ISRAEL X PALESTINA
Um Conflito marcado por tentativas de
negociações de paz!
Prof. J. Artur Lara
Reza o Velho Testamento que Abraão recebeu de Deus, por volta dos 75 anos de
idade, o chamado para se mudar de mala e cuia para os rincões de Canaã, com a
promessa de que seus descendentes dariam origem ali a uma grande nação.
Dez anos depois, porém, já estabelecido na nova terra, o longevo migrante ainda
não havia conseguido gerar a tão esperada prole. Sara, a esposa, o instigou a
desposar sua serva, a egípcia Hagar, para fazer valer o desígnio divino – união
que produziu o menino Ismael.
Quando o rapaz completava seu 13º aniversário, Abraão, já com 99 anos, teve
outro encontro com Deus, que reiterou a promessa feita anteriormente e garantiu
que a posteridade de Abraão sairia das entranhas de Sara. Dito e feito: no ano
seguinte veio ao mundo Isaac, filho do centenário porém fecundo patriarca.
Contexto Histórico
Na festa de apresentação de Isaac, contudo, Sara viu o primogênito zombando
do caçula, e ordenou ao marido que expulsasse Hagar e Ismael de seus
domínios.
A ideia de desterrar o sangue do seu sangue não agradou a Abraão, que
apenas levou a cabo a ação por ter a garantia de Deus que seu filho com a
escrava também teria um destino fabuloso, iniciando outra grande nação.
Assim, fornecendo um pão e um odre de água a Hagar e Ismael, o patriarca
mostrou-lhes o caminho logo na para algumas terras que possuía numa região
distante. Ambos erraram por algum tempo pelo deserto da Bersabéia, até que
Ismael se fixou no deserto da Arábia, produzindo doze filhos – as doze tribos
ismaelitas, ancestrais do povo árabe.
Do outro lado da família, em Canaã, Isaac teve como prole Esaú e Jacó. Os
doze herdeiros deste último (rebatizado mais tarde de Israel) compuseram as
doze tribos que deram origem ao povo hebreu.
Após passarem um período na terra de Canãa, os hebreus, foram para o Egito, onde
viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos.
Em poucas palavras: José, filho de Jacó (descendentes de abrãa), sofria com a inveja
dos irmãos, que decidiram vendê-lo a uma caravana que passava em direção ao Egito.
Assim ele foi parar na corte do Faraó, como servidor.
Depois de algumas peripécias, se tornou um personagem importante no Egito.
Exatamente nesse período, em Israel, havia uma carestia, e os filhos de Jacó foram
para o Egito atrás de alimentos, pois lá havia alimentos. Encontraram o irmão que eles
haviam vendido. José os perdoou e convidou toda a família para transferir-se para o
Egito. E assim aconteceu. Foi assim que os hebreus foram parar naquelas terras,
quando chegaram lá, acabaram sendo escravizados...
Aproximadamente em 1350 a.C., sob a liderança de
Moisés, os hebreus teriam fugido da escravidão de sofriam
no Egito, o que segundo o relato bíblico foi possibilitado
pela famosa abertura no Mar Vermelho. No ano de 1947
d.C., através de pesquisas arqueológicas, foram
encontrados pergaminhos em cavernas próximas ao Mar
Morto em que se obtiveram mais detalhes sobre a vida
dos hebreus...
Judeus e Hebreus é tudo a mesma
coisa?
Não exatamente, enquanto Hebreus estamos nos
referindo ao povo, costumes e linguagem. Quando
usamos o termo Judeus estamos nos referindo a
religião.
Todavia o povo hebreu foi o primeiro a adotar uma
religião monoteísta o judaísmo, por isso aqui vamos
adotar ambos como uma sinónimo, ou seja o povo
hebreu era judeu.
• Depois disso os judeus ocuparam a região por um bom
tempo ... até...
• Primeira Diáspora: iniciada em 586 a.C., quando o
imperador babilônico Nabucodonosor II conseguiu
invadir o reino de Judá, destruindo Jerusalém e o
primeiro templo de Salomão...
• Segunda Diáspora: aconteceu quando o império de Tito
em 70 d.C. imperador romano destruiu Jerusalém e
parte do segundo templo de Salomão...
• Depois da segunda diasporá os judeus foram obrigados
a se espalharem pelo mundo... Indo ruma a países da Ásia
Menor, África ou sul da Europa. As comunidades judaicas
estabelecidas no Leste Europeu e Norte daÁfrica.
• Com o século XV, veio o grande crescimento do cristianismo
– que tomava proporções inesperadas –, fazendo com que
migrassem para os Países baixos, Bálcãs, Turquia, Palestina
e, influenciados pela colonização europeia, chegaram ao
continente americano.
No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta
época, conseguiram muitas vitórias, desenvolveram ideias sionistas (de Sion,
colina da antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de
uma nação judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a
juros.
O jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo
objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início à
colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial
*Sionismo de Forma simplificada representa o desejo
milenar dos judeus de, após o exílio forçado, retornar à
terra dos seus ancestrais bíblicos.
Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, movimento
internacional judeu, ficou decidido que os judeus retornariam
em massa à Terra Santa, em Jerusalém -de onde muitos foram
expulsos pelos romanos no século III D.C.
Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que
era o nome da região no final do século XIX ainda de forma
lenta e gradual.
Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população
na Palestina, estourou a primeira revolta árabe.
Durante a 2ª Guerra Mundial -
em função da perseguição
alemã -, a emigração judaica
para a região aumentou
vertiginosamente e a tensão
chegou a níveis insuportáveis:
Confrontos começaram a ocorrer à medida que a imigração aumentava.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes
aumentou drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à
Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa.
Em 1948, pouco antes da criação do Estado de Israel, os judeus
somavam 600 mil.
Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um
"Estado duplo": o território seria dividido em dois Estados, um árabe e
outro judeu, com Jerusalém como "enclave internacional". Os árabes não
aceitaram a proposta.
ESTADO DUPLO
Em 1948, sob o comando do presidente norte-
americano Harry Truman, determinou a divisão
da Palestina em duas metades. Os palestinos,
que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram
com 11.500 km2 e os judeus, que eram
700.000, ficaram com um território maior
(14.500 km2), apesar de serem em número
menor.
GUERRAS
1. No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência.
Os exércitos de Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas
foram derrotados.
2. Em 1967, aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da
região, na chamada "Guerra dos Seis Dias". Israel derrotou
Egito, Síria e Jordânia e conquistou, de uma só vez, toda a
Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.
3. Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no
feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente
derrotados
As Colinas de Golã são um ponto estratégico que possui
excelentes recursos hídricos e nascentes do principal
manancial, o rio Jordão...
Apoiados pelos EUA, Israel permanece nos territórios ocupados e continua
se negando a obedecer a resolução 242 das Nações Unidas, de novembro
de 1967, que obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas
durante a Guerra dos Seis Dias.
Apesar das negociações, uma campanha de atentados e boicotes de
palestinos que se negam a reconhecer o estado de Israel, e de israelenses
que não querem devolver os territórios conquistados, não permite que a
paz se concretize na região.
Em junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano
de confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah que
deixaram centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada
pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a
Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud
Abbas
Hamas é considerado a maior organização islâmica de
cunho Sunita nos territórios palestinos da atualidade. Um de
seus criadores foi o xeque Ahmed Yassin, que pregava a
destruição de Estado israelense.
Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de
Resistência Islâmica. O grupo surgiu em 1987, após a
primeira intifada (revolta palestina) contra a ocupação
israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
HAMAS
O Movimento de Libertação Nacional da Palestina é o
nome completo do movimento que foi criado em 1959 para
defender os palestinos. Embora esse seja o nome oficial, o
mesmo ficou mundialmente conhecido pela sigla Fatah. O
nome desse grupo político e militar guarda curiosidades. O
acrônimo do movimento na ordem não reversa resulta em
Hataf, que significa morte em árabe. Os integrantes
preferem não utilizar esse nome e utilizam o acrônimo
reverso.
FATAH
Em 2010, a tensão voltou a subir. O premiê
israelense, Benjamin Netanyahu, decretou a
construção de 1.600 novas casas para judeus no
setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos
palestinos como sua capital.
O anúncio causou oposição até de aliados ocidentais
de Israel, como os EUA.
A Autoridade Palestina considera a ocupação judaica
na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental o maior
impedimento para a paz.
ANTIGAS FRONTEIRAS
Em 2011 o presidente Barack Obama pediu que israelenses e
palestinos fizessem concessões para a criação de um Estado
Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967.
Poucos dias depois, em visita aos EUA, o premiê
israelense Benjamin Netanyahu afirmou diante do Congresso
americano que Israel se dispõe a fazer "concessões
dolorosas", inclusive de terras, para atingir a paz na região,
mas que uma volta às fronteiras de 1967 é "indefensável" e
também que a capital, Jerusalém, não deve ser dividida.
Em agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a
construção das 1.600 moradias israelenses em Jerusalém
Oriental, decretada no ano anterior. O ato dificulta os
esforços liderados pelos EUA em dissuadir os palestinos de
buscar o reconhecimento na ONU da nação como um
Estado.
Cerca de 500 mil judeus vivem na Cisjordânia e em
Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel na guerra
de 1967. Cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem no
mesmo território
Em agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a
construção das 1.600 moradias israelenses em Jerusalém
Oriental, decretada no ano anterior. O ato dificulta os
esforços liderados pelos EUA em dissuadir os palestinos de
buscar o reconhecimento na ONU da nação como um
Estado.
Cerca de 500 mil judeus vivem na Cisjordânia e em
Jerusalém Oriental, áreas capturadas por Israel na guerra
de 1967. Cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem no
mesmo território
A Faixa de Gaza é um território
palestino de refugiados localizado em
um estreito pedaço de terra na costa
oeste de Israel, na fronteira com o
Egito. Marcada pela pobreza e
superpopulação, tem 1,7 milhões de
habitantes e está lotada de favelas
em uma área de menos de 40 km de
extensão e outros poucos
quilômetros de largura. Quem mora
ali tem uma vida de restrições.
FAIXA DE GAZA.
1- JUDEUS: Jerusalém é importante para os judeus por ter sido a
capital do reino de Judá e por abrigar as ruínas do Templo de
Salomão.
2- CRISTÃOS: A cidade é sagrada por ser o local onde Jesus
padeceu e foi morto, segundo as indicações bíblicas. Sobre o local
onde Jesus teria sido sepultado, construiu-se a Basílica do Santo
Sepulcro, no alto da Via Sacra, caminho que ele teria percorrido com
a Cruz nos ombros. Até hoje, recebe muitos religiosos em procissão.
3- MUÇULMANOS: Para os muçulmanos, Jerusalém é uma cidade
santa porque lá se localiza a mesquitas que abriga o Domo da Rocha,
ou seja, o rochedo de onde Maomé teria alçado voo aos céus.
JERUSALÉM A CIDADE
SAGRADA