20160902 DW Debate:Aproblemática Das Crianças E Adolescente Vivendo Nas Ruas De Luanda Causas E Soluções A Luz Do Projecto Educativo Dos Salesianos De Dom Bosco
Este documento descreve o projeto educativo dos Salesianos de Dom Bosco para ajudar crianças e adolescentes em situação de risco que vivem nas ruas de Luanda. O projeto oferece várias etapas de acolhimento e formação para retirar as crianças das ruas e reinseri-las em suas famílias ou na sociedade por meio da educação e formação profissional.
Semelhante a 20160902 DW Debate:Aproblemática Das Crianças E Adolescente Vivendo Nas Ruas De Luanda Causas E Soluções A Luz Do Projecto Educativo Dos Salesianos De Dom Bosco
Semelhante a 20160902 DW Debate:Aproblemática Das Crianças E Adolescente Vivendo Nas Ruas De Luanda Causas E Soluções A Luz Do Projecto Educativo Dos Salesianos De Dom Bosco (20)
20160902 DW Debate:Aproblemática Das Crianças E Adolescente Vivendo Nas Ruas De Luanda Causas E Soluções A Luz Do Projecto Educativo Dos Salesianos De Dom Bosco
1. A PROBLEMATICA DAS CRIANÇAS E
ADLESCENTES EM SITUAÇÃO DE
RISCO VIVENDO NAS RUAS DE
LUANDA, CAUSAS E SOLUÇÕES A LUZ DO
PROJECTO EDUCATIVO DOS SALESIANOS
DE DOM BOSCO.
2. SENTIMENTO INICIAIS
Agradecemos pelo convite,
Satisfação pelo facto da
organização abrir um
espaço para conversarmos
acerca da realidade das
crianças em situação de
perigo (vivendo nas ruas
em Luanda).
3. QUEM SÃO AS CRIANÇAS E OS
ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA ?
Crianças que são definidas “em situação de rua”
porque vivem ou passam parte de seu tempo
neste contexto.
Foram elaboradas definições mais específicas que
descrevem este grupo na base das actividades
que desenvolvem na rua (buscar renda, dormir,
lazer, etc).
4. SUBGRUPOS QUE CONSTITUEM O
GRUPO DAS “CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA”:
Criança na rua: crianças que trabalham ou
passam o seu tempo na rua e que têm um suporte
familiar inadequado ou esporádico.
Criança de rua: crianças que moram sozinhas
nas ruas onde vivem e trabalham e que já não
mantém laços familiares por motivos diferentes.
Crianças candidatos para a rua: crianças
trabalhando ou passando tempo na rua, mas que
ainda vivem com a sua família.
5. DESCRIÇAO DA SITUAÇÃO DA CRIANÇA
DE RUA EM ANGOLA
Um fenómeno que começou a se registar nos anos
90 e em particular do período em que a guerra
recomeçou no final de 1992
Antes deste período parece que não existiam
crianças a viver na rua
6. Hoje, a situação é muito diferente, existem
muitas crianças e adolescentes nas ruas como
fruto de um fraco acompanhamento familiar, bem
como as diferentes concepções que os actuais
progenitores têm no que diz respeito a família e
os filhos faltando-lhes muita coragem para
renunciarem muitas coisas importantes para se
dedicarem aos filhos e ainda pelo alargado nível
de individualismo que assola as nossas famílias
fruto da competitividade que a vida hoje nos está
a impor.
DESCRIÇAO DA SITUAÇÃO DA CRIANÇA
DE RUA EM ANGOLA
7. PERFIL DAS CRIANÇAS E JOVENS DE
RUA:
Idade: varia entre os 08 e 20 anos, com uma
presença maior de adolescentes com idade
compreendida entre os 12 e 17.
Proveniência: a maioria dos meninos são
naturais de Luanda, em particular dos bairros
mais pobres e desestruturados da capital, e
somente uma pequena percentagem vem das
províncias (entre outras, Malanje, Huambo e Bié,
Benguela).
Causas: 1) desestruturação da família angolana;
2) violências psicológicas e físicas contra a
criança; 3) pobreza (habito de roubo).
8. PERFIL DAS CRIANÇAS E JOVENS
DE RUA:
Nível de
escolaridade:
Em média, os
meninos têm
uma escolaridade
entre 1ª e 5ª
classe; poucos são
os casos de
rapazes com
escolaridade
maior.
9. PERFIL DAS CRIANÇAS E JOVENS
DE RUA:
Actividades: pequenos biscates que lhes possibilitem
comer, comprar alguma roupa, lavar-se e alimentar
seus vícios/dependências. Os negócios aos quais eles
se dedicam estão, muitas vezes, em conexão estrita
com o local onde eles se encontram. Os mercados são
áreas que garantem todo tipo de pequenos
trabalhos como vender sacos, ajudar as pessoas a
levar as compras pesadas, limpar peixe. Outras áreas
da cidade facilitam seu empenho em lavar ou cuidar
dos carros estacionados, engraxar sapatos, ou fazer
chamadas para os táxis.
10. Pretendemos retirar as crianças das ruas,
dignificar suas vidas para fazermos uma
reinserção social e familiar saudável.
A RESPOSTA SALESIANA.
11. A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
PRIMEIRO CONTACTO
Localização: Largo Primeiro de Maio, Mercado
de São Paulo, Rua dos Combatentes, Parque dos
Coqueiros, Parque da Independência, Mercado
dos Congoleses, Área Ex Roque Santeiro ,
Miramar, Ilha de Luanda, Aeroporto, Maculusso,
Golf 2, Ponte de Viana (Vila), Vila de Cacuaco.
Grupo Alvo: criança de rua com menos de 15
anos de idade.
12.
PRIMEIRO CONTACTO
Objectivos: criar um ambiente de confiança e
instaurar um dialogo aberto com as crianças para
ajuda-los a ter uma convivência pacífica e
solidária entre eles e para fazer conhecer a
possibilidade de deixar a rua para começar um
novo caminho de vida escolhendo participar nas
etapas do percurso educativo-pedagógico pensado
para eles.
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
13.
PRIMEIRO CONTACTO
Dificuldades:
presença de jovens drogados e bêbados, que dificulta a
realização das actividades
falta de um lugar adequado onde desenvolver as actividades
falta de pessoal especializado no tratamento de dependências
tóxicas e a taxa de desistência
presença de jovens-adultos incapacitados de iniciar o percurso
ordinário
Necessidade de espaço onde hospedar a noite os jovens,
maiores de 15 anos
Existência de roulottes, bares e actividades que cativam os
meninos a participarem e permanecerem lá
Existência de pessoas que oferecem oportunidades para os
meninos comerem ou ganharem algum dinheiro (oferecendo
serviços )
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
14. CENTROS DE PRIMEIRO ACOLHIMENTO
Os centros de primeiro acolhimento acomodam de
dia e noite as crianças que vivem na rua.
Grupo Alvo: criança de rua de 8 a 15 anos de
idade (dá-se primazia as crianças mais
pequenas).
Objectivos: oferecer um ambiente protegido e
familiar onde as crianças começam a deixar maus
hábitos próprios da rua para aceitarem regras
que já não fazem parte da sua vida diária
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
15. CENTROS DE SEGUNDO ACOLHIMENTO
Os centros de segundo acolhimento abrigam apenas as
crianças que cumpriram a primeira etapa e que
manifestaram a intenção de deixar a rua e os seus hábitos.
Grupo Alvo: criança de rua com menos de 15 anos de
idade. São aceite só as crianças que tem passado antes na
primeira etapa.
Objectivos: oferecer as crianças e adolescentes uma
condição de vida estável num contexto familiar para voltar
a ter uma vida ‘normal’ e uma rotina marcada por
actividades escolares, familiares, lúdicas. Tudo isso ajuda a
promover um desenvolvimento integral da criança e a sua
reinserção na sociedade.
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
16.
CENTROS DE FORMAÇÃO INTEGRAL DE
KALA KALA E DE CABIRI
Os meninos que fizeram uma caminhada
formativa nos Centro do Segundo Acolhimento
cuja família não tenha sido localizada, ou seja
tido localizada mas sem completar o processo de
reinserção familiar, têm acesso aos Centros de
Formação Integral de Kala Kala e Cabiri. Estes
centros são organizados como internados e
acolhem as crianças vulneráveis das
comunidades de Cabiri e Catete.
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
17.
CASAS-AUTONOMIA
É uma etapa destinada aos jovens na faixa
etária entre 18 e 21 anos, que por diversos
motivos não podem retornar às suas famílias de
origem e que já terminaram um percurso
educativo e de formação integral passando pelas
diferentes etapas acima descritas.
A maioria desses jovens terminaram a formação
noa centros de Formação Profissional de Kala
Kala e a Cidadela Jovens de Sucesso de Cabiri.
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA:
18. CASAS-AUTONOMIA
Dificuldades:
Encontrar as estruturas físicas, com condições económicas acessíveis,
para poder realizar a experiência (aluguer das casas)
Encontrar recursos humanos qualificados para acompanhar
pedagogicamente a inserção dos jovens na sociedade e, sobretudo, no
mundo do trabalho
As carências afectivas que estes jovens arrastam desde a infância e a
cultura tradicional no campo da sexualidade, impulsa-os a acelerar a
procura de laços estáveis neste campo sem ter o amadurecimento
humano, psicológico, espiritual suficiente
Falta de autonomia por parte dos jovens
Parcerias com empresas e escolas para os jovens entrarem no mundo de
trabalho sem deixar de estudar
Sustentabilidade (despesas de gestão da casa, renovação periòdica dos
equipamentos)
A NOSSA METODOLOGIA
COMPREENDE DIFERENTES ETAPAS E
SE PROCESSA DA SEGUINTE MANEIRA: