4. “ Qualquer pessoa pode aprender mais e melhor
se estiver "condicionada para aprender". E este
condicionamento é obtido a partir das técnicas
de relaxamento, que abrem os "poros do
subconsciente" para a memorização perfeita.”
5. Aprendizagem Acelerada é uma técnica de
estudo desenvolvida por George Lozanov que
tem por objetivo maximizar os resultados do
funcionamento do cérebro quanto à
aprendizagem.
6. Os objetivos deste curso são
auxiliar no processo de
aprendizagem de modo rápido e
eficiente com a finalidade de obter
mais informação em menor espaço
de tempo.
8. • A aprendizagem acelerada nada mais é
do que a consequência de um sistema
que nos condiciona a tomar o tempo como
algo preciosíssimo, sendo grave as
consequências da perda do mesmo.
9. • O desenvolvimento científico acelerado, a
necessidade de maior quantidade de
conhecimentos, a demanda de qualidade
profissional num mercado de trabalho
cada vez mais exigente. Como aprender
mais em menos tempo?
10. • Felizmente a pesquisa científica tem
revelado muita coisa. Já descobrimos
muito sobre o modo como o cérebro e a
mente funcionam e sobre como os fatos
podem ser mais rapidamente fixados na
memória.
11. • Criam-se oportunidades de aprender com
técnicas hoje conhecidas com o nome de
Aprendizagem Acelerada. Técnicas que
proporcionam o uso de todo o cérebro,
nos seus dois hemisférios e de forma
integrada, facilitando a compreensão e
memorização de maneiras nunca antes
experimentadas.
12. • O ensino convencional determinava que o
aprendizado só se daria se o aluno
estivesse completamente concentrado e
fazendo repetições freqüentes de idéias
ou palavras – o conhecido "decorar".
13. • A compreensão passava pela seqüência
lógica e pelo raciocínio. Na Aprendizagem
Acelerada, por outro lado, ao aluno
aprende a obter um estado de
relaxamento alerta e a lidar com um
conjunto simultâneo de informações.
14. • No estado de relaxamento, a mente
interior entra em ação e o cérebro fica
mais aberto e disponível para o
aprendizado.
15. • Pesquisas feitas por Don Schuster,
professor de psicologia na Universidade
de Iowa, constataram que alunos que
passaram pelo processo da Aprendizagem
Acelerada tiveram um rendimento muito
maior na velocidade e na eficácia da
aprendizagem do que os alunos que
tinham aprendido pela maneira
convencional.
16. • Os dois lados do nosso cérebro, nossos
dois "cortex", são ligados por uma
fantástica cadeia de fibras nervosas
vinculadas a diferentes tipos de atividades
mentais.
17. • Na maioria das pessoas, o cortex
esquerdo lida com a lógica, com as
palavras, o raciocínio, os números e as
chamadas "atividades acadêmicas".
18. • Enquanto o cortex esquerdo desenvolve
essas atividades, o cortex direito lida com
o ritmo, as imagens, as cores, a música e
as artes.
19. • A maioria das pessoas tem predominância
de um ou de outro lado do cortex.
20. • Einstein, por exemplo, assim como outros
grandes cientistas, tinham o lado
esquerdo do cortex dominante.
21. • Picasso, Cézanne e outros grandes
artistas e músicos tinham o lado direito
dominante.
23. • Um dos principais fatores que dificultam a
aprendizagem é o estresse. Supõe-se que
80% das pessoas que apresentam
dificuldade em absorver os conteúdos
estudados, sofrem de uma carga
significativa de estresse.
24. • O estresse é uma reação aos estímulos
externos que nos sobrecarregam
emocionalmente, fazendo-nos muitas
vezes nos superar em determinadas
situações, mas em consequência, há um
forte desgaste mental.
25. • As causas da ocorrência do estresse já
derivam de problemas que a pessoa
afetada possui em seu âmbito emocional.
26. • Por exemplo, a alta suscetibilidade a
frustração atinge pessoas que não têm
uma boa base emotiva, facilitando o
processo com uma baixa resistência aos
agastamentos sofridos.
27. • Pessoas que vivem constantemente com
medo, se sentindo ameaçadas, fazendo
com as mesmas se isolem, como uma
forma de se defender daquilo que a
ameaça.
28. • Outro fato importante na construção do
estresse é a constante competividade pela
qual a pessoa é obrigada a participar,
gerando frustração no caso de obter um
mau resultado.
29. • A desorganização é algo que aflige muitas
pessoas. E a maioria nem se apercebe de
que a gestão do tempo e a organização
são fundamentais para ter uma vida
agradável.
30. • A constante sensação de tempo perdido,
da falta do mesmo e de estar sempre
sobrecarregado de coisas para fazer é a
prova de que seu tempo precisa ser
administrado de forma mais eficiente.
31. • As consequências desta desorganização
provocam frustração e em seguida,
estresse e desmotivação.
32. • A raiva, causada por constantes
aborrecimentos, acontecimentos
contrários àquilo esperado e muitas vezes
piores do que se pensava, refletem a falta
de autocontrole.
33. • É considerada como um problema
emocional e tem muito poder sobre o
psicológico do homem, podendo causar
doenças devido ao tamanho esforço
mental ao qual o tal foi exigido.
34. • É aconselhada, a realização de exercícios
físicos, para que o indivíduo possa
descarregar tudo aquilo que atormenta a
psique humana.
35. • Além dos citados que não apresentam
nenhuma deficiência cognitiva, há certas
condições que fazem com que o homem
tenha certa dificuldade tanto em aprender
quanto em se comunicar. A dislexia é a
mais comum.
36. • Dislexia é uma confusão da memória ou
no raciocínio no processo de leitura,
fazendo com que a pessoa omita letras,
pule linhas, troque sílabas e leia mais
devagar com muita dificuldade.
37. • Aparentemente, a dislexia aparece devido
a fatores genéticos, apesar de não haver
nenhuma resposta científica conclusiva
para tal.
38. • Já a disgrafia, deriva da dislexia, pelo fato
de ser o mesmo processo só que na
escrita. Além das já habituais trocas nas
palavras, há uma desorganização na
construção do texto e eles portam uma
caligrafia normalmente ilegível.
39. • A dislalia aduz uma dificuldade e uma
confusão no processo da fala, que remete
a disgrafia e a dislexia dentro dos seus
campos.
40. • Os fonemas saem errados e a pronúncia
muitas vezes é incomum, fazendo com
que o entendimento seja difícil. Pessoas
com o lábio fendido e com a língua flácida
são as mais afetadas por esse problema.
41. • A discalculia, um problema que já é
menos conhecido pela população, afeta
pela dificuldade encontrada em realizar
cálculos, identificar os devidos sinais,
entender um enunciado de um problema e
até mesmo para fazer comparações ou
sequencias de caráter lógico.
42. • E por último, o TDAH, sigla para
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade, é um problema que tem
nas suas consequências as seguintes
características: falta de concentração e
atenção, e desinquietação, apresentando
um comportamento impulsivo.
43. • Atualmente, há várias situações em que o
indivíduo é definido como portador de
TDAH ou DDA (Distúrbio de Déficit de
Atenção), por se portar inquieto, impulsivo
ou absorto.
44. • Sintomas que podem provir de uma
perturbação emocional e nem sempre
fazem parte de um quadro de transtorno
psicológico. Lembrando que o único apto
e confiável para diagnosticar um distúrbio
psicológico é um profissional da área em
questão.
46. • Georgi Lozanov, nascido na Bulgária em
1926, se tornou médico psiquiatra, doutor
em medicina e psicoterapeuta.
47. • Além de sua atuação em clínica médica,
Lozanov foi pesquisador em
neuropsiquiatria da Academia Búlgara de
Ciências e professor catedrático da
Universidade St. Kliment Ohridski, em
Sófia, Bulgária.
48. • Em 1971 ele defendeu sua tese de
doutorado com o título “Aplicações
Médicas e Pedagógicas da Sugestão”,
posteriormente publicada em forma de
livro na Bulgária, na Inglaterra, nos
Estados Unidos e no Canadá, sob o título
de “Sugestologia e Princípios de
Sugestopedia” (Lozanov, 1978).
49. • Ele designou de Sugestologia a ciência da
arte de liberar e estimular a
personalidade, sob orientação ou sozinho,
e de Sugestopedia a aplicação da
sugestologia em processos de
aprendizagem.
50. • Durante seus trabalhos de
psicoterapia na Bulgária, Lozanov
observou o fenômeno
de hypermnesia, a capacidade de
memorização de grande quantidade
de informação em um pequeno
intervalo de tempo, realizada de
forma sugestiva e com retenção na
memória de longo prazo.
51. • Muitos destes resultados foram obtidos a
partir de experimentos com hipnose:
“Nos experimentos nós observamos a lembrança de coisas
que geralmente não são retidas na mente de uma pessoa
normal, coisas das quais ela não é consciente, mas que
existem e exercem um efeito. “(Lozanov, 1978, p. 12).
52. • Posteriormente, ele relata que a
possibilidade de aumento de memória
pela sugestão a partir de um estado
desperto normal foi observado claramente
em um de seus pacientes em 1955.
53. • Tratava-se de um operário que
freqüentava a escola noturna e que
apresentava dificuldades de
memorização.
54. • Após uma sessão terapêutica, ele foi
capaz de recitar um poema inteiro que lhe
fora solicitado, apesar de tê-lo ouvido
apenas uma vez.
55. • Tal experimento foi repetido com outros
pacientes e os resultados observados
deram convicção à Lozanov de que este
método gerava melhores resultados do
que com pacientes em estado hipnótico.
56. • Em 1964 o Departamento de Psiquiatria
do Instituto Médico Pós-graduado da
Bulgária propiciou condições para a
realização de experimentos de aumento
de memória, utilizando as técnicas
sugeridas por Lozanov, em grupos de
aprendizagem de novos idiomas.
57. • Em seu livro, Lozanov informa ter obtido
grande êxito nos experimentos, cujos
resultados foram relatados ao Instituto de
Pesquisas Pedagógicas (IPP) de seu país.
58. • No ano seguinte criou-se um grupo de
pesquisa no IPP, organizado
conjuntamente pelo Ministério da
Educação e pelo Ministério da Saúde
Pública e Bem Estar Social da Bulgária,
para avaliar o método de ensino de
idiomas baseado nas técnicas de
sugestologia.
59. • Após os experimentos, o grupo entregou
um relatório para o conselho científico do
IPP, e para os ministérios envolvidos, no
qual destacava os principais resultados
observados:
60. 1. A Sugestopedia mostra a possibilidade do
aumento sugestivo de memória em estado
desperto.
61. 2. De acordo com o que foi observado nos
grupos experimentais, a memorização no
aprendizado pelo método sugestopédico
parece ser acelerado em 25 vezes em
comparação com os métodos
convencionais.
62. 3. O grau de memorização de palavras
aprendidas pelo método sugestopédico
variou de 96 a 100 por cento.
63. 4. A comparação de dados dos grupos
experimentais e de controle comprova a
superioridade do ensino sugestopédico.
64. 5. Em um número de casos a sugestão em
estado desperto, utilizada com propósitos
de ensino, teve um efeito terapêutico.
65. • Em função dos resultados observados, e
com o apoio daqueles ministérios foi
inaugurado em 06/10/1966 o primeiro
Centro de Pesquisas de Sugestologia,
dirigido por Lozanov.
66. • Tinha como objetivos realizar pesquisas
sobre a psicologia e a fisiologia da
sugestão e o desenvolvimento do método
sugestopédico de ensino e aprendizagem.
67. • Posteriormente, Lozanov também cria e
dirige o Centro de Sugestologia e
Desenvolvimento da Personalidade na
Universidade St. Kliment Ohridski, onde
são conduzidos estudos da aplicação
psicoterapêutica da sugestão.
68. • Em 1975 Lozanov organiza em conjunto
com sua colega, a Dra. Evelyna Gateva,
um programa escolar experimental no
Instituto Ludwig Boltzmann de Viena,
Áustria.
69. • Em 1978 a UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura) aprova e reconhece o método
sugestopédico, recomendando sua
expansão e a formação de professores
para aplicação do método.
70. • Em 1991 o Dr. Lozanov funda um centro
de pesquisa e treinamento em
Sugestopedia na Áustria, onde passa a
transmitir seus ensinamentos para
interessados do mundo inteiro.
72. • De maneira simplificada, a Sugestologia é
a ciência da sugestão. Um de seus
propósitos é a investigação de como a
aprendizagem e a comunicação são
influenciadas pela sugestão.
73. • Tem sua origem na prática da
psicoterapia, na qual Lozanov se utilizou
da sugestão como um meio para o
processo de tratamento de seus
pacientes.
74. • Em seu livro, Lozanov tece diversas
considerações sobre como a sugestão
exerce sua influência sobre os indivíduos
(Lozanov, 1978).
75. • Cada indivíduo está constantemente
exposto a uma grande variedade de
estímulos, em função do meio que o
circunda.
76. • Mesmo quando a mente do indivíduo foca
sua atenção consciente num objeto ou
situação específica, ela percebe os
estímulos periféricos existentes ao redor
do objeto, ou da situação observada, de
maneira inconsciente.
77. • Para Lozanov, o conjunto desses
estímulos forma uma rede de sugestões
que podem influenciar o indivíduo.
78. • Lozanov estabelece que a Sugestologia
tem como objeto de pesquisa a
personalidade humana e sua complexa
inter-relação com o ambiente, dando
grande atenção a aquelas percepções que
geralmente são insuficientemente
conscientes, ou até mesmo totalmente
inconscientes.
79. • Ele destaca que o homem, como entidade
psicossomática, é resultado do ambiente
natural e social no qual está inserido. Sua
herança biológica é moldada, direcionada
e remodelada em função do ambiente em
que se encontra.
80. • A estrutura da personalidade do indivíduo
é construída em contínua inter-relação
com o ambiente, incluindo o seu ambiente
social.
81. • De acordo com suas pesquisas, esta
concepção está embasada na fisiologia e
na proposição de que todas as atividades
do organismo são determinadas pelo
ambiente e que princípios reflexos
norteiam ambas a neurofisiologia e a
psicologia.
82. • No cérebro, as conexões corticais-
subcorticais são responsáveis pela
formação de mecanismos reguladores,
que mantêm o equilíbrio entre o
organismo e o ambiente.
83. • Lozanov relata que estudos indicam que a
rota polisináptica dos receptores,
passando através da formação reticular,
ativa o córtex cerebral quando há a
presença de excitação nesses receptores,
indicando a interação dessas estruturas
nos mecanismos reguladores.
84. • A atuação dos mecanismos fisiológicos
para manutenção do equilíbrio do
organismo com o seu ambiente natural e
social freqüentemente ocorre abaixo do
limiar da consciência.
85. • Nós permanecemos inconscientes sobre
os efeitos do ambiente pelo fato dele ser
relativamente constante, raramente
apresentando variações bruscas ou de
grande amplitude.
86. • Assim, o efeito psicológico resultante da
ação desses mecanismos geralmente
escapa à mente consciente.
87. • Para Lozanov, os complexos mecanismos
fisiológicos devem ser examinados sob
uma abordagem que encampe tanto os
aspectos filogenéticos (espécie) quanto os
ontogenéticos (indivíduo).
88. • A partir da interação entre os traços
hereditários e congênitos de um indivíduo
e das características de seu ambiente
natural e social é que se estabelece o seu
desenvolvimento físico, mental e
emocional.
89. • A sugestão exerce um papel
preponderante na vida em comunidade. O
ambiente social, com os seus diversos
requerimentos para os membros da
sociedade, impõe uma subordinação do
indivíduo.
90. • O tecido social exerce uma forte influência
sugestiva, de uma maneira inconsciente,
não só através do medo imposto pelo
poder da coletividade, mas também pelas
normas e condutas sociais amplamente
adotadas e aceitas, que vão se cristalizar
no indivíduo, moldando a sua conduta.
92. • A Sugestopedia aparece ligada ao ensino
de uma língua estrangeira e a sua eficácia
é hoje incontestada.
93. • Sabe-se que pelo método sugestopédico
os alunos aprendem mais depressa e
melhor que pelos métodos tradicionais.
94. • Alguns dos princípios sugestopédicos:
• A Actividade Inconsciente e a
Comunicação Subliminar
95. • Se é verdade que o método sugestopédico
visa a implicação de cada participante na
sua globalidade cognitiva, afectiva e
psicomotora, não é menos verdade que
privilegia o psiquismo profundo do indivíduo
em formação, uma espécie de zona de
sombra onde se jogam os primeiros
sucessos ou fracassos na aprendizagem de
qualquer assunto ou matéria.
96. • A importância de redescobrir a alegria e o
prazer de aprender, característicos do
início da existência de qualquer pessoa, e
num ambiente sem tensões e sem
contrariedades, é uma preocupação
permanente e dominante do método
sugestopédico.
97. • Os Conteúdos do Ensino são
indissociáveis do Processo de
Comunicação
• Há que observar com cuidadoso rigor as
consequências positivas e negativas que
têm a linguagem utilizada pelo animador e
os comportamentos que adopta em
relação aos participantes e à
aprendizagem.
98. • Para além dos aspectos gramaticais
presentes no ensino de uma língua
estrangeira, são acima de tudo
considerados os aspectos da
expressão/comunicação dessa mesma
língua, as suas componentes culturais e o
seu património literário e artístico.
99. • O Retorno à Infância
• A importância de redescobrir a alegria e o
prazer de aprender, característicos do
início da existência de qualquer pessoa,
num ambiente sem tensões e sem
contrariedades é uma preocupação
permanente e dominante do método
sugestopédico.
100. • Lozanov considera que não há razão para
se não aprender uma língua
diferentemente da forma como o faz uma
criança: de forma global, interdisciplinar,
na sua totalidade psicomotora, intensa e
concentradamente.
101. • Por isso, propõe inúmeras actividades
susceptíveis de trazerem à memória
esses tempos idos da idade da inocência,
sem preconceitos, nem barreiras artificiais
geradas pela educação e o ensino.
102. • Com efeito, defende o método
sugestopédico para o ensino de uma
língua estrangeira uma implicação dupla
de cada participante:
103. • aprende, por um lado, na sua globalidade
cognitiva, afectiva e psicomotora e, por
outro lado, aprende mergulhando o seu
psiquismo profundo, numa espécie de
zona de sombra onde se jogam os
primeiros sucessos ou fracassos na
aprendizagem de qualquer assunto ou
matéria.
104. • Remoção das Barreiras Psicológicas à
Aprendizagem
• Considerando que o ser humano utiliza
apenas 4% das suas capacidades
intelectuais, Lozanov (1978) propõe a
activação das reservas da personalidade
aprendiz.
105. • Simultaneamente, a remoção dos
bloqueios criados por processos de
aprendizagem anteriores, o reforço da
auto-imagem, da sugestão, da auto-
sugestão e da des-sugestão positivas.
106. • A Sugestopedia define três tipos de
bloqueio. São três tipos de barreiras que o
adulto constrói ao longo do seu percurso
existencial e que Lozanov considera como
obstáculos maiores e permanentes à
aprendizagem em geral, e à
aprendizagem de uma língua estrangeira
em particular:
107. • as barreiras lógicas, que se caracterizam
por pensamentos pessimistas que só à
primeira vista parecem lógicos -
pensamentos do tipo: como é possível
aprender 50 novas palavras em 15
minutos? ; ou aprender é uma coisa
sempre muito difícil e complicada que
exige muito tempo;
108. • as barreiras afectivas, que se traduzem
muitas vezes na falta de confiança em si
próprio - manifestam-se em frases do
tipo: não tenho jeito nenhum para
aprender línguas! ou não consigo fazer
isso! ou sou inibido!,
109. • as barreiras éticas ligadas aos valores
adoptados pelo indivíduo e que
contrastam com os dos outros,
nomeadamente sobre a concepção do
mundo e do homem.
110. • Activação das Reservas da
Personalidade
• Ao considerar que as várias barreiras,
obstáculos ou bloqueios descritos
anteriormente dificultam ou paralisam a
aprendizagem, Lozanov propõe que se
faça um trabalho no sentido de removê-
las.
111. • Não pela confrontação directa, mas,
precisamente partindo delas, para, por um
processo de sugestão/des-sugestão
activar em simultâneo os imensos
potenciais da personalidade aprendiz.
112. • Trata-se, com efeito, de activar esses
potenciais, através da utilização
planificada da sugestão e da auto-
sugestão, fundamentadas nos princípios
da autoridade, do retorno à infância, do
duplo nível da comunicação, e da
centração nos interesses e necessidades
de quem aprende uma língua estrangeira.
113. • Uma Aprendizagem Rápida, Intensa,
concentrada e Sem Esforço
• O método sugestopédico baseia-se na
sede de aprender do estudante, na rápida
aquisição de conhecimentos, exigindo,
para isso, paradoxalmente, uma grande
concentração da atenção e uma ausência
de esforço.
114. • Concentração da atenção/relaxamento é a
relação bipolar que se estabelece na
utilização do método sugestopédico, pelo
que é já um lugar comum dizer-se que o
que somos é determinado em grande
parte pela educação, pelo meio familiar e
pelas pessoas que integram o universo
das relações sociais.
115. • O Emprego simultâneo de Recursos
Didácticos, Artísticos e Psicológicos
• Ao estudar a forma como as múltiplas
solicitações do meio ambiente actuam
sobre o psiquismo inconsciente e
irracional, Lozanov deu origem ao método
sugestopédico que emprega três tipos de
meios no processo de
ensino/aprendizagem:
116. • os psicológicos, os didácticos e os
artísticos - que visam, privilegiadamente,
restituir ao indivíduo a confiança em si
próprio e proporcionar-lhe o conhecimento
dos seus bloqueios interiores, bem assim
as causas que os provocam.
117. • E, a partir daí, por meios simultaneamente
globais e sintéticos, facilitar a
aprendizagem da língua, fazendo recurso
a canções, filmes, peças de teatro,
susceptíveis de motivarem intensamente
os participantes para a aprendizagem de
noções elementares de uma língua
estrangeira.
119. • Em todos os sítios onde se viu aplicada, a
Sugestopedia proporcionou os melhores
resultados.
120. • Considerada um pouco por todo o mundo
como um método revolucionário, com
resultados miraculosos, a Sugestopedia
foi a abordagem escolhida para o ensino
de línguas estrangeiras por companhias
de aviação, empresas, artistas, jornalistas.
121. • Enfim, todos quantos necessitavam
aprender uma língua estrangeira em muito
pouco tempo e de modo a poderem
utilizá-la nas suas lides comerciais,
políticas, académicas, investigativas,
artísticas, jornalísticas, etc.
122. • Mas, para além da aplicação no ensino
das línguas estrangeiras, a Sugestopedia
pode ser utilizada em todas as formas de
aprendizagem: formação técnica do
pessoal das empresas públicas e
privadas, o ensino de matérias com forte
pendor na memorização (medicina, teatro,
por exemplo), etc.
123. • É para este novo público-alvo que
Lozanov se volta hoje, aos 78 anos,
dando conferências, promovendo cursos
ou orientando estágios.
124. • Considerada como uma espécie de
estalagem espanhola, em que cada um
nela encontra o que trouxer consigo, a
Sugestopedia é alvo de muitas críticas,
uma fundadas outras não.
125. • A Sugestopedia, que se provou ser um
método em que se aprende dez vezes
mais em dez vezes menos tempo, ficou à
porta, das escolas e universidades,
acusada pelos professores de
manipulação, esoterismo e ausência de
rigor científico.
126. • Pelo meio, muitos professores,
universitários e responsáveis de
programas revelaram uma alegre
facilidade na utilização de técnicas
oriundas da Sugestopedia.
127. • Ao mesmo tempo, que se deparavam com
uma extrema dificuldade em compreender
os seus fundamentos e atitudes
necessários.
128. Actividades Sugestopédicas
• O método sugestopédico baseia-se na
sede de aprender do estudante, na
estimulação rápida e sem esforço.
129. • O processo de aprendizagem deve ser
organizado de tal maneira que se possa
utilizar não apenas as funções
conscientes da personalidade aprendiz,
mas também as capacidades
inconscientes, ligando, assim, os aspectos
lógicos com os aspectos emocionais da
aprendizagem.
130. • O Acolhimento
• Doze participantes, seis do sexo
masculino e seis do sexo feminino - que
geralmente integram um grupo de
aprendizagem pelo método sugestopédico
durante 96 horas, à razão de 4 horas por
dia, distribuídas por 24 dias, vão aprender
as bases de uma língua estrangeira.
131. • São recebidos numa sala com cadeiras
confortáveis (tipo cadeiras de avião)
dispostas em semicírculo.
132. • Começam por ser informados, num clima
relaxado de tensão, que vão aprender
cerca de 2000 unidades lexicais e que
devem ler, depois de cada sessão, antes
de se deitarem, um texto de base
sugestopédica, durante 15 a 20 minutos,
que lhes será entregue pelo professor.
133. • Nas paredes, estão vários cartazes
sugestivos, com imagens e palavras do
país da língua de aprendizagem, assim
como quadros indicando a declinação de
nomes ou a conjugação de verbos.
134. • Estes quadros facilitam a aquisição de
vários elementos da língua através da
actividade periférica ou inconsciente. O
professor deverá também pedir aos
participantes que sejam pontuais e que
apenas lhes será permitida uma falta.
135. • Convida-os a levarem uma vida sã e a
evitarem situações de tensão ou
traumatizantes, assim como, deitarem-se
cedo. Realça-se, aqui, a importância
conferida por Lozanov a um meio e a uma
atmosfera agradáveis.
136. • A Apresentação
• O professor cumprimenta cada
participante com um aperto de mão e
apresenta-se com um nome, local de
nascimento e profissão fictícios,
originários do país onde se fala a língua
visada.
137. • Os estudantes escolhem, igualmente, um
nome fictício, uma profissão e um local de
nascimento relativos ao país onde se fala
a língua que se está a aprender.
138. • Para os que não tenham conhecimento de
nomes, cidades nem de profissões do
país onde se fala a língua de
aprendizagem, o professor distribui três
listas escritas na língua alvo, com cidades,
profissões e nomes.
139. • Os participantes atribuem-se, cada um,
uma personalidade diferente da
verdadeira, e vão mantê-la ao longo do
curso.
140. • Unidades Lexicais e Gramática
• Antes de introduzir o texto de cada
sessão, o professor dá informações
lexicais e gramaticais, durante cerca de 30
minutos.
141. • Os participantes realizam actividades
como as que, de seguida, se descrevem,
e preenchem uma ficha do tipo que
apresentamos a seguir à actividade.
142. • O objectivo da presente actividade é o de
produzir diálogos criativos a partir da
relação bipolar pergunta - resposta.
143. • 1. Num pequeno cartão, cada participante
responde a uma das seguintes questões:
a. Quando?
b. Porquê?
c. Para quê?
d. Com quê?
144. • Para um grupo de 12 estudantes de uma
língua estrangeira, por exemplo, haverá 3
cartões com a mesma pergunta.
145. • 2. O professor recolhe as respostas e
agrupa-as em séries de 3. Em cada série
haverá respostas para cada uma das
questões. Pela ordem acima apresentada,
lê as frases produzidas, cujo conteúdo
será, em princípio, absurdo, salvo se, à
partida, for imposto um tema.
146. • 3- Se o grupo for maior e ficarem de fora,
por exemplo, dois dos estudantes, caberá
a estes a tarefa de criarem novas
associações e, consequentemente, novas
frases.
147. • O texto é dividido em várias partes,
cabendo a cada participante a leitura de
uma delas em voz alta. Seguimos o que
nos aconselha Lozanov quando propõe
que os textos utilizados na exploração e
exemplificação lexicais e gramaticais
sejam pequenos diálogos, tirados de
vários textos de autor.
148. • A Sugestopedia defende a ideia de que
não se devem utilizar textos direccionados
exclusivamente para uma aprendizagem
específica da língua nem impor conteúdos
restritivos.
149. • Propõe que os participantes sejam livres
de escolher os conteúdos, questões, etc.,
que muito bem entenderem.
150. • Os Textos
A temática dos oito textos que fazem parte
do curso sugestopédico deve estar
interligada com o conteúdo das
interacções entre os participantes.
151. • Todos os textos sugestopédicos reflectem
uma concepção fundamentalmente
positiva do homem, em oposição à
concepção freudiana, que Lozanov
considera pessimista.
• A primeira bateria de textos reporta-se à
problemática do autoconhecimento.
152. • A segunda série de textos reporta-se ao
quotidiano da família Silva, o que permitirá
aos participantes apropriarem-se do
vocabulário do quotidiano de um grupo
variado de pessoas, desde o levantar ao
deitar.
153. • O tempo, as compras, as refeições, as
visitas, as viagens, os desejos, as
profissões de cada membro, assim como
a ida ao correio, a leitura de um menu
completo num restaurante, as estações do
ano, etc..
154. • Uma quarta série de textos reporta-se às
artes do país cuja língua é ensinada:
teatro, cinema, pintura, música, etc. O
quinto grupo de textos versa temas mais
subjectivos e de opinião, como o amor, a
amizade, etc.
155. • A escolha do vocabulário obedece a
critérios de frequência de emprego e da
sua utilidade prática, sendo introduzidas,
em cada texto, estruturas lexicais e
gramaticais precisas.
156. • Por exemplo, o emprego do particípio
passado na série de textos relativos a
conteúdos temáticos relacionados com a
Arte.
157. • No ritual de exploração de um texto, que
ocorre em cada sessão, o animador lê ou
conta uma história, facilmente
compreensível, cujo vocabulário,
gradualmente, os participantes vão-se
apropriando.
158. • Tradução de Textos
• Seguem-se exercícios de tradução,
acompanhados de explicações
gramaticais e lexicais, e das
particularidades, similitudes e diferenças
existentes nas línguas materna e
estrangeira.
159. • A grande utilidade deste tipo de actividade
é, de resto, a comparação entre as
línguas.
160. • A Conjugação dos Verbos em Coro
• O professor pede aos estudantes que, em
coro, configurem vários tempos de verbos
importantes, salientando as
especificidades e as diferenças que os
mesmos apresentam, na língua
estrangeira, servindo-se de exemplos.
161. • Os verbos "ser" e "estar", po exemplo.
• Constróem, depois, uma frase para cada
um desses verbos.
• Com as frases produzidas e, em grupos,
vão criar uma história, recorrendo, se
necessário, a frases de ligação.
162. • Transposição
• O professor recorre, quotidianamente, à
descrição de lugares, objectos, etc. para
situações de aplicação imediata.
163. • Descreve, em pormenor, uma casa típica,
para, de seguida, fazer perguntas na
língua-alvo sobre a casa de cada um.
Descreve uma viagem, para pedir, de
seguida, a narração de viagens que os
participantes tenham realizado.
164. • Jogos de Papéis
• Como forma de transferir os
conhecimentos adquiridos para novas
situações, o método sugestopédico
recorre, frequentemente, a jogos de
papéis.
165. • Depois de ter sido dado vocabulário sobre
uma viagem, por exemplo, propõe-se uma
situação simulada. Imaginem que as
vossas personagens se encontram num
aeroporto. O que dizem? E vai propondo
diversas situações.
166. • O mesmo pode propor-se para o
vocabulário de boa educação (cortesia),
convidando os participantes a
imaginarem-se personagens que se
encontram pela primeira vez.
167. • Concerto Activo
• Os participantes são convidados a
ouvirem extractos de música de Bach ou,
em alternativa, Haydn, Mozart ou
Beethoven, de modo a atingirem um
estado de relaxação psíquica e de
concentração. Têm, diante de si, o texto
relativo à lição.
168. • Na parte esquerda da folha, o texto na sua
língua materna ou segunda, e na parte
direita, o texto na língua estrangeira. O
professor, permanecendo de pé, e numa
atitude solene, lê o texto da sessão ao
ritmo da música.
169. • Os estudantes podem sublinhar algumas
palavras ou expressões para
esclarecimento ou discussão posterior.
170. • Concerto Pseudo-Activo
• À actividade de concerto activo segue-se
uma outra de concerto pseudo-passivo,
em que, desta vez, com música de Vivaldi,
os participantes são convidados a
fecharem os olhos e a ouvirem a música,
enquanto, em tom normal, o professor lê o
texto do dia.
171. • Depois de acabar a leitura do texto, o
professor abandona, em silêncio, a sala,
deixando uma folha com a indicação de
que a aula terminou e com a tarefa para
realizar em casa: cada um deve reler o
texto em casa, antes de adormecer.
172. • Retorno à Atividade Fícticia
• O professor retorna à personagem
escolhida no início do curso, por cada
participante, e coloca várias questões
sobre a sua personalidade, com o fim de
espicaçar e incentivar uma melhor
definição da personagem.
173. • Pode alargar o questionamento ao resto
do grupo. Naturalmente, cada participante
procurará, pelos meios que entender,
informar-se sobre locais, iguarias,
acontecimentos sociais da região e época
que escolheu para a sua personagem e
construir assim, eficazmente, a sua ficção.
174. • O professor pode, em cada sessão,
dedicar um momento de 15 minutos para
este tipo de exploração, e fá-lo-á com um
participante por sessão, sem prejuízo da
manutenção de cada personagem durante
todo o tempo de duração do curso.
175. • Palavras Memorizadas
• A presente atividade desenvolve-se em
três momentos distintos, e potencializa
vários elementos transdisciplinares e/ou
interdisciplinares, com especial incidência
na aprendizagem da língua estrangeira.
176. • Cada momento da atividade que a seguir
se transcreve deve ser realizado, um, em
cada sessão.
177. • O primeiro momento é, antes do mais, um
exercício de memória e de concentração
da atenção. Paralelamente, pretende-se
realçar a importância do trabalho em
grupo e as capacidades inesgotáveis do
ser humano.
178. • O segundo momento corresponde à
criação de um texto, para dramatização
posterior. Num terceiro momento
pretende-se, sobretudo, mobilizar as
capacidades criativas e imaginativas dos
participantes, e realçar a importância da
comunicação.
179. • Produção Escrita
• Todos os elementos do grupo estão
dispostos em círculo, em posição
confortável.
180. • Um participante inicia uma frase: "Eu dou-
te uma flor", por exemplo. O segundo
elemento acrescenta algo à frase: "Eu
dou-te uma flor e duas revoluções", para
um terceiro participante continuar: "Eu
dou-te uma flor, duas revoluções e três
memórias".
181. • E assim por diante. Quer dizer, cada
pessoa acrescenta um novo elemento, a
que igualmente e para facilitar, se lhe
associa o número seguinte. O participante
que se enganar sai do jogo, terminando
este, quando só existir uma pessoa.
182. • Verificar-se-á como em muito pouco
tempo são ditas de cor várias dezenas de
palavras que levariam horas a memorizar
individualmente.
183. • Dramatização
• Formam-se vários grupos de trabalho.
Cada grupo vai criar um texto em que
entrem todas as palavras anteriormente
definidas.
184. • Utilizadas no singular ou no plural, todas
devem constituir o pequeno texto, a criar
por cada grupo, que adoptará a
metodologia que achar mais conveniente.
185. • Em alternativa, pode pedir-se a cada
participante que faça um pequeno texto
que contenha todas as palavras
decoradas.
186. • Só então se passará ao trabalho em
grupo, que consistirá, neste caso, na
seleção de três ou quatro textos
suscetíveis de serem dramatizados.
187. • Pode-se, ainda nesta fase, modificar-se -
agora em grupo - algumas partes do texto
produzido individualmente.
188. • Após a leitura dos vários textos, pede-se a
cada grupo que passe à acção dramática
aquilo que foi criado no papel. Se a tónica
era antes colocada na palavra, neste
terceiro momento os vários participantes
concentrarão os seus esforços criativos no
jogo dramático.
189. • Neste sentido, não se torna necessária a
utilização das palavras memorizadas. É,
no entanto, natural que por força da sua
inclusão no texto criado, a maior parte
delas venha a ser integrada na
dramatização.
190. • Finalmente, os vários grupos apresentam
as suas produções, que serão motivo de
análise tanto quanto ao conteúdo como à
forma escolhida.
191. • Pode, eventualmente, após as análises
realizadas, voltar a repetir-se cada
dramatização, sobretudo se, neste caso,
se colocar a tónica no desenvolvimento de
capacidades de comunicação.
192. • Espelho Miraculoso da Infância
• O professor propõe a cada participante
que, deitado no chão e com os olhos
fechados, se imagine com menos de sete
anos.
193. • Num segundo tempo, cada participante
levanta-se e imagina-se ao espelho com
aquela idade.
194. • As atividades que acabamos de descrever
são as atividades iniciais que nas várias
fases exploratórias sê-lo-ão feitas com o
objetivo de reforçar o conhecimento sobre
os conteúdos gramaticais, lexicais,
vocabulário, etc.
195. • Visa-se, igualmente, a transferência dos
conhecimentos para a situação de
comunicação no universo das relações
sociais.
197. • Ambiente Físico: deve-se fazer todo o
esforço necessário para se criar um
ambiente de aprendizagem confortável.
Luz, temperatura, cores, plantas,
decoração, cadeiras ou assentos devem
ser cuidadosamente considerados.
198. • Música: a utilização de música adequada
estimula a aprendizagem. Música barroca,
por exemplo, ajuda o estudante a relaxar
e a focar.
199. • Periferia: uso de estímulos visuais, tais
como pôsteres e gráficos, reforça o
ensino. A informação (ou sugestão)
contida na periferia é captada pelo
subconsciente, enquanto o estudante está
conscientemente focado.
200. • Professor: as variações da voz
(entonação, volume, timbre, etc.) devem
ser utilizadas corretamente para manter a
atenção do aluno, bem como enfatizar
pontos importantes.
201. • Teatro e Encenação: interpretação de
estórias e encenação de papéis tornam as
lições vivas.
202. • Concertos Passivo e Ativo: as lições são
apresentadas acompanhadas de música
apropriada.
203. • Organização do ensino: responsável
pela reunião de todos os elementos num
fluxo harmonioso. Uma organização eficaz
contribui para a transmissão do conteúdo,
conduzindo o estudante através de um
ciclo bem-sucedido de aprendizagem.
204. Considerações Finais
• A tentativa inicial de replicação do trabalho
de Lozanov e de sua aplicação
pedagógica nos Estados Unidos deu
origem ao Método SALT - Suggestive-
Accelerative Learning and
Teaching (Aprendizagem e Ensino
Sugestivo-Acelerativo).
205. • Em 1979, também nos Estados Unidos,
Sheila Ostrander e Lynn Schroeder
anunciaram o método Superlearning,
baseado apenas parcialmente nos
trabalhos de Lozanov e de outros
pesquisadores, através do lançamento do
livro homônimo (Ostrander; Schroeder,
1979).
206. • Desse momento em diante começam a
surgir os primeiros cursos de caráter
comercial, destinados principalmente ao
ensino de idiomas, sendo então cunhado
o termo Accelerated Learning que se
espalha por vários países.
207. • Atualmente existem centros de ensino
baseados em tais métodos em diversos
países dos cinco continentes.
Independentemente do forte apelo
comercial e das distorções promovidas
pela mídia, os resultados do método têm
sido reconhecidos de fato, conforme
relatado em publicações
especializadas.
208. • Com o fim das restrições políticas,
Lozanov se transferiu para a Áustria e
fundou um centro de treinamento e de
pesquisas em sugestologia e em
sugestopedia, inicialmente na cidade de
Viktorsberg e depois se fixando em Viana,
com o objetivo de resgatar e expandir a
aplicação de seus trabalhos originais
desenvolvidos na Bulgária.
209. • Trabalhou ativamente em seu instituto até
recentemente, deixando-nos em maio de
2012.
210. • Sua abordagem é muito mais rica e
abrangente do que aquelas encontradas
nos cursos comerciais que se espalharam
pelo mundo e que utilizam seu nome
como referência.
211. • Seu método atua em um nível muito mais
refinado e profundo, ao contemplar o
indivíduo, suas potencialidades e suas
necessidades como um todo unívoco e
indissociável.
212. • O Dr. Lozanov possui um vasto trabalho
de pesquisa que merece ser mais bem
estudado e avaliado, incluindo o
desenvolvimento de métodos
psicoterapêuticos para o tratamento de
enfermidades e desajustes de origens
neurótica e psicossomática.
213. • Dentre suas últimas realizações procurou
divulgar a idéia da De-sugestologia, uma
nova abordagem através da qual se
procura remover antigas sugestões
patológicas arraigadas no indivíduo.
214. • Isto desbloqueando condicionamentos
que inibem tanto a aprendizagem como a
diversos outros potenciais de realização
humana.
215. Vídeo: “Como Aprender a
Aprender - Aprendizagem
Acelerada”
• Clique AQUI - Palestra sobre Como
Aprender a Aprender - Aprendizagem
Acelerada.
216. Vídeo: “Aprendizagem
Acelerada”
• Clique AQUI - Trecho de vídeo sobre
"Aprendizagem Acelerada" que aborda
rapidamente sobre Georgi Lozanov
(Sugestopedia), Tony Buzan (Mapas
Mentais) e os princípios da memória.
217. Leitura Recomendadas
• “Sobre Uma Escola Para O
Novo Homem” - JOSE ANGELO
GAIARSA Editora Agora
• Neste livro, o autor ajuda a questionar (e
demolir!) o sistema educacional brasileiro,
que, segundo ele, é arcaico e reacionário.
Educar significa conduzir, diz ele, e a
escola não está cumprindo seu papel.
Além de críticas, o livro traz idéias e
propostas para humanizar o ensino e
ajudar as crianças a se prepararem para
um mundo diferente.