verdade nos
séculos passados (embora tal afirmação seja extremamente discutível), mas certamente
não foi o caso nos últimos 100 anos, quando a religião é que se viu violentamente
perseguida por ideologias temporais.
O comunismo, o fascismo, o socialismo e o nacionalismo, todos eles, encararam a
religião como a maior ameaça ao projecto que tinham para criar novas sociedades, pois
em muitos casos era ela um importante acessório do regime que os revolucionários
queriam derrubar. Em consequência, deu-se uma investida sem precedentes contra
edifícios religiosos, clérigos e fiéis.
Com o colapso daquelas ideologias e a recuperação de muitas religiões em várias
partes do mundo, tem ocorrido um grande aumento da violência, dos ataques e das
guerras de motivação religiosa.
O marxismo afirmava que, com o advento do socialismo e do comunismo, "a
religião definharia e morreria". Na realidade, aconteceu o inverso: foram as ideologias
que definharam, ainda que ao custo de dezenas de milhões de vidas. A religião
sobreviveu e constituiu muitas vezes a inspiração para os movimentos de resistência que
ajudaram a derrubar as ideologias.
Da Igreja Católica na Polónia aos budistas no Camboja, passando pelos
muçulmanos na Ásia central e pelos luteranos na Alemanha Oriental, ela permaneceu
depois que os regimes coercitivos se foram.
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Em muitos países, embora não tenha mais o mesmo papel que tinha antes de
perseguições e mudanças sociais tão vastas, a religião voltou ao centro do palco para
tentar desempenhar de novo seu papel na construção e manutenção de nações, povos e
culturas.
Perseguição sem precedentes
A violência, contudo, não vem apenas do lado da religião. Nos últimos 100 anos,
as principais religiões foram mais perseguidas do que em qualquer outro período
histórico. E, na maioria dos casos, trata-se não de religião perseguindo religião, mas de
ideologia perseguindo religião.
Isso abrange desde as investidas da revolução socialista de 1924 no México contra
o poder, as terras e, por fim, o clero e os edifícios da Igreja Católica até as agressões aos
bahaístas no Irã, a partir da década de 1970, passando pela repressão a todas as religiões
na URSS, pelo extermínio dos judeus no nazismo e pela agressão maciça a toda
religiosidade na China da Revolução Cultural.
Infelizmente, as zonas de tensão se mantêm: na medida em que as religiões se
recuperam da perseguição, alguns reiniciam suas próprias perseguições. Entretanto, o
tempo e a vivência dos últimos 100 anos, mais o impacto dos movimentos ecuménicos e
multi-confessionais, começaram a mudar muitos grupos religiosos, e, nesses casos, as
velhas divisões e inimizades foram se desvanecendo.
Divisões históricas, várias delas com séculos de existência, criadas por diferenças
na crença e na prática religiosa, estão na origem de muitas das tensões e conflitos
actuais.
No Iraque, a cisão entre sunitas e xiitas, remontando à segunda metade do século 7,
nutre a guerra civil que tanto afecta o país desde a queda de Saddam Hussein (2003). A
tensa linha divisória entre o islão e a cristandade na Europa oriental e no Cáucaso é
ilustrada pela controversa candidatura turca à União Europeia. E a cisão entre católicos,
luteranos e russo-ortodoxos ainda repercute na Europa e na Rússia.
Algumas linhas divisórias, como o litoral suaíli (África oriental), se tornaram mais
regiões de diferença cultural que fontes de tensão.
Já outros choques, muito antigos, como entre cristãos, hindus e muçulmanos na
Indonésia, ressurgiram onde, poucos anos atrás, essas comunidades viviam lado a lado.
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Qual a finalidade disso tudo?
Actualmente, cerca de 80% dos conflitos armados que existem por todo mundo são
decorrentes de questões religiosas. Qual a finalidade disso tudo?
Em todo mundo estamos vendo o desenrolar de guerras e mais guerras em nome de
algo que eles chamam de “fé”. Mas entenda a palavra “fé” que eles usam como:
ambição, fanatismo, incredulidade, loucura, ou falta da verdadeira FÉ!
Vemos diversos casos, entre os vários que nos ficam ocultos, de lutas, discórdias,
humilhação, vandalismo, e muitas outras atrocidades em nome de um deus, cujo
Verdadeiro não é conhecido das pessoas que cometem esses actos
Como julgar criticamente esses diferentes conflitos e mesmo guerras?
No geral, as causas destes confrontos são complexas, envolvendo jogos
estratégicos na geopolítica, veladas disputas entre antigas potências coloniais, disputa
entre grandes companhias pelo acesso a diamantes, petróleo, gás, urânio ou outros
materiais estratégicos, além de razões históricas, económicas, políticas e sociais, raciais
e, cada vez mais, culturais. É inegável que muitos destes conflitos vêm atravessados
igualmente por uma vertente religiosa, accionada ao sabor dos interesses em jogo.
Contributos para resolução e formas de prevenção
No conturbado cenário das últimas décadas, há um claro reconhecimento, por parte
da sociedade internacional, de que homens e mulheres de fé, pertencentes a diferentes
credos e comunidades religiosas, vêm dando uma importante contribuição para os
esforços em favor da justiça e da paz mundiais.
Em 1930, o arcebispo luterano de Upsala na Suécia, Nathan Söderblom (1886-
1931), primaz da igreja local recebeu o prémio Nobel da Paz por suas iniciativas em
favor da superação dos conflitos internacionais, a partir da cooperação e da busca da
reconciliação e da unidade entre as igrejas cristãs.
Foi Söderblom quem convocou em Estocolmo, em 1925, a primeira conferência
internacional do movimento “Life and Work”, ”Vida e Acção” que se fundiu depois
com o movimento “Faith and Order”, “Fé e Constituição” para constituir, em 1948, em
Amesterdão, o Conselho Mundial de Igrejas.
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Em 1952, foi a vez de o missionário luterano, teólogo, músico e médico da
Alsácia, Albert Schweitzer (1875-1975) receber o Nobel da Paz, por incrementar a
fraternidade entre os povos, a partir do seu hospital para leprosos no Gabão, a antiga
África Ocidental Francesa.
A corajosa actuação não-violenta do Pastor Batista, Martin Luther King (1929-
1968), em favor dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, valeu-lhe o Nobel da
Paz em 1964, mas também a vingança dos intolerantes que o assassinaram, em 1968,
em razão dessa sua luta.
Nas últimas décadas do século passado, ao mesmo tempo em que se multiplicavam
os conflitos e guerras no terceiro mundo, surgiram pessoas e organizações que se
tornaram construtores de paz, sob inspiração de sua fé religiosa.
Em 1979, pela primeira vez, uma mulher recebeu o Nobel da Paz: Madre Teresa de
Calcutá (1910-1997), fundadora da Ordem das Missionárias da Caridade, hoje
espalhada pelo mundo todo. Religiosa, de origem albanesa, dedicou toda sua vida aos
intocáveis, leprosos, coxos, paralíticos e aos pobres, moradores de rua na Índia. No ano
seguinte, em 1980, o prémio veio para a América Latina, para o jovem escultor e
arquitecto, músico e pintor,
Adolfo Pérez Esquivel (1931), fundador do SERPAJ (Servicio de Justicia y Paz),
em razão de sua corajosa e intransigente defesa dos direitos humanos, em oposição ao
regime militar argentino que, nos anos de chumbo da ditadura, foi responsável por mais
de 30.000 pessoas desaparecidas, grande parte cruelmente torturadas, antes de serem
assassinadas pelos órgãos de repressão e seus corpos jogados no mar ou incinerados.
Em 1984, foi a vez de o primeiro arcebispo anglicano negro da África do Sul,
Desmond Tutu, nascido em 1931, receber o Nobel pela sua luta em favor dos direitos
humanos e civis da maioria negra, contra a discriminação racial do apartheid.
O Dalai Lama, chefe religioso do budismo Tibetano, nascido em 1935, recebeu o
Nobel da Paz, em 1989, pela sua incansável campanha não violenta de denúncia contra
a ocupação política e militar do seu país, por parte da China.
Em 1992, a catequista da diocese do Quiche guatemalteco e activista dos direitos
indígenas, Rigoberta Menchú, recebeu o Nobel da Paz.
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Em 1996, o Nobel da Paz foi conferido ao bispo católico de Dili no Timor Leste,
Dom Carlos Filipe Ximenes Belo, junto com José Ramos Horta, por sua luta não-
violência em favor da independência do Timor Leste, ocupado pela Indonésia logo após
a saída do governo colonial português em Novembro de 1975.
Em 1998, o Nobel foi conferido a John Hume, líder católico da Irlanda do Norte e
a David Trimble, líder protestante do Ulster, pelo acordo de paz, assinado a 10 de Abril
de 1998, colocando fim a 30 anos de guerra civil na Irlanda do Norte.
Em 2000, o prémio Nobel foi para o militante cristão e activista dos direitos
humanos e civis na Coreia do Sul, Kim Dae Jung, que se opôs às sucessivas ditaduras
de partido único que dirigiram a Coreia, desde 1954. Tornando-se presidente do seu
país, Kim empenhou-se também na reconciliação entre as duas Coreia, separadas desde
o armistício que se seguiu à guerra de 1950 a 1953.
Foi o primeiro presidente a encontrar-se com seu colega do norte, King Jong II, e
a abrir as fronteiras para que famílias, de ambos os lados, separadas desde a guerra,
pudessem se reencontrar.
Outras pessoas, sem terem recebido o prémio Nobel, o mereceram pelo exemplo de
suas vidas e de seu combate não-violento pela Justiça e pela Paz, tal como o Mahatma
Ghandi na Índia, um homem santo na sua busca incessante de reconciliação entre os
hindus e muçulmanos.
Muitos ganharam prémios alternativos da paz, como o Papa João XXIII depois de
sua corajosa actuação durante a crise dos mísseis em Cuba, em Outubro de 1962. João
XXIII instou directamente as duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética,
que estiveram à beira de um conflito nuclear, a dialogarem e a superarem a crise sem
uma guerra, possivelmente nuclear. Da crise nasceu sua encíclicaPacem in Terris na
Páscoa de 1963. Naquele momento, João XXIII foi agraciado com o Prémio Balzan pela
Paz e, diante do novo quadro de armas de destruição massiva: nucleares, químicas e
biológicas, condenaram todo e qualquer tipo de guerra, como crime contra a
humanidade.
Dos budistas no Japão, Dom Paulo Evaristo Arns recebeu, em Tóquio, o 11 º
Premio Niwano da Paz (11-05-1994), pelos seus esforços em favor dos direitos
humanos e do diálogo entre as religiões para o estabelecimento da justiça.
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Dom Helder Camara, excluído do Prémio Nobel da Paz pela oposição e sistemática
e pressão do governo do Gal. Garrastazu Médici, sobre os jurados do Prémio, acabou
recebendo, em Oslo, em 1974, o “Prémio Popular da Paz”, por parte da juventude dos
países nórdicos.
Dom Helder denunciava, naquele momento, a outra guerra silenciosa que mata
milhões de pessoas por ano, de modo particulares crianças pela desnutrição, pela fome e
pela falta de cuidados médicos. Este doloroso quadro levou posteriormente os bispos
latino-americanos a afirmarem, com ênfase, no documento sobre a Paz em Medellín”:
“A luta contra a miséria é a verdadeira guerra que devem enfrentar nossas nações”
(Medellín, Doc 2 Paz, n º 29).Dom Samuel Ruiz, bispo de San Cristobal de Las Casas
no México, insistentemente indicado para o Nobel da Paz pela sua actuação na
superação do conflito em Chiapas, acabou recebendo o prémio Oscar Arnulfo Romero
dos Direitos Humanos,
Angola um pais grande variedade religiosa, em algumas extra reconhecidas outras
não, mais mesmo assim conseguimos manter a ordem necessária, mesmo assim na
necessidade de uma maior prevensao, apostamos na criação de seminários como o que
se decorreu a semana passa intitulado “O fenómeno religioso em Angola, Um debate
recorrente”que teve a participação de grandes nomes da nossa sociedade como por
exemplo a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, que disse que em Luanda, pode haver
dificuldades com a lei para a legalização de igrejas ou denominações religiosas, mas
garantiu que o pelouro que dirige e o da Justiça têm trabalhado no sentido de dar
resposta às expectativas governamentais no sector.
No encerramento do seminário realizado no Palácio dos Congressos, em Luanda, a
governante alertou “que o número de igrejas por reconhecer é de longe superior, se
comparado à densidade demográfica do país, tal como define a lei”. Ainda assim, Rosa
Cruz e Silva reiterou o compromisso do Ministério da Cultura na continuidade do
diálogo com as igrejas e garantiu que estas podem vir a ser reconhecidas pelo Estado
angolano
. “São cerca de 1.200 igrejas por legalizar, e se comparado com o quadro
demográfico é absolutamente incompatível com as necessidades de legalização em
posse das autoridades”, referiu.
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Adiantou que algumas propostas avançadas durante os dois dias de debate, sobre o
esforço a ser desenvolvido para evitar as cisões e alguns conflitos em determinadas
denominações religiosas, devem levar em conta a abordagem do fenómeno religioso.
A par da necessidade de resolver a situação das igrejas ilegais, esclareceu que o
Governo angolano tem outras questões graves por solucionar, nomeadamente o
problema das crianças acusadas de feitiçaria, cuja solução requer urgência.
A ministra da Cultura considerou ainda que a problemática da matriz cultural
nacional é fundamental para que os angolanos possam sobreviver aos ventos da
globalização.
Rosa Cruz e Silva informou que as discussões e o enriquecimento em torno da
problemática do fenómeno religioso no país vai ter sequência com a realização de
encontros regionais, tendo em vista uma abordagem mais ampla e uma melhor
compreensão do fenómeno.Segundo a titular da pasta da Cultura, “voltaremos noutras
ocasiões, nomeadamente a nível regional, para retomar o debate, juntando províncias
mais próximas para que possam contar com a contribuição dos especialistas nesta
matéria”.
A ministra destacou a necessidade de a religião trabalhar cada vez mais para unir todos
os angolanos, tendo em vista superar os desafios que se apresentam no caminho para o
desenvolvimento.
“Chegamos ao fim deste seminário com um maior conhecimento desta problemática e
estamos expectantes que nos próximos tempos prosseguiremos noutros cantos do país
com os debates. Penso que, irmanados deste espírito, seremos capazes de devolver a
harmonia que falta, não só no seio das igrejas mas também nos nossos lares”, disse Rosa
Cruz e Silva.
12. 7
Conclusão
Podemos ver com todos estes testemunhos representando correntes e movimentos
teológicos e políticos, nas várias religiões, que a busca da paz, da compaixão, do perdão
e da solidariedade forma uma sólida e antiga tradição espiritual e ética. Entre muitas
dessas religiões tem havido um diálogo consistente, aberto também a correntes
humanistas inclusive agnósticas ou ateias, para superar preconceitos atávicos,
ignorâncias mútuas e estabelecer plataformas de cooperação e respeito, para o bem da
humanidade.
A violência, contudo, não vem apenas do lado da religião. Nos últimos 100 anos,
as principais religiões foram mais perseguidas do que em qualquer outro período
histórico. E, na maioria dos casos, trata-se não de religião perseguindo religião, mas de
ideologia perseguindo religião.
Não é de se admirar que conflitos são inevitáveis quando existe algum tipo de
escassez, seja ela de recursos naturais, de recursos humanos ou a falta de pura e simples
sensatez (o que evidencia um atributo preocupante da actualidade: tudo pode ser
pretexto para se iniciar um achaque -incluindo-se, aqui, as desculpas mais simplórias).
É o caso dos conflitos actuais que, por todo o mundo, fazem com que inocentes
sejam alvos de insurreições que não se permitem mitigar. São verdadeiras disputas
religiosas como as insurgências islâmicas no Magrebe, na Nigéria, nas Filipinas, no
Oriente Médio, como a violência declarada entre xiitas e sunitas no Paquistão, como as
agitações muçulmanas no sul da Tailândia.
Com o colapso daquelas ideologias e a recuperação de muitas religiões em várias
partes do mundo, tem ocorrido um grande aumento da violência, dos ataques e das
guerras de motivação religiosa.
Não importa de que cor, religião, estereotipo, sexualidade e entre outros temos que
respeitar pois somos todos iguais e também somos todos diferente. E nunca devemos
nos esquecer que a liberdade religiosa começa por entendermos que o mundo e plural
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Bibliografia
•Jornal de Angola (versão imprensa, edição de 16-junho-2012)
•Jornal de Angola (via Web www.jornaldeangola.ao 22:21 20 – junho-2012)
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•Geocities- br.geocities.com/sousaraujo 22:25 20-junho-2012
•Portas abertas www.portasabertas.org.br 22:40 20-junho-2012
•Wikipédia – www.wikipedia.com 18:16 23-junho-2012
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•Google- Google.com 22:46 23 – junho-2012
•Família Amado familiamado.blogspot.com.br 17:10 25-junho- 2012
•Brasil escola- www.brasilescola.com 17:18 25-junho-2012
•ibmorumbi- www.ibmorumbi.com.br 17:25 2- junho-2012