Makenda Zola Mbenga, Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Ciências Socias da Universidade Agostinho Neto, foi mais uma vez o Orador no Espaço do Debate à Sexta-feira com o tema: “A Industrialização como Método de resolução de problemas sociais: Um Estudo de caso da Zunga”.
Para Miranda (2010:23-24) o fenômeno zunga, ou venda ambulante em português, data do inicio dos anos 1990. É uma forma de iniciativa privada num contexto de economia de mercado
Por motivo de conflito armado, que o país esteve mergulhado, fez deslocar várias pessoas para a capital do país e o fraco investimento no sector social e na pessoa humana, fizeram com que as várias artérias da cidade de Luanda fossem zonas de comercialização de produtos, provocando assim o descontentamento das autoridades governamentais do país e tomando medidas coercivas e criação de leis para o efeito.
Por isso, o orador sentiu-se motivado em fazer o presente estudo, sugerindo a industrialização como meio para resolver o problema da zunga em Luanda e não só.
Viagens do general Tomás Miguel Miné 2023 e 2024 até maio.pdf
20160603 DW Debate :A industrialização como método de resolução de problemas
1. A INDUSTRIALIZAÇÃO COMO
MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS SOCIAIS EM
LUANDA : UM ESTUDO DE
CASO DA ZUNGA
MANKENDA ZOLA MBENGA
centrodeestudossociaisdeangola@Hotmail.com
2. RESUMO
O PRESENTE ESTUDO TRATA-SE DE UMA INVESTIGAÇÃO
TEÓRICA E EMPÍRICA QUE TEVE COMO OBJETIVO CENTRAL
TENTAR PERCEBER ATÉ QUE PONTO A INDUSTRIALIZAÇÃO
PODE SER UMA SOLUÇÃO PARA A QUESTÃO DA ZUNGA EM
LUANDA. DURANTE A ANÁLISE PROCUROU-SE JUSTIFICAR
COMO PODEMOS TER ÊXITOS TENTANDO USAR O MÉTODO
AQUI DEFENDIDO NO PRESENTE ARTIGO CRITICANDO A
FORMA COMO O GOVERNO TEM LIDADO COM A SITUAÇÃO.
PALAVRAS CHAVES: INDUSTRIALIZAÇÃO: TRADIÇÃO; ZUNGA;
PROBLEMAS SOCIAIS.
4. INTRODUÇÃO
ANALISE HISTORICA
ORIGEM DA ZUNGA E
DESENVOLVIMENTO
MEDIDAS DO
GOVERNO
JÁ EXISTIA
INDUSTRIA,
CLASSE
OPERARIA E
BURGUESA
Para Miranda (2010:23-24) o
fenômeno zunga, ou venda
ambulante em português, data
do inicio dos anos 1990. É uma
forma de iniciativa privada num
contexto de economia de
mercado.
diferentes grupos sociais, desprovidos
de possibilidades de vender seus
produtos ou serviços em mercados
oficiais, transformaram as diversas
artérias da cidade de Luanda em
mercados alternativos, o que provoca
o descontentamento das autoridades.
CRIAÇÃO
DE LEIS E
REPRESSÃO
7. CINCO ESTAGIOS DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DE W. ROSTOW
1-SOCIEDADE
TRADICIONAL
2-CONDIÇÕES
PREVIAS DO
ARRANQUE
3-ARRANQUE
4-
MATURIDADE
5-CONSUMO
DE MASSA
8. ANÁLISE FUNCIONAL DE R. MERTON
Mesmo que seja verdade isso nunca pode ser admitido
a priori, mas sempre deve ser objetivo de um estudo
empírico. Por esta razão Merton (apud MIRANDA,
20011:5) distingue "função e disfunção, função
manifesta e função latente".
"As funções são aquelas que contribuem para a
adaptação u ajustamento de um determinado sistema e
as disfunções, são aquelas que perturbam a adaptação
ou ajustamento do sistema" (MIRANDA, 2011:5). As
funções manifestas e latentes podem ser percebidas da
seguinte forma:
Merton (apud MIRANDA, 2011:5) "rejeita a ideia
de que todo fenômeno social seria funcional,
quer dizer contribui para a manutenção e a
estabilidade do conjunto em que faz parte".
"As funções manifestas referem-se às consequências
objetivas que para uma determinada unidade contribuem
em plena consciência para o seu ajustamento ou
adaptação. As funções latentes pelo contrario, prendem-
se com as consequências da mesma ordem, mas
involuntariamente e inconsciente" (MIRANDA, 2011:6).
Merton (MIRANDA, 2011:6) "considera a analise
funcional como um método que permite ao
sociólogo de colocar questões concretas". Como
por exemplo, como determinados fenômenos
sociais, tal como a industrialização contribui
para a manutenção e a decadência do tecido
social angolano.
9. VISÃO DO EFEITO DA JUNÇÃO DA TRADIÇÃO E MODERNIDADE DE G. ROCHER
Rocher (1989:174-175) ilustra que para explicar e compreender os fenômenos novos dos países em via de desenvolvimento,
atualmente parte-se do principio que não há uma oposição estanque, uma incompatibilidade total entre a sociedade
tradicional e a sociedade industrial, ao contrario do que tinha sido estabelecido por uma longa e solida tradição, desde
Comte, Spencer, Tonnies e Durkheim.
"Não há duvida de que a distinção entre os dois tipos de sociedade continua a ser valida quando comparamos casos
extremos ou tipos ideiais. Mas na analise do desenvolvimento há inúmeras observações que nos forçam hoje em dia a
reconhecer que a modernização não consiste na destruição pura e simples da sociedade tradicional, num corte radical com
uma estrutura social e mental que se oporia irrevogavelmente a qualquer inovação, ou pelo menos inovações exigidas pela
industrialização" (ROCHER 1989:174-175).
Rocher (1989:174-175) sustenta ainda que as mudanças ligadas a modernização não se realiza segundo um movimento linear
único de rejeição ou de adoção. Pelo contrario, vemos que o novo se mistura com o antigo, a tradição se incorpora e adapta a
nova sociedade que emerge
"Assim poderemos esperar que na Ásia e na África surjam novas variantes da sociedade moderna, fruto do casamento entre
os traços essenciais da modernidade, por um lado, e, por outro, as sociedades provenientes duma tradição diferente daquela
com que o ocidente acolheu a industrialização e a urbanização no século passado"(ROCHER 1989:174-175).
10. CONCLUSÃO
• No presente trabalho procurou-se a principio apresentar as diferentes fases do crescimento econômico para nos situarmos
em que fase nos encontramos e posteriormente tenta passar para fase seguinte.
• Após identificar a fase se procurou fazer uma analise dos eventuais problemas que poderiam aparecer durante o processo de
transição de uma fase para outro de modo a perceber se os benefícios poderiam extinguir os eventuais problemas.
• Após detectar os eventuais problemas procurou-se comparar as sociedades africanas e ocidentais de modo a perceber como
teremos mais benefícios devido a inúmeros fatores que foram apresentados na explicação teoria.
• Existe de fato muita semelhança entre os proletários na época da revolução industrial no ocidente e os zungueiros que todos
os dias invadem as artérias da cidade de Luanda para comercializarem os seus produtos.
• Se olharmos para ambos os grupos (zungueiros e proletários) podemos ver que ambos possuem origem camponesa e que
normalmente abandonam o campo para cidade a procura de melhores condições de vida, outro aspecto é o fato de ambos
serem mão de obra não qualificada, mas com fácil adaptação devido a sua necessidade de sustento.
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11. BIBLIOGRAFIA
• CARVALHO, Paulo de (2010) Gangues de Rua em Luanda de passatempo a Delinquência; Sociologia,
Problemas e Práticas, n.º 63 pp. 71-90
• DEMARTIS, Lucia (1999); compendio de sociologia, 1ª edição Lisboa; Instituto geográfico de Agostín
S.P.A, novara,1999.
• MAIA, Rui Leandro (2002), Dicionário de Sociologia. Porto, Porto Editora.
• MIRANDA, Antônio Bernardes de (2010) Sociologia: Teorias de Médio Alcance. 1ª edição Luanda.
Editora Mayamba.
• MIRANDA, Antônio Bernardes de (2011) Manual de Teorias Sociológicas III. Cadeira do 2° Ano de
Sociologia, Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Agostinho Neto, Não publicado.
• ROCHER, Guy, (1989) Sociologia Geral, Mudança Social e Ação Histórica, Editorial Presença
• SILVA, Kalina Vanderlei (2006) Dicionário de Conceitos Históricos – Ed. Contexto – São Paulo;
• SANTOS, Orlando Almeida dos (2010) DO PREGÃO DA AVÓ XIMINHA AO GRITO DA ZUNGUEIRA
Trajetórias femininas no comércio de rua em Luanda. Dissertação apresentada ao Programa
Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em
Estudos Étnicos e Africanos.
• http://www.hrw.org.